Pizarro vê “maior eficiência na gestão de recursos no Norte do que em Lisboa”
Ministro destaca cooperação iniciada há mais tempo e com "melhores resultados” a Norte, admitindo que encontrou “um cenário mais difícil do que esperava”, sobretudo a Sul. A culpa é de Passos Coelho.
O ministro da Saúde atesta que “há maior eficiência na gestão de recursos na região Norte do que na de Lisboa e Vale do Tejo”. “Talvez porque as pessoas são mais próximas umas das outras, há experiências de cooperação que começaram há mais tempo e que deram melhores resultados”, justifica Manuel Pizarro, dando o exemplo das urgências metropolitanas em várias especialidades médicas, algumas criadas há duas décadas, por saberem que “há determinadas horas em que a resposta não tem de estar disponível em todos os sítios”.
Quase três meses depois de tomar posse, o sucessor de Marta Temido admite, em entrevista ao JN e à TSF que, encontrou “um cenário mais difícil do que aquele que esperava”, notando haver “alguns locais – muito concentrados em torno de Lisboa e Vale do Tejo e também um pouco na região Sul – onde as dificuldades são muito grandes, quer por falta de recursos humanos, quer por termos deixado que o SNS ficasse um pouco para trás no processo de modernização tecnológica e no processo de requalificação de instalações”. Sete anos depois de o PS recuperar o poder, a culpa ainda é de Passos Coelho: “compensou-se uma boa parte das perdas brutais dos anos da troika, [mas] a austeridade no SNS foi devastadora”.
Recusando a ideia de que o sistema público de saúde (SNS) não tem capacidade de retenção ou atração – “o SNS tem hoje cerca de 4.300 médicos especialistas, mais do que no final de 2015; o que também temos é mais tarefas, aliás, por boas razões”, calcula –, Pizarro defende o aumento das vagas nos cursos de Medicina e a abertura de mais faculdades públicas ou privadas. Resistência da Ordem dos Médicos? “No fim do dia, é uma decisão do Estado”, responde o socialista, que diz ser “natural” que os jovens médicos emigrem, mas recusa a ideia de obrigar os formados em Portugal a prestar um tempo de serviço mínimo no SNS.
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