Centeno antecipa fim de aumentos “jumbo” das taxas de juro

O presidente do Banco de Portugal vê com "muito baixa probabilidade voltarmos a ter aumentos de 75 pontos base" nas taxa de juro do BCE.

Depois de dois aumentos de 75 pontos base (“jumbo”) das taxas de juro do euro, o Banco Central Europeu (BCE) retirou o pé do acelerador e esta quinta-feira aumentou em apenas 50 pontos base o preço do dinheiro.

Para Mário Centeno, presidente do Banco de Portugal, as subidas “jumbo” já não deverão voltar a acontecer. “Vejo com muita baixa probabilidade voltarmos a ter aumentos de 75 pontos base”, referiu esta sexta-feira Centeno, no decorrer a apresentação do Boletim Económico de dezembro do Banco de Portugal.

“Cada vez que aumentamos a taxa de juro, estamos a apertar condições de financiamento”, refere Centeno, salientando ainda que “cada subida da taxa, por ter efeito de restritividade, tem de obrigar a pensar bastante.”

O líder do Banco de Portugal tem sido uma voz ativa no Comité de Política Monetária do BCE no sentido de pressionar a autoridade monetária da Zona Euro seja mais “modesta” na política monetária para não provocar uma recessão no seio da economia europeia.

Numa recente entrevista à Renascença, Mário Centeno referiu mesmo que o ponto máximo de taxa de juro do BCE estaria agora “muito próximo do valor máximo.”

Segundo Centeno, o encarecimento do crédito provocado pela subida das taxas de juro prejudica particularmente o sector da habitação. Por essa razão o presidente do Banco de Portugal refira que “o investimento em habitação abranda significativamente em 2022 (de 12,2% para 0,3%) e reduz-se em 2023, refletindo o impacto da estagnação do rendimento disponível e do aumento das taxas de juro sobre a procura.”

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