Ministro do Ambiente garante que Governo “tem condições para continuar”
Ministro do Ambiente lamentou a saída de Pedro Nuno Santos, garantindo que Governo "tem condições para continuar o trabalho" iniciado pelo ministro demissionário.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) garante que o Executivo de Antonio Costa mantém as condições necessárias para continuar no Governo.
“Lamentamos a saída do ministro [das Infraestruturas e da Habitação], respeitamos a decisão e vamos prosseguir o nosso trabalho, cumprindo a nossa missão com os portugueses“, afirmou Duarte Cordeiro. “O Governo tem todas as condições para fazer o seu trabalho e vamos continuar”, vincou.
À margem de uma conferência de imprensa, esta quinta-feira, sobre os preços de energia para 2023, o governante apontou o nível de proximidade profissional e pessoal que tem com o ministro demissionário, apontando “as marcas” deixadas por Pedro Nuno Santos durante o seu mandato.
“Havia uma proximidade grande, a nível do trabalho, que estava a ser desenvolvido” entre os dois ministérios, referiu, nomeadamente, a nível do desenvolvimento da ferrovia, da política industrial e ambiental, das metas de de descarbonização e mobilidade e, ainda a nível dos portos, nomeadamente, de Sines, enumerou Cordeiro.
“São marcas que o ministro deixa e valorizamos o seu trabalho. É um trabalho que vai ser continuado pelo Governo“, frisou, rejeitando a tese de que o Executivo de Costa fica fragilizado com a demissão de Pedro Nuno Santos.
As declarações de Duarte Cordeiro vão em linha com o curto comentário político feito pela ministra da Justiça, esta quarta-feira, no programa “Esta Manhã” da TVI.
Para Catarina Sarmento e Castro mesmo após a saída de Pedro Nuno Santos, o Governo continua “coeso” e “cheio de vontade de trabalhar”, reiterando que o Executivo de António Costa continuará, de forma dinâmica, “a corresponder àquilo que foi o programa de Governo com energia e com muita vontade de trabalhar”.
A demissão de Pedro Nuno Santos foi conhecida na quarta-feira à noite, na sequência do caso da indemnização de meio milhão de euros recebida pela secretária de Estado Alexandra Reis quando saiu da TAP.
A saída do ministro das Infraestruturas do Governo aconteceu 24 horas depois de o ministro das Finanças, Fernando Medina, ter demitido a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros paga pela TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.
“Face à perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno” do caso da TAP, Pedro Nuno Santos decidiu “assumir a responsabilidade política e apresentar a sua demissão”, já aceite pelo primeiro-ministro António Costa, refere num comunicado divulgado na quarta-feira à noite pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
O comunicado adianta ainda que, “no seguimento das explicações dadas pela TAP, que levaram o ministro das Infraestruturas e da Habitação e o ministro das Finanças a enviar o processo à consideração da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] e da IGF [Inspeção-Geral de Finanças], o secretário de Estado das Infraestruturas [Hugo Santos Mendes] entendeu, face às circunstâncias, apresentar a sua demissão”.
Alexandra Reis recebeu uma indemnização de meio milhão de euros por sair antecipadamente, em fevereiro, do cargo de administradora executiva da transportadora aérea, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos e, em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV). Este mês foi escolhida para secretária de Estado do Tesouro.
A decisão de indemnizar Alexandra Reis foi criticada por toda a oposição e questionada até pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao dizer que “há quem pense” que seria “bonito” prescindir da verba.
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