TAP fala em “avanço construtivo” e sindicato em melhorias nas negociações

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2023

A TAP considera que houve um "avanço construtivo" nas negociações com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo. Decisão sobre greve na assembleia geral desta segunda-feira.

A transportadora aérea TAP considerou que houve um “avanço construtivo” nas negociações com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e este fala em melhorias, mas remete pormenores para a assembleia geral de segunda-feira. Num comunicado interno e enviado à agência Lusa, a comissão executiva da TAP congratula-se “com o avanço construtivo e muito significativo nas conversas tidas com o SNPVAC nas últimas 24 horas”.

Contactado pela agência Lusa, o presidente do sindicato dos tripulantes, Ricardo Penarróias, disse que a proposta apresentada pela TAP “teve melhorias”, mas escusou-se a adiantar mais pormenores, remetendo para a assembleia geral de trabalhadores que está marcada para segunda-feira, às 11hh30. “Os trabalhadores são soberanos para decidir se mantêm a convocação da greve ou se a desconvocam“, disse.

Do lado da transportadora aérea, a comissão executiva tem a expectativa de que a última negociação seja um “derradeiro esforço” para evitar a greve, convocada para o período entre 25 e 31 de janeiro.

Os tripulantes, reunidos em assembleia-geral na quinta-feira, rejeitaram, pela segunda vez, uma proposta da TAP, que ia ao encontro de 12 das 14 reivindicações do SNPVAC, na tentativa de evitar uma nova greve. A TAP, por seu lado, anunciou na quinta-feira que a greve dos tripulantes levará ao cancelamento de 1.316 voos e gerará um impacto direto de 48 milhões de euros.

A TAP tem estado em negociações com os sindicatos, para novos acordos de empresa, enquanto está a ser alvo de um plano de reestruturação que implica cortes salariais.

Recorde-se que este sindicato realizou uma greve de tripulantes da TAP nos dias 08 e 09 de dezembro, que levou a companhia aérea a cancelar previamente 360 voos e teve um impacto estimado total de oito milhões de euros.

Na terça-feira passada, a presidente executiva da companhia aérea disse, numa mensagem aos colaboradores a que a Lusa teve acesso, que a TAP ia investir 48 milhões de euros em remunerações aos trabalhadores, “para alívio dos cortes salariais”, tendo registado, no ano passado, uma “das maiores receitas da sua história”.

O presidente do sindicato dos tripulantes disse à Lusa que o sentimento de insatisfação dos trabalhadores “é gigante”, mas mantém a porta aberta ao diálogo com a empresa.

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Gallagher: Custos serão preocupação para setor aerospacial

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2023

A redefinição dos níveis de retenção, das condições das apólices e dos preços são prioridades na agenda dos seguros aeroespaciais globais.

Segundo os analistas da corretora e consultora Gallagher, a época de renovação de resseguros aeroespaciais 2022/2023 representa uma oportunidade de redefinição dos níveis de retenção, das condições das apólices e dos preços, para permitir que o mercado global de seguros aeroespaciais, em inglês, Global Aerospace (GA), continue a ser eficiente.

De acordo com a edição Gallagher ‘Q4 Plane Talking’, a publicação especializada em risco criada pela equipa aeroespacial da corretora, a época de renovações apresenta-se numa altura em que o mercado global de seguros é afetado pelo conflito na Ucrânia, uma provável recessão económica global e um aumento de custos inflacionários, sem paralelo nos últimos 40 anos.

O corretor de resseguros indica que a diversidade das carteiras de risco dos subscritores de seguros GA ajuda a proporcionar, a muitas seguradoras, uma repartição natural dos riscos, atrativa para as seguradoras. No entanto, a corretora adverte, a pressão para melhorar margens força muitas companhias a escrutinar e a recalibrar os seus modelos de preços de AG como consequência do contexto global.

“Num setor muito dependente de ‘materiais’ especializados, tais como compostos e conhecimentos de engenharia aeroespacial, o aumento dos custos dos sinistros será uma grande preocupação para as seguradoras do setor GA“, informaram os analistas da Gallagher. “Se juntarmos a estas pressões um aumento geral da inflação social e as pressões na cadeia de fornecimento global, compreendemos porque muitas seguradoras de GA estão a pressionar para um aumento dos prémios“.

Relativamente ao conflito Rússia-Ucrânia, a Gallagher observa que a situação não afeta o setor da aviação geral da mesma forma que pressiona os serviços de passageiros comerciais e o setor do leasing de aviões comerciais de passageiros. Apesar disso, as consequências do conflito deverão influenciar os prestadores de seguros aeroespaciais, advertem os analistas. “Com o arranque dos procedimentos legais a começar a abordar as complexas questões do leasing e da cobertura de apólices, todas as seguradoras e resseguradoras prudentes deverão a rever as suas reservas de perdas“, acrescentaram os especialistas.

A publicação aponta que, embora existam muitos fatores externos a considerar, as seguradoras do setor GA atribuem importância a experiência comprovada de gestão operacional e a sistemas e cultura de gestão de segurança.

Segundo a Gallagher: “à medida que o espaço aéreo global emerge do encerramento mais dramático da indústria na história, há preocupações consideráveis em torno do desvanecimento de competências e da falta de liquidez. Os operadores do setor AG, através de uma gestão robusta, foram capazes de responder a um aumento imediato e contínuo da procura de serviços na maioria dos setores de seguros AG.

A publicação conclui: “os investimentos em segurança e formação no setor GA continuam a pagar dividendos quando se negoceia com seguradoras, já que a sobrevivência dos negócios GA operacionalmente mais adequados terão benefícios estruturais a longo prazo para a indústria e para o setor de seguros de apoio”.

 

 

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Rui Rocha é o novo presidente da Iniciativa liberal

Militantes da IL já escolheram sucessor de João Cotrim Figueiredo ao leme do partido. Mandato é de dois anos. Rui Rocha ganha com 51,7% e quer levar os liberais aos 15% nas legislativas.

Rui Rocha é o novo presidente da Iniciativa Liberal. Mais de dois mil militantes escolheram este domingo o sucessor de João Cotrim Figueiredo, que tinha sido reeleito em 2021, mas saiu antes do final do mandato por entender que o partido precisava de outra liderança para continuar a crescer. “Nós vamos lá e vamos ter 15%”, afirmou o novo líder no discurso de vitória.

“As batalhas lá fora são de um país estagnado, em que o salário de 56% está abaixo de mil euros, 65% se for entre os jovens”, afirmou o sucessor de Cotrim Figueiredo, sem esquecer o combate a um bipartidarismo, liderado pelo PS no Continente e pelo PSD na Madeira. “Vamos liderar a oposição, como já temos liderado“, afirmou Rui Rocha.

O Governo do PS pode agarrar-se ao poder, durar meses, até anos, mas está esgotado, politicamente morto, e fomos nós que o declarámos” com a moção de censura promovida pelo partido.

Rui Rocha afirmou que os liberais vão opôr-se à revisão constitucional que está em cima da mesa, e desafiou Luís Montenegro, líder do PSD, a clarificar o que o partido defende.

Rocha elege 24 lugares ao órgão máximo do partido

A lista ao Conselho Nacional afeta ao novo líder, Rui Rocha, elegeu 24 dos 50 lugares ao órgão máximo entre Convenções, enquanto a do fundador Miguel Ferreira da Silva conseguiu 14.

A lista B, liderada por Nuno Simões de Melo, apoiante da candidata derrotada Carla Castro, conseguiu apenas quatro mandatos.

A lista L, afeta a Rui Rocha e a única que entrega candidaturas a todos os órgãos a eleição era encabeçada pela atual presidente da mesa, Mariana Leitão.

A lista D, liderada por Rui Malheiro, conseguiu quatro mandatos e a lista S, com Márcio Oliveira Santos a encabeçar, conseguiu também quatro mandatos.

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WTW: “Estamos abertos a aquisições, mas preferimos pessoas”

O CEO Nuno Arruda apresentou os planos para 2023. Quer expansão, mas alerta para um ano com impacto incerto da inflação nas vendas e nas condições de financiamento dos clientes de todas as empresas.

Nuno Arruda, CEO da WTW Portugal, é assertivo: “Quanto a inflação e salários, não estamos com outlook positivo. Não sabemos se os clientes vão continuar a comprar e se e como as condições de financiamento das empresas vão mudar!”. O gestor falava no final da passada semana nos escritórios da WTW em Lisboa onde, em conjunto com Elsa Carvalho, Head of Business Development e Ana Mesquita, Marketing Manager da companhia, revelou os planos da companhia para 2023.

Ana Mesquita, Marketing manager, Nuno Arruda CEO e Elsa Carvalho explicaram porque a WTW está a encarar com cuidado a conjuntura em 2023.

A WTW que acabou de anunciar o reforço de mais 320 pessoas nas suas operações no escritório de Lisboa, tem uma atividade de corretagem de seguros, que é a 6ª maior do país, onde obteve mais de 10 milhões de receitas em 2021 e intervenção na gestão de recursos humanos para os seus clientes. No seu conjunto, a empresa faturou em Portugal 18 milhões em 2021.

No cenário atual dos seguros foi salientado por Nuno Arruda que o infraseguro, diferença entre valores seguráveis e o efetivamente segurado, é um problema no país, “os custos de construção são muito maiores que há 2 anos e os capitais seguros não foram atualizados”, referiu o CEO.

Em relação aos riscos destacou a contínua evolução das alterações climáticas e no mais imediato risco cibernético. “Tem de haver mitigação das fragilidades por parte das empresas, dificilmente um risco ciber é totalmente transferível para seguradoras” afirmou, alertando que as companhias estão com critérios muito mais apertado para a subscrição de riscos e “fogem dos que surgiram muito recentemente e não há conhecimento histórico”, explica Nuno Arruda.

Em relação às negociações com as seguradoras em Portugal para o corrente ano, o CEO refere preços dos seguros de saúde têm uma subida entre 5% e 15% por parte dos maiores operadores destes seguros e que são Médis , Multicare e Advance Care, nos riscos de património verifica-se crescimento de preços até 10% para riscos bons, mas “há muitas saídas do risco”, ou seja as seguradoras estão a ser muito seletivas nos seguros que aceitam. Na responsabilidade civil, ramo em crescendo, o aumento de preços está a situar-se entre 5% e 10%.

Nuno Arruda faz notar que os riscos de alterações climáticas e de cibersegurança, refere que a WTW é ciberatacada, sem sucesso, 4 mil vezes por dia e que as empresas portuguesas estão a ser vítimas frequentes de ataques com pedidos de resgate para desbloqueio de sistemas informáticos. Na globalização e os efeitos de incidentes localizados à escala mundial, fez notar que os efeitos do incidente do navio Ever Given, que interrompeu a circulação no Canal do Suez em março de 2021, ainda não foram totalmente ultrapassados.

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Fusão Aegon e a.s.r. aprovada

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2023

A Aegon deverá receber 2,5 mil milhões de euros e uma participação estratégica de 29,99% na a.r.s., com direitos de governação associados.

A Aegon, companhia multinacional de seguros de vida, pensões e gestão de ativos, sediada nos Países Baixos, anunciou que os seus acionistas aprovaram a iniciativa de combinar algumas das suas empresas holandesas com a companhia a.s.r..

Em outubro, o diretor executivo da Aegon, Lard Friese, dizia à agência Reuters que a fusão Aegon e a.s.r. prometia resultar numa “empresa enérgica no mercado holandês”.

Os acionistas votaram para permitir à Aegon combinar as suas operações holandesas de pensões, seguros de vida e não-vida, operações bancárias e de geração de hipotecas, numa recente reunião extraordinária.

A confirmação segue-se ao anúncio, em outubro, e que ECOseguros publicou, que a Aegon teria chegado a um acordo com a a.r.s. que visava criar um “novo protagonista” no mercado holandês.

Como parte dos termos do acordo, prevê-se que a Aegon receba agora 2,5 mil milhões de euros em receitas, bruto, e uma participação estratégica de 29,99% na a.r.s., com direitos de governação. A transação resultará numa redução de 3,3 mil milhões de euros do capital próprio da companhia, a maioria do qual será evidente no quarto trimestre de 2022. A empresa garante que a redução do capital próprio nos ‘International Financial Reporting Standards’ (IFRS) não terá impacto nos rácios de solvência da Aegon ou na capacidade de pagar dividendos específicos.

Para além da aprovação dos acionistas obtida na passada quarta-feira, o avanço da transação está sujeito às condições habituais, incluindo aprovações regulamentares e antitrust.

Em maio do ano passado, a filial portuguesa da Aegon, que observa parceria com o Santander, dizia que a companhia “continuará a incrementar o seu negócio em Espanha e Portugal através das empresas conjuntas de vida e não-vida com o Banco Santander, assim como através dos seus canais próprios que, nos últimos anos, geraram crescimento rentável importante.”

Em outubro, o diretor executivo da Aegon, Lard Friese, dizia à agência Reuters que a fusão Aegon e a a.r.s iria resultar numa “empresa enérgica no mercado holandês”.

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Mapfre lança Mawdy

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2023

A unidade de assistência foca-se na Europa e América Latina, mercados estratégicos onde a Mapfre aspira liderar. A nova Mawdy Worldwide Digital Assistance é sustentada pela digitalização.

Nos últimos anos, a Mapfre avançou com uma reorganização geográfica, de produtos, canais e proposta de valor da Mapfre Asistencia, e que resultou no lançamento da Mawdy. Esta foca-se em acordos de distribuição, através dos canais B2B e B2B2C, com uma nova proposta de valor apoiada na digitalização. A companhia aspira a tornar-se uma aliada estratégica dos seus mais de 600 parceiros.

“Hoje iniciamos uma nova era”, anunciou Leire Jiménez, CEO da Mawdy.

A companhia centrará a sua atividade nos mercados estratégicos da Mapfre, principalmente na Europa e América Latina, onde contribuirá para um dos objetivos do grupo: crescer e tornar-se líder nos países onde já opera. A Mawdy estará presente em 23 nações, agora com uma identidade mais global, após ter realizado a unificação da marca em todos os mercados em que opera e com um modelo de gestão centralizada.

“Hoje iniciamos uma nova era, e fazemo-lo com uma imagem que consolida a nossa transformação. A Mawdy reflete a empresa inovadora que somos e projeta para o grande grupo ao qual pertencemos, e para todos os nossos parceiros, muito mais para lhes oferecer”, explicou Leire Jiménez, CEO da Mawdy.

A Mapfre Asistencia, fundada em 1986, é uma unidade especializada em soluções e serviços complementares aos seguros. A sua carteira inclui assistência rodoviária, assistência domiciliária, de saúde ou de viagem, programas de garantia ou proteção de crédito e proteção de bens do quotidiano. Para além dos seguros, a unidade de assistência especializou-se na conceção de soluções para os setores automóvel, turístico, bancário e financeiro e de telecomunicações.

Novas ferramentas tecnológicas permitem a adaptação às necessidades dos parceiros da nova unidade. Estas incluem aplicações web progressivas (PWA) e APIs para garantir agilidade nas integrações ou comunicações com os clientes através de plataformas de envio de mensagens. A utilização intensiva de dados também assume um papel fundamental ao otimizar a segmentação e a personalização da oferta ao cliente final, o que se traduz numa experiência para o utilizador melhorada.

A Mawdy é, assim, a unidade de assistência do Grupo Mapfre. Conhecida como Mapfre Asistencia até 2023, Mawdy é uma empresa global que opera em 23 países, com presença principalmente na América Latina e Europa, e que emprega mais de 2 mil pessoas. Em 2021, a empresa tinha uma receita de 560 milhões de euros.

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Tripulantes da TAP vão ter reunião de emergência para analisar proposta da companhia

  • ECO
  • 22 Janeiro 2023

Na sexta-feira houve nova ronda para conseguir um acordo que evite a greve de sete dias marcada para 25 a 31 de janeiro. No entanto, a reunião terá sido inconclusiva.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) convocou mais uma reunião dos tripulantes da TAP para esta segunda-feira, para analisar a última proposta da companhia aérea para evitar a greve no final deste mês, avança o Jornal de Negócios.

No documento, são convocados “os Associados da TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SA, para se reunirem em Assembleia Geral de Emergência 2.ª sessão no próximo dia 23 de janeiro, às 11:30″. Na agenda está a “apresentação, discussão e votação da proposta apresentada pela TAP”.

Reunião ocorre após o chumbo da proposta laboral da companhia na assembleia geral dos tripulantes de cabina, na quinta-feira. Depois de se reunirem quinta-feira ao final do dia, esta sexta houve nova ronda para conseguir um acordo que evite a greve de sete dias marcada para 25 a 31 de janeiro. No entanto, a reunião terá sido inconclusiva.

A TAP prevê que a greve de sete dias agendada para o final de janeiro cancele 1.316 voos e afete 156 mil passageiros. A quebra na atividade terá um impacto negativo direto e indireto de até 68 milhões, que põe em causa o alívio nos cortes salariais, diz a companhia. Caso aconteça, será a segunda paralisação dos tripulantes em menos de dois meses, depois da greve de 8 e 9 de dezembro, que a transportadora diz ter resultado numa perda de oito milhões de euros.

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Lousã fecha contrato de seguros para 2023 com a Tranquilidade

  • ECO Seguros
  • 22 Janeiro 2023

A Câmara decidiu inovar e realizar um só concurso para todos os lotes para evitar que coberturas ficassem desertas por desinteresse das seguradoras.

A Câmara Municipal da Lousã adjudicou os seus seguros de 2023 à Tranquilidade por um valor de cerca de 193 mil euros, divulgou o jornal As Beiras. Citado pelo jornal, o presidente da autarquia Luís Antunes (PS) referiu que “antes havia alguns lotes em que as seguradoras não faziam propostas” e assim consegue “fazer-se uma gestão mais adequada da carteira de seguros, com um só interlocutor”. Segundo o edil a maior dificuldade em fazer o concurso público único para todo o tipo de coberturas está na “necessidade de realizar uma harmonização prévia dos prazos de validade” das apólices, o que foi feito pelos respetivos serviços autárquicos, conclui.

O contrato inclui desde ramo automóvel/frota, incluindo máquinas de obras e viaturas dos bombeiros, acidentes pessoais dos trabalhadores, e também do voluntários e dos autarcas da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal. O concurso único inclui ainda a cobertura de práticas desportivas, culturais e de recreio, responsabilidade civil geral e de transporte de doentes, atividades de desporto, cultura, lazer e recreio, acidentes de trabalho, multirriscos, e responsabilidade da autarquia como proprietária do Aeródromo Municipal da Lousã.

O presidente da autarquia, explicou ao As Beiras que “há um aumento de custos de contexto” dos seguros contratados por via das transferências de competências do Estado Central para a autarquia na área da Educação. Foi necessário estender o seguro de acidentes pessoais a cerca de mais uma centena de trabalhadores deste setor, que passaram a estar sob a alçada da autarquia, bem como segurar os imóveis da Escola Secundária e da EB 2,3 da vila.

Os imóveis segurados foram avaliados em 17,3 milhões de euros e o concurso contemplou também a frota automóvel do município incluindo a dos Bombeiros Municipais da Lousã.
O seguro de acidentes pessoais dos bombeiros corresponde à “concretização do direito estabelecido no Regime Jurídico dos Bombeiros Portugueses que determina a cobertura de acidentes ocorridos no exercício da sua missão, em qualquer parte do mundo”, conclui o jornal. A cobertura compreende 165 bombeiros dos Municipais da Lousã e 99 da Associação Humanitária de Serpins.

Para além da Generali/Tranquilidade foram a concurso a MDS, Fidelidade, Lusitania e WTW.

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França e Alemanha reiteram apoio à Ucrânia após encontro entre Macron e Scholz

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2023

Emmanuel Macron assegurou que o "apoio infalível" à Ucrânia "continuará em todas as áreas".

França e Alemanha reiteraram hoje o seu apoio à Ucrânia, após um encontro em Paris entre o Presidente Emmanuel Macron e o chanceler Olaf Scholz.

“Continuaremos a dar à Ucrânia, pelo tempo que for necessário, todo o apoio de que necessita”, prometeu o chanceler alemão, Olaf Scholz, ao lado do Presidente francês, Emmanuel Macron, durante uma cerimónia na Universidade da Sorbonne, por ocasião dos 60 anos do tratado de reconciliação entre a Alemanha e a França.

Emmanuel Macron assegurou que o “apoio infalível” à Ucrânia “continuará em todas as áreas” e que a União Europeia “não se escondeu nem se dividiu” por causa da invasão russa ao país há cerca de um ano. A cerimónia de hoje marca igualmente a unidade franco-alemã, enfraquecida pelas consequências da guerra na Ucrânia.

“O futuro, tal como o passado, depende da cooperação dos dois países, como locomotiva de uma Europa unida”, declarou o chanceler alemão, que qualificou o “motor franco-alemão” como uma “máquina de compromisso” que permite “transformar controvérsias e interesses divergentes em ação convergente”.

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Primeira-ministra italiana viaja para a Argélia para consolidar acordo energético

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2023

A ideia da visita é reforçar o chamado "Plano Mattei", direcionado a converter a Itália numa ponte para as relações energéticas entre o norte de África e a Europa.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, viajará hoje para a Argélia para reafirmar o acordo energético com o país africano, chave para continuar a limitar a dependência da energia da Rússia, segundo a agência Efe.

A responsável de extrema-direita, chefe do Governo desde 22 de outubro, voará na tarde de hoje para Argel e pernoitará até segunda-feira, indicaram à agência espanhola Efe fontes do executivo de Roma, não tendo ainda detalhado o programa oficial. Será a primeira viagem de Meloni ao país norte-africano, convertido num aliado essencial para o abastecimento de gás a Itália e, a partir daí, à Europa.

O seu antecessor, Mario Draghi, assinou em julho de 2022 vários acordos de abastecimento de gás com a Argélia que, pouco depois, fizeram com que o país substituísse a Rússia como primeiro fornecedor. Itália importa 90% do gás que consome e, até fevereiro de 2022, mês da invasão da Ucrânia pela Rússia, 40% chegava de território russo.

Na viagem, a primeira-ministra renir-se-á em Argel com o presidente Abdelmadjid Tebboune, com quem se encontrou em novembro na COP27 no Egito, e estará acompanhada pelo conselheiro delegado da petrolífera ENI, Claudio Descalzi, entre outros.

A ideia da visita é reforçar o chamado “Plano Mattei”, direcionado a converter a Itália numa ponte para as relações energéticas entre o norte de África e a Europa, unidas pelo gasoduto TransMed, que sai do deserto argelino até desembocar na Sicília.

Em dezembro, Giorgia Meloni recordou que a região do Mediterrâneo é “a coluna da segurança energética italiana”, e dela vêm 45% das importações do seu gás natural (e 60% se se contar o que chega do Azerbaijão pelo canal da Turquia, Grécia e Albânia). “As possibilidades desta área são enormes, como é a ajuda que pode oferecer a segurança energética nesta fase de crise, não só pelo gás natural, mas também pelo desenvolvimento e intercâmbio de novas energias sustentáveis”, referiu num Fórum Med.

A visita também abrange outros encontros bilaterais para aumentar a colaboração empresarial e o intercâmbio de inovação tecnológica, motivo pelo qual Meloni viajará com o presidente da confederação empresarial Confindustria, Carlo Bonomi, de acordo com a imprensa italiana. Na quarta-feira, a embaixada da Argélia em Roma anunciou uma visita de “amizade e trabalho” para consolidar a associação estratégica entre ambos os países mediterrânicos.

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Brasil e Argentina avançam com preparação de uma moeda comum

Países vão "começar a estudar os parâmetros necessários para uma moeda comum, que inclui desde questões fiscais até o tamanho da economia e o papel dos bancos centrais".

O Brasil e a Argentina vão iniciar os trabalhos preparatórios para uma moeda comum, avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês). O plano será discutido numa cimeira em Buenos Aires e o anúncio deverá surgir ainda esta semana, durante a visita do presidente brasileiro Lula da Silva à Argentina.

“Haverá uma decisão de começar a estudar os parâmetros necessários para uma moeda comum, que inclui desde questões fiscais até o tamanho da economia e o papel dos bancos centrais”, disse o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, ao jornal britânico.

Os Estados vão discutir como uma nova moeda, que o Brasil sugere chamar de “sur” (sul), poderia impulsionar o comércio regional e reduzir a dependência do dólar americano. A ideia já tinha sido discutida por políticos de ambos os países em 2019, mas enfrentaram resistência do Banco Central do Brasil na altura.

Esta iniciativa está a ser estudada inicialmente apenas entre os dois países, mas a intenção será posteriormente ter um alargamento e convidar outras nações latino-americanas a aderir. Segundo os cálculos do FT, uma união monetária que abrangesse toda a América Latina representaria cerca de 5% do PIB global. Já a Zona Euro abrange cerca de 14% do PIB global, quando medido em dólares.

Apesar dos países estarem a avançar agora com as preparações, o projeto poderá levará muitos anos para se concretizar. Como salientou o ministro da Economia argentino, a Europa levou 35 anos para criar o euro. Agora que os dois países são governados por líderes de esquerda, há maior apoio político.

O comércio tem crescido entre os dois países, mas os benefícios de uma nova moeda comum são mais óbvios para a Argentina. A inflação anual no país está próxima de 100%, enquanto o banco central imprime dinheiro para financiar os gastos. Durante os primeiros três anos do presidente Alberto Fernández, a quantidade de dinheiro em circulação pública quadruplicou e a nota de maior valor vale menos de três dólares na taxa de câmbio mais usada.

O anúncio oficial deverá surgir durante a visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à Argentina, que começa este domingo, a primeira viagem internacional desde que assumiu o poder em 1º de janeiro.

Lula reconstrói liderança regional ao protagonizar cimeira latino-americana

O Presidente Lula será o protagonista da cimeira dos países latino-americanos, assinalando o regresso do Brasil ao espaço diplomático regional, após os recentes ataques antidemocráticos em Brasília e ao vazio de um líder influente na América Latina, que Lula pretende preencher.

“Quer seja pela hierarquia do Brasil na América Latina, quer seja pelos ataques antidemocráticos aos poderes em Brasília em 08 de janeiro, quer seja pela importância de Lula, o Brasil será protagonista na CELAC. O que vamos ver é a reconstrução da influência de Lula como líder regional”, indica à Lusa o analista político argentino, Sergio Berensztein.

Na próxima terça-feira (24), reúnem-se em Buenos Aires os 33 países da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) cuja Presidência rotativa é exercida pela Argentina.

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega neste domingo (22) à Argentina para uma visita oficial no dia seguinte, antes do início da cimeira na terça-feira. A viagem à Argentina marca um retorno do Brasil à tradição bilateral de fazer a primeira viagem de estado após a eleição. A tradição, abandonada pelo ex-Presidente Jair Bolsonaro em 2019, existe desde que Brasil e Argentina se tornaram no eixo da integração regional em meados dos anos 1980.

“Lula será a grande figura de tudo isto. Será como Messi a receber a taça. E todos os demais chefes de Estado a jogar para ele. Diria que é uma reunião feita à medida de Lula para o seu regresso ao cenário internacional, tentando recuperar liderança. Numa região sem lideranças que tenham influência, não há nenhum outro líder nem nenhum outro país na região que lhe faça sombra”, explica Berensztein. “Além desse vácuo de lideranças regionais, o Brasil é hoje o único país em condições de liderar a região”, acrescenta.

O analista argentino Rosendo Fragaacrescenta que Lula vai procurar essa liderança para se tornar o representante da América Latina nas organizações internacionais sob a premissa de que os atores globais lideram as suas regiões. “Essa representatividade nos foros internacionais busca funcionar como a plataforma de inserção internacional do Brasil no contexto dos líderes globais”, aponta à Lusa Rosendo Fraga, diretor do Centro de Estudos União para a Nova Maioria.

Essa lógica foi descrita pelo próprio Presidente Lula no seu discurso de posse no Parlamento brasileiro em 01 de janeiro. “Nosso protagonismo se concretizará pela retomada da integração sul-americana, a partir do Mercosul, da revitalização da Unasul e demais instâncias de articulação soberana da região. Sobre esta base poderemos reconstruir o diálogo altivo e ativo com os Estados Unidos, a Comunidade Europeia, a China, os países do Oriente e outros atores globais, fortalecendo os BRICS, a cooperação com os países da África e rompendo o isolamento a que o país foi relegado”, disse Lula.

Outro protagonista na Cimeira da CELAC será o venezuelano Nicolás Maduro, que estará em Buenos Aires. Maduro ensaia uma saída do isolamento internacional a partir da dolarização da economia e nova relevância da produção petrolífera da Venezuela como consequência da crise energética do mundo provocada pela guerra na Ucrânia. O Governo dos Estados Unidos está em plena negociação para a retirada de sanções económicas.

“Lula chega com legitimidade”, mas o caso da Venezuela é diferente: “Simplesmente foi o preço do petróleo que permite um regresso de Nicolás Maduro à cena internacional enquanto a oposição venezuelana desperdiçou uma oportunidade fabulosa. A reunião em Buenos Aires vai passar por Lula em primeiro plano e por Maduro graças ao contexto energético. O Brasil pelo poder; a Venezuela pela energia”, compara Sergio Berensztein.

As diplomacias de Brasil e Venezuela trabalham nestas horas por uma confirmação de uma reunião bilateral entre Lula e Maduro na terça-feira (24), após a conclusão da CELAC. Brasil e Venezuela estão próximo de restabelecerem relações diplomáticas com a reabertura da Embaixada do Brasil em Caracas, depois da rotura durante o Governo Bolsonaro.

“O Governo do presidente Lula vem com esse propósito muito claro de privilegiar o caminho da negociação, do diálogo, de buscar pontos de entendimento”, esclareceu o secretário das Américas da Diplomacia brasileira, Michel Arslanian Neto. A CELAC também será um espaço para contradições. Enquanto todos os países da região condenam os ataques antidemocráticos no Brasil, não há menções oficiais contra os regimes autoritários de Cuba, Nicarágua e Venezuela. Até mesmo o Governo argentino tenta destituir a Corte Suprema.

“A CELAC nunca foi um espaço para defender a democracia senão não teria sido criada por Hugo Chávez. Haverá discursos em defesa da democracia. O problema é que os governos da região defendem, por exemplo, o destituído peruano Pedro Castillo, quando Castillo tentou um golpe de Estado. Foi o Bolsonaro peruano”, critica Berensztein.

Esse tipo de contradição não escapa ao Governo Lula que prefere outra tática em oposição à linha dura estabelecida pelo antecessor Jair Bolsonaro. “Há diferenças de posição. Há problemas questionáveis. Mas o caminho para resolvermos os problemas é na base do diálogo e da busca de pontos de entendimento. E com essa noção de que o nosso espaço regional é fundamental para construir soluções”, argumenta o secretário brasileiro, Michel Arslanian Neto.

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Chris Hipkins confirmado sucessor de Jacinda Ardern na Nova Zelândia

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2023

O ex-responsável pela estratégia para a pandemia de covid-19 da Nova Zelândia Chris Hipkins vai substituir Jacinda Ardern, que renunciou esta semana ao cargo.

O ex-responsável pela estratégia para a pandemia de covid-19 da Nova Zelândia Chris Hipkins foi confirmado hoje o próximo primeiro-ministro do país, substituindo Jacinda Ardern que renunciou esta semana ao cargo. Hipkins, de 44 anos, era o único candidato, pelo que a confirmação pelo Partido Trabalhista foi uma mera formalidade, informou a Radio New Zealand.

O político nomeou para o cargo de vice-primeira-ministra a atual ministra do desenvolvimento social e artes e cultura, Carmel Sepuloni, que se converte assim na primeira pessoa com ascendência nas ilhas do Pacífico (Samoa e Tonga) a ocupar o cargo no país.

Hipkins, que toma posse em 25 de janeiro, disse hoje que o Governo vai concentrar-se nos desafios económicos enfrentados pela nação, como a inflação e uma possível recessão. “A economia estará no centro de tudo o que fizermos”, disse. Chris Hipkins desempenhava o cargo de ministro da Administração Interna, Educação e Serviços Públicos. Foi eleito pela primeira vez para o parlamento em 2008 e nomeado ministro com a pasta da covid-19 em novembro de 2020.

Jacinda Ardern anunciou na quinta-feira a renúncia ao cargo de chefe de Governo, convocando eleições para 14 de outubro. “Dei tudo de mim para ser primeira-ministra, mas isso também exigiu muito de mim”, disse. A primeira-ministra demissionária tinha sido eleita para liderar o país com apenas 37 anos, após a surpreendente renúncia do líder de centro-direita John Key, tornando-se a primeira-ministra mais jovem da Nova Zelândia desde 1856 e um símbolo do progressismo, com vincadas ideias de esquerda.

Depois de conseguir um segundo mandato, graças à vitória esmagadora do Partido Trabalhista nas eleições legislativas de 2020, Ardern teve uma queda de popularidade nos últimos anos, atribuída a várias causas: deterioração da situação económica, declínio da confiança no Governo, ressurgimento da oposição conservadora.

Nos últimos meses, a primeira-ministra não conseguia já esconder a irritação com a oposição aguerrida da direita e começaram a fazer-se notar os sinais de desgaste político. Nascida em 1980, em Hamilton, a sul de Auckland, Jacinda Ardern diz que foi a pobreza a que assistiu no interior da Ilha do Norte que ajudou a moldar as suas crenças de esquerda.

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