Metade dos vistos gold em Portugal provêm de países de risco no branqueamento de capitais

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2023

Quase metade do total de vistos gold concedidos desde 2012 é de cidadãos provenientes da China, país incluído nas jurisdições de maior risco de branqueamento de capitais, a chamada "lista vermelha".

Desde 2012, ano em que foi lançado o regime dos vistos gold, até dezembro do ano passado, 29.666 pessoas obtiveram autorização de residência em Portugal ao abrigo deste programa: 18.486 conseguiram autorização de residência por reagrupamento familiar e 11.180 através de autorização de residência para investimento, noticia o Público (acesso condicionado). Entre investidores e familiares, 15.620 dessas pessoas são oriundas de uma das 30 jurisdições de maior risco no que diz respeito ao branqueamento de capitais, de acordo com o índice Basel AML.

Na lista dos países de maior risco no branqueamento de capitais, e que simultaneamente originam grandes quantidades de pedidos de autorização de residência, estão Vietname, Paquistão, China e Camboja. Destes, a China é claramente o país de origem da esmagadora maioria dos investidores e suas famílias, representando 47% do total (13.861 das 29.666 pessoas que obtiveram autorização).

Numa altura em que o Governo pôs fim à concessão de novos vistos gold, no âmbito do pacote de medidas destinado à habitação, os dados dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) mostram ainda que, desde 2018, ano em que a União Europeia (UE) começou a publicar listas de países “não-cooperantes” em termos de transparência fiscal, Portugal concedeu autorização de residência a 1.447 familiares vindos de países que, nesse ano, estavam nessas listas da UE.

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