Taxa de desemprego sobe pelo terceiro mês e fixa-se nos 7,1% em janeiro
A taxa de desemprego em Portugal aumentou pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 7,1%. Este é o valor mais alto desde novembro de 2020. Segundo o INE, o desemprego jovem cresceu pelo quarto mês.
A taxa de desemprego em Portugal aumentou pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, fixando-se em 7,1%. Face a dezembro do ano passado, registou-se um aumento de 0,3 pontos percentuais. No primeiro mês do ano, Portugal tinha 374,8 mil desempregados (um aumento de 5,5% face a dezembro).
Os dados foram avançados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e dizem respeito às estimativas mensais de emprego e desemprego referentes a janeiro de 2023. A taxa de desemprego de 7,1% em janeiro compara com os 6,8% em dezembro, 6,5% em novembro e 6% em outubro, mês em que tinha estabilizado face a setembro.
População desempregada e taxa de desemprego
Segundo avança o instituto, o valor de janeiro de 2023 foi o mais elevado desde novembro de 2020 (onde se registou 7,3%).
Após uma diminuição da taxa de emprego de outubro para novembro de 2022 de 0,2 pontos percentuais, há três meses que este valor estabilizou, marcando 63,6%.
Os dados do INE adiantam ainda que se registou, uma vez mais, um aumento do desemprego jovem, que está nos 20,5%. A taxa correspondente às pessoas que têm entre 16 e 24 anos tem vindo a crescer nos últimos quatro meses: em outubro era de 17,9%, subindo para 19,1% em novembro e atingindo 19,2% em dezembro. Face a janeiro de 2022, a taxa de desemprego jovem registou também um aumento, mais precisamente de 0,1 pontos percentuais. No primeiro mês do ano, 76,6 mil jovens estavam desempregados.
População ativa cresceu 0,8%
Em janeiro deste ano registou-se ainda um aumento da população ativa de 0,8% face a dezembro de 2022, o que se traduz em 5.267,5 mil pessoas. Segundo o INE, o aumento “resultou do acréscimo da população empregada e da população desempregada”. É o terceiro mês que este valor regista um aumento.
Ainda relativamente à população ativa, há quatro meses que estes valores aumentam quando se trata de mulheres e jovens (entre 16 e 24 anos). Em janeiro registavam-se 2.629,7 mil mulheres em idade ativa e 373,8 mil jovens na mesma situação.
Subida do desemprego é “sinal de alerta”, diz Marcelo
O Presidente da República reage à subida da taxa de desemprego revelada esta quarta-feira apontado que é um sinal de alerta. Marcelo Rebelo de Sousa sinaliza que a “evolução internacional está lenta”, o que acaba por “ter efeitos” também na economia portuguesa, num “período ainda de baixa de atividade”.
“A guerra continua, a inflação em muitos países continua alta, [é sinal] de que a economia internacional não recuperou, mesmo grandes potencias europeias como a Alemanha têm uma recuperação lenta”, salienta o Presidente da República, em declarações transmitidas pela RTP3, apontando que “como é um mundo aberto isso tem efeitos” também por cá.
Marcelo admite também que a subida do desemprego ocorre “em alguns setores, num período ainda de baixa de atividade”, mas aponta que há áreas como o turismo que ainda vão aumentar o nível de atividade.
“A saída do período de crise que vem do passado, que a pandemia e a guerra agravaram, pode demorar um pouco mais tempo do que esperavam”, alerta, apesar de apontar o crescimento da economia portuguesa de 6,7% em 2022 como uma “boa notícia”.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h41)
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