Rendas dos novos contratos sobem 10,6% no último trimestre de 2022
O aumento do valor das rendas é acompanhado por uma quebra de 3,3% no número de novos contratos, que no final de 2022 eram 22.628.
Entre setembro e dezembro de 2022, o valor mediano das rendas dos novos contratos foi de 6,91 euros por metro quadrado. O montante traduz um aumento de 10,6% face ao período homólogo, sendo esta uma subida mais acentuada quando comparado o trimestre anterior com o mesmo período do ano passado, quando o crescimento foi de 7,7%.
Face ao trimestre anterior, o valor mediano das rendas aumentou 5,3%, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira.
Durante o quarto trimestre de 2022 foram celebrados 22.628 novos contratos, tendo sido registada uma quebra de 3,3% face ao período homólogo, quando foram sinalizados 23.394 novos arrendatários. Esta descida agrava quando comparados com os números de novos contratos celebrados e julho e setembro, havendo menos 6,5%. O cenário revela “uma diminuição da atividade de arrendamento”, diz o INE.
Entre as 25 regiões do país analisadas pelo INE, o valor da renda mediana aumentou em todas as zonas face ao período homólogo, destacando-se Terras de Trás-os-Montes, onde subiu 26,9%; no Baixo Alentejo verificou-se um aumento de 22,7%; na região de Médio Tejo com 22,6%; e Viseu Dão Lafões aumentou 21,1%.
As rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa onde foi pago 10,38 euros por metro quadrado, no Algarve (8,06 euros/m2), na Área Metropolitana do Porto (7,62 euros/m2) e na Madeira (7,54 euros/m2), tendo estas sub-regiões apresentado também crescimentos homólogos superiores ao do país.
Entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, os valores de novos contratos de arrendamento mais elevados registaram também um crescimento homólogo superior ao do país: em Lisboa foi pago 14,13 euros por metro quadrado tendo subido 22,4%, em Cascais (13,66 euros/m2 e +21,0%), em Oeiras (12,65 euros/m2 e +23,9%) e no Porto (10,64 euros/m2 e +16,3%).
Menos 10,7% de arrendatários no Porto e menos 5,7% em Lisboa
Os dados do INE revelam ainda que a queda do número de novos contratos de arrendamento face ao período homólogo foi mais sentida na região da Lezíria do Tejo, onde houve menos 11,8% de novos arrendatários. Segue-se a Área Metropolitana do Porto com uma redução de 10,7%, no
Cávado com menos 10,5%, na região de Terras de Trás-os-Montes com uma redução de 9,2%, logo seguida da Região de Coimbra com menos 5,9% e na Área Metropolitana de Lisboa houve menos 5,7%.
Já nos Açores, na região Oeste e na Beira Baixa, as reduções foram menos acentuadas com uma redução de 1,9%, de 1,7% e de 1,1%, respetivamente.
No reverso, entre setembro e dezembro de 2022, o número de novos contratos subiu em quatro regiões do país. Na Madeira com mais 24,5%, no Médio Tejo aumentou 24,2%, no Alentejo Litoral com mais 14,0% e, por fim, no Alto Tâmega o número subiu 12,6%.
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