Exportações de bens no Norte abrandam no final de 2022 em linha com o país

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

O ritmo exportador de bens do Norte abrandou no final de 2022, em linha com os números nacionais, tendo crescido 11,8% após um 18,7% no trimestre anterior, segundo o relatório Norte Conjuntura.

“As exportações de bens do Norte aumentaram 11,8% no 4.º trimestre de 2022 face ao período homólogo do ano transato, num contexto que continua a ser influenciado pela inflação elevada na UE27 [União Europeia, com 27 Estados-membros]”, de acordo com o relatório Norte Conjuntura, elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O relatório Norte Conjuntura assinala também que, apesar do crescimento das exportações, “o crescimento deste indicador foi inferior ao que tinha sido observado no trimestre precedente (18,7%)”.

Os números do Norte acompanham a tendência nacional, já que em Portugal “as exportações de bens subiram, em termos homólogos, 16,2% no 4.º trimestre de 2022, em desaceleração face ao acréscimo verificado no trimestre anterior (+27,8%)”.

A balança comercial de bens do Norte (diferença entre as importações e exportações) saldou-se por um excedente de 536 milhões de euros no 4º trimestre de 2022, que compara com um défice elevado de 8.180 milhões de euros na balança comercial de Portugal.

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)

Quanto às importações de bens, em termos homólogos “também se observou um abrandamento do crescimento a nível regional e nacional“, com o Norte a registar um aumento de 8,3% no último trimestre de 2022, “que compara com um aumento de 28,1% no trimestre transato”, e no país o indicador cresceu 17,4% no último trimestre (36,8% no período transato)”.

“A balança comercial de bens do Norte (diferença entre as importações e exportações) saldou-se por um excedente de 536 milhões de euros no 4º trimestre de 2022, que compara com um défice elevado de 8.180 milhões de euros na balança comercial de Portugal”, indica ainda o documento desenvolvido pela CCDR-N.

Quanto aos produtos exportados, os principais produtos cresceram no quarto trimestre de 2022 em relação ao trimestre homólogo de 2021, com a “principal exceção” a serem as exportações de vestuário e acessórios de malha, “as quais registaram uma redução de 3,0%, invertendo a tendência de crescimento que se verificava há vários trimestres consecutivos”.

Já as exportações da classe dos veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios (predominantemente componentes de automóveis), “aumentaram, em termos homólogos, 15,3% no 4.º trimestre de 2022″, um aumento face aos 14,9% do trimestre anterior. De acordo com o mesmo relatório, “no cômputo geral de 2022, esta classe foi a mais exportadora do Norte (2,5 mil milhões de euros)”.

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Portugal quer captar investimento sul-coreano em semicondutores e energias renováveis

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

Governo português quer impulsionar investimento e cooperação económica com a Coreia do Sul nos semicondutores, desde a investigação à montagem, e nas energias renováveis.

O Governo português quer impulsionar o investimento e a cooperação económica com a Coreia do Sul nos semicondutores, desde a investigação à montagem, e nas energias renováveis – dois setores em acelerada expansão naquele país asiático.

Estes serão dois dos principais alvos da comitiva do Governo português, liderada pelo primeiro-ministro, António Costa, que chega a Seul a meio da manhã de terça-feira para uma visita de dois dias à Coreia do Sul — país que é a décima maior economia do mundo e a quarta da Ásia, após a China, o Japão e a Índia.

Em relação ao mercado dos semicondutores, durante a sua presença em Seul, António Costa vai visitar a Hynix e terá também uma reunião com responsáveis da Samsung Eletronics. Estas duas empresas controlam 70% da oferta de chips de memória, ocupando os segundo e terceiro lugares no ranking dos maiores fabricantes do mundo.

Fonte do executivo português assinalou à agência Lusa que a Coreia do Sul aposta em tornar-se uma potência global de chips de memória e não-memória, através de uma política de incentivos fiscais e subsídios estatais aos fabricantes de microchips.

“A Samsung Electronics, por exemplo, já anunciou que investirá um total de 151 mil milhões de dólares norte-americanos nos setores do chip lógico e de fundição até 2030. Esta é uma das áreas de interesse para Portugal que dispõe de uma das maiores plataformas de embalagem, montagem e testes de semicondutores da Europa. O intercâmbio de investigadores e engenheiros é igualmente considerado”, referiu a mesma fonte.

Ao nível das energias renováveis, pela parte nacional, refere-se que a Coreia do Sul anunciou em 2020 um pacote de investimento de 54 mil milhões de euros em tecnologias verdes e energias limpas, a par dos objetivos de produzir entre 30 a 35% da eletricidade a partir de energias renováveis até 2040 e da eliminação progressiva da energia nuclear.

Em matéria de investimentos de empresas sul-coreanas em Portugal, ainda neste domínio das energias renováveis, destaca-se a CS Wind, que é a maior fabricante mundial de torres eólicas e que passou a deter 100% da ASM Industries – uma referência nacional na produção de torres eólicas e fundações offshore.

A Hanwha Q Cells, empresa que será visitada pelo primeiro-ministro ao início da tarde de terça-feira, foi uma das vencedoras do segundo leilão solar em Portugal, ganhando seis dos doze lotes a concurso, para desenvolver projetos fotovoltaicos no Alentejo e no Algarve.

O Governo português realça também a importância de outros investimentos sul-coreanos em Portugal, como o da NPS (serviço nacional de pensões da República da Coreia), que faz parte do consórcio que adquiriu 81% da Brisa; e a Hanon Systems, presente em Palmela e que anunciou investimento de 48,3 milhões de euros na produção de compressores de ar condicionado para carros elétricos.

Outros investimentos considerados relevantes são os da Borgstena, que detém uma unidade de produção em Nelas, no distrito de Viseu, e que produz têxteis para o setor automóvel; e a YUDO, que atua no setor dos moldes e plásticos e tem uma unidade de produção na Marinha Grande.

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📹 Da proteção social à educação, para onde vão os impostos?

De acordo com os dados das Finanças, quase metade dos impostos vão para proteção social e saúde.

Em época de entrega do IRS, surgem algumas dúvidas sobre para onde vão dos impostos que os contribuintes em Portugal pagam. O valor arrecadado pelo Estado com os impostos tem vários destinos, como a saúde e a educação, mas a fatia maior vai mesmo para a proteção social.

De acordo com os dados das Finanças, quase metade dos impostos vão para proteção social e saúde. As despesas com serviços gerais das Administrações Públicas também recebem uma fatia considerável (13%) do montante, seguidas pela Educação e pelas operações relacionadas com a dívida pública.

Veja o vídeo:

http://videos.sapo.pt/lb3Zgm8UzKjDLmbbsbhP

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Indicadores de emprego no Norte com agravamento no final de 2022

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

Os indicadores relativos ao emprego no Norte do país agravaram-se no último trimestre de 2022, com registo de subida na taxa de desemprego e diminuição do trabalho na região.

Os indicadores relativos ao emprego no Norte do país agravaram-se no último trimestre de 2022, segundo o relatório Norte Conjuntura consultado este domingo pela Lusa, que revela aumentos na taxa de desemprego e diminuição do trabalho na região.

“Após a redução que já tinha sido observada no trimestre precedente, a população empregada no Norte diminuiu, em termos homólogos, 0,5% no 4.º trimestre de 2022, o que representou a destruição líquida de 8.800 postos de trabalho“, pode ler-se no documento, elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

De acordo com o relatório, os valores contrastam com o aumento homólogo de 1,4% registado no mesmo período de 2021, e seguem-se à diminuição de 0,6% no terceiro trimestre de 2022. “Pelo contrário, a população empregada em Portugal aumentou 0,5% [no quarto trimestre de 2022], tendo sido criados mais 23.900 empregos durante esse período”, aponta também o mesmo documento.

Apesar de os números do final do ano, no conjunto de 2022 “o mercado de trabalho do Norte apresentou uma evolução favorável, com a população empregada a crescer 0,7% face ao ano anterior”.

Relativamente à taxa de desemprego, no Norte aumentou para 6,8% no quarto trimestre do ano passado, “um valor superior em 1 p.p. [ponto percentual] face ao do trimestre anterior (mais 0,3 p.p. em relação ao período homólogo de 2021)”.

“Em termos absolutos, o número de desempregados do Norte atingiu 124,3 mil pessoas, o que representou um crescimento de 3,8% face ao mesmo período do ano transato”, indica o mesmo documento.

O número de desempregados de longa duração “representava 42,6% do total dos desempregados no 4.º trimestre de 2022, continuando a ser inferior à proporção de desempregados de curta duração (57,4%)” no Norte, tendo os de longa duração diminuído 16,3% em comparação com o trimestre homólogo de 2021 e os de curta aumentado 26,0%.

O relatório dá ainda conta que “a população empregada no ramo das indústrias transformadoras do Norte aumentou 3,3%, em termos homólogos, no 4º trimestre de 2022, correspondendo a mais 13.800 postos de trabalho“.

Por outro lado, “a população empregada no comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos diminuiu, em termos homólogos, 10,8% no 4º trimestre de 2022, equivalente a menos 30 500 postos de trabalho”.

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Sede da ASF não vai para Castelo Branco

  • ECO Seguros
  • 9 Abril 2023

O projeto de lei da Iniciativa Liberal que queria mudar as sedes da ASF, ERSE, ANACOM e AdC para dinamizar cidades do interior do país foi chumbado pelo PS e PCP.

Votado na última quinta-feira na Assembleia da República (AR), o projeto de lei da Iniciativa Liberal (IL) que queria deslocar a sede da ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões – para a cidade de Castelo Branco foi reprovado por uma maioria dos deputados da AR.

A intenção da IL era descentralização das autoridades públicas para todo o país. Neste projeto de lei, para além da ASF, era intenção do partido promotor a mudança da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) para a cidade de Viseu, da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para a cidade de Leiria e a Autoridade da Concorrência (AdC) para a cidade de Santarém.

O projeto de lei obteve votos favoráveis da IL e do PSD, abstenções do Chega, BE, PAN e Livre e votos contra do PS e do PCP.

Assim, a ASF mantém a sede e as localizações do Fundo de Garantia Automóvel (FGA) e do Fundo de Acidentes de Trabalho (FAT) na Avenida da República em Lisboa e ainda uma delegação da FGA no Porto, na Avenida Júlio Dinis.

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Greves na CP causaram supressão de 35 comboios dos 126 programados

  • Lusa
  • 9 Abril 2023

As greves que afetam o serviço da CP - Comboios de Portugal levaram à supressão de 35 dos 126 comboios que estavam programados entre a meia-noite e as 8h deste domingo.

As greves que afetam o serviço da CP – Comboios de Portugal levaram à supressão de 35 dos 126 comboios que estavam programados para o período da meia-noite às 8h00 deste domingo, informou a transportadora.

De acordo com a CP, neste período circularam 91 comboios, o que se traduziu numa supressão de 27,8% em relação ao que estava programado. No serviço de longo curso, circularam os seis comboios previstos, enquanto no regional de 34 programados foram suprimidos 12.

Nos urbanos de Lisboa não se realizaram 14 comboios em 58 estimados e no Porto de 26 programados não circularam nove. Nos urbanos de Coimbra, circularam os dois comboios que estavam previstos.

Depois de vários dias, a greve na CP e na Infraestruturas de Portugal (IP) é agora a partir da oitava hora de serviço. Além disso, até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre a meia-noite e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço” e, entre 10 e 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre a meia-noite e as 5h00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos“, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.

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SPAC defende contratação de pelo menos 80 pilotos na TAP

  • ECO
  • 9 Abril 2023

Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil defende contratação de pelo menos 80 pilotos na TAP. E alerta para possível atrasos nos voos e caos no aeroporto já este verão.

Em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Tiago Faria Lopes, defendeu que é preciso contratar pelo menos 80 pilotos na TAP, dando conta que desde janeiro já saíram 20 pilotos da transportadora aérea. O responsável avisou ainda que “se continuar a existir interferência política na TAP, qualquer gestor por muito bom que seja não vai conseguir atingir os objetivos que a TAP precisa”.

Durante a entrevista, Tiago Faria Lopes alertou para a saída de quadros da TAP. “Neste momento, saíram 20 e, pelo que sabemos, estão mais para sair”, adiantando: “Neste início do mês de abril estavam em aberto 137 voos, de copiloto, de comandantes ou de tripulação mista. Diria que, pelo menos, 80 pilotos deveriam ser contratados”.

Neste início do mês de abril estavam em aberto 137 voos, de copiloto, de comandantes ou de tripulação mista. Diria que, pelo menos, 80 pilotos deveriam ser contratados.

Tiago Faria Lopes

Presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC)

Segundo o sindicalista, a transportadora aérea contabilizava 1400 pilotos antes da pandemia, tendo agora “cerca de 1190 pilotos“, pelo que são precisos mais, sublinhando que essa escassez se vai sentir já este verão, porque os pilotos que estão neste momento em formação não vão estar aptos para voar no verão, uma vez que as “contratações foram feitas tardiamente”.

O presidente do SPAC alertou ainda para o facto de a “culpa de 70 a 80% dos atrasos” ser do aeroporto que não tem capacidade para tantos voos. “É um aeroporto que está obsoleto, não consegue responder à dinâmica e precisamos de um aeroporto urgentemente”, apontou.

Tiago Faria Lopes espera que a questão do limite de horas que os pilotos podem voar e que os cortes salariais fiquem resolvidos com a negociação do novo acordo de empresa.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o sindicalisra referiu ainda que, apesar de Christine Ourmières Widener lhe ter dito que não havia interferência política na TAP, ficou agora claro na Comissão Parlamentar de Inquérito que isso não era assim e, por isso, espera que com Luís Rodrigues não haja interferências políticas.

Em relação a uma eventual venda da TAP, o sindicalista referiu que só deve avançar se o Hub se mantiver em Lisboa e admite que mesmo com uma boa gestão do novo CEO, esse processo seja irreversível.

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Anacom: “Há condição para haver uma redução dos preços em Portugal”

  • ECO
  • 9 Abril 2023

Cadete de Matos espera que a entrada de mais um operador no mercado obrigue a Nos, a Meo e a Vodafone a baixarem os preços.

O presidente da Anacom, Cadete de Matos, acredita existir “condição para haver uma redução dos preços [praticados pelas empresas de telecomunicações] em Portugal”, que considera estarem “muito acima da média europeia”. Espera, por isso, que a entrada de mais um operador no mercado “obrigue” a Nos, a Meo e a Vodafone a baixarem os preços, noticia o Público (acesso pago).

Cadete de Matos não vê razões para a subida dos preços, na ordem dos 8% em fevereiro e março, pelas empresas de telecomunicações que alegam a subida dos custos energéticos e das matérias-primas necessárias para o desenvolvimento das redes. O responsável defende, por isso, a existência de ofertas e preços competitivos.

O presidente da Anacom espera, assim, que os valores sigam “a trajetória descendente que houve noutros países” com o surgimento das ofertas da romena Digi e da Nowo, defendendo a existência de “um incentivo concorrencial”. Aliás, o presidente da Anacom aponta ao Público que “a única razão pela qual os preços em Portugal ainda são mais elevados é porque de facto não tem havido um incentivo concorrencial”. Por fim, Cadete de Matos denuncia outra “situação em particular que tem sido muito grave e que aumentou no último ano”, que são as “fidelizações abusivas”.

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📹 Que países estão a banir o TikTok?

Está a crescer o número de países a restringir o uso do TikTok em telemóveis oficiais. A cibersegurança, a privacidade de dados e a segurança nacional estão no centro das preocupações.

Dos EUA e do Reino Unido à União Europeia ou à Nova Zelândia, não pára de aumentar a lista de países que proíbe ou restringe o uso do TikTok nos telemóveis e computadores de trabalho dos funcionários públicos. Temendo que a rede social chinesa forneça dados dos utilizadores – como o histórico de pesquisa e a localização – ao Governo liderado por Xi Jinping, apontam riscos de cibersegurança, espionagem ou desinformação.

http://videos.sapo.pt/A2v7v6mKHqWolPH3yZbj

 

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Depois dos escritórios, hortas urbanas preparam-se para chegar aos supermercados

Brasileira BeGreen vai expandir o negócio das hortas urbanas para Portugal, começando pelos tetos dos supermercados. Até meados 2024, esperam que camas de cultivo comecem a dar frutos.

Em 2020, os espaços “verdes” começaram a crescer dentro dos escritórios em Portugal com o intuito de incentivar os colaboradores a aproveitarem as pausas para cuidar das hortas. O objetivo passa por promover um ambiente propício a desconectar do ritmo acelerado do dia-a-dia, conectando-se com a natureza.

A portuguesa Noocity lançou as “primeiras sementes” deste conceito nos terraços e varandas de empresas como a Microsoft, Natixis e Farfetch, e rapidamente o negócio expandiu para outros espaços corporativos. E despertou interesse no mercado. Depois de a portuguesa abrir portas para o setor, é a vez da brasileira BeGreen entrar em Portugal para competir neste mercado, piscando os olhos aos supermercados para serem os anfitriões das suas primeiras hortas.

“Temos muito interesse no mercado português. Apesar de ser um país pequeno, tem consumos de hortícolas muito elevados. Vemos aqui uma grande oportunidade”, revela ao Capital Verde Giuliano Bittencourt, CEO da startup que dá agora os primeiros passos na sua expansão para Portugal, depois de ter sido um dos vencedores do Programa Banco Montepio Acredita Portugal da Unlimit, em 2022.

Até ao final de 2023, a startup brasileira, responsável pela maior estufa urbana da América Latina – feito alcançado, graças a uma tecnologia que aumenta a produtividade em 28 vezes por metro quadrado –, pretende assentar em Lisboa e contratar 35 pessoas. Esta equipa ficará encarregue de fechar os contratos para a instalação das primeiras hortas urbanas em supermercados. Neste momento, decorrem as negociações com alguns retalhistas, que a empresa prefere não revelar quem são. No entanto a expectativa de Bittencourt é que as primeiras hortas urbanas comecem a dar frutos em meados de 2024.

Estamos a negociar com alguns supermercados em Portugal para podermos perceber a procura”, explica o responsável, acrescentando que a ideia será fechar contratos de exclusividade com estes espaços. “Os supermercados receberiam 100% dos nossos produtos”, diz, sublinhando que a ideia será replicar o que já acontece nas hortas urbanas espalhadas pelas oito cidades no Brasil.

A primeira nasceu em 2017, em Belo Horizonte, com a inauguração de um espaço próprio de mil metros quadrados denominado de BeGreen Boulevard. Mas o negócio rapidamente “floriu” para o terraço de empresas, como a fábrica da Mercedes-Benz, em São Paulo, ou centros comerciais, como o Via Parque Shopping, no Rio de Janeiro. Estes espaços, que por vezes abrigam supermercados, são o destino dos alimentos produzidos nestas hortas e que são posteriormente vendidos aos consumidores ou distribuídos pela área de restauração.

“O grande motivo que nos levou a criar este projeto prende-se com o facto de que 70% de tudo o que é produzido em termos ultra perecíveis – como vegetais ou frutas – acabam no lixo. Desde a saída do alimento do produtor até chegar ao consumidor, existe muita perda e desperdício”, explica o responsável. “A nossa ideia é trazer os produtos para mais perto do consumidor”, acrescenta. Desta forma, poupam-se também nas emissões de dióxido de carbono que resultam da distribuição de alimentos de longa distância.

Em 2022, foram produzidas nessas oito hortas do Brasil 200 toneladas de hortícolas, desde alfaces, tomates, coentros ou salsas. “Os nossos produtos são entregues diariamente. Ou seja, os produtos vendidos nesses espaços são sempre frescos”, assegura Giuliano Bittencourt.

Além de garantir uma melhor capacidade para produzir através de uma tecnologia que otimiza a rega e a climatização dos alimentos, reduzindo o recurso à água e à energia, a BeGreen garante ter hortas mais resilientes ao clima.

A agricultura convencional não tem resiliência climática, sofre muito com as alterações climáticas. Seja por excesso de chuva, muito frio ou calor, então quando fazemos uma horta altamente tecnológica, dentro do centro da cidade, além de reduzir a distância entre o produto e o consumidor, conseguimos produzir com tecnologia e produzir mais por metro quadrado do que um produtor convencional”, sublinha.

Com sementes selecionadas, as plantas são cultivadas recorrendo a hidroponia, técnica que permite que as raízes se desenvolvam na água e com a ajuda de soluções à base de nutrientes naturais. Esta técnica permite que o consumo de água seja 90% inferior quando comparado com a agricultura convencional. O processo adotado também diminui os riscos de contaminação e interferências comuns em caso de mudanças bruscas de temperatura.

Noocity soma e segue carteira de clientes e expande para Espanha e Itália

A BeGreen segue assim as marcas da Noocity Ecologia Urbana, uma startup portuguesa focada no desenvolvimento de produtos e serviços inteligentes para a prática da agricultura urbana doméstica.

Nascida em 2020, no Porto, com objetivo de “apresentar uma solução de cultivo urbano para a casa das pessoas, caso quisessem instalar uma horta na varanda ou terraço”, rapidamente escalou quando os responsáveis perceberam “que havia um mercado muito interessante no ambiente corporativo”. Ao Capital Verde, o CEO e cofundador, José Ruivo, explica que naquele ano a Noocity decidiu reformatar o “plano de negócios para atender às necessidades destes clientes”.

Desde então, a startup já tem 78 clientes corporativos – empresas, hospitais, centros comerciais ou prédios de habitação – traduzindo-se numa área total de camas de cultivo de 1.1209 metros quadrados, onde são plantados “qualquer tipo de hortícolas”, legumes, pequenos frutos ou ervas aromáticas, sendo a única limitação as árvores ou arbustos devido ao suporte da infraestrutura.

“O facto de as pessoas poderem desligar-se das máquinas e irem até lá fora [terraço ou varanda], cuidar das plantas, e da terra, é uma atividade muito terapêutica e portanto também trabalhamos nesta esfera”, explica o responsável, fazendo a ressalva de que, apesar deste segmento ser a principal área de negócio da startup, a Noocity também tem oferta para aqueles que queiram por instalar uma horta pessoal, em casa.

Além da carteira de clientes estar a crescer, também o está a equipa e os mercados onde estão presentes. Neste momento, a startup portuense soma 12 colaboradores. E, depois de o negócio ter expandido em Portugal, a mais de 10 cidades francesas e Bruxelas, a ideia será alargá-lo a Portugal e fazê-lo chegar até Espanha e Itália.

“Queremos escalar o negócio para outros países e depois pela Europa fora”, revela José Ruivo.

As hortas da Noocity, cuja manutenção está nas mãos dos growers, isto é agricultores experientes que acompanham cada projeto, também recorrem à tecnologia para otimizar o cultivo de forma a torná-lo mais sustentável. Através do sistema de subirrigação – sistema tipo autorrega que garante que as plantas acedam à água, não só por onde devem, mas também como devem – os consumos de água são reduzidos em cerca de 80%. “Dispensa o cuidado diário com a rega. Acabamos por ter poupanças de água significativas”, explica o CEO.

Além disso, permite que haja compostagem resultante da recolha dos resíduos orgânicos durante a colheita, nomeadamente raízes, eliminando o recurso a fertilizantes ou pesticidas. “Isto gera um fertilizante orgânico e cria uma economia circular nas nossas hortas”, acrescenta José Ruivo.

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ASAE faz apreensões de 1.610 euros em operação contra abate clandestino

  • Lusa
  • 8 Abril 2023

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica fez apreensões no valor de 1.610 euros no âmbito de uma operação contra o abate clandestino na região Norte.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fez apreensões de 1.610 euros, entre carcaças de borrego, peles e utensílios de corte, no âmbito de uma operação contra o abate clandestino na região Norte.

“Da ação resultou a instauração de dois processos-crime por abate clandestino, tendo sido apreendidas 15 carcaças de borrego, 15 peles, diversa prova documental, bem como diversos utensílios de corte utilizados para a prática ilícita, tudo num valor global de 1.610,00 euros“, avançou, em comunicado, a ASAE.

As apreensões ocorreram no âmbito de uma operação de fiscalização ao abate clandestino nos concelhos de Marco de Canaveses e Vila Pouca de Aguiar, na qual foram intercetadas três viaturas que se encontravam a sair de locais suspeitos.

A autoridade constatou o transporte de carcaças de borrego, tendo, posteriormente, sido inspecionados os locais de exploração dos animais, onde foram detetados “vários vestígios da prática de abate de animais fora dos locais legalmente autorizados“.

Foram ainda constituídos arguidos três indivíduos, que ficaram sujeitos a termo de identidade e residência.

As carcaças encontradas foram classificadas, por um perito nomeado pelo Ministério Público, como subprodutos da categoria M2 (risco moderado), “tendo-se procedido ao seu reencaminhamento em conformidade“.

Segundo a mesma nota, as ações resultaram no desmantelamento de dois legais onde se procedia, “de forma ilícita, camuflada e sem condições térmico funcionais e de higiene”, ao abate dos borregos.

Os animais também não tinham sido sujeitos a inspeção sanitária para o despiste de doenças.

“A ASAE continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores”, sublinhou.

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Telemarketing, tradução ou ensino entre as mais afetadas pela IA

  • Lusa
  • 8 Abril 2023

Telemarketing, contabilidade, tradução, ensino, programação e investimento são das profissões que mais irão mudar à medida que a IA se tornar popular, dizem especialistas.

Telemarketing, contabilidade, tradução, ensino, programação e mesmo investimento são algumas das profissões que, estudos recentes indicam, irão mudar à medida que a Inteligência Artificial (IA) se tornar mais popular, segundo especialistas contactados pela agência EFE.

Empresas como a Microsoft ou a Google defendem que os softwares que simulam as conversações humanas, os chatbots, são um copiloto ou assistente para os utilizadores em geral, mas muitos especialistas dizem que este tipo de tecnologia irá mudar muitas profissões, quer tornando o seu trabalho mais simples e rápido, substituindo funcionários ou criando novas profissões.

As capacidades do GPT-4, a última versão do OpenAI, criadores do ChatGPT, podem resolver “novas e difíceis tarefas” com “desempenho a nível humano” em áreas como matemática, codificação, medicina, direito e psicologia, de acordo com um artigo publicado em março por investigadores da Microsoft, uma empresa que investiu milhares de milhões no OpenAI.

Em declarações à EFE, o professor da Universidade de Nova Iorque Robert Seamans, que esteve envolvido num estudo sobre como os modeladores de linguagem como ChatGPT, GPT-4, Bing e Bard irão afetar as profissões, apontou que o telemarketing demonstrou ser a profissão “mais exposta a mudanças na modelação linguística”.

“O telemarketing foi a profissão que encontrámos mais exposta a mudanças na modelação linguística ou avanços na modelação linguística, seguido por outras profissões como o ensino“, disse Seamans.

As cinco principais profissões da lista são: profissionais de telemarketing, professores universitários de língua e literatura inglesa, de língua estrangeira, de história e de direito. Outras profissões não educacionais que surgem entre as 20 mais afetadas foram: sociologia, ciência política, mediadores e juízes e magistrados.

Robert Seamans salientou que isto não significa que estes trabalhos sejam substituídos por IA, pois o que pode acontecer é que a IA venha a ser “complementar ao trabalho que está a ser feito”.

Outro estudo publicado na semana passada, que também analisou o “impacto no mercado de trabalho da modelação linguística”, indica que os gestores estão entre os profissionais cujas carreiras estão mais expostas às capacidades da IA generativa, uma vez que pelo menos metade de todas as tarefas contabilísticas poderia ser concluída muito mais rapidamente com a tecnologia.

O mesmo é válido para matemáticos, intérpretes, escritores e quase 20% da mão-de-obra dos E.U.A., segundo o estudo realizado por investigadores da Universidade da Pensilvânia e do OpenAI.

Um outro estudo realizado por investigadores do GitHub, plataforma de software propriedade da Microsoft, avaliou o impacto da IA generativa nos criadores de software. No teste, os programadores a quem foi dada uma tarefa de nível básico e encorajados a utilizar a aplicação ‘Copilot’ completaram a sua tarefa 55% mais rapidamente do que aqueles que a executaram manualmente.

Um outro estudo, sobre se “poderá o ChatGPT melhorar a decisão de investimento do ponto de vista da gestão de carteiras“, revelou que o ChatGPT já é um melhor gestor de carteiras do que uma pessoa inexperiente, embora a IA esteja ainda muito longe de conseguir gerir dinheiro de investidores no mercado de ações.

Por outro lado, houve quase 800 mil novas vagas de emprego relacionadas com IA nos E.U.A. em 2022, de acordo com dados compilados pelo Instituto do Centro de Inteligência Artificial da Universidade de Stanford.

Questionado sobre que carreira recomendaria a um adolescente, Robert Seamans disse que recomendaria primeiro encontrar uma carreira baseada nos seus gostos e paixões, para depois investir nas competências humanas, como o julgamento ou o pensamento crítico, uma vez que “são competências que servem para muitos tipos diferentes de profissões”.

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