SPAC defende contratação de pelo menos 80 pilotos na TAP

  • ECO
  • 9 Abril 2023

Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil defende contratação de pelo menos 80 pilotos na TAP. E alerta para possível atrasos nos voos e caos no aeroporto já este verão.

Em entrevista conjunta à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Tiago Faria Lopes, defendeu que é preciso contratar pelo menos 80 pilotos na TAP, dando conta que desde janeiro já saíram 20 pilotos da transportadora aérea. O responsável avisou ainda que “se continuar a existir interferência política na TAP, qualquer gestor por muito bom que seja não vai conseguir atingir os objetivos que a TAP precisa”.

Durante a entrevista, Tiago Faria Lopes alertou para a saída de quadros da TAP. “Neste momento, saíram 20 e, pelo que sabemos, estão mais para sair”, adiantando: “Neste início do mês de abril estavam em aberto 137 voos, de copiloto, de comandantes ou de tripulação mista. Diria que, pelo menos, 80 pilotos deveriam ser contratados”.

Neste início do mês de abril estavam em aberto 137 voos, de copiloto, de comandantes ou de tripulação mista. Diria que, pelo menos, 80 pilotos deveriam ser contratados.

Tiago Faria Lopes

Presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC)

Segundo o sindicalista, a transportadora aérea contabilizava 1400 pilotos antes da pandemia, tendo agora “cerca de 1190 pilotos“, pelo que são precisos mais, sublinhando que essa escassez se vai sentir já este verão, porque os pilotos que estão neste momento em formação não vão estar aptos para voar no verão, uma vez que as “contratações foram feitas tardiamente”.

O presidente do SPAC alertou ainda para o facto de a “culpa de 70 a 80% dos atrasos” ser do aeroporto que não tem capacidade para tantos voos. “É um aeroporto que está obsoleto, não consegue responder à dinâmica e precisamos de um aeroporto urgentemente”, apontou.

Tiago Faria Lopes espera que a questão do limite de horas que os pilotos podem voar e que os cortes salariais fiquem resolvidos com a negociação do novo acordo de empresa.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o sindicalisra referiu ainda que, apesar de Christine Ourmières Widener lhe ter dito que não havia interferência política na TAP, ficou agora claro na Comissão Parlamentar de Inquérito que isso não era assim e, por isso, espera que com Luís Rodrigues não haja interferências políticas.

Em relação a uma eventual venda da TAP, o sindicalista referiu que só deve avançar se o Hub se mantiver em Lisboa e admite que mesmo com uma boa gestão do novo CEO, esse processo seja irreversível.

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