Tesla baixa os preços nos EUA pela quinta vez este ano

  • ECO
  • 7 Abril 2023

A construtora automóvel de Elon Musk voltou a baixar os preços no seu maior mercado para potenciar mais as vendas. No entanto, os analistas alertam para o impacto negativo que isso gera.

A Tesla voltou a baixar os preços de venda ao público dos seus automóveis nos EUA. De acordo com informação disponível no seu website, os preços sofreram cortes entre 2% e quase 6%. Segundo os analistas que acompanham a empresa, esta estratégia de contínuos descontos nos seus veículos elétricos podem prejudicar a rentabilidade da empresa.

Este é o quinto corte de preços da Tesla nos EUA, o seu maior mercado, desde o início do ano e acontece numa altura em que os EUA se preparam para adotar este mês normas mais rigorosas na concessão de créditos fiscais na aquisição de veículos elétricos.

O mais recente corte de preços foi realizado em ambas as versões do Model 3 em cerca de 1.000 dólares e em cerca de 2.000 dólares no Model Y. Desde o início do ano, o preço do Model 3 já baixou 11% e o preço do Model Y caiu 20%.

Os analistas que seguem a companhia não descartam novos cortes ao longo deste ano. Esta semana, já contabilizando o impacto desta estratégia de corte de preços nos EUA mas também na China e em outros mercados, a Tesla revelou que vendeu cerca de 423 mil automóveis entre janeiro e março, mais de 4% que no trimestre antrior.

A construtora norte-americana tem como meta vender cerca de 1,8 milhões de veículos este ano. As ações da Tesla acumulam uma valorização de 50% desde o início do ano.

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Direito à propriedade pode ter que ceder ao direito à habitação

  • Lusa
  • 7 Abril 2023

A bastonária dos Advogados diz que o direito à propriedade "não é um direito pleno"e pode ter que ceder face ao direito à habitação. Habitação pública é mais exequível do que arrendamento coercivo.

A bastonária dos Advogados defendeu que o direito à propriedade “não é um direito pleno“, que pode ter que ceder face ao direito fundamental à habitação, e que apostar em habitação pública é mais exequível do que em arrendamento coercivo. “O direito de propriedade não é um direito pleno, não é um direito que não possa ter que ceder em relação a outros direitos fundamentais como é o da habitação. (…) É um direito fundamental o direito à habitação. Ninguém vive bem, ninguém tem dignidade humana se não tiver direito a estar numa casa, protegido e ter aquele espaço como seu. Nós enquanto sociedade temos naturalmente que fazer essa reflexão“, disse a bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro.

Em entrevista à Lusa, numa altura em que está prestes a completar três meses no cargo, a bastonária apontou a questão da habitação como “um problema social, que vem de há muito“, que se agravou com o aumento do custo do crédito à habitação, o meio preferencial para garantir acesso à habitação em Portugal, uma vez que o arrendamento sempre esteve acima das possibilidades de boa parte dos portugueses.

No entanto, reconheceu, a “colisão de direitos” que resulta de algumas medidas propostas pelo Governo no seu pacote de habitação, “não é um problema com solução fácil” e admitiu que “há argumentos para os dois lados”, mas não tem dúvidas, em relação à prevalência do direito à habitação sobre o direito à propriedade, até porque só o primeiro está consagrado como direito fundamental.

Se tiver que ceder tem que ceder, porque em primeiro lugar está a dignidade da pessoa humana e só depois é que vem a propriedade”, disse, referindo o exemplo de Viena, na Áustria, onde, na altura da 2.ª Guerra Mundial, o município, proprietário da maioria dos imóveis da cidade, percebeu a necessidade de uma intervenção pública para contrariar a especulação que estava a deixar as pessoas sem uma casa para viver“, afirma a bastonária.

Lanço o repto: se calhar o melhor é pensarmos desse lado, de ver o que podemos fazer enquanto Estado e Governo para tentar refrear esta situação da habitação e da especulação imobiliária. Dizer também que as propostas que ouvi do arrendamento coercivo não me fizeram muito sentido. Não sei se em vez de estarmos a ir buscar uma casa de alguém, fazer-lhe obras e colocá-la no mercado, se não faria antes sentido o próprio Estado agarrar essa incumbência e colocar no mercado de arrendamento a preço razoável“, disse.

Referindo o caso de Lisboa, onde a aposta na habitação pública lhe parece ainda pouco expressiva, Fernanda de Almeida Pinheiro referiu que não é possível a alguém com um salário baixo comportar uma renda sozinho, sendo empurrado para soluções de coabitação que no futuro se podem traduzir em problemas e processos em tribunal, desde logo entre casais, que em processo de separação têm que encontrar solução para aquela que era a casa dos dois.

O drama do “até que o património nos separe”, como referiu a bastonária, é apenas um dos problemas que os advogados enfrentam com a crise da habitação, sendo o principal o dos despejos, situações em que “há um enorme abuso” e violação de direitos de inquilinos, mas também de proprietários, que muitas vezes não conseguem da Justiça a resposta célere que precisam.

Questionada sobre o impacto da questão dos metadados nos processos e decisões judiciais depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter considerado que há limites à conservação de dados e ao seu uso na investigação criminal, a bastonária disse que é matéria sobre a qual a Ordem dos Advogados não tem que se pronunciar, mas em termos pessoais sublinhou que “concorda integralmente” com a decisão do TC e defende que os meios de prova num julgamento “não podem ser só aqueles”.

“Não gosto da privatização da justiça”

Sobre “a paralisação da justiça administrativa“, à qual já se tinha referido na abertura do ano judicial, Fernanda de Almeida Pinheiro recusou que “a solução esteja do lado da arbitragem”, uma via judicial em crescimento nesta área para contornar a morosidade dos tribunais, e alertou que a arbitragem não tem custos menores nem é mais célere que os tribunais, sendo preferível, na sua opinião, que o Estado mantenha aí a sua litigância.

Não gosto da privatização da Justiça, porque acho que isso não traz nenhuma segurança acrescida ao cidadão, não traz melhor Justiça, não traz Justiça mais célere e portanto eu acho que o Estado nestas matérias nunca se deve demitir das suas funções constitucionais. (…) Entendo que a Justiça deve ser pública e portanto devemos recorrer o mínimo indispensável à justiça arbitral“, disse.

Ainda questionada sobre as críticas, nomeadamente do presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses, às dezenas de recursos da defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates no âmbito do processo Operação Marquês, a bastonária, que sublinhou “não conhecer uma folha desse processo”, recusou “tecer esse juízo de valor” que aponta para litigância de má-fé, e defendeu que os magistrados têm ao dispor os meios processuais necessários para agir se entenderem que existe da parte de um advogado alguma violação.

Não aceito esse discurso constante de que os advogados estão constantemente a utilizar meios dilatórios para tentar protelar as decisões para fazer prescrever os processos, esse discurso não tem qualquer cabimento. Existem processos que são muito mediáticos e que trazem a atenção de muita gente, mas há uma história para esses processos, há um tempo para esses processos“, disse a bastonária, apontado a falta de meios na investigação e nos tribunais que levam os processos à prescrição.

“Não é o facto de um advogado lançar mão dos meios processuais que tem ao seu dispor e que é seu dever e obrigação processual fazê-lo em defesa do seu cliente que deve ser criticado. Tem que ser criticado o que está a montante. (…) Temos que ter este dever de elevação e de não cairmos na corrente do discurso fácil. Não conhecemos as circunstâncias era melhor não falarmos sobre elas porque isso é preferível para não lançarmos um anátema sobre coisas que não têm nada que saber”, acrescentou.

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Greves na CP levaram à supressão de 31 comboios dos 137 programados

  • Lusa
  • 7 Abril 2023

As greves que afetam o serviço da CP - Comboios de Portugal levaram à supressão de 31 dos 137 comboios que estavam programados entre a meia-noite e 8 horas de hoje.

As greves que afetam o serviço da CP – Comboios de Portugal levaram à supressão de 31 dos 137 comboios que estavam programados para o período entre a meia-noite e as 8 horas de hoje, informou a transportadora.

De acordo com a CP, neste período circularam 106 comboios, o que se traduziu numa supressão de 22,6% em relação ao que estava programado.

No serviço de longo curso, de nove comboios previstos não se realizaram dois, enquanto no regional de 42 programados foram suprimidos 12.

Nos urbanos de Lisboa não se realizaram 13 comboios em 59 estimados e no Porto de 25 programados não circularam três. Nos urbanos de Coimbra, circulou um dos dois comboios que estavam previstos.

Depois de vários dias, a greve na CP e na Infraestruturas de Portugal (IP) é agora a partir da oitava hora de serviço. Além disso, até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço” e, entre 10 e 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.

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Samsung anuncia redução da produção de chips

  • Lusa
  • 7 Abril 2023

A Samsung Electronics anunciou hoje que vai reduzir a produção de 'chips' "a um nível significativo", esperando também uma queda de 95,8% nos lucros operacionais entre janeiro e março.

A Samsung Electronics anunciou esta sexta-feira que vai reduzir a produção de chips “a um nível significativo”, esperando também uma queda de 95,8% nos lucros operacionais entre janeiro e março.

A empresa sul-coreana indicou que vai ajustar a produção de chips para reduzir o excesso de inventário face a um mercado de semicondutores em retração, sem adiantar pormenores sobre os níveis de redução da produção nas fábricas, de acordo com um comunicado enviado à bolsa de valores de Seul.

Por outro lado, a Samsung disse esperar uma queda de 95,8% para 600 mil milhões de won (417 milhões de euros) nos lucros operacionais no primeiro trimestre do ano.

Inicialmente, a empresa tinha declarado que não iria ajustar a produção de chips face à queda de preços no setor.

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Subida de preços não assusta turistas na Páscoa. Taxa de ocupação supera 2019 em todo o país

  • Ana Petronilho
  • 7 Abril 2023

Hotéis estão cheios em quase todas as zonas do país e com reservas acima de 2019. Hoteleiros e agentes de viagens antecipam um verão recorde e com os portugueses a viajar mais.

Apesar do aumento dos preços nas estadias em cerca de 20%, os hotéis estão praticamente cheios durante o fim de semana da Páscoa, piscando o olho a um verão a bater recordes no turismo, acima dos números de 2022. E num fim de semana sem chuva, com o termómetro a bater nos 30 graus, as taxas de ocupação já superam os níveis de 2019 em quase todas as zonas do país, sobretudo em Lisboa e Madeira, onde as taxas de ocupação estão acima dos 90%. Também no Algarve, onde a recuperação tem sido mais lenta, os hotéis estão com reservas a rondar os 80%.

Para o Porto e norte do país, os números apontam para uma ocupação a rondar os 85% e no centro acima dos 55%. O Alentejo as reservas devem atingir os 70%, dizem ao ECO as várias entidades que representam o setor.

“A operação está a ser um êxito e para a Páscoa os clientes estão à procura dos últimos lugares em cada destino”, diz ao ECO o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira.

Também Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), adianta ao ECO que “os preços têm estado a subir, a acompanhar não só a maior procura, mas também a refletir o crescimento dos custos dos fatores de produção, desde energia, alimentação ou salários”. Ainda assim, “não há quebra nas reservas” para a Páscoa. Pelo contrário, sublinha Cristina Siza Vieira, “a procura continua a aumentar”, até porque Portugal “tem espaço para crescer em preço”.

Mesmo nas regiões com elevado nível de sazonalidade, onde os hotéis ou alojamentos fecham nos períodos de época baixa, estão a operar “quase a totalidade das unidades hoteleiras”, conta Ana Jacinto, a secretária-geral da AHRESP.

Sem surpresa, nesta altura do ano, os portugueses e os espanhóis são quem mais procuram os hotéis nacionais. Mas, “o constante fluxo de turistas americanos, e em menor escala canadianos, que já reservaram, não por ser Páscoa mas por serem datas da sua conveniência, será o grande complemento para a ocupação dos hotéis”, aponta ao ECO a Neoturis, consultora especializada em turismo.

Verão acima de 2022

Perante este cenário para a Páscoa e a poucos meses do verão, “as reservas estão claramente dois dígitos acima do ano passado”, diz o presidente da APAVT. “A maioria dos hoteleiros prevê que, em todos os trimestres, 2023 será melhor do que 2019 e 2022”, frisa também a vice-presidente executiva da AHP.

Pedro Costa Ferreira acrescenta que se está “a vender mais e mais caro” contrariando as suas previsões no início deste ano. “Não esperava que a dinâmica do mercado fosse esta por causa de todos os fatores adversos”, como a subida generalizada dos preços. Mas esta “dinâmica invulgar de reservas antecipadas” para o verão pode vir a resultar, nos próximos meses, numa “quebra notória de reservas, por já terem sido feitas”, admite.

Num ano em que Portugal recebe as Jornadas Mundiais da Juventude, o turismo nas regiões de Lisboa e de Fátima (região centro) vai sofrer um “forte impacto” durante a primeira semana de agosto, sobretudo na hotelaria, antecipa Cristina Siza Vieira.

Além de recebermos mais turistas, no verão, os portugueses também vão viajar mais. “Temos assistido a um aumento da procura de viagens de portugueses para o exterior, especialmente para destinos de sol e praia como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, destinos do Caribe, bem como destinos city-break europeu”, salienta Ana Jacinto. Também destinos como o Senegal “que se está a consolidar desde o ano passado”, assim como Marrocos e Tunísia que já “têm reforços de operações charter” estão com reservas “muito otimistas” de portugueses.

Apesar deste cenário, a capacidade operacional do aeroporto da Portela e a operação das companhias trazem preocupação aos hoteleiros e agentes de viagens, que receiam que se repita o cenário do ano passado, com filas de horas para que os turistas conseguissem sair do aeroporto, ou de dezenas de voos cancelados.

“Existe uma preocupação generalizada para o Verão, pois várias companhias já anunciaram a possibilidade de virem a cancelar voos e continuam a faltar recursos humanos nos principais aeroportos Europeus”, adianta a Neoturis.

“Há razão para estarmos duplamente assustados. Sabemos que vão existir problemas operacionais porque o aeroporto está no seu limite e, por outro, lado assusta-nos o facto de continuar a não haver uma solução por parte do Governo”, remata o presidente da APAVT.

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Bolsa de Hong Kong exclui construtora Sinic após entrar em incumprimento

  • Lusa
  • 7 Abril 2023

A construtora chinesa Sinic é a primeira empresa do setor na China a ser expulsa de uma praça financeira, após entrar em incumprimento.

A Bolsa de Hong Kong anunciou esta sexta-feira que vai cancelar a negociação das ações da construtora chinesa Sinic da praça financeira chinesa a partir de 13 de abril, por a empresa ter entrado em incumprimento com obrigações.

O operador responsável pela gestão da Bolsa de Hong Kong suspendeu a negociação das ações em setembro de 2021 e como a construtora não cumpriu com a exigência de retomar as operações antes de 19 de março deste ano, a decisão passou por excluir a Sinic de negociação.

Em setembro de 2021, a Sinic falhou o pagamento de cerca de 38,7 milhões de yuan (cerca de 5,1 milhões de euros) em juros, referentes a títulos de dívida emitidos no mercado externo e, no mês seguinte, revelou que não tinha fundos para pagar o capital e os juros das obrigações, num valor total de 250 milhões de dólares (cerca de 228 milhões de euros).

A capitalização de mercado da construtora, antes de a negociação das ações terem sido suspensas, era de cerca de 1,8 mil milhões de yuan (cerca de 239 milhões de euros), uma queda de 81%, face ao valor da entrada em bolsa, realizada no final de 2019.

A empresa, que não apresentou resultados nos últimos 18 meses, tinha um passivo de 91,8 mil milhões de yuan (mais de 12 mil milhões de euros), em meados de 2021, de acordo com o portal de notícias chinês Yicai.

A Sinic é assim a primeira construtora na China a ser expulsa da Bolsa. No entanto, outras podem seguir-se. Várias construtoras chinesas mantêm a negociação dos seus títulos em bolsa suspensa devido a problemas financeiros. Nomes importantes do setor, como os grupos Shimao Group ou Sunac China, também podem ser excluídas dos mercados nos próximos seis meses.

Em 2022, as construtoras chinesas falharam o pagamento de um total de 149,6 mil milhões de yuan, em títulos emitidos onshore, e de 30 mil milhões de dólares, em obrigações emitidas offshore, segundo um relatório da corretora chinesa GF Securities. Um total de 26 construtoras chinesas entraram em incumprimento no mercado de dívida chinês.

Com um passivo superior a 300 mil milhões de dólares, o grupo Evergrande tornou-se emblemático da crise de liquidez que afeta o setor imobiliário da China.

O setor foi abalado, nos últimos dois anos, por uma campanha que visou reduzir os níveis de alavancagem, resultando numa crise de liquidez, e pela política de ‘zero casos’ de Covid-19, que pesou sobre a atividade económica do país.

Nos últimos meses, Pequim anunciou várias medidas de apoio, visando concluir projetos que ficaram a meio, devido à falta de liquidez.

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Abrunhosa defende potencial do Aeroporto de Beja como plataforma logística

  • Lusa
  • 6 Abril 2023

“É um aeroporto que não tem slots, ou seja, é mais fácil o movimento de aviões e, portanto, foi uma visita de trabalho como normalmente fazemos”, disse Ana Abrunhosa.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, reiterou esta quinta-feira que o Aeroporto Internacional de Beja “tem um potencial de exploração muito grande” e tem condições para funcionar como plataforma logística, em interligação com os empresários. “Se há algo pelo qual a ministra da Coesão é conhecida há muito tempo é por defender a ideia de que o Aeroporto de Beja tem um potencial de exploração muito grande”, afirmou a governante.

À margem de uma visita que efetuou às obras do novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, acompanhada pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, Ana Abrunhosa foi questionada pela agência Lusa sobre uma deslocação que efetuou recentemente ao distrito de Beja, que não foi acompanhada pelos jornalistas.

Essa deslocação, que envolveu reuniões técnicas, a 23 de março, além de Ana Abrunhosa, contou com a participação do ministro das Infraestruturas, Eduardo Galamba, assim como uma secretária de Estado, o embaixador da China em Portugal, empresários deste país asiático e portugueses, entre outros convidados. Segundo a ministra da Coesão, “a visita foi organizada por um conjunto de empresários portugueses, que associaram à visita a um conjunto pequeno de empresários chineses e o embaixador” da China.

A comitiva deslocou-se a “explorações agrícolas” com “produção de energia e projetos apoiados com fundos europeus e, depois, propiciou-se a visita ao Aeroporto de Beja, mas numa perspetiva de se perceber para as empresas o potencial que o aeroporto tem em termos de plataforma logística”.

“É um aeroporto que não tem slots, ou seja, é mais fácil o movimento de aviões e, portanto, foi uma visita de trabalho como normalmente fazemos”, resumiu Ana Abrunhosa.

A governante, que disse não ter falado com os empresários chineses, mas apenas com os portugueses, pretendeu perceber da parte destes “as necessidades que tinham, porque muitos deles fazem a produção de carne de vaca, portanto, criam os animais e, simultaneamente, têm painéis solares”.

“Não podemos ignorar que o Alentejo é talvez das regiões do mundo onde a produção de energia a partir do Sol tem melhores condições e hoje o transporte de energia é ainda caro”, referiu.

Portanto, “as empresas que usam muita energia nos seus processos de produção, enquanto não encontrarmos uma solução de armazenamento de energia e de transporte de energia, é óbvio que estes territórios que produzem energia são atrativos para as empresas se implantarem e a existência de um aeroporto que possa ter e tem condições para também ter uma plataforma logística é importante”, defendeu.

Esta terça-feira, a TVI noticiou que um grupo económico com origem em Macau e negócios no Alentejo propõe que o Aeroporto de Beja seja usado como plataforma de transporte de carga aérea entre Portugal e a China, indicando que a ideia esteve em cima da mesa num encontro realizado no próprio aeroporto com três membros do Governo.

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Aeroporto no Montijo com muito mais impacto do que o estimado

  • Lusa
  • 6 Abril 2023

Cerca de 68% dos maçaricos-de-bico-direito seriam afetados, um valor bastante superior aos 6% que o Estudo de Impacto Ambiental «associado ao projeto aeroportuário estimava.

Um aeroporto no Montijo teria muito mais impacto na avifauna do estuário do Tejo do que anteriormente estimado, indica um estudo científico divulgado esta quinta-feira. Segundo os investigadores, cerca de 68% dos maçaricos-de-bico-direito seriam afetados, um valor bastante superior aos 6% que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) associado ao projeto aeroportuário estimava.

Publicado na revista “Animal Conservation”, o artigo centra-se no maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa), uma ave que consta na lista de espécies para as quais uma secção do estuário do Tejo foi designada como Zona de Proteção Especial (ZPE). É, explicam os autores, um estatuto de proteção enquadrado na Diretiva Aves da União Europeia e adotado pela legislação nacional.

O estudo foi liderado por investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) e do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro (UA), com a contribuição de investigadores da Universidade da Islândia e de East Anglia, no Reino Unido.

Os autores explicam que as aves se deslocam a distâncias consideráveis, dos movimentos diários às migrações sazonais intercontinentais, e que na identificação e quantificação de ameaças a essas espécies nas áreas protegidas os estudos são feitos com animais em locais fixos.

Usando essa forma, diz citado no estudo o investigador do CESAM e da UA Josh Nightingale, corre-se o risco de subestimar a importância do sítio e da ligação entre locais. Os investigadores usaram uma nova abordagem tendo em conta as deslocações das aves.

O estuário do Tejo é um dos locais mais importantes para os maçaricos-de-bico-direito, abrigando dezenas de milhares de indivíduos não só durante o inverno, mas também no período da migração de primavera, dizem os autores, que analisaram os movimentos das aves dentro do estuário entre os anos 2000 e 2020. Com essa informação analisaram os efeitos da construção de um aeroporto no Montijo, com aviões a sobrevoar a área protegida a baixa altitude e com uma elevada frequência.

Josh Nightingale frisa no estudo que o EIA estimou que menos de 6% da população do maçarico-de-bico-direito da ZPE seria afetada mas que o que os investigadores descobriram agora é que mais de 68% dos maçaricos que invernam no estuário do Tejo estariam expostos à perturbação causada pelas aeronaves, e 44% considerando apenas os que usam a ZPE.

O estudo demonstra também que as aves seguidas individualmente são muito fiéis a um pequeno número de locais ao longo das suas vidas, pelo que podem não vir a utilizar as novas áreas de habitat eventualmente criadas devido à construção de um aeroporto.

José Alves, investigador principal do CESAM e da UA, diz que a abordagem seguida para calcular a pegada de impacto ambiental pode ser aplicada noutras áreas protegidas. A construção de um novo aeroporto na região de Lisboa está a ser analisada por uma comissão criada para esse efeito mas no passado o aeroporto do Montijo já foi dado como certo.

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Inspetores do SEF chegam a acordo com o Governo sobre integração na PJ

  • Lusa
  • 6 Abril 2023

O sindicato desmarcou a greve, entre esta quinta e a próxima segunda, depois de garantir o respeito por "pontos essenciais das carreiras dos inspetores que vão transitar para a Polícia Judiciária".

O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF/SEF) anunciou esta quinta-feira que chegou a acordo com o Governo sobre as condições de transferência dos inspetores daquele organismo para a Polícia Judiciária, tendo desmarcado a greve marcada.

O Conselho de Ministros (CM) aprovou esta quinta a criação da Agência Portuguesa para as Minorias, Migrações e Asilo (APMMA) e o decreto que estabelece o regime de transição dos trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que procurará “salvaguardar os seus direitos e acautelar as transições de carreiras e posicionamentos remuneratórios”.

Numa nota enviada à agência Lusa, o SCIF/SEF, que tinha uma greve marcada entre esta quinta e a próxima segunda-feira – tendo já suspendido o dia de hoje enquanto aguardava a decisão do Governo –, afirma que depois de várias reuniões com o Governo, “conseguiu que este respeitasse pontos essenciais das carreiras dos inspetores que vão transitar para a Polícia Judiciária” (PJ).

Foi um processo negocial complexo, no qual o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, souberam valorizar o desempenho passado, presente e futuro dos inspetores do SEF na segurança do país”, afirma o presidente do sindicato, Acácio Pereira.

Segundo o dirigente sindical, “é o início do fim de um processo longo e doloroso, uma vez que se tratou de preparar a extinção de uma instituição, o SEF, ao qual a esmagadora maioria das inspetoras e dos inspetores consagraram o melhor do seu esforço e das suas competências ao longo de quatro décadas”.

“Foi possível encontrar um ponto de convergência quanto à transição em bloco para uma carreira similar, quanto à valorização salarial e quanto à localização do desempenho das funções por parte dos inspetores do SEF”, afirma Acácio Pereira. No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Administração Interna explicou que a transição para a PJ será feita em dois anos.

Entretanto, os inspetores do SEF irão colaborar com a PSP e a GNR nos postos de fronteira aérea e marítima ao longo desses dois anos, assegurando uma transição segura das missões do SEF para as duas forças que as vão assumir. Também o presidente do Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (Sinsef) considerou, esta quinta-feira, positiva a aprovação em Conselho de Ministros da APMMA, mas advertiu que há muito ainda por fazer.

A nova agência vai receber 680 funcionários do SEF e a renovação das autorizações de residência fica no Instituto de Registos e Notariado (IRN). A APMMA vai integrar o Alto Comissariado para as Migrações, visando responder aos vários desafios da inclusão e da integração dos migrantes em Portugal, estando o processo concluído nos próximos seis meses.

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SIC fecha março com vantagem de três décimas face à TVI

A estação da Impresa registou uma audiência média de 3,7%, mais uma décima do que a estação da Media Capital. Em termos absolutas, foi vista em média por 319,5 mil pessoas, cerca de mais 6,6 mil.

 

 

A SIC recuperou uma ligeira vantagem nas audiências em março, mês que fechou com um share de 16,1%, mais três décimas do que a TVI. A estação da Impresa registou uma audiência média de 3,7%, mais uma décima do que a estação da Media Capital. Em termos absolutos, a estação foi vista em média por 319,5 mil pessoas, cerca de mais 6,6 mil do que a audiência média da TVI.

A RTP1 fechou o último mês com um share de 12,1% e uma audiência média de 2,8%, percentagem que se traduz em cerca de 240 mil indivíduos. O Total Cabo apresenta 9,5%, contudo estamos a olhar para um canal virtual e a sua audiência é diluída pelos muitos canais que o constituem, como podemos constatar no ranking de canais, realça a Dentsu/Carat, que elaborou esta análise para o +M/ECO.

 

Analisando por períodos horários, a RTP1 destaca-se entre as 7h30 e a 12h e a SIC lidera entre as 12h e as 14h, slot no qual tem o share mais alto, com 22,8%. As 14h às 18h mantém a liderança, mas já com uma vantagem de apenas três décimas. A TVI surge na primeira posição entre as 18h e as 20h, com 16,4%, mais quatro décimas do que a RTP1. Das 20h às 24h, o prime-time, a SIC volta a recuperar a liderança, surgindo com 1,2 pontos de vantagem em relação à SIC, dianteira que mantém nas duas horas e meia que se seguem.

A TVI lidera o Top com sete programas, seguida pela SIC com cinco e pela RTP1 com três. O Jogo de Futebol de Qualificação para o Euro 2024, “Luxemburgo xs Portugal“, transmitido pela RTP1, foi o programa mais visto do mês, com uma audiência média de 25.1%. Cerca de 2.2 milhões de telespectadores assistiram ao jogo. No cabo, 14 dos 15 programas mais vistos são da RTP1. No cabo, dos 15 programas mais visto 14 são da CMTV.

 

 

Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de 7 dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
Share Aud.: Percentagem de tempo que é despendido a ver um dado canal relativamente ao tempo total de visão do meio (Televisão) num determinado período.
Top produzido para programas “Net” (TeleReport), com duração superior a 3 minutos. Audiência corresponde à média ponderada das partes do programa. Não são considerados como programas: Sorteios e Tempo de Antena.

 

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Governo rejeita ter versões contraditórias sobre reunião do PS com CEO da TAP

  • Lusa
  • 6 Abril 2023

"Não há nenhuma contradição. Leiam as duas respostas", declarou Ana Catarina Mendes, sobre a sua resposta e a do ministério das Infraestruturas.

O Governo rejeitou esta quinta-feira ter divulgado versões contraditórias sobre quem promoveu uma reunião com elementos do executivo, deputados do PS e a presidente executiva da TAP, na véspera de Christine Ourmières-Widener ser ouvida no parlamento.

A questão da controversa reunião ocorrida em 17 de janeiro, juntando deputados do PS, elementos do Governo e a presidente executiva da TAP, foi colocada pelos jornalistas de forma insistente no briefing do Conselho de Ministros. Na quarta-feira, o Ministério dos Assuntos Parlamentares referiu que só fez a “ponte” para marcar a reunião virtual, já que isso lhe foi solicitado, e que não incluiu por sua iniciativa convites Christine Ourmières-Widener.

Esta quinta, o Ministério das Infraestruturas afirmou que em 16 de janeiro foi informado que a TAP tinha interesse em participar na reunião do dia seguinte com o grupo parlamentar do PS e que João Galamba “não se opôs”. “Não há nenhuma contradição. Leiam as duas respostas”, declarou Ana Catarina Mendes.

Antes, por várias vezes, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, recusou abordar a questão desta reunião num briefing do Conselho de Ministros, alegando que a sede para esse debate é a Assembleia da República, designadamente a comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP.

Este é o tempo em que na Assembleia da República os temas são discutidos no âmbito da comissão parlamentar de inquérito, que decorre e decorrerá. Quanto ao mais, não tenho nada a acrescentar aos comunicados feitos pelos ministros das Infraestruturas ou às respostas já dadas pela ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares”, declarou.

Neste ponto, Mariana Vieira da Silva fez também questão de acentuar que, “num momento a determinar pela comissão de inquérito parlamentar da TAP, o Governo também será chamado a responder”. “É no quadro da comissão parlamentar de inquérito que essas respostas devem ser dadas”, advogou. Face à repetição de perguntas sobre esta questão, Ana Catarina Mendes disse ainda que terá “todo o gosto em explicar aos jornalistas parlamentares o funcionamento a articulação do Governo com o parlamento”.

“Na quarta-feira emiti uma nota em resposta a um órgão de comunicação social em que explico como funciona a articulação. Muitas vezes os grupos parlamentares solicitam a articulação com os ministérios”, observou. Tal como fizera antes Mariana Vieira da Silva, a ministra Ana Catarina Mendes considerou que o briefing do Conselho de Ministros “não é o fórum” para abordar a questão levantada na comissão parlamentar de inquérito da TAP.

Christine Ourmières-Widener confirmou, na terça-feira, uma denúncia da Iniciativa Liberal (IL) sobre a reunião com o grupo parlamentar do PS, na véspera de ir ao parlamento, em janeiro, dar explicações sobre a indemnização à ex-administradora Alexandra Reis.

O deputado Bernardo Blanco, da IL, quis saber se naquela reunião houve alguma combinação de perguntas e respostas, nos esclarecimentos a dar à Assembleia da República, ao que a gestora disse não se recordar. “Penso que a ideia era fazerem perguntas sobre o processo e eu respondi a essas perguntas”, disse a ainda presidente executiva, acrescentando que, segundo a sua agenda, não estavam membros do Governo presentes na referida reunião, mas sim assessores e chefes de gabinete de membros do Governo.

Questionada sobre de quem partiu a iniciativa de realizar a reunião, Christine Ourmières-Widener disse que, se bem se recorda, partiu do gabinete do Ministro das Infraestruturas, que na altura já era João Galamba. Em dezembro, Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, tendo então estalado a polémica sobre a indemnização que recebeu quando saiu da companhia aérea detida pelo Estado, levando a uma remodelação no Governo, incluindo a saída de Pedro Nuno Santos, que foi substituído por João Galamba.

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Acionistas da Ramada votam dividendo de 0,82 euros a 28 de abril

  • Lusa
  • 6 Abril 2023

O Conselho de Administração da empresa propõe uma distribuição de dividendos de 21 milhões de euros.

A Ramada convocou uma assembleia-geral anual de acionistas para dia 28, na qual vai deliberar sobre o pagamento de um dividendo de 0,82 euros por ação, foi comunicado esta quinta-feira ao mercado.

De acordo com um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), um dos pontos da assembleia-geral é “deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados do exercício e, adicionalmente, sobre a distribuição de dividendos em numerário”.

A Ramada apresentou um resultado líquido de 24.329.205 euros, para o qual, o Conselho de Administração propõe uma distribuição de dividendos de 21.025.996 euros e reservas livres de 3.303.209 euros. O Conselho de Administração do grupo Ramada Investimentos e Indústria indica que “a distribuição de lucros do exercício proposta implicará o pagamento de um dividendo bruto de 0,82 euros por ação”.

Os acionistas vão também deliberar sobre os documentos de prestação de contas relativos ao exercício de 2022 e sobre a eleição dos membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Comissão de Remunerações para o novo mandato relativo ao triénio 2023/2025, entre outros pontos.

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