“Aumentos não são simpáticos, mas não se podia manter a falta de acesso”, diz presidente da ADSE
Presidente da ADSE reconhece que aumentos não são “simpáticos”, mas “não se podia manter a falta de acesso dos beneficiários” aos cuidados de saúde e garante não se sentir diminuída na negociação.
As alterações feitas em 2021 aos valores pagos aos prestadores de cuidados de saúde privados ficaram aquém das expectativas, reconhece a presidente do conselho diretivo da ADSE (o sistema de assistência na doença dos trabalhadores e aposentados da Função Pública e das suas famílias). O número de convenções até aumentou, mas ao longo de 2022 vários médicos e atos foram saindo, obrigando os beneficiários a recorrer ao regime livre, isto é, médicos ou prestadores sem convenção, em que os beneficiários assumem o custo e a ADSE reembolsa uma parte, diz Maria Manuel Faria em entrevista ao Público (acesso condicionado). Assim, este ano foi necessário rever a tabela de preços pagos pelos beneficiários.
A presidente do conselho diretivo da ADSE compreende que os aumentos para os beneficiários “não são simpáticos”, mas refere que “não se podia manter a falta de acesso dos beneficiários” aos cuidados de saúde no regime convencionado. Questionada quanto à possibilidade de recorrer à reserva de 1.100 milhões que tem junto do IGCP para assumir o aumento de custos para os beneficiários, Maria Manuela Faria discorda e considera “importante” a ADSE ter uma almofada para o futuro.
Em relação à alteração ao mercado dos seguros de saúde e o seu impacto no poder negocial da ADSE, a presidente do conselho diretivo garante não se sentir diminuída na negociação com os privados, que não podem “negligenciar” um milhão e 300 mil beneficiários. A atual presidente da ADSE termina o mandato de três em anos em junho de 2023 após ser nomeada em 2020 pela anterior ministra com a tutela da Administração Pública, Alexandra Leitão.
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