Bónus dos traders de Wall Street regista maior queda desde 2008

No ano passado, cada corretor da Bolsa de Nova Iorque terá recebido cerca de 178 mil dólares em bónus, menos 26% face a 2021. Desde 2008 que não se registava uma correção tão expressiva.

Em 2022, a carteira dos corretores de Wall Street ficou menos cheia do que o costume. Segundo estimativas do agente fiscal de Nova Iorque Thomas P. DiNapoli, o valor médio do bónus recebido pelos traders de ações de Wall Street caiu para 176.700 dólares (cerca de 165,5 mil euros), menos 26% face aos 240.400 dólares pagos em 2021.

Trata-se da maior correção do bónus dos corretores de ações da Bolsa de Nova Iorque desde a crise financeira de 2008, após três anos de subidas, com destaque para o aumento de 28% em 2020 (a maior subida desde 2009).

“O aumento das taxas de juro e o medo de uma recessão levaram a lucros significativamente menores em Wall Street, após um ano recorde em 2021″, refere DiNapoli em comunicado. Recorde-se que em 2022 o S&P 500 desvalorizou 14,5% (quando medido em euros) e o tecnológico Nasdaq quase 30%.

Como resultado do desempenho negativo das Bolsas no ano passado, o bónus dos corretores voltaram aos níveis pré-pandémicos, “o que significará um declínio nas receitas de imposto sobre o rendimento relacionadas, como previsto pelo estado de Nova Iorque e pela cidade.”

O mercado de capitais tem um peso significativo na economia nova-iorquina. Os dados do gabinete de DiNapoli revela que Wall Street tem um impacto significativo no emprego e na economia global da cidade, com a indústria a empregar mais de 190 mil pessoas em 2022, “o valor mais alto nível em mais de duas décadas”. DiNapoli estima que 1 em 11 empregos em Nova Iorque está direta ou indiretamente associado a Wall Street.

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