Falta de seguros foi problema para setor alimentar e de bebidas

  • ECO Seguros
  • 11 Abril 2023

Falta de soluções de seguros esteve entre os maiores desafios na abordagem aos riscos da cadeia de abastecimento nos últimos três a cinco anos, de acordo com um novo relatório da WTW.

Mais de metade, 79%, das empresas globais do setor alimentar e de bebidas afirmou que a falta de soluções de seguros esteve entre os seus maiores desafios na abordagem aos riscos da cadeia de abastecimento nos últimos três a cinco anos, de acordo com um novo relatório da WTW, especializada em consultoria, corretagem e soluções.

Luís Teixeira, Risk & Broking Sales Lead na WTW Portugal, afirma: “este setor é crítico para as sociedades. Uma disrupção nas cadeias de abastecimento – desde as colheitas, passando pelo transporte até às fábricas onde são transformados os produtos – pode alterar de forma significativa os padrões de consumo e inflacionar os preços dos alimentos e bebidas”.

Menos de um terço, 30%, das empresas está confiante de que tem seguros suficientes para cobrir o impacto de condições meteorológicas extremas na sua cadeia de abastecimento.

As empresas também enfrentam obstáculos consideráveis na obtenção dos dados de que necessitam para alcançar a plena visibilidade dos riscos da sua cadeia de abastecimento, sendo que mais de três quartos, 78%, disseram não dispor dos dados e conhecimentos necessários para compreenderem os seus riscos. Um número semelhante, 76%, indicou que as preocupações dos fornecedores sobre a titularidade dos conhecimentos e a propriedade intelectual eram um impedimento à transparência.

Apesar de as cadeias de abastecimento alimentar, de bebidas e agrícola parecerem ter resistido bem aos desafios mais recentes, nomeadamente a pandemia e a guerra na Ucrânia, a indústria tem sido profundamente afetada por interrupções de produção, escassez de mercadorias, subida dos preços da energia e pela inflação.

Quase três quartos, 73%, dos inquiridos no Relatório de Riscos da Cadeia de Abastecimento Alimentar, de Bebidas e Agrícola de 2023 da WTW afirmaram que as suas perdas relacionadas especificamente com os riscos da cadeia de abastecimento foram superiores ou muito superiores ao esperado nos últimos dois anos, em comparação com os 65% verificados nos outros setores.

As experiências e aprendizagens deste período motivaram as empresas a aumentar a sua resiliência contra choques futuros. Uma grande maioria dos inquiridos, 68%, indicou ter feito algumas melhorias na sua abordagem à gestão da cadeia de abastecimento em resposta à pandemia, enquanto outros 20% referiram ter transformado completamente a sua abordagem.

Luís Teixeira, Risk & Broking Sales Lead na WTW Portugal, afirma: “este setor é crítico para as sociedades. Uma disrupção nas cadeias de abastecimento – desde as colheitas, passando pelo transporte até às fábricas onde são transformados os produtos – pode alterar de forma significativa os padrões de consumo e inflacionar os preços dos alimentos e bebidas. É crucial que as empresas tenham acesso a ferramentas de gestão de risco ajustadas à complexidade deste setor.”

Sue Newton, Diretora, GB Food & Drink Practice Leader na WTW, disse: “o setor alimentar e de bebidas esteve sempre exposto a perturbações na cadeia de abastecimento, mas é provável que a indústria enfrente desafios cada vez mais difíceis no futuro, desde a logística contínua e a escassez de matérias-primas até aos impactos a longo prazo das alterações climáticas na agricultura e à crescente competição pela terra e pelos recursos naturais.”

“A utilização de ferramentas que mapeiam a cadeia de abastecimento pode ajudar as empresas a começar a compreender onde estão as lacunas de informação e a começar a preenchê-las. Um terço das empresas do setor afirmou que a utilização de software de cartografia da cadeia de abastecimento estava entre as medidas que teriam um impacto benéfico na gestão dos riscos.”

O Relatório de Riscos da Cadeia de Abastecimento Alimentar, de Bebidas e Agrícola de 2023 da WTW decorreu entre novembro e dezembro de 2022 em toda a Europa, América do Norte, Ásia-Pacífico e América Latina, tendo sido inquiridos 100 decisores de topo, incluindo gestores de risco, gestores de abastecimento e logística e CEOs.

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