Rendibilidade das empresas bate recorde no final de 2022

Empresas estão mais rentáveis e menos dependentes do capital alheio.

A rendibilidade das empresas portuguesas atingiu os 9,2% no quarto trimestre do ano passado, registando o valor mais elevado desde, pelo menos, 2006, quando começa a série do Banco de Portugal.

Medida pelo rácio entre os resultados antes de amortizações, depreciações, juros e impostos (EBITDA) e o total do ativo, a rendibilidade das empresas portuguesas sobe há oito trimestres consecutivos, depois de ter registado um período de queda por conta da crise pandémica, superando a taxa máxima de 9% que tinha registado em 2007.

De acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, a rendibilidade do ativo nas empresas privadas aumentou em praticamente todos os setores de atividade, com destaque para os setores dos transportes e armazenagem e do comércio, que tiveram aumentos de 4,4 e de 3 pontos percentuais, respetivamente, em relação ao quarto trimestre de 2021.

A exceção foi o setor da construção, que teve uma redução da rendibilidade do ativo de 0,1 pontos percentuais relativamente ao ano anterior.

No setor público, a rendibilidade das empresas fixou-se em 7,4% do ativo, que compara com os -4,5% no final de 2021.

Rendibilidade das empresas sobe para 9,2%

Fonte: Banco de Portugal

Ainda segundo o Banco de Portugal, o ano passado ficou marcado por um reforço da autonomia financeiras das empresas, que atingiu os 41,9% no último trimestre, um máximo desde 2006 (início da série). A autonomia financeira de uma empresa mede-se pelo peso do capital próprio no total do ativo.

A autonomia financeira das empresas privadas reduziu-se em termos homólogos nos setores da eletricidade e da construção, observando-se aumentos nos restantes setores.

Já em relação ao período pré-pandemia (quarto trimestre de 2019), o aumento da autonomia financeira “foi transversal a todos os setores de atividade”.

Em sentido contrário, o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo baixou de 31,7% para 30,1%. “Para esta redução contribuíram os empréstimos de instituições de crédito e sociedades financeiras, bem como os empréstimos de empresas do grupo”, explica o regulador financeiro.

A autonomia financeira das empresas públicas cresceu de 31,7% para 35,3%, e o peso dos financiamentos obtidos no total do ativo diminuiu de 37,1% para 31,6%.

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