Marcelo aponta “matéria sensível” no caso Galamba

Questionado sobre a polémica envolvendo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, o Presidente da República referiu que “temas particularmente sensíveis” e “de relevância nacional” têm de ser tratados “muito discretamente”. E é assim que fará em relação ao primeiro-ministro para resolver este dossiê.

“Em determinados temas particularmente sensíveis, o seu tratamento não é na praça pública, não é sob os holofotes da comunicação social. Vão ser tratados até ao momento em que se vê que forem tratados”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas transmitidas pela CNN Portugal.

“Estes casos são discretos. E matérias muito sensíveis de Estado são discretas e são tratadas muito discretamente. As pessoas não têm noção, mas são dossiês tratados muito discretamente”, acrescentou à margem da visita a uma exposição sobre o 1.º de Maio, em Lisboa.

No sábado, Marcelo disse que iria falar com António Costa assim que tivesse “informação completa” sobre o caso envolvendo João Galamba e o ex-adjunto do seu gabinete, e que juntou ainda a intervenção do Serviço de Informações de Segurança (SIS) para recuperar o computador de Frederico Pinheiro.

“Não cabe nem a mim nem ao primeiro-ministro, neste caso é a mim, uma vez que disse que ia falar com o primeiro-ministro, estar a dizer ‘dia tal, horas tais, nestas circunstâncias’. As coisas sucedem, vão sucedendo e depois verifica-se que sucederam“, explicou aos jornalistas. “Aqui, tratando-se de matéria sensível e de relevância nacional o tratamento tinha de ser discreto”, reiterou.

E quando é que será visível o resultado da intervenção do Presidente? “Quando for”, respondeu Marcelo de forma enigmática.

(Notícia atualizada às 12h41)