Marcelo recusou receber Christine Ourmières-Widener
"Tudo o que o Presidente da República pudesse dizer iria ser ruído", por isso, Marcelo Rebelo de Sousa optou por não receber a ex-CEO da TAP, num momento em que já sabia ter sido demitida.
Christine Ourmières-Widener pediu para ser recebida por Marcelo Rebelo de Sousa já depois de ter sido demitida pelo Governo, apurou o ECO junto de fonte de Belém. Mas o Chefe de Estado optou por não a receber para evitar “ruído”, tendo em conta que já estava em curso a Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da companhia aérea.
O Presidente da República disse esta terça-feira que recusou pedidos de responsáveis da TAP para serem recebidos, assim como qualquer tipo de contactos, para não interferir de modo algum no processo de inquérito parlamentar em curso na Assembleia da República.
O ECO sabe que foi a ex-CEO da TAP quem solicitou a audiência, numa altura em que tinha sido demitida pelos ministros das Finanças e das Infraestruturas, mas formalmente ainda se encontrava em funções. O Chefe de Estado recusou receber a gestora para evitar qualquer interferência num momento de definição do futuro da companhia e numa matéria que está a ser discutida numa comissão parlamentar de inquérito.
Em resposta aos jornalistas, no antigo picadeiro real junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa não quis comentar assuntos abrangidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP, incluindo o funcionamento dos serviços de informações.
“Tudo o que o Presidente da República pudesse dizer iria ser ruído, e tenho evitado isso. Nomeadamente nesse caso, tenho evitado esse ruído, por exemplo, não recebendo responsáveis da empresa que pediram para ser recebidos por mim, ou não aceitando contactos de qualquer natureza que fossem uma maneira de interferir, direta ou indiretamente num processo que está no Parlamento“, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa frisou que a Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP “é um processo que está no Parlamento, é do Parlamento”.
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