Ministro admite “momento crítico” para alunos e avisa para “grande clivagem” entre ensino público e privado
"Este é um momento crítico para os alunos e temos de entender que quem é penalizado nestas greves, verdadeiramente, são os alunos, que dependem da escola pública", afirma João Costa.
O ministro da Educação, João Costa, admitiu esta sexta-feira que a escola pública atravessa um “momento crítico” com as greves de professores aos exames e avaliações finais, alertando para uma “grande clivagem” entre os alunos do ensino público e os alunos do ensino privado.
“Estamos preocupados, porque este é um momento crítico para os alunos e temos de entender que quem é penalizado nestas greves, verdadeiramente, são os alunos, que dependem da escola pública“, afirmou o governante.
João Costa falava à RTP3 a partir do Ministério da Educação, depois de o STOP ter anunciado que se juntava às nove organizações sindicais que já tinham avisado que iam fazer greve às avaliações de todos os anos de escolaridade. O Governo, por seu lado, já pediu que fossem decretados serviços mínimos.
Segundo o ministro, está a estabelecer-se “uma grande clivagem entre os alunos do ensino público e os alunos do ensino privado”, visto que os alunos da escola pública “não podem pagar explicações, não têm pais em casa que consigam ajudar”.
Lembrando os “passos” que o Executivo já deu em prol das exigências dos professores, João Costa sublinha que é necessário “garantir que os alunos, as famílias, os próprios professores têm direito à conclusão de um ano letivo sereno, num período que é de grande tensão para aqueles alunos que vão concorrer ao Ensino Superior ou que estão a terminar o ensino básico e têm de fazer escolhas para o 10.º ano”.
“Por isso, o nosso objetivo é voltar a ativar os pedidos de serviços mínimos para que as avaliações possam ocorrer e para que a escola pública como um todo não saia prejudicada“, disse.
A contestação dos professores dura desde dezembro, com a realização de greves e protestos de forma quase ininterrupta para exigir a recuperação de todo o tempo de serviço que não foi contabilizado após o descongelamento da carreira.
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