Desemprego desce ligeiramente para 6,4% em maio, mas continua mais alto do que há um ano
Face a maio do ano passado, a taxa de desemprego está ainda 0,4 p.p. mais elevada, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em maio, 338.600 pessoas estavam desempregadas no país.
A taxa de desemprego em maio diminuiu para 6,4%, valor que se traduz numa ligeira descida de 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao apurado no mês anterior e um recuo de 0,5 p.p. comparativamente a fevereiro. Em termos homólogos, contudo, o desemprego aumentou 0,4 p.p., segundo os dados provisórios divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em maio, 338.600 pessoas estavam desempregadas no país.
Numa nota informativa divulgada anteriormente, o INE indicava que a taxa de desemprego tinha descido para 6,8% em abril. Agora, o instituto refere que a taxa de desemprego em abril terá sido de 6,5%, significando que a quebra foi mais acentuada.
Quanto a maio, o INE adianta que o desemprego em Portugal desceu para os 6,4%, “o valor mais baixo desde outubro de 2022, quando foi de 6,1%”.
Neste contexto, a população desempregada recuou 1,7% face a abril e 6,4% em relação a três meses antes, para 338.600 pessoas. Ainda assim, aumentou na ordem dos 8,5% comparativamente ao mês homólogo de 2022.
Quanto à população empregada, foi estimada em 4.931,8 mil pessoas, o que significa uma variação relativa positiva em relação ao mês de abril (0,1%), bem como relativamente a três meses antes (0,3%) e a um ano antes (1,3%).
Em maio de 2023, estima-se ainda que a população ativa tenha tido um decréscimo de 1,8 mil pessoas (a que corresponde uma “taxa de variação quase nula”) em relação ao mês anterior e que a população inativa tenha tido um acréscimo de 3,3 mil pessoas (0,1%).
“A diminuição da população ativa resultou do decréscimo da população desempregada (5,9 mil; 1,7%) que superou o acréscimo da população empregada (4,1 mil; 0,1%). O aumento da população inativa foi explicado, principalmente, pelo acréscimo do número de inativos à procura, mas não disponíveis para trabalhar (3,7 mil; 12,8%) e do número de inativos disponíveis, mas que não procuraram emprego (3,1 mil; 2,5%)”, justifica o Instituto Nacional de Estatística.
Já o aumento da população ativa (89,2 mil; 1,7%) em relação a maio de 2022 “resultou do acréscimo tanto da população empregada (62,5 mil; 1,3%), como da população desempregada (26,6 mil; 8,5%)”. Por seu lado, a população inativa diminuiu em 62,4 mil pessoas (2,5%) “devido, principalmente, à diminuição do número de outros inativos (58,2 mil; 2,5%)”, detalha o gabinete de estatística.
Ainda em maio de 2023, a subutilização do trabalho abrangeu 645 mil pessoas, valor praticamente igual do do mês anterior, inferior ao de três meses (9,9 mil; 1,5%) e superior ao do período homólogo (30,8 mil; 5,0%). Assim, a taxa de subutilização do trabalho correspondente — que foi estimada em 11,9% – manteve-se inalterada relativamente à do mês anterior, diminuiu 0,2 p.p. em relação à de três meses antes, e aumentou 0,4 p.p. por comparação com a do mesmo mês do ano anterior.
Taxa de desemprego jovem nos 18,6%
Segundo as estimativas provisórios do INE, em maio 70.500 jovens estavam desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego jovem de 18,6% (mais 0,5 p.p. do que em abril e 0,1 p.p. do que no período homólogo). Taxa esta que mais do que triplica a registada para os adultos (5,5%, 268.100 adultos desempregados). No caso dos adultos, a taxa compara com os 5,6% de abril e 5,2% de maio de 2022.
Numa análise da população desempregada por género, é ainda possível concluir que as mulheres são as mais penalizadas. A taxa de desemprego feminino situava-se nos 6,8% (inalterada face a abril, mas superior aos 6,3% apurados no período homólogo), enquanto a taxa de desemprego masculino rondava os 6,1% (inferior aos 6,2% de abril, mas acima dos 5,7% de maio do ano passado).
Assim, em maio deste ano havia 177.800 mulheres e 160.800 homens desempregados em Portugal.
(Notícia atualizada com mais informação pela última vez às 11h53)
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