SRS Legal e Union Venture Builders unem esforços para impulsar startups

Esperam acelerar até 30 projetos por ano, das quais apenas seis passarão à fase mais avançada do programa, que visa criar um plano de execução e implementação da startup no mercado.

A SRS Legal, através do Startup Lab, e a Union Venture Builders, através do Union Builder, decidiram juntar-se para criar uma plataforma de investimento e aceleração, com o objetivo de desenvolver um modelo integrado que fomente o empreendedorismo e apoie as startups em Portugal. Esperam acelerar até 30 projetos por ano, sendo que apenas seis deverão passar para a fase mais avançada do programa, que serve para criar um plano de execução e implementar a startup no mercado. As candidaturas já estão abertas e a primeira edição tem início previsto para setembro de 2023, sabe o Trabalho by ECO.

“O modelo que estamos a lançar é uma evolução do trabalho que vimos a desenvolver desde há algum tempo e, por isso, sabemos que as startups estão motivadas para melhorar e validar os seus projetos e que os investidores valorizam a qualificação dos mesmos e a sua conversão na redução de risco e potencial de sucesso”, começa por explicar Carlos Mendes, managing partner da Union Venture Builders.

“O modelo evolui agora com o Union Nest, que nesta configuração Startup Lab é um programa de ideação, com um plano de mentoring sessions e workshops práticos em que, com a participação de uma equipa de especialistas e empresas parceiras convidadas, ajudamos as startups a melhorar e desenvolver as suas ideias. Estamos convictos que os modelos de avaliação que criámos nos ajudarão a aumentar o potencial de sucesso dos projetos, o que na prática se traduz num maior potencial de uma startup vir no futuro a ser financiada pelos nossos investidores parceiros”, continua, em declarações ao Trabalho by ECO.

a SRS Legal, que nos últimos dez anos tem colocado foco no trabalho com startups e fundos de venture capital, pretende agora retribuir ao ecossistema o seu próprio crescimento no mercado português.

“Vemos estas iniciativas também como uma política de retribuição ao ecossistema pelo facto de, nestes últimos dez anos, a SRS Legal ter crescido bastante no mercado português, também pelo empenho e foco que tem colocado no trabalho com startups e fundos de venture capital. A SRS Legal é hoje uma sociedade de advogados líder em serviços jurídicos às startups e a fundos de venture capital a atuar em Portugal, e isso obriga-nos a ser socialmente responsáveis e a gerar retorno em capacitação ao ecossistema de startups que tanto nos tem dado em reconhecimento”, explica Paulo Bandeira, sócio da SRS Legal e responsável pela Startup Lab by SRS.

Convergimos [com a Union] na análise de que falta ao ecossistema uma visão verticalizada dos esforços de ideação e aceleração. Importa criar, desenvolver e capacitar, mas encaminhar o passo seguinte para as empresas que é a obtenção de financiamento para escalarem os seus produtos. A junção de esforços e o desenvolvimento sequencial dos programas da SRS Legal e da Union permitem essa verticalização e às startups que participam do mesmo alcançarem os investidores com um estado de maturidade maior e, espera-se, num mais curto espaço de tempo.

Paulo Bandeira

Sócio da SRS Legal e responsável pela Startup Lab by SRS

Por outro lado, continua, “convergimos [com a Union] na análise de que falta ao ecossistema uma visão verticalizada dos esforços de ideação e aceleração. Importa criar, desenvolver e capacitar, mas encaminhar o passo seguinte para as empresas que é a obtenção de financiamento para escalarem os seus produtos“.

Apesar de ambas as empresas já terem programas estabelecidos no ecossistema português, a expectativa é que “a junção de esforços e o desenvolvimento sequencial dos programas da SRS Legal e da Union permitam essa verticalização, e às startups que participam do mesmo alcançarem os investidores com um estado de maturidade maior e, espera-se, num mais curto espaço de tempo”, prevê o responsável.

Da fase de ideia ao financiamento

O modelo do programa será dividido em três pilares de sustentação: o Union Nest, que abrange a fase de ideia e incubação; o Union Builder, para apoiar a criação e desenvolvimento de startups no modelo venture builder; e o Union Capital, um hub de financiamento e investimento.

A estrutura de ideação e incubação — Union Neste — será desenvolvida através do programa Startup Lab by SRS, num formato que combina a experiência acumulada nos últimos cinco anos pela SRS Legal, com o painel de especialistas da Union, oferecendo um ambiente de aprendizagem para apurar ideias e transformá-las em planos de negócio viáveis.

Numa fase mais avançada dos projetos, o Union Builder trabalha para validar e executar os planos de negócio com o apoio de executivos experientes. Este programa funciona de forma contínua.

Finalmente, o hub de financiamento e investimento Union Capital oferece acesso a recursos de capital e investimento para auxiliar as empresas a crescer e escalar. Tal como o Builder, o Capital também funciona de forma contínua.

O Union Capital não pretende ser um fundo, mas antes uma comunidade estruturada de investidores“, esclarece ainda Paulo Bandeira, manager da Startup Lab by SRS.

Ainda que o Startup Lab da SRS Legal tenha iniciado em 2018 com um foco em legaltechs, insurtechs e fintechs, hoje nem o Startup Lab nem o Union Builder terão áreas específicas de desenvolvimento, “sendo agnósticos nos verticais a capacitar”. “Sem prejuízo, vamos privilegiar projetos que tenham um ângulo ESG mais vincado”, salienta o responsável.

A diversidade é um critério de acolhimento de projetos, tanto no Startup Lab, como no Union Builder. Uma política que “é para manter”, garante Paulo Bandeira.

2 edições por ano, até 30 projetos no programa, 6 no hub de financiamento

São esperados até 15 projetos por edição. “O nosso objetivo será a realização de dois programas Startup Lab por ano, com um número esperado de dez a 15 projetos por edição. Sendo que temos como meta de elegibilidade para a fase seguinte do programa Union Builder, uma média de três projetos de cada edição“, detalha Carlos Mendes.

“Esta fase do programa serve para criar um plano de execução e implementação da startup no mercado, no período definido para os dezoito meses seguintes, com o qual é possível fazer um plano financeiro adequado e, de acordo com o qual, é feita uma proposta criteriosa aos parceiros de investimento”, continua. Desta forma, os valores investidos em cada uma das startups “são sempre diferenciados”.

O nosso objetivo será a realização de dois programas Startup Lab por ano, com um número esperado de dez a 15 projetos por edição. Sendo que temos como meta de elegibilidade para a fase seguinte do programa Union Builder, uma média de três projetos de cada edição.

Carlos Mendes

Managing partner da Union Venture Builders

Apesar de ainda estão estar definido o investimento final da implementação desta estrutura — que permitirá aos empreendedores ir mais longe e com mais sucesso no seu percurso de inovação — Carlos Mendes estima que, anualmente, seja feito um investimento a rondar os 50 mil euros para a execução deste programa. Valor este que não abrange o financiamento das startups, que é feito posteriormente pelos investidores.

As candidaturas para a primeira edição do programa, que arranca já em setembro, estão abertas.

Os interessados podem consultar mais informações aqui.

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