Quase oito mil professores passam a contrato já este ano. Aumentos salariais podem ascender a 358 euros brutos por mês
"É a maior vinculação dos últimos 18 anos", diz o ministro, sublinhando que estes docentes terão "aumentos salariais em função do seu tempo de serviço", que podem ascender a 358 euros brutos por mês.
Este ano vão entrar para os quadros do Ministério da Educação quase oito mil professores, ao abrigo do novo modelo de recrutamento e colocação de professores. “É a maior vinculação dos últimos 18 anos”, afirmou o ministro da Educação, apesar de ter ficado aquém das 10.500 vagas abertas.
“Só este ano, graças à recém-criada vinculação dinâmica, a que se juntam os professores vinculados pela norma travão, deixarão de estar em contratos precários 7.983 professores”, revelou em conferência de imprensa, o ministro da Educação, sublinhando que deste total “vinculam pela normal travão certa de 2.400 professores e através da vinculação dinâmica cerca de 5.600 professores”.
Esta é uma das medidas previstas no decreto-lei que regula o novo modelo de recrutamento e colocação de professores que foi aprovado em Conselho de Ministros a 16 de março, ainda que não tenha merecido a “bênção” por parte dos sindicatos do setor da Educação.
João Costa sublinhou, que, com a passagem aos quadros, estes professores terão “aumentos salariais em função do seu tempo de serviço que podem ascender a cerca de 358 euros brutos por mês”. “Quando cumprirem ou se já tiverem cumprido o requisito de aulas observadas, poderão ter um aumento mensal de 478 euros”, acrescentou.
O ministro da Educação lembrou ainda, que, em média, os professores demoraram 16,5 anos a entrar nos quadros, pelo que esta medida visa encurtar o processo. “Estamos assim a cumprir uma etapa importante do processo de valorização da carreira” bem como um “passo um essencial para a atratividade da carreira”.
“É a maior maior vinculação dos últimos 18 anos desde que temos dados comparáveis“, destacou João Costa, referindo que os 2005, 2006, 2017 e 2018 foram os anos em que se realizaram o maior número de vinculações e que “em cada um destes anos vinculou menos metade do numero de professores que vinculará em 2023”. Já entre entre 2016 e 2022 tinham vinculado “cerca de 14.500 professores”.
De sublinhar que o Governo tinha aberto 10.500 vagas ao abrigo desta medida, mas apenas quase oito mil professores foram contratados. “Alguns professores optaram por não concorrer à vinculação dinâmica. Acharam que as condições não eram as ideais por via da norma transitória que há este ano”, justificou o governante.
(Notícia atualizada)
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