Afinal, economia portuguesa cresceu 6,8% o ano passado. É o crescimento mais elevado desde 1987
O Produto Interno Bruto de Portugal atingiu os 242,3 mil milhões de euros em 2022. Cresceu 6,8% face a 2021, em termos reais, a taxa mais elevada em 35 anos.
Afinal a economia portuguesa teve um crescimento mais expressivo que o estimado em 2022: o Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu em alta a variação em termos reais do PIB de 6,7% para 6,8%. É a taxa mais elevada desde 1987. Desde que estamos em democracia, só crescemos acima de 6% cinco vezes, incluindo já o ano passado.
O INE revela também que o Produto Interno Bruto “atingiu 242,3 mil milhões de euros em 2022, o que representou um crescimento nominal de 12,2%, a taxa mais elevada desde 1992, após o aumento de 7,7% registado em 2021 e a forte contração (-6,5%) de 2020 devido aos efeitos adversos da pandemia na atividade económica”.
O ministro das Finanças aponta que esta revisão dos dados vem “confirmar a trajetória muito firme de convergência de Portugal com a Zona Euro”, em conferência de imprensa de reação às estatísticas. “Nos últimos oito anos, Portugal cresceu mais do que a Zona Euro em sete”, excetuando-se apenas 2020, nota.
Para Medina, este crescimento deve-se “sobretudo à melhoria do consumo privado, sustentação do investimento e também ao contributo das nossas exportações e capacidade de continuarmos a exportar de forma significativa”.
As exportações de serviços registaram um crescimento de 40,8% em volume, enquanto o investimento aumentou “de forma moderada (3,5% em volume)”.
Já o Valor Acrescentado Bruto (VAB) aumentou 12,1% em termos nominais e 6,5% em volume, com destaque para os ramos do Alojamento e restauração, os Transportes e Armazenagem, que tiveram os maiores aumentos (50,0% e 20,4%, respetivamente). Por último, o Rendimento Nacional Bruto (RNB) aumentou 11,7% em 2022, enquanto a taxa de poupança das famílias decresceu para 6,5%.
O gabinete de estatísticas nacional também atualizou os valores referentes a 2021, indicando que o PIB cresceu 5,7% em termos reais, uma revisão em alta face aos 5,5% estimados.
Nos dados conhecidos esta sexta-feira, também foi conhecido que o défice e a dívida pública de 2022 melhoraram ainda mais à boleia da revisão em alta da receita de impostos, sobretudo de IVA. Segundo revela o reporte enviado ao Eurostat no âmbito do Procedimento dos Défices Excessivos, o saldo das administrações públicas passou de -0,4% para -0,3% e o peso da dívida no PIB encolheu de 113,9% para 112,3%.
Fernando Medina destaca ainda a “revisão em baixa relativamente à dívida pública portuguesa: de 2021, de 2022 e o cômputo para 2023, o que significa que face à projeção inscrita no Programa de Estabilidade de 2023, e à revisão do crescimento dos anos anteriores, traduz-se automaticamente que esse indicador diminui para 106,1%”, menos 1,5 do que era projetado anteriormente.
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Afinal, economia portuguesa cresceu 6,8% o ano passado. É o crescimento mais elevado desde 1987
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