Cabaz de bens essenciais volta a ficar mais caro

Deco revela que preço de um cabaz de produtos essenciais aumentou 3,53 euros na última semana, superando os 220 euros. Pescada fresca, salmão, arroz carolino e ervilhas entre as maiores subidas.

O cabaz de bens essenciais, com um conjunto de 63 produtos alimentares, voltou a ficar mais caro na última semana. Subiu 3,53 euros para 220,54 euros, de acordo com as contas realizadas pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco).

Em causa está a monitorização feita a 63 produtos alimentares essenciais (que conta com produtos abrangidos pelo IVA zero, mas não só), que incluem peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo e manteiga, entre outros.

Na última semana, isto é, entre 4 de outubro e esta quarta-feira, o preço deste cabaz ficou 3,53 euros mais caro (1,63%), passando a custar 220,54 euros, depois de na semana passada ter quebrado um ciclo de três semanas consecutivas a subir. De notar que esta quinta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou que a taxa de inflação abrandou para 3,6% em setembro, face ao período homólogo, sendo que entre as classes que mais contribuíram para agravar a inflação homóloga, “destaca-se a dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas”, indicou ainda o gabinete de estatística.

A pescada fresca foi o produto que mais subiu de preço na última semana, tendo disparado 26% (2,51 euros), face à semana anterior. Segue-se o salmão (11%), o arroz carolino (9%), as ervilhas ultracongeladas, o queijo curado, a couve-coração (todos 8%), o atum posta em azeite (6%), o alho seco e o peite de peru fatiado (5%) e, por fim, a perca, cujo preço aumentou 3%.

Se compararmos com há um ano (12 de outubro de 2022), este cabaz ficou cerca de dez euros mais caro, isto é, aumentou 4,77%. Já se a comparação for feita com o início da guerra na Ucrânia (23 de fevereiro de 2022), a diferença é ainda mais significativa: subiu 36,91 euros, um aumento de cerca de 20%.

Em termos de categorias de produtos, desde o início da guerra da Ucrânia e até esta quarta-feira, a mercearia continua a ser a categoria que mais subiu de preço, com uma cesta destes produtos a disparar 26,39% (mais 11,12 euros) para 53,27 euros; segue-se o peixe, que aumentou 19,93% (mais 12,02 euros) para 72,33 euros; a carne, que subiu 19,51% (mais 6,29 euros) para 38,53 euros; as frutas e legumes, cuja cesta disparou 17,02% (mais 4,02 euros) para 27,62 euros; os congelados, que aumentaram 14,21% (mais 1,97 euros) para 15,81 euros; e, por fim, os laticínios, cuja cesta encareceu 13,03% (mais 1,50 euros) para 12,97 euros.

Cabaz IVA zero também volta a subir

Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz “IVA zero” que engloba 41 dos 46 produtos abrangidos pela medida do Governo, que vai terminar no final de dezembro. Na última semana, o preço deste cabaz voltou subir, tendo ficado 2,47 euros mais caro (1,88%), passando a custar 133,58 euros. Ainda assim, desde a entrada em vigor da medida (a 18 de abril) ficou 5,19 euros mais barato (-3,74%).

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