Petróleo sobe quase 4%. Sanções dos EUA a Moscovo agitam o mercado

Os preços da matéria-prima estão a acelerar nos mercados internacionais, depois de os EUA terem acionado as primeiras sanções a petroleiros com petróleo russo acima do preço limite imposto pelo G7.

Os preços do petróleo avançam a grande ritmo esta sexta-feira de manhã, depois de os EUA terem imposto as primeiras sanções relacionadas com as exportações de petróleo russo. O mercado também continua agitado pelo conflito armado no Médio Oriente.

Pouco depois das 10h50, os futuros do Brent, referência para as importações nacionais, subiam 3,7%, para 89,19 dólares por barril, caminhando para encerrar a semana com um ganho acumulado de mais de 5%. Enquanto isso, o norte-americano WTI avançava cerca de 3,9%, a cotar nos 86,13 dólares.

Na quinta-feira, os EUA impuseram as primeiras sanções a proprietários de petroleiros que transportavam petróleo russo vendido acima do limite de 60 dólares por barril imposto pelo G7, segundo a Reuters. O mecanismo visa castigar Moscovo pela invasão da Rússia iniciada em fevereiro de 2022.

A ação norte-americana está a fazer tremer o mercado porque a Rússia é o segundo maior produtor de petróleo do mundo e o momento é de aperto na oferta. Além disso, teme-se que o conflito entre Israel e os militantes palestinos do Hamas possa gerar problemas nas exportações de petróleo do Médio Oriente.

Não é tudo. A agência noticiosa salienta que, esta quinta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) manteve a sua previsão em relação ao crescimento da procura mundial de petróleo. O cartel está confiante de que a economia mundial continua resiliente e espera um aumento na procura por parte da China, o maior importador de petróleo do mundo.

Evolução do preço do Brent em Londres

Fonte: Refinitiv

Citado pela Reuters, Daniel Hynes, especialista em matérias-primas da ANZ, comenta que “os problemas no lado da oferta continuam a ser o foco do mercado petrolífero”. Mesmo assim, esta sexta-feira, dados oficiais apontam para uma quebra nas importações chinesas de petróleo em setembro, em comparação com agosto.

A subida do Brent desta sexta-feira é o maior aumento intradiário do preço do petróleo desde que o contrato fechou a sessão de segunda-feira a disparar 4,22%, por causa dos ataques do Hamas contra Israel. Na semana anterior, os preços da matéria-prima tinham afundado mais de 11%.

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