Zurich mudou imagem, quer corretores e PME, e passa ao ataque
No primeiro ano de Helene Westerlind como CEO em Portugal, a seguradora conseguiu uma imagem mais próxima dos segurados. Agora tem novos produtos e quer reforçar os canais de venda.
A seguradora Zurich mudou a sua atitude e tem ambição de ser a 4ª maior marca de seguros em Portugal. “É um top 5 muito congestionado, mas podemos trabalhar muito bem nessa arena e crescer em quota de mercado”, afirmou Helene Westerlind, CEO da Zurich em Portugal há um ano, em declarações exclusivas a ECOseguros.
Se esse crescimento pode ser acelerado por aquisições de seguradoras em Portugal, Helene Westerlind comentou: “Estamos sempre a ver oportunidades, faz parte do nosso trabalho, vermos oportunidades, e se forem interessante avançamos”.
A CEO revelou que existiu uma necessária mudança de imagem. “O primeiro ano em Portugal, foi muito rápido, há agora muitas oportunidades para sermos centrados no consumidor, temos produtos e propostas para cada momento do seu ciclo de vida” e considera a recente campanha de comunicação “Seguros a favor”, por oposição a seguros “contra”, a ideia chave do novo posicionamento da marca: “queremos comunicar otimismo, não queremos o fator medo a mover o consumidor, mas antes de que estaremos lá quando for preciso e as coisas vão correr bem”, afirma Helene Westerlind.
A abordagem ao mercado foi ampliada. Em 2022, a Zurich tinha 43% do seu negócio na ramo Vida, com foco em produtos financeiros. 42% da carteira eram ramo automóvel e acidentes de trabalho, 11% em multirriscos habitação e apenas 2% em saúde. “A Zurich não é uma seguradora de saúde”, explica a CEO, “fornecemos seguros de saúde aos nossos clientes, mas através de um parceiro de saúde”.
No entanto, a Zurich já está a diversificar o portfolio, quer em produtos quer em canais de distribuição. “Temos estado focados em seguro automóvel e tem corrido muito bem, mas ao ir para a nova abordagem centrada no cliente, o negócio não é só automóvel, é também ramo vida, habitação e acidentes pessoais”, adianta Helene Westerlind que diz já está a ver resultados da diversificação em 2023.
Quanto ao regresso a produtos Vida financeiros com rendimento garantido, afirma “estamos a pensar nisso, mas é difícil o mercado, devemos focar mais em produtos de poupança e unit linked, mas estamos sempre a rever o portfolio de produtos”.
Satisfeita com a rede de 800 agentes com quem a Zurich trabalha, comenta “temos uma boa história conjunta e são 80% do seu negócio”, a CEO confessa que a seguradora não esteve no espaço de corretores durante um grande período de tempo”, situação em mudança diz: “Os corretores estão a chamar-nos, temos especialização, temos capacidade e interessa-nos aprofundar as relações com pequenas e médias empresas”.
Em canal de distribuição bancassurance destaca a relação com o Abanca mas “estamos a ver outras oportunidades”, porque “Bancassurance não é a única via, agentes são muito importantes, e estamos a diversificar os produtos para crescer em corretores e PME”, reforça.
Outra ambição de Helene Westerlind é que a Zurich seja uma Top employer em Portugal. Esse objetivo “não é só compensação e remuneração, mas criar um ambiente preparado para trabalho híbrido e assim criar um melhor equilíbrio entre vida profissional e privada e estar atento aos colaboradores sobre como manter saúde mental e saúde em geral”. Também é importante criar condições para “desenvolver as pessoas nas suas áreas de especialização ou criar oportunidades para irem para outras áreas e aprenderem mais”.
E aí o mundo Zurich são 65 mil colaboradores em mais de 200 países e territórios em todo o Mundo. Com 52 mil milhões de prémios em 2021 é o 5º maior grupo segurador da Europa e 17º do mundo. Em Portugal é o 6º maior grupo segurador com 590 milhões de euros de prémios emitidos em 2022. Regista os seguros do ramo na companhia portuguesa Zurich Vida e os Não Vida através da Zurich Insurance, com sede na Irlanda, mas em mudança para a Alemanha.
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