Venda da Efacec vai ser fechada a 31 de outubro

Executivo deverá anunciar a venda e explicar todo o processo em conferência de imprensa na próxima terça-feira.

O processo de reprivatização da Efacec vai chegar ao fim. Na próxima terça-feira vai ser concluída a venda da Eface ao fundo alemão Mutares, avançou o Jornal Económico e confirmou o ECO. Nesse dia, o Executivo deverá anunciar a venda e explicar todo o processo em conferência de imprensa, apurou o ECO.

Mas, no Conselho de Ministros desta quinta-feira já “foi aprovada a resolução que aprova a minuta de instrumento jurídico e demais condições relativas à conclusão do processo de reprivatização da Efacec Power Solutions”, pode ler-se no comunicado, que no entanto, não adianta quaisquer detalhes.

Depois da assembleia-geral de obrigacionista da Efacec ter aprovado, a 12 de outubro, o haircut de 5,8 milhões de euros, desbloqueou um dos últimos obstáculos à venda da Efacec ao fundo alemão. Já só faltavam alguns ajustamentos para fechar a operação, que terão agora sido ultrapassados.

A proposta da Mutares pressupunha uma perda inicial para o Estado de, pelo menos, 112,8 milhões de euros (100%) – verba que poderá vir a ser recuperada no futuro, embora não se saibam quaisquer detalhes sobre o funcionamento deste mecanismo – e os bancos 80% da dívida. Já aos obrigacionistas era pedido um corte de 50%, valor que foi reduzido para 10%. No total, a proposta da Mutares tinha subjacente um perdão de dívida de quase 182 milhões de euros.

À luz do novo acordo, como o ECO avançou, a Mutares impôs como condição que o Banco Português de Fomento (BPF) invista até 50 milhões de euros em obrigações convertíveis, a emitir pela Efacec, e que a Parpública avance com uma operação de capitalização da empresa com uma injeção superior a 50 milhões de euros antes do closing da operação.

A compra das obrigações convertíveis será feita através do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR) com um prazo de seis anos, apurou o ECO junto de uma fonte conhecedora do processo.

O Executivo desejava que o processo de reprivatização da Efacec fosse rápido, mas já se arrasta desde 2 de julho de 2020, sendo esta a segunda tentativa de reprivatização, depois da DST ter desistido a 28 de outubro de 2022, obrigando ao relançamento do processo, que irá chegar a bom porto na próxima semana.

Nota: Peça atualizada às 17h44 com o comunicado do Conselho de Ministros.

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