Desemprego aumenta pelo quarto mês. Número de inscritos no IEFP sobe 1,1% em outubro
De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, em outubro havia 303.356 indivíduos registados nos centros de emprego, mais 1,1% do que no mês anterior e 4,9% acima do verificado há um ano.
Há quatro meses consecutivos que o desemprego registado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) está a aumentar. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira, em outubro havia 303.356 indivíduos registados nos centros de emprego, mais 1,1% do que no mês anterior e 4,9% acima do verificado há um ano.
“No fim do mês de outubro de 2023, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 303.356 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2022 (+14.231; +4,9%) e no mês anterior (+3.243; +1,1%)”, explica o IEFP na nota publicada esta manhã.
Para esta evolução contribuíram os desempregados inscritos nos centros de emprego há menos de 12 meses. Em contraste, houve uma diminuição dos inscritos há 12 ou mais meses.
Entre as várias regiões do países, com exceção dos Açores e da Madeira, o desemprego aumentou em termos homólogos. O valor mais acentuado foi mesmo registado no Algarve, onde o desemprego subiu 8,9% em comparação com o verificado há um ano.
Já em cadeia, a região do Norte e do Centro conseguiram ver o desemprego cair, mas nas demais zonas do país a tendência foi de aumento. No Algarve, o desemprego cresceu 23,1% face a setembro.
Quanto aos vários setores de atividade, a nota publicada pelo IEFP permite perceber que houve aumentos homólogos do desemprego também no setor agrícola (4,4%), como no secundário (7,6%), como no terciário (7,6%).
E no que diz respeito às ofertas de emprego por satisfazer, de realçar que no final de outubro de 2023 totalizavam 14.898, o que corresponde a uma diminuição das ofertas em ficheiro na análise anual (-2 642; -15,1%) e face ao mês anterior (-939; -5,9%).
Apesar da resiliência mostrada até aqui, o mercado de trabalho tem registado, nos últimos meses, algum agravamento do desemprego. Com as economias europeias a abrandar, a escalada dos juros e a crise inflacionista, os economistas já antecipavam que poderia haver um aumento do desemprego.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h30)
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