Prémios de seguros de violência política e terrorismo estão a aumentar
As seguradoras foram apanhadas de surpresa com a invasão da Ucrânia. Agora querem avaliar os riscos de violência política, tarefa complicada com conflitos a surgir imprevisivelmente pelo globo.
A escalada do conflito israelo-palestiniano, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia e a recente agitação civil global conduziram a uma maior consciencialização dos riscos associados à violência política, levando a mudanças significativas no mercado de seguros: os prémios estão a aumentar, os termos e condições a ser revistos e em alguns territórios (na Rússia, Israel, Ucrânia e Moldávia, por exemplo) foram impostas restrições que impedem ou desincentivam as seguradoras a oferecer cobertura, avançou a Marsh.
A seguradora anuncia tendências globais nas coberturas de seguro relacionadas com conflitos. Em primeiro lugar, os prémios de seguros de violência política têm visto um aumento sem precedentes desde o início do conflito na Ucrânia, quando as seguradoras foram apanhadas de surpresa pela invasão e não se preparam para as consequências. Como resultado, os clientes estão a reavaliar as apólices adquiridas.
Para se prevenirem, as seguradoras estão a avaliar atentamente os principais indicadores socioeconómicos, como o PIB, o índice de preço dos alimentos e a distribuição da riqueza, fatores que influenciam a cobertura e as condições dos seguros.
A segunda tendência anunciada é a cobertura de apólices para o mercado de violência política e de terrorismo continua a ser alvo de forte escrutínio em 2023. As apólices de catástrofes imobiliárias têm estado particularmente sobre pressão uma vez que as resseguradoras, para reduzirem a sua exposição a riscos, aumentaram as taxas de resseguro, o que levou as seguradoras a aumentar o preço para os segurados.
Avaliar os riscos que cobrem consequências de conflitos armados não é tarefa fácil, uma vez que a experiência global demonstra que o surgimento de violência política é imprevisível: desde o aumento de agressões, assédio e ameaças violentas contra funcionários públicos e civis, bem como o aumento de tiroteios em massa nos Estados Unidos da América, até aos protestos na sequência do golpe de estado que levou ao rapto do presidente Mohamed Bazoum do Níger, escreve a Marsh.
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