Luís Ferreira nomeado presidente executivo da Inapa Portugal

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

Luís Ferreira, 46 anos, acumulará, assim, o cargo com o de diretor-geral da Inapa Packaging e da Inapa Comunicação Visual, do mesmo grupo, que ocupa desde o final de 2019.

A Inapa, empresa de distribuição de papel, anunciou esta terça-feira que Luís Ferreira vai assumir o cargo de presidente executivo (CEO) da Inapa Portugal – Distribuição de Papel a partir de 1 de janeiro de 2024.

Licenciado em Gestão e Engenharia Industrial pelo ISCTE, Luís Ferreira, 46 anos, acumulará, assim, o cargo com o de diretor-geral da Inapa Packaging e da Inapa Comunicação Visual, do mesmo grupo, que ocupa desde o final de 2019.

“A liderança da Inapa Portugal é um desafio que me deixa honrado e que me permite continuar a contribuir para o crescimento do grupo Inapa em Portugal, agora também no setor do papel, uma das mais bem-sucedidas e reconhecidas operações do grupo”, afirmou o responsável, citado em comunicado.

Luís Ferreira substitui, na liderança da Inapa Portugal, Ginés Ramírez del Solar, que até aqui estava na liderança das subsidiárias do Grupo Inapa em Portugal e Espanha, mantendo-se à frente da última.

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ONU nomeia ministra neerlandesa para coordenar ajuda humanitária em Gaza

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

Sigrid Kaag, que vai tomar posse a 8 de janeiro, irá "facilitar, coordenar, monitorizar e verificar os envios de ajuda humanitária para Gaza".

A ONU anunciou esta a nomeação de uma ministra cessante dos Países Baixos, Sigrid Kaag, como coordenadora da resposta humanitária e reconstrução de Gaza, determinada por uma resolução do Conselho de Segurança.

Sigrid Kaag irá “facilitar, coordenar, monitorizar e verificar os envios de ajuda humanitária para Gaza” e terá também a tarefa de “estabelecer um mecanismo das Nações Unidas para acelerar os envios de ajuda humanitária para Gaza através de Estados não parte no conflito”, disse o gabinete do secretário-geral da ONU, António Guterres, em comunicado.

A tomada de posse deve acontecer em 8 de janeiro, segundo a mesma fonte. Kaag – ministra das Finanças e vice-primeira-ministra do Governo cessante de Mark Rute – foi nomeada ao abrigo da resolução do Conselho de Segurança adotada na sexta-feira, que exige a entrega de ajuda humanitária em grande escala a Gaza, mas não um cessar-fogo, que os Estados Unidos não defendem.

A guerra em Gaza já forçou 1,9 milhões de pessoas a fugir das suas casas, 85 por cento da população do território, segundo a ONU. A ajuda internacional tem chegado em quantidades insuficientes a Gaza, sujeita por Israel a um cerco total desde 9 de outubro, depois de já mais de 16 anos de bloqueio israelita.

Israel prometeu destruir o grupo islamita Hamas, considerado terrorista por Estados Unidos e União Europeia, depois de um ataque levado a cabo por comandos infiltrados a partir de Gaza, em 07 de outubro, que provocou cerca de 1.140 mortos, a maioria deles civis.

Cerca de 250 pessoas foram sequestradas, segundo Israel, das quais 129 permanecem detidas em Gaza. Nas operações militares de retaliação israelitas em Gaza, 20.915 pessoas foram mortas, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, bem como 54.918 feridas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

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+M

Jornalistas angariaram mais de 10 mil euros e ajudaram 37 precários do Global Media Group

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

Dezenas de recibos verdes do Global Media Group, entre jornalistas e técnicos, "estão sem receber os pagamentos correspondentes ao mês de outubro, que deveriam ter sido pagos até 10 de dezembro”.

Jornalistas de todo o país já angariaram mais de 10 mil euros e ajudaram 37 dos precários do Global Media Group (GMG), que continuam sem receber os pagamentos referentes ao mês de outubro, segundo um comunicado.

Na nota, divulgada pelos representantes dos trabalhadores Ana Luísa Magalhães, Augusto Correia, Ivete Carneiro e Rita Salcedas, lê-se que houve o contributo de 308 pessoas, que ajudaram estes precários, “embora com dificuldades, a cumprir os compromissos mais urgentes, mesmo não tendo recebido da empresa os pagamentos que lhe são devidos”.

De acordo com a informação, à data de hoje “dezenas de recibos verdes do GMG, entre jornalistas e técnicos, estão sem receber os pagamentos correspondentes ao mês de outubro, que deveriam ter sido pagos até 10 de dezembro”, lamentando os signatários que “já não basta terem de esperar, no mínimo, 40 dias para receber, como tem sido norma nos últimos anos, como, este mês, já vão quase em 60 dias de atraso”.

“Dado o silêncio da administração, que não foi capaz de providenciar os pagamentos, dezenas de pessoas não sabem, sequer, quando vão ser pagos pelo trabalho feito há três meses, e do qual já foram chamados a pagar contribuições e impostos”, referem.

Na nota lê-se ainda que também os jornalistas dos quadros do GMG, mesmo não tendo recebido o subsídio de Natal, organizaram-se numa recolha de fundos para ajudar os colegas “em maiores dificuldades”. Este movimento nasceu na redação do Jornal de Notícias, mas alargou-se aos restantes profissionais. “Em quatro dias, foram angariados 10.615 euros, fruto de 308 donativos, que permitiram ajudar 37 dos mais carenciados colaboradores a recibos verdes no GMG, entre pessoas do Jornal de Notícias, da TSF, da Global Imagens, do desportivo O Jogo e das várias revistas do grupo”, destacou.

Por fim, “para dar corpo à vontade demonstrada por leitores, ouvintes e tantas outras pessoas” foi agendada para esta quarta-feira, “a abertura uma conta na dependência da Caixa Geral de Depósitos da rua de Gonçalo Cristóvão, no Porto, na qual será depositado o remanescente dos donativos recebidos até agora, 1.365 euros, se até lá não nos chegarem mais pedidos de ajuda”, acrescentam na nota.

No dia 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

A Administração do Global Media Group (GMG) abriu um programa de rescisões por mútuo acordo, para trabalhadores até 61 anos, com contrato sem termo, sendo que as compensações serão divididas por 18 meses, segundo um comunicado interno, divulgado em 11 de dezembro. Entretanto, as direções do Jornal de Notícias (JN), TSF, O Jogo e do Dinheiro Vivo (DV) apresentaram demissão, na sequência do processo de reestruturação.

 

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Mais de 60 mil nascimentos no SNS até novembro, mais 2% que no ano anterior

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

Até final de novembro nasceram 60.613 bebés, quando no mesmo período do ano passado tinham nascido 59.171.

Mais de 60.000 crianças nasceram este ano, até final de novembro, em instalações do Serviço Nacional de Saúde (SNS), um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com dados divulgados esta terça-feira pela Direção Executiva do SNS (DE-SNS) nasceram 60.613 bebés, quando no fim de novembro do ano passado tinham nascido 59.171.

Mesmo no período de junho a novembro, altura mais crítica devido a férias mas também a limitações decorrentes da indisponibilidade de médicos em assegurar o serviço de urgência além das 150 horas anuais, o SNS realizou este ano mais partos do que no ano passado: 34.274 este ano contra 33.903 em 2022.

Apenas na Região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), excluindo o Centro Hospitalar do Oeste (encerrado parte do ano para a realização de obras no seu bloco de partos), “de janeiro a novembro de 2023, nasceram 22.629 crianças versus 22.018 em 2022 (ou seja, um crescimento de cerca de 3%)”, nota a DE-SNS em comunicado.

Nos meses de julho a novembro o INEM orientou 111 grávidas para hospitais privados (convencionados) da região LVT, menos de uma grávida por dia. “Como todos os dias são efetuados cerca de 69 partos nesta região, tal significa que 99% dos casos tiveram resposta no SNS”, assinala ainda o comunicado.

A DE-SNS salienta que apesar de todos os problemas a rede do SNS funcionou, que não houve nenhuma grávida sem resposta e que todos os partos mais complexos foram feitos no SNS, e, “excluindo algum caso pontual por deficiência na utilização do sistema, a resposta teve sempre um caráter de proximidade”.

No comunicado, a direção executiva do SNS fala da carência de médicos de ginecologia/obstetrícia a nível internacional, do “planeamento complexo” que é preciso fazer, e pede para que as grávidas, antes de se deslocarem para uma instituição de saúde, contactem sempre a linha SNS24 ou o INEM, em caso de urgência/emergência.

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Relações comerciais entre Rússia e Índia atingem recorde

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

"Não há dúvida de que o comércio russo-indiano ultrapassará os 50 mil milhões de dólares até ao final do ano e estabelecerá um novo máximo histórico", disse o ministro russo da Indústria e Comércio.

As relações comerciais entre a Rússia e a Índia ultrapassam os 45,3 mil milhões de euros (50 mil milhões de dólares), apesar da situação internacional, segundo o ministro russo da Indústria e Comércio, Denis Manturov.

Não há dúvida de que o comércio russo-indiano ultrapassará os 50 mil milhões de dólares até ao final do ano e estabelecerá um novo máximo histórico”, disse Manturov após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros indiano, Subrahmanyam Jaishankar, citado pela Efe. “Nos últimos anos, apesar dos desafios enfrentados pelos nossos países, as relações comerciais têm vindo a desenvolver-se rapidamente”, afirmou o Governo russo num comunicado.

De acordo com a Efe, durante a reunião, os dois ministros discutiram questões relacionadas com comércio, investimento, cooperação financeira e bancária, transportes e logística, bem como segurança alimentar. “Foi dada especial atenção à promoção de projetos prioritários de cooperação industrial”, declarou o Governo russo em comunicado.

O chefe da diplomacia indiana chegou à Rússia na segunda-feira, numa visita que se prolongará até 29 de dezembro e no âmbito da qual prevê encontrar-se com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, na quarta-feira.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, os dois ministros vão debater a situação na Ucrânia, no Afeganistão e no Médio Oriente, bem como a cooperação no âmbito das Nações Unidas, da Organização de Cooperação de Xangai e do G20.

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CEO da Global Media recusa-se a prestar contas no Parlamento sobre despedimento de 200 trabalhadores

José Paulo Fafe terá respondido "não pretender", nem ter a intenção de "participar em iniciativas de caráter eleitoral", pelo que está indisponível para ser ouvido no parlamento.

José Paulo Fafe, CEO do Global Media Group, não vai comparecer no parlamento esta semana. Convocado para ser ouvido na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação Juventude e Desporto no próximo dia 4, às 10h, na sequência do requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, o +M sabe que o gestor terá comunicado, a título pessoal, a sua indisponibilidade em comparecer.

A recusa, terá respondido, deve-se a “não pretender”, nem ser “de todo” sua “intenção, participar em iniciativas de caráter eleitoral”.

O parlamento aprovou na última quarta-feira, por unanimidade, as audições do Conselho de Administração da Global Media, do empresário Marco Galinha e do ex-diretor da TSF Domingos Andrade sobre a reestruturação do grupo, que inclui saídas de cerca de 200 trabalhadores.

Os requerimentos para ouvir o Conselho de Administração da Global Media, o ex-presidente da Comissão Executiva do Global Media, Marco Galinha, e o ex-diretor da TSF Domingos Andrade foram propostos pelo Bloco de Esquerda e aprovados pela unanimidade dos deputados da Comissão parlamentar de Cultura, Comunicação Juventude e Desporto antes das audições de representantes dos trabalhadores de Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF e O Jogo, que estão a decorrer.

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Guerra vai durar “muitos meses mais”, assume chefe do Estado-Maior do exército israelita

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

O comandante do Exército israelita também prometeu transparência ao longo de todo o processo, dizendo que irá "divulgar toda a informação ao público".

O chefe do Estado-Maior do exército israelita, Herzi Halevi, assumiu esta terça-feira que a guerra contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza irá “continuar por muitos meses mais”.

Os objetivos desta guerra não são fáceis de alcançar. A guerra vai continuar por muitos mais meses”, disse Halevi durante uma conferência de imprensa, após encontro com soldados na Faixa de Gaza.

“Não existem soluções mágicas, ou atalhos, no desmantelamento de uma organização terrorista, exceto combates persistentes e determinados. E nós estamos muito determinados”, acrescentou o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, acrescentando que a liderança do Hamas será destruída, “quer demore uma semana ou meses”. Halevi explicou que a pressão militar irá permitir atingir os objetivos da guerra – desmantelar o grupo islamita Hamas e o regresso dos reféns –, pelo que assegurou que a estratégia está a ser cumprida como estabelecido.

Matámos muitos terroristas e comandantes do Hamas. Alguns renderam-se às nossas forças e centenas foram feitos prisioneiros. Destruímos infraestruturas subterrâneas e grandes quantidades de armas”, disse Halevi. O comandante do Exército israelita também prometeu transparência ao longo de todo o processo, dizendo que irá “divulgar toda a informação ao público”, referindo-se aos dados sobre o progresso da operação militar contra o Hamas.

Halevi admitiu que algumas decisões tomadas pelos comandantes das forças israelitas são difíceis, mas garantiu que “todas poderão ser totalmente investigadas”.

Israel está em guerra com o Hamas, apoiado pelo Irão, desde 7 de outubro, quando comandos do grupo islamita palestiniano invadiram o sul do país a partir da Faixa de Gaza. O ataque causou 1.200 mortos, segundo as autoridades israelitas. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza, que matou 20.915 pessoas, segundo um balanço divulgado hoje pelas estruturas do Hamas.

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Media Capital paga dividendo de 4,2 cêntimos a partir de 4 de janeiro

A partir de 29 de dezembro, "as ações representativas do capital social da Sociedade serão transacionadas em mercado regulamentado sem conferirem direito ao dividendo", indica a Media Capital.

O grupo Media Capital vai começar a pagar um dividendo bruto de 4,2 cêntimos por ação aos acionistas a partir de 4 de janeiro, segundo foi decidido na Assembleia Geral Extraordinária e comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta terça-feira.

Segundo o grupo, encontram-se “a pagamento dividendos aos Acionistas, provenientes de reservas livres, a partir de 4 de janeiro de 2024 (inclusive)”. No caso daqueles a quem se aplica uma taxa de IRS de 28%, o valor líquido é de 3,02 cêntimos.

“Nos termos do Regulamento aplicável, o pagamento dos dividendos será efetuado através da Central de Valores Mobiliários, sendo Agente pagador o Banco Santander Totta, S.A.”, indica a Media Capital. Além disso, informam que a partir de 2 de janeiro, “as ações representativas do capital social da Sociedade serão transacionadas em mercado regulamentado sem conferirem direito ao dividendo”.

A Media Capital, dona da TVI, tinha indicado antes que o valor a distribuir ascendia a 3,5 milhões de euros. No ano passado a empresa teve lucros de 36,7 milhões de euros, em grande parte devido à mais-valia conseguida com a venda do negócio das rádios. Já no primeiro semestre de 2023 teve prejuízos de 4,8 milhões de euros e anunciou a intenção de avançar com um plano de rescisões.

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Líder do PCP diz que Costa “desperdiçou dois anos” em que teve “tudo na mão”

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

Paulo Raimundo diz que a maioria absoluta do Governo "desperdiçou dois anos das nossas vidas, não abriu nenhum caminho novo e só agravou caminhos velhos".

O secretário-geral do PCP considerou esta terça-feira insuficiente a mensagem de Natal do primeiro-ministro, lamentando que António Costa não tenha reconhecido que “desperdiçou dois anos” com condições políticas e financeiras para melhorar a vida dos portugueses.

À margem de uma visita ao Conselho Português para os Refugiados (CPR), Paulo Raimundo foi questionado sobre a mensagem de Natal de António Costa, divulgada no domingo, na qual manifestou “confiança redobrada” nos portugueses, defendeu que deixou um país melhor ao fim de oito anos de liderança de governos socialistas, embora reconhecendo que ainda há problemas a resolver.

“Não foi suficiente, o que o primeiro-ministro reconheceu é uma evidência: há que aumentar salários, pensões, reforçar os profissionais do Serviço Nacional de Saúde ou responder aos problemas de acesso à habitação”, considerou o secretário-geral do PCP.

O líder comunista lamentou que o primeiro-ministro “não tenha reconhecido um elemento importante: teve dois anos com tudo na mão, em que poderia ter feito muito mais e responder aos problemas que identificou”.

“A questão central é que o PS, a maioria absoluta do Governo, com condições económicas e financeiras, desperdiçou dois anos das nossas vidas, não abriu nenhum caminho novo e só agravou caminhos velhos”, criticou, considerando que “a palavra confiança, quando é usada muitas vezes, quer dizer o contrário”.

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O lado b do discurso de António Costa: riqueza, investimento e educação

Na mensagem de Natal, o primeiro-ministro destacou conquistas que escondem pontos críticos como o baixo PIB per capita, o fraco investimento público ou as más notas dos alunos portugueses.

O primeiro-ministro demissionário, António Costa, aproveitou a mensagem de Natal desta segunda-feira para destacar os feitos dos seus últimos oito anos de governação, num discurso de autoelogio ao seu legado que também aponta para o futuro, para as eleições de 10 de março e para uma desejável vitória do PS de Pedro Nuno Santos, sem a mencionar, porque ainda há “muito trabalho em curso que não podemos parar”.

Mas há um lado b escondido nas conquistas que o chefe do Executivo optou por ignorar: o crescimento económico ainda não é suficiente para compensar o baixo PIB per capita; a dívida pública tem caído, mas o investimento público não descola; o abandono escolar é menor e há mais estudantes a frequentar o Ensino Superior, mas as notas dos alunos portugueses degradaram-se substancialmente. Aliás, foram estes três pontos – crescimento económico, dívida pública e qualificações – que António Costa indicou como “razões fundamentais” para “confiar que Portugal está preparado para vencer os grandes desafios que enfrentamos”.

No que diz respeito às “contas certas”, António Costa afirmou que “Portugal conseguiu libertar-se de décadas de crónicos défices orçamentais, foi essa libertação que tem permitido reduzir a nossa dívida pública, mas fizemo-lo com base no crescimento económico, na valorização dos rendimentos daqueles que trabalham e daqueles que vivem das suas pensões”.

PIB per capita é 21% inferior à média da União Europeia

De facto, o PIB português registou, em 2022, um crescimento de 6,7%, bem acima dos 3,5% da Zona Euro. Contudo, a economia vai começar a abrandar, prevendo-se um impulso de apenas 2,2% este ano, e de 1,5% em 2024, segundo o Orçamento do Estado para o próximo ano, sendo que o Banco de Portugal já reviu em baixa a estimativa para o próximo ano, projetando um crescimento de 1,2%. Ainda assim, são trajetórias positivas tendo em conta que a Alemanha, a maior economia da União Europeia, está em recessão técnica.

Porém, há um outro lado da moeda deste crescimento económico: o PIB por capita em Portugal, que é a riqueza do País dividida pelo número dos seus habitantes, ainda é 21% inferior à média europeia.

Apesar de ter melhorado face a 2021, o PIB per capita medido em paridades de poder de compra no final do ano passado era de apenas 78,7% da média da União Europeia, segundo dados divulgados este mês pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Significa que, em média, o rendimento médio por português é 21,3% inferior à média dos 28 países que constituem a União Europeia, colocando Portugal como o 20.º país com o PIB per capita mais baixo da União Europeia e o 16.º país com o nível de rendimentos por habitante mais baixo entre os 19 países da Zona Euro.

Desvio de 6,5 mil milhões de euros no investimento público nos últimos oito anos

António Costa destacou ainda, na sua mensagem de Natal, a importância da diminuição da dívida pública: “Termos menos dívida significa maior credibilidade externa, mas significa, acima de tudo, maior liberdade para os portugueses. A liberdade de escolher como utilizar o que se poupa no serviço da dívida, a liberdade de escolher em que áreas desejamos mais investimento ou em que termos defendemos menos impostos“.

O Orçamento do Estado para 2024 mostra que a dívida pública vai conseguir baixar do patamar dos 100% do PIB, no próximo ano, passando de 103% para 98,9%. A confirmar-se esta projeção, o rácio da dívida face ao PIB, em 2024, deverá cair pelo terceiro ano consecutivo e ficar, pela primeira vez, abaixo da fasquia dos 100% desde 2009.

O primeiro-ministro defende que menos endividamento permite maior “credibilidade externa”, com impacto positivo na redução dos juros da dívida, e dá maior margem para reduzir impostos, mas nunca menciona uma aposta forte no investimento público.

Do mesmo modo, a manutenção de excedentes orçamentais, de 0,8% do PIB este ano e de 0,2% para o próximo é positivo para a manutenção das contas certas, mas refreia o investimento público.

O Orçamento do Estado para 2024 prevê que “o investimento público ascenderá a 3,3% do PIB em 2024, representando um aumento de 24,2% face à estimativa para 2023”. Contudo, a execução acaba por ficar sempre aquém do previsto. Na realidade, o investimento público não tem descolado dos 2%.

Desde que o Governo PS assumiu funções, no final de 2015, a média do peso do investimento público na economia é de 1,8%. Entre janeiro e setembro deste ano, esse esforço no investimento público aumentou para 2,1%, segundo o INE.

Analisando a execução dos valores previstos, no final de 2023, e em termos acumulados, o desvio no investimento público da responsabilidade dos executivos de António Costa deverá já superar os 6,5 mil milhões de euros.

A comparação é feita entre o investimento projetado a cada exercício orçamental com aquele que é efetivamente realizado – ou aquele que o Ministério das Finanças prevê que seja realizado, no caso de 2023. E a conclusão é a de que todos os anos foram marcados por desvios, estando os maiores concentrados em 2022 e 2023. Estes dois anos iniciais da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deverão terminar com uma diferença face às metas de investimento público superior a 2,7 mil milhões de euros. São quatro em cada 10 euros de investimento que os executivos recentes do PS planearam e não executaram.

O reduzido investimento público tem impactos sociais relevantes. O novo barómetro da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), divulgado no mês passado, revela que o baixo investimento público em habitação é o primeiro fator que contribui para a atual situação do mercado imobiliário.

“Numa escala de um (mais importante) a seis (menos importante), o fator que mais inquiridos consideram que explica a atual situação do mercado imobiliário é o baixo investimento público em habitação (22,4%)”, referiu a FFMS, com base nos resultados do inquérito para o primeiro barómetro, centrado no tema da crise da habitação em Portugal.

Alunos de 15 anos com más notas a Matemática

No que diz respeito à educação, o primeiro-ministro defende que “o nosso nível de qualificações aproxima-se dos melhores padrões europeus”. “Enquanto o abandono escolar precoce caiu para valores claramente abaixo da média europeia, o número de jovens no ensino superior ultrapassou essa média europeia. No conjunto da população ativa, em duas décadas, triplicamos o número das pessoas que concluíram o ensino secundário”, disse António Costa, durante a sua mensagem de Natal.

Mais uma vez, esta vitória tapa uma derrota: alunos portugueses de 15 anos pioraram o desempenho nos testes internacionais de Matemática e Leitura, segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2022, divulgado este mês.

O PISA voltou a analisar os conhecimentos a Matemática, Leitura e Ciência de alunos de todo o mundo – em 2022 participaram cerca de 690 mil alunos de 81 países e economias – e o retrato do desempenho dos estudantes releva “uma quebra sem precedentes”, em que Portugal não foi exceção.

Os quase sete mil alunos de 224 escolas portuguesas que realizaram as provas de 2022 obtiveram piores resultados do que os seus colegas em 2018, colocando Portugal entre os países que mais baixaram de pontuação a Matemática, refere o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Os estudantes obtiveram 472 pontos a Matemática, ou seja, menos 20,6 pontos do que nas provas realizadas em 2018. Já em comparação com os resultados das provas de 2012, as notas desceram 14,6 pontos.

Portugal surge assim na lista dos 19 países que baixaram mais de 20 pontos a Matemática, sendo que as notas desceram entre os alunos mais carenciados, mas também entre os mais privilegiados. Três em cada 10 alunos não conseguiram demonstrar ter conhecimentos mínimos a Matemática, ou seja, não atingiram o nível dois numa escala de seis valores.

A condição socioeconómica é um dos fatores que mais influencia os resultados académicos e, em Portugal, os estudantes portugueses de famílias mais privilegiadas tiveram uma pontuação média de 522 pontos, ou seja, 101 pontos acima da média dos alunos mais carenciados.

Repetindo 11 vezes a palavra “confiança”, na mensagem de Natal, António Costa mostrou-se um “otimista irritante” – o cognome que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, um dia lhe atribuiu –, deixando entreaberta a porta para um futuro no Conselho Europeu a partir das eleições europeias do próximo ano.

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Exército ucraniano assume ter recuado

  • Lusa
  • 26 Dezembro 2023

O Exército russo assumiu o controlo de Marinka, perto de Donetsk, no leste da Ucrânia, e que servia de reduto às forças ucranianas.

O comandante-chefe do Exército ucraniano, Valery Zaluzhny, reconheceu que as suas forças se retiraram para os arredores de Marinka, uma cidade do leste cuja captura Moscovo reivindicou na segunda-feira.

“O facto de nos termos transferido para os arredores de Marinka e de em alguns locais já termos ultrapassado os limites da localidade não deve provocar protestos públicos”, sugeriu Zaluzhny, numa conferência de imprensa.

Na segunda-feira, o Exército russo assumiu o controlo de Marinka, perto de Donetsk, no leste da Ucrânia, e que servia de reduto às forças ucranianas.

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Vagas de emprego caem 13%. Algarve regista o maior recuo

É em Lisboa que se regista o maior número de vagas de emprego. Quanto ao setor, comércio por grosso lidera oportunidades de trabalho, ainda que sejam menos do que há um ano.

Há cerca de 53 mil empregos vagos em Portugal, menos 12,9% do que há um ano, de acordo com os dados divulgados pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho. Entre as várias regiões do país, o Algarve destaca-se ao registar o maior recuo das oportunidades de trabalho.

“No terceiro trimestre de 2023, o número de empregos vagos foi de 53.686, representando um decréscimo homólogo de 12,9%“, lê-se na nota estatística.

Os dados do GEP permitem ainda perceber que a taxa relativa às vagas de trabalho — isto é, a fatia de oportunidades de emprego no total de postos de trabalho que compõem o mercado de trabalho — recuou, em termos homólogos, 0,3 pontos percentuais para 1,4%.

Mas o decréscimo das vagas de emprego não foi igual em todas as regiões do país. Por exemplo, no Norte, a quebra homóloga foi de 5,5% enquanto no Centro foi de 11,6% e em Lisboa foi de 21,48%. Já no Alentejo até houve uma subida das oportunidades de emprego, de 7,45%, no terceiro trimestre.

Contas feitas, o Algarve, com um recuo de 27,4% dos empregos vagos, destaca-se ao registar a maior diminuição desse indicador em todo o país. E as regiões autónomas merecem realce ao verificarem o maior aumento (40,7%).

Com estas variações, importa notar que, neste momento, é em Lisboa que se regista o maior número de empregos livres: 21.497. Seguem-se o Norte (17.114) e o Centro (8.702).

Já o Algarve é a região com menos oportunidades laborais (1.915), sendo que há um ano eram as regiões autónomas que ocupam a base da tabela (hoje estão em antepenúltimo lugar).

Empregos vagos diminuem especialmente nas PME

Tanto nas grandes empresas como nas mais pequenas, hoje há menos empregos vagos do que há um ano. Mas essa quebra foi especialmente acentuada entre as pequenas e médias empresas (PME).

Vamos por partes. De acordo com a nota divulgada pelo GEP, no terceiro trimestre, havia 11.513 oportunidades de trabalho nas microempresas, 26.052 nas PME e 15.050 nas grandes empresas.

Ou seja, em termos absolutos, é nas PME que se regista o maior número de vagas (o que não surpreende, tendo em conta que dominam o tecido empresarial português). Mas face ao verificado no terceiro trimestre de 2022, houve uma quebra de 19,9% nessas oportunidades. Em comparação, nas microempresas o recuo foi de 5% e nas grandes empresas foi de 7%.

Por outro lado, quanto aos setores com mais empregos disponíveis, é o comércio por grosso, a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos, transportes e alojamento e restauração que se destaca, ao ter 19.543 oportunidades de trabalho. Ainda no topo da tabela estão as atividades administrativas (com 8.980 empregos vagos) e as indústrias extrativas (com 8.489 empregos vagos).

Estes dados são conhecidos numa altura em que o desemprego tem aumentado. Ainda assim, o Governo e os especialistas não dão sinais de alarme.

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