Alemanha, França e Itália chegam a acordo para regulação da Inteligência Artificial

  • ECO
  • 19 Novembro 2023

Os governos da Alemanha, França e Itália chegaram a acordo para a regulação futura da Inteligência Artificial no espaço europeu. As negociações a nível europeu devem agora acelerar.

A Europa lançou a primeira pedra na construção da regulamentação da Inteligência Artificial na região. Alemanha, França e Itália chegaram a um acordo sobre a forma como a inteligência artificial deve ser regulamentada, de acordo com um documento feito em conjunto pelos três governos europeus consultado pela Reuters.

Os três países apoiam compromissos que são voluntários, mas vinculativos para os pequenos e grandes fornecedores de Inteligência Artificial da União Europeia que os subscrevam. Com este acordo, estão lançados os alicerces para que as negociações a nível europeu acelerem sobre a aplicação desta tecnologia.

A Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia têm estado a negociar a forma como o bloco se deve posicionar na regulamentação da Inteligência Artificial. Em junho, o Parlamento Europeu apresentou a “Lei da IA” destinada a conter os riscos das aplicações de Inteligência Artificial.

Precisamos de regular as aplicações e não a tecnologia se quisermos jogar na liga de Inteligência Artificial de topo a nível mundial.

Volker Wissing

Ministro dos Assuntos Digitais da Alemanha

Durante as discussões, o Parlamento Europeu propôs que o código de conduta fosse inicialmente vinculativo apenas para os principais fornecedores de Inteligência Artificial, que são principalmente dos EUA.

O acordo celebrado por Alemanha, França e Itália revela que esta aparente vantagem competitiva para os pequenos fornecedores europeus poderia ter o inconveniente de reduzir a confiança neles e de resultar num menor número de clientes.

Por essa razão, as regras de conduta e de transparência devem, por conseguinte, ser vinculativas para todos, afirmam os três governos europeus, que defendem ainda que, numa primeira fase, não deverão ser impostas quaisquer sanções, refere a Reuters citando o documento.

Volker Wissing, ministro dos Assuntos Digitais, mostrou-se muito satisfeito com o acordo alcançado com os outros dois países europeus para limitar apenas o uso da Inteligência Artificial. “Precisamos de regular as aplicações e não a tecnologia se quisermos jogar na liga de Inteligência Artificial de topo a nível mundial”, referiu Wissing à Reuters.

As questões relacionadas com a Inteligência Artificial também estarão na ordem do dia quando os governos alemão e italiano encontrarem-se em Berlim, na próxima quarta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Parlamento Europeu insiste na nomeação de candidato a presidente da Comissão Europeia

  • Lusa
  • 19 Novembro 2023

O Parlamento Europeu procurará apresentar uma proposta de escolha a candidato à presidência da Comissão Europeia na quinta-feira.

O Parlamento Europeu (PE) deverá aprovar, na quinta-feira, em Estrasburgo (França) uma proposta sobre a escolha do candidato (‘Spitzenkandidat’) a presidente da Comissão Europeia, insistindo numa escolha entre os cabeças de lista dos grupos políticos.

A resolução não legislativa, da Comissão dos Assuntos Constitucionais do PE, apela a um acordo vinculativo entre o Parlamento e o Conselho Europeu sobre o chamado processo de candidato cabeça de lista para a eleição do presidente da Comissão Europeia.

Os eurodeputados defendem que os candidatos cabeças de lista, juntamente com os presidentes dos partidos políticos europeus e dos respetivos grupos parlamentares, devem encetar negociações imediatamente após as eleições para apresentar um candidato comum, antes de o Conselho Europeu poder apresentar uma proposta.

As eleições europeias decorrem entre 6 e 9 de junho de 2024, após as quais será escolhido um novo presidente da Comissão Europeia.

Nesta sessão plenária, que decorre entre segunda e quinta-feira, o PE vai debater e votar um projeto de alterações das regras fundamentais da União Europeia, na sequência da Conferência sobre o Futuro da Europa.

O texto, elaborado na Comissão dos Assuntos Constitucionais por cinco correlatores que representam uma ampla maioria, propõe um sistema mais bicameral, além de conceder ao PE o pleno direito de iniciativa legislativa e o direito de colegislar sobre o orçamento de longo prazo da União Europeia.

Os relatores propõem ainda, no texto que é debatido na terça-feira e votado no dia seguinte, o aumento do número de decisões tomadas por maioria qualificada no Conselho.

Nos mesmos dias, os eurodeputados debatem e votam a redução do uso e do risco dos pesticidas, no rescaldo da aprovação, pelo executivo comunitário, da autorização do herbicida glifosato por mais dez anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operação policial deteta condutores de TVDE sem contratos e operadores sem licença

  • Lusa
  • 19 Novembro 2023

A falta de contratos laborais escritos, o desrespeito pelos períodos de descanso e casos em que o operador operava sem licença foram as principais infrações detetadas pela GNR e PSP numa operação.

Numa operação conjunta da GNG e da PSP de fiscalização a condutores de transporte individual de passageiros em veículo descaracterizado (TVDE) detetou várias infrações. A falta de contratos laborais escritos, o desrespeito pelos períodos de descanso e casos em que o operador operava sem licença foram os principais casos detetados pelas autoridades policiais.

A operação “TVDE Seguro” foi realizada entre segunda e sexta-feira pela PSP e pela GNR, que num comunicado conjunto informaram que fiscalizaram 1.444 condutores a trabalhar para plataformas de TVDE, tendo registado 569 autos de contraordenação.

Entre as principais contraordenações detetadas estão 61 casos de condutores que não detinham um contrato escrito que comprove a relação laboral com o operador de TVDE e ainda nove casos em que o operador de TVDE não tinha licença para operar.

Também foram detetadas 89 infrações relativas à organização do trabalho e ao registo dos tempos de condução e repouso, acrescentaram.

Em 19 casos, as viaturas não tinham o dístico identificador obrigatório de TVDE afixado e 11 delas nem sequer tinham este elemento identificador. Além disso, a operação “TVDE Seguro” detetou ainda 13 veículos que estavam a operar sem a inspeção periódica obrigatória.

A PSP e a GNR destacaram que a operação foi realizada em “vias onde se verificou um maior volume de veículos afetos a esta atividade”.

A operação contou também com a colaboração da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que registaram ainda 147 infrações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Startup Portugal defende continuação do regime de residentes não habituais

  • Lusa
  • 19 Novembro 2023

O diretor executivo da Startup Portugal apela ainda a incentivos para os fundos de pensões passarem a investir em venture capital e em startups e a uma afinação do regime fiscal de stock options.

No seguimento da proposta do Orçamento de Estado para 2024 (OE2024), o Governo propôs terminar com o regime de residentes não habituais. Em outubro, em entrevista à CNN Portugal, o primeiro-ministro defendeu que essa decisão prendia-se porque este regime fiscal, “neste momento, já não faz mais sentido”.

Com a demissão de António Costa e do Governo, o Partido Socialista (PS) pretende agora aligeirar o fim do regime para residentes não habituais. Segundo a proposta da bancada parlamentar do PS, os trabalhadores e pensionistas estrangeiros que, até 31 de dezembro de 2023, façam prova que já têm planos para viver ou trabalhar em Portugal ainda podem vir a beneficiar deste regime fiscal.

Para o diretor executivo da Startup Portugal, isso não é suficiente. Em entrevista à Lusa, António Dias Martins defende a continuação da aplicação do regime de residentes não habituais e incentivos para os fundos de pensões investirem em startups.

Questionado sobre se as medidas previstas no OE2024 são suficientes, António Dias Martins considerou que são importantes e propõe que “ainda se introduzam alguns ajustes”. O primeiro, no total de três, é que “o regime de residentes não habituais deve continuar a aplicar-se para colaboradores e investidores de startups e scaleups, afirmou.

O diretor executivo da Startup Portugal refere que esse “tem sido um argumento muito importante” para a atração e retenção de talento em Portugal, “mas também para a atração de investimento”, sendo claramente uma medida com retorno e “impacto positivo” para Portugal. “Era algo que nos distinguia e é algo que nos faz de facto aparecer bem na fotografia quando comparados com outros ecossistemas, e nós não podemos perder isso”, alerta.

Painel de promoção do investimento em startups em Portugal na Web Summit 2023.Hugo Amaral/ECO

O segundo ajuste é “começar a dar os primeiros passos no sentido de desenhar incentivos para os fundos de pensões [privados] passarem a investir em venture capital e em startups”, aponta.

O António Dias Martins reconhece que não é possível introduzir este tipo de medidas no OE2024, mas sugere “uma autorização legislativa” para trabalhar o assunto e apresentar, “até ao final do ano de 2024, algo que passe a vigorar depois em 2025”.

“Queremos que sejam dados esses passos concretos já a partir do início de 2024. E isto implica fazer muito trabalho e criar, de facto, condições para que esse processo avance, porque trata-se de incentivar as nossas startups mais bem-sucedidas e as scaleups (…) a ficar em Portugal”, justificou.

Bastava que os fundos de pensões privados a operar em Portugal investissem 2% ou 3% dos seus portefólios em startups e venture capital para mudarmos radicalmente o panorama e a capacidade de funding para estas empresas em Portugal.

António Dias Martins

Diretor executivo da Startup Portugal

Segundo António Dias Martins, esses fundos de pensões privados são “os principais financiadores da atividade das startups” nos EUA. “Ora, em Portugal e na Europa, portanto é um problema europeu, [estes fundos de pensões privados] têm um papel quase simbólico no financiamento das startups e do venture capital porque existe um regime regulamentar em vigor na Europa que os obriga a provisionar 50% do que investem nestas áreas como custos no momento zero”, explica.

E conclui que “não há maior desincentivo para o investidor que é no dia em que está a investir dizer que já perdeu metade do valor que está a investir”. Estas regras europeias existem por questões de prudência. “Bastava que os fundos de pensões privados a operar em Portugal investissem 2% ou 3% dos seus portefólios em startups e venture capital para mudarmos radicalmente o panorama e a capacidade de funding para estas empresas em Portugal”, refere, retirando o incentivo muito grande que elas têm atualmente.

Porque “quando procuram rondas de investimento maiores (…) têm de ir para o estrangeiro, nomeadamente para os EUA, para irem atrás dos investidores, que são financiados por fundos de pensões, e que têm capacidade para fazer esses investimentos maiores”, acrescenta.

António Dias Martins refere ainda que, no início da atividade, Portugal tem “vários mecanismos”, desde os vouchers, passando pelas incubadoras, entre outras medidas. A questão coloca-se quando as tecnológicas “se desenvolvem, ganham potencial e são bem-sucedidas e precisam de rondas maiores de investimento”.

Como “não temos forma, cá em Portugal e até na Europa, de acorrer a isto”, as tecnológicas viram-se para os EUA, para onde depois acabam por transferir a sede.

O atual regime fiscal de stock options, promulgado em simultâneo com a nova lei das startups, “é dos mais competitivos na Europa e permite” que finalmente “consigamos ter em Portugal um regime aplicável às stock options bastante interessante e competitivo”, refere o diretor executivo da Startup Portugal.

Apesar de haver eleições em março, António Dias Martins considera que “este tipo de medidas é importante para o país, independentemente dos partidos, independentemente dos governos em concreto”.

Trata-se, acrescentou, de criar melhores condições para a atividade empresarial em Portugal e para atrair investimento para Portugal”. E disse ter tido “uma recetividade total” de grupos parlamentares, de membros do Governo e do gabinete do Governo.

A maioria dos grupos parlamentares, afirmou, “apoia este tipo de medidas e revê-se neste tipo de lógica e neste tipo de iniciativas” para se dinamizar a economia. “Tenho esperança que isto possa ter condições para passar e para acontecer, independentemente deste momento de maiores dúvidas que estamos agora a sentir”, acrescentou.

Web Summit 2023 - 14NOV23
Stand da Startup Portugal na Web Summit 2023.Hugo Amaral/ECO

A terceira proposta “é uma afinação ao regime fiscal das stock options para que “os acionistas com participações sociais acima de 20%, no caso das empresas maiores, sejam também incluídos neste regime fiscal mais favorável”.

Ou seja, o atual regime fiscal de stock options, promulgado em simultâneo com a nova lei das startups, “é dos mais competitivos na Europa e permite” que finalmente “consigamos ter em Portugal um regime aplicável às stock options bastante interessante e competitivo”.

Isto significa que “estas empresas já conseguem oferecer aos seus colaboradores, além do ordenado mensal (…), um estímulo adicional para os atrair, para os reter nas suas empresas”, permitindo às startups “competir com as grandes multinacionais à procura do recrutamento e para recrutar bons quadros e quadros qualificados”, acrescenta.

Assim, “no momento a liquidez, a taxa final efetiva que incide sobre lucro (…) é de apenas 14%, que é uma taxa muito interessante. Isto aplica-se para o caso das startups reconhecidas legalmente, para todos os seus trabalhadores, todos os seus órgãos sociais e todos os seus acionistas. Portanto, as startups estão cobertas”, aponta.

Agora, se se tratar “de uma scaleup ou de uma empresa maior (…) então todos os trabalhadores estão incluídos e os acionistas só estão incluídos aqueles que têm até 20% de capital, os que têm mais do que 20% nestas empresas maiores estão excluídos e nós achamos que não se deve fazer essa distinção entre fundadores”, considerou.

Quanto às propostas no OE2024, António Dias Martins refere que a “baixa de IRC é uma boa novidade para 12,5%”. Mas discorda do limite da coleta de 50 mil euros, que “é muito baixo” e “deve cair”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mário Centeno não quer abandonar a liderança do Banco de Portugal e até pondera um segundo mandato

  • ECO
  • 19 Novembro 2023

Apesar das pressões, Mário Centeno pretende concluir o seu mandato com governador do Banco de Portugal até ao verão de 2025, e até pondera um segundo mandato.

Mário Centeno está decidido a levar o seu mandato à frente do Banco de Portugal até, pelo menos, o verão de 2025, quando termina o seu mandato. Nem as recentes polémicas envolvendo o seu nome na substituição de primeiro-ministro à frente do Governo o fazem mudar de ideias.

Segundo o Público, até mesmo aceitar um segundo e último mandato na liderança do Banco de Portugal não é excluído pelo atual governador. No entanto, para isso vai também depender, além da sua vontade pessoal, as intenções do Governo que estará em funções em 2025, dado que o governador e os restantes membros do Conselho de Administração do regulador são designados por resolução do Conselho de Ministros.

Se das eleições de 10 de março de 2024 resultar um governo liderado pelo PSD, a possibilidade de Mário Centeno renovar o seu mandato serão bastante diminutas. Desde logo por os sociais-democratas terem-se oposto ao nome do governador desde o momento que Mário Centeno deixou o ministério das Finanças em junho de 2020 para assumir depois a liderança do Banco de Portugal.

A independência do governador do supervisor bancário tem sido questionada por quase todos os partidos e por vários segmentos da sociedade. E essa onda de críticas fez-se ouvir ainda mais a partir do momento que António Costa revelou que tinha avançado com o nome do governador do Banco de Portugal junto do Presidente da República para lhe suceder à frente do Governo, após apresentar a sua demissão.

Seguiram-se declarações de Centeno ao Financial Times em que revelava que recebeu “um convite do Presidente da República e do primeiro-ministro para refletir e considerar a possibilidade de liderar o Governo”, que foi imediatamente desmentido por Marcelo Rebelo de Sousa. Horas depois, o governador do Banco de Portugal voltou a falar com o FT para corrigir a sua declaração inicial, assumindo ser “inequívoco que o senhor Presidente da República não [o] convidou para chefiar o Governo.

Esta situação levou inclusive a Comissão de Ética do Banco de Portugal a reunir-se para avaliar a conduta governador, que teve como desfecho um parecer que aponta para que o governador “cumpriu os deveres de conduta” na sequência do convite para liderar o Governo, mas alerta para os “danos à imagem” do Banco de Portugal.

Apesar de todos estes episódios e críticas da oposição, Centeno não cede a pressões e reforça a sua intenção de permanecer na liderança do Banco de Portugal nos próximos anos, até pelo menos o fim do seu atual mandato.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Urgência do Santa Maria regista pico com número mais alto de episódios desde outubro

  • Lusa
  • 18 Novembro 2023

A Urgência Central do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, em Lisboa, atendeu, na sexta-feira, 470 casos, o número mais elevado desde o início de outubro.

A Urgência Central do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN), em Lisboa, atendeu, na sexta-feira, 470 casos, o número mais elevado desde o início de outubro, estando a passar por um período “extraordinariamente duro”, disse o diretor.

De acordo com dados do CHULN, os 470 episódios de urgência atendidos correspondem a um aumento de 50% em relação ao mesmo dia da semana anterior.

“Estamos com algumas dificuldades. Tivemos um aumento muito grande da afluência no dia de ontem [sexta-feira]. Hoje mantemos uma afluência aumentada em relação a dias anteriores e sabemos que existem vários hospitais à volta que determinadas valências encerradas e é necessária uma coordenação muito grande”, disse o diretor do serviço de urgência do Hospital Santa Maria, João Gouveia.

Em declarações à agência Lusa, o responsável disse que na região de Lisboa e Vale do Tejo “só há dois hospitais a dar resposta a algumas das valências mais exigentes”, o que faz com que a situação seja, resumiu, “extraordinariamente dura”.

“É necessário poupar e preservar estes hospitais”, disse João Gouveia que aproveitou para apelar aos utentes para que recorram a meios alternativos à urgência em caso de doença não aguda ou grave.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fotogaleria: Web Summit 2023 em 40 imagens

Lisboa foi palco de mais uma edição da Web Summit. Apesar das contrariedades, o evento teve um número recorde de startups e atingiu a expectativa da organização de chegar aos 70 mil participantes.

Terminou a edição 2023 da Web Summit, evento que tem colocado Lisboa no centro do mundo nos últimos anos por altura do mês de novembro. Segundo a organização, a cimeira teve a participação de mais de 70 mil pessoas (43% de mulheres) vindas de 153 países com mais de 2.600 startups a marcarem presença em Lisboa.

A Web Summit deste ano ficou especialmente marcada pela mudança de CEO a pouco mais de duas semanas do arranque do evento, e pela crise política em Portugal provocada pela dissolução do Governo após investigações que envolvem membros do Governo e o Primeiro-Ministro.

Ao mesmo tempo, temia-se que o cancelamento da presença de diversas multinacionais após as declarações polémicas do ex-CEO Paddy Cosgrave a propósito da guerra no Médio Oriente pudessem afetar o evento.

Veja na fotogaleria abaixo 40 imagens captadas ao longo dos quatro dias da Web Summit 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Despedimento de Sam Altman gera debandada de executivos da OpenAI

São já três os executivos da OpenAI que se demitiram, no rescaldo da demissão de Sam Altman por parte da administração da empresa da qual é fundador.

Sam Altman, co-fundador da empresa criadora do ChatGPT, foi demitido pela administração da empresa durante uma videochamda na sexta-feira.

No comunicado em que anunciou a decisão, a OpenAI refere que já não tinha “confiança” na capacidade de Sam Altman para liderar a empresa, acrescentando que ele “não era consistentemente sincero nas suas comunicações, o que impede a sua capacidade de exercer as suas responsabilidade.”

Como consequência do afastamento de Altman, três executivos da empresa anunciaram também na sexta-feira a sua intenção de abandonar a OpenAI. Segundo informação avançada por The Information, entre os elementos que abandonam agora a empresa criadora do ChatGPT estão Jakub Pachocki, diretor de investigação da OpenAI, que, segundo a própria empresa, teve uma ampla responsabilidade no desenvolvimento do GPT-4.

“A liderança geral e a visão técnica de Jakub Pachocki para o esforço de pré-treino foi notável e não estaríamos aqui sem ele”, referiu Sam Altman num post no X (antigo Twitter), no início deste ano.

A Pachocki, juntou-se também na debandada de executivos da OpenAI Aleksander Madry, chefe de uma equipa que analisa os riscos da inteligência artificial, e Szymon Sidor, um investigador que estava na empresa há sete anos.

Além destes, também Greg Brockman, co-fundador e presidente da OpenAI, já disse que irá deixar a empresa, como consequência da demissão de Altman.

Numa publicação publicada no X, Brockman partilhou com os seus seguidores a mensagem que enviou aos funcionários da empresa em que se mostra “orgulhoso do que todos nós construímos juntos, desde que começámos no meu apartamento há oito anos… mas, com base nas notícias de hoje, eu demito-me.”

Quanto a Altman, começou por deixar uma mensagem na sua conta na rede social X em que revela que o tempo que passou na OpenAI “foi transformador para mim pessoalmente e, espero, para o mundo um pouco”, e que adorou trabalhar “com pessoas tão talentosas”, prometendo explicações para mais tarde.

Esse tempo não demorou muito tempo. Sete horas depois, o co-fundador da OpenAI deixou um outro post em que refere que “hoje foi uma experiência estranha em muitos aspetos”, sublinhando que houve um facto inesperado “que foi como ler o nosso próprio elogio fúnebre enquanto ainda estamos vivos.”

Numa última publicação, Sam Altman abre um pouco mais do livro, escrevendo que, “se eu começar a falhar, o conselho de administração da OpenAI deve perseguir-me pelo valor total das minhas ações”.

Tomando por certo o que disse em julho, em que Altman anunciou não deter qualquer ação da empresa, recebendo apenas um salário, esta última mensagem pode ser interpretada como tendo sido escrita com uma boa dose de sarcasmo pelo ex-CEO da criadora do ChatGPT, dado que qualquer acordo de confidencialidade que tenha celebrado com a empresa, caso acabe por falar, as consequências (do ponto de vista da perseguição para lhe ficarem com as ações) não se coloca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão Nacional do PS aprova datas do congresso e das eleições diretas para a liderança

  • Lusa
  • 18 Novembro 2023

João Torres, secretário-geral adjunto do PS, confirmou que o PS marcou um congresso para 5, 6 e 7 de janeiro e eleições diretas para a liderança do partido para 15 e 16 de dezembro.

A Comissão Nacional do Partido Socialista (PS) aprovou este sábado, por ampla maioria, a marcação do congresso para 5, 6 e 7 de janeiro, e as eleições diretas internas para o cargo de secretário-geral socialista para 15 e 16 de dezembro.

Este calendário foi confirmado aos jornalistas pelo secretário-geral adjunto do PS, João Torres, no final da reunião do órgão máximo socialistas entre congressos. “Por ampla maioria”, segundo João Torres, a Comissão Nacional do PS revogou também o calendário interno que tinha aprovado antes da crise política, que incluíam eleições para órgãos concelhios e federativos, e ajustou as datas do congresso e das eleições diretas para secretário-geral, tendo em vista a realização de eleições legislativas antecipadas em 10 de março.

Ainda segundo João Torres, “os 25 membros da Comissão Nacional do PS que usaram da palavra expressaram reconhecimento a António Costa” pelo seu trabalho “notável” ao longo de quase nove anos como líder do partido e como primeiro-ministro durante oito anos.

Em relação às eleições legislativas antecipadas de 10 de março, o socialista declarou: “O PS não se confunde em relação aos seus adversários”.

“Os adversários do PS são a direita. São partidos que, como os portugueses sabem, quando em funções governativas, cortam salários e pensões, enfraquecem o Estado Social e também não conseguem contas certas”, acrescentou.

Interrogado se houve confronto entre apoiantes de José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos, candidatos à liderança do PS, o “numerou dois” da direção dos socialistas respondeu: “Foi uma reunião serena”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oito anos de governação Costa em oito gráficos

Os últimos governos de António Costa têm sido marcados pelo lema das "contas certas". Há ainda áreas sob pressão como a habitação e a saúde.

O último mandato de António Costa vai acabar por ser mais curto do que o esperado, devido à revelação de um processo que envolvia algumas das pessoas mais próximas do primeiro-ministro, bem como o próprio, numa investigação autónoma. Três governos e oito anos depois, qual é o legado de António Costa na economia e nas finanças públicas?

Atravessando uma pandemia e dois conflitos internacionais, bem como o disparar da inflação e as consequentes decisões de política monetária do Banco Central Europeu, várias medidas extraordinárias tiveram de avançar, mas o foco nas “contas certas” tem sido uma imagem de marca dos últimos governantes.

O ECO selecionou um conjunto de indicadores para perceber como foi a evolução ao longo dos governos de Costa. O primeiro, a chamada ‘geringonça’ com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV, tomou posse em novembro de 2015, sendo seguido por um minoritário resultante das eleições de 2019 que caiu com o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, resultando no terceiro — este de maioria absoluta — que caiu menos de dois anos depois.

  • Dívida pública

A redução da dívida pública é uma das grandes bandeiras deste Orçamento do Estado, depois de Fernando Medina ter anunciado o objetivo de sair do pódio dos países mais endividados. De facto, a dívida pública deverá recuar para os 103% do PIB este ano (o ainda ministro sinalizou até que podia ficar abaixo, na audição desta semana) e baixar do patamar dos 100% em 2024.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Por outro lado, a dívida em termos brutos tem vindo a crescer, mas o rácio é o que é avaliado pela Comissão Europeia, segundo os critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento, bem como pelos investidores estrangeiros.

  • Crescimento da economia

O crescimento do PIB tem sido tímido nos últimos anos, mas, como o Governo tem sublinhado, tem convergido com a União Europeia — excetuando os anos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Apesar deste resultado, partidos da direita têm sinalizado que Portugal está a perder caminho para outros países do leste da Europa, nomeadamente na comparação do PIB per capita.

  • Saldo orçamental

Os últimos Governos de António Costa têm adotado o lema das “contas certas”, avançando com um esforço de consolidação orçamental, muitas vezes criticado pela esquerda que defende a aplicação dos fundos em áreas onde são necessários. A verdade é que apenas em 2020, no ano da pandemia, é que ultrapassou a meta dos 3% de défice estabelecida nas regras orçamentais da União Europeia — ainda que nesse ano tenham sido suspensas, precisamente por causa do choque imprevisto.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Depois de Centeno ter conseguido o primeiro excedente em democracia — de 0,1% do PIB — Medina chegou com a previsão de dois excedentes consecutivos, o que o Conselho das Finanças Públicas apelidou uma “excentricidade” na nossa história. Ainda assim, será incerto se estes se vão concretizar, com a incerteza que traz a crise política.

  • Emprego

Depois de uma trajetória de decréscimo até 2018, o desemprego tem-se mantido relativamente estável. Teve uma subida contida durante a pandemia, graças à resiliência das empresas mas também a esquemas como o lay-off simplificado, que permitiram suspender os contratos de trabalho sem avançar para despedimentos.

E após a guerra na Ucrânia, que fez aumentar o custo de vida, o mercado de trabalho tem sido um “dique” a segurar a economia, como caracterizou Mário Centeno, e a impedir uma crise maior.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Nesta altura em que a inflação elevada levou a uma política monetária mais agressiva por parte do Banco Central Europeu, começam a surgir alguns sinais de subida da taxa de desemprego, ainda que o Governo (demissionário) perspetive uma estabilização para 2024.

  • Carga fiscal

A carga fiscal é um dos temas mais discutidos entre este Governo e a oposição. Com a saída da pandemia e a guerra na Ucrânia, a inflação disparou, o que empolou as receitas fiscais.

Ao longo destes anos de governação avançaram algumas mudanças aos impostos, nomeadamente com o desdobramento de escalões e regimes como o IRS Jovem, mas focados naqueles diretos. Este último Orçamento teve como grande bandeira a redução do IRS, mas que veio acompanhada de uma subida de impostos indiretos como aqueles sobre o tabaco e bebidas alcoólicas, sendo que o mais polémico, o agravamento do IUC para carros antes de 2007, acabou por cair pela mão do PS.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

O facto é que a carga fiscal tem vindo a aumentar, o que é alvo de críticas por parte da oposição, algo que o Governo tem justificado com o dinamismo do mercado de trabalho e também com o aumento das contribuições sociais.

  • Salários

O salário mínimo aumentou 50% desde 2015 até este ano, ao passar de 505 euros para 760 euros por mês. O Governo assinou com os parceiros sociais um acordo de competitividade e rendimentos que prevê um salário mínimo de 900 euros em 2026, mas é ainda incerto como fica esse acordo, dependendo do resultado das eleições antecipadas.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Certo é que para o ano o salário mínimo sobe para 820 euros, tendo o decreto já sido promulgado. Apesar desta subida, é de destacar que o salário médio tem tido um crescimento muito mais moderado. A remuneração base média mensal dos trabalhadores passou de 913,9 euros em 2015 para 1.082,8 euros em 2021, segundo os dados agregados pela Pordata. No segundo trimestre deste ano, este indicador estava nos 1.144 euros, de acordo com o INE.

  • Habitação

A crise na habitação tem sido um dos grandes focos do debate público, sendo que o Governo já avançou com um pacote de medidas para tentar fazer face ao problema, que é visto como insuficiente.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Os preços das casas dispararam nos últimos anos e apesar de os dados trimestrais mostrarem um abrandamento nesta subida, ainda permanecem em níveis bastante elevados. Além dos preços, a subida dos juros determinada pelo Banco Central Europeu para combater a inflação também dificulta ainda mais o acesso dos portugueses a habitação.

  • Saúde

A saúde é outro dos temas “quentes” para o Governo de Costa, que nunca chegou a cumprir a promessa de ter um médico de família para cada português. O Serviço Nacional de Saúde aguentou a pandemia, mas os problemas têm vindo a agudizar-se, especialmente numa altura em que o Ministério não tem conseguido chegar a acordo com os sindicatos de médicos.

Défice do SNS encolhe para 1.066 milhões de euros

Muitos especialistas na área têm alertado para a suborçamentação da saúde, ainda que os governantes já tenham “lamentado” que o problema não se resolve apenas com dinheiro — sendo que o Orçamento do SNS tem vindo a ser reforçado todos os anos.

Mesmo assim, o que se verifica é que nos últimos anos o SNS tem registado défices. No ano passado, o défice encolheu mas mesmo assim situou-se nos 1.066 milhões de euros, de acordo com o relatório do Conselho de Finanças Públicas. Os dados mais recentes da execução orçamental mostram que o SNS registou um défice de 244,3 milhões de euros até agosto deste ano.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nagorno-Karabakh já vê a luz da paz ao fundo do túnel

A Arménia e o Azerbaijão chegaram a acordo sobre os princípios básicos do tratado de paz para, entre outros, terminar os confrontos na região de Nagorno-Karabakh.

A Arménia e o Azerbaijão conseguiram chegar a acordo sobre os princípios básicos de um tratado de paz, segundo revela este sábado a agência de notícias russa TASS. No entanto, “continuam a falar línguas diplomáticas diferentes”, afirmou neste sábado o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, no decorrer da cerimónia de abertura da sessão da assembleia parlamentar da OSCE, em Erevão.

Os dois países estão em desacordo e em conflito há décadas, sobretudo no que se refere à região separatista azerbaijanesa de Nagorno-Karabakh, que as forças de Baku recapturaram em setembro, provocando um êxodo em massa de arménios desta área.

Entre os princípios acordados pelos dois países, Nikol Pashinyan destacou três:

  • O primeiro princípio assenta no reconhecimento, por parte da Arménia e do Azerbaijão, da “integridade territorial um do outro, entendendo-se que o território da Arménia é de 29.800 quilómetros quadrados e o território do Azerbaijão é de 86.600 quilómetros quadrados”.
  • O segundo princípio consiste como base política para a “delimitação da fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão a Declaração de Alma-Ata de 1991.” O primeiro-ministro arménio referiu que “existe um certo acordo entre a Arménia e o Azerbaijão para utilizar os mapas de 1974-1990 do Estado-Maior das Forças Armadas da antiga URSS para a delimitação da fronteira.”
  • O terceiro princípio do acordo de paz entre a Arménia o Azerbaijão consiste na reabertura das comunicações regionais com base nos princípios da soberania, jurisdição, reciprocidade e igualdade dos países.

Apesar destes passos positivos, Nikol Pashinyan sublinhou que as duas nações continuam “a falar línguas diplomáticas diferentes e muitas vezes não se entenderem.

“Há razões objetivas para isso: um conflito de longa data, milhares de vítimas, dezenas de prisioneiros, uma atmosfera de ódio que dura há décadas e suspeitas de que as más intenções se escondem sob declarações construtivas“, refere o governante arménio, destacando ainda que estas situações “aplicam-se tanto à Arménia como ao Azerbaijão, em maior ou menor grau”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“O Chega só traz instabilidade” e não é partido para governar, refere António Costa

António Costa considera que o Chega não é um partido como os outros, tanto pela sua ideologia, mas sobretudo pelo seu comportamento, e que só "existe para contestar, para perturbar."

António Costa está a participar na reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista (PS), que está a decorrer este sábado no Parque das Nações, em Lisboa, mas está com o foco nas eleições de 10 de março.

“Seguramente o PS tem todas as condições para ganhar, sobretudo comparando com a alternativa que a Direita apresenta”, referiu o primeiro-ministro demissionário aos jornalistas.

Para António Costa, que apresentou a sua demissão a 7 de novembro na sequência das suspeitas levantadas pela Procuradoria-Geral da República de ter interferido em processos relativos à exploração de lítio e hidrogénio no país, a alternativa que a Direita apresenta é uma “alternativa de instabilidade porque, mesmo tendo uma maioria parlamentar aritmética dependente do Chega, nunca será uma maioria parlamentar governativa porque o Chega não é um partido igual aos outros.”

O líder socialista refere que a diferença do Chega face aos restantes partidos não é só por uma questão ideológica, mas “é por causa do seu comportamento”.

António Costa sublinha que o partido de André Ventura “será sempre um fator permanente de instabilidade, e o que todos desejamos, seguramente, é que esta tenha sido a última dissolução do atual Presidente da República”, não deixando de voltar a ressalvar que a dissolução do Parlamento recentemente decidida por Marcelo Rebelo de Sousa “era totalmente despropositada e desnecessária.”

A crítica ao Chega foi uma constante no discurso de António Costa aos jornalistas, à margem da reunião da Comissão Nacional do PS. “O Chega existe para contestar, para perturbar. Não há ninguém que possa pensar que por fazer um acordo com o Chega e ter uma maioria na Assembleia da República cria condições de governabilidade. Não cria, pelo contrário. É um elemento de enorme ingovernabilidade, como se está a ver agora nos Açores que, muito provavelmente, nem o orçamento consegue aprovar.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.