5 coisas que vão marcar o dia

Em dia de resultados do Santander, Ana Mendes Godinho é ouvida no Parlamento e o INE divulga dados do turismo e do imobiliário. Cimeira do Conselho Europeu chega ao fim.

Esta sexta-feira, é dia de resultados do Santander Portugal que, no primeiro semestre, viu os lucros aumentarem à boleia das taxas de juro. No Parlamento, será a vez da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, ser ouvida no âmbito do debate sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2024. Por seu turno, o INE divulga dados do turismo e do imobiliário, e em Bruxelas, a Cimeira do Conselho Europeu chega ao fim.

Santander apresenta resultados

Um dos principais bancos espanhóis em território português apresenta os resultados referentes ao terceiro trimestre. No primeiro semestre, o lucro do Santander Totta aumentou 38% para 334 milhões de euros, impulsionado pelo aumento das taxas de juro.

Ministra do Trabalho no Parlamento

Depois de Fernando Medina, as audições no âmbito do Orçamento do Estado prosseguem esta sexta-feira. Desta vez, Ana Mendes Godinho é chamada a prestar esclarecimentos aos deputados na Assembleia da República. A audição arranca às 9h.

A avaliação das casas vai continuar a subir?

O dia fica marcado por novos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativamente ao mercado imobiliário. Desta vez, serão divulgadas informações sobre a avaliação das casas que os bancos fizeram, em agosto, para conceder crédito. Em julho, esse valor aumentou sete euros face ao mês anterior para um valor mediano de 1.525 euros por metro quadrado.

Impacto dos residentes no turismo

A nível do turismo, o INE vai divulgar dados referentes ao segundo trimestre sobre o peso que os residentes têm sobre a procura turística. No primeiro trimestre, o INE dava conta que os portugueses viajaram mais do que nos mesmos três meses de 2022. As viagens aumentaram 11,8%, para 4,9 milhões, ultrapassando em 3,9% o período homólogo de 2019, anterior à pandemia.

Último dia de Conselho Europeu

Em Bruxelas, termina o Conselho Europeu e a Cimeira do Euro que conta com a presença de chefes de Estado e de Governo dos 27 Estados-membros da União Europeia, e é presidida por Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, que considerou a reunião como “importante” dado o contexto geopolítico em que decorre. Encontrar uma resposta comum para duas guerras em curso – a da Ucrânia e a entre Israel e o Hamas – é o principal tema em cima da mesa.

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O roubo de identidade, entre os tipos de fraude interna que mais ameaçam a segurança das empresas

  • Servimedia
  • 27 Outubro 2023

O roubo de identidade tem sido identificado como um dos tipos de fraude interna que ameaçam a segurança das empresas.

Essa tendência, que está em aumento, ocorre no contexto da introdução de um número crescente de dispositivos e sistemas tecnológicos na vida quotidiana, o que está condicionando os planos de prevenção contra fraudes em muitas organizações.

Essa é uma das conclusões extraídas do ‘Círculo de Fraude’, um relatório lançado pela Prosegur Research que analisa o mundo da fraude interna, um dos atos criminosos com maior impacto económico, reputacional, social e governamental nas organizações atualmente. Além de identificar e analisar as variáveis que afetam a atividade empresarial, o novo relatório aponta tendências futuras que permitam às empresas avançarem na prevenção de fraudes.

Além do roubo de identidade, também foram identificadas como tendências de fraude interna a apropriação indevida de ativos, fraude em plataformas, fraude do CEO, fraude financeira e corrupção.

A apropriação indevida de ativos está diretamente relacionada com a segurança física e inclui delitos como furto, venda fictícia de stock, roubo de materiais ou falsificação de faturas para apropriação indevida.

A fraude em plataformas está relacionada ao fato de que elas adquiriram um papel muito importante no funcionamento das empresas, incluindo plataformas financeiras, comerciais, de media social e de comunicação.

Por sua vez, a fraude do CEO ocorre quando os atacantes tentam obter acesso às empresas se passando pelo CEO por meio de interações com um funcionário. Por último, a fraude e a corrupção financeiras se referem aos ativos financeiros, contas fraudulentas e fraude fiscal, incluindo atos como a avaliação indevida de ativos ou receitas fictícias. Também inclui todos os atos diretamente influenciados pela corrupção, como extorsão financeira, suborno, comissões ilegais ou conflitos de interesse.

A Prosegur Research alerta que, para enfrentar essas ameaças, é necessário realizar um trabalho integral e transversal nas organizações que envolva diferentes departamentos.

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Cascais está entre os finalistas do prémio World Smart City Award’23

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  • 27 Outubro 2023

Cascais está entre as seis cidades nomeadas para o prémio World Smart City Award´23. Os resultados serão conhecidos a 8 de novembro.

O município de Cascais está entre as seis cidades que podem vencer o prémio World Smart City Award´23, na categoria City Award, através da iniciativa Viver Cascais. Este prémio internacional reconhece projetos, ideias e estratégias globais pioneiras adotadas pelas cidades, a fim de proporcionar aos cidadãos maior qualidade de vida, viabilidade económica e sustentabilidade.

O Viver Cascais é um programa de fidelização que oferece um acesso privilegiado a uma variedade de serviços em áreas, tais como transportes, saúde e cultura, através de um único cartão, disponível para todos os residentes, trabalhadores e estudantes da nossa vila.

Lançado há três anos, o grande propulsor do Viver Cascais foi o acesso ao transporte rodoviário gratuito, que incentivou o registo de 33 mil utilizadores logo nos primeiros meses. De seguida, com a Covid-19, este cartão provou ser também uma mais-valia, com as teleconsultas gratuitas, testagem e muito mais.

A amplitude de vantagens hoje é ainda maior: acesso a museus e a eventos, exclusivos de zonas perto dos artistas, bilhetes com desconto, minutos de estacionamento gratuito, partilha de bicicletas e muito mais.

Em 2023, o Viver Cascais já tem 117.500 utilizadores (dos quais 93% são residentes, aproximadamente metade da população cascalense). No futuro, pretende-se que este programa integre IA e o cruzamento da informação de utilização atual, de forma a trazer cada vez mais benefícios focados nas necessidades específicas das pessoas de Cascais.

Os resultados do concurso serão divulgados a 8 de novembro.

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II CICLP: Intercooperação e trabalho em rede

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  • 27 Outubro 2023

A II Cimeira Internacional de Cooperativas de Língua Portuguesa irá decorrer de 3 a 5 de novembro, em Torres Vedras, e tem como tema a "Intercooperação e trabalho em rede".

“Intercooperação e trabalho em rede” é o tema da II Cimeira Internacional de Cooperativas de Língua Portuguesa (CICLP), organizada conjuntamente pela Caixa de Crédito Agrícola e Mútuo de Torres Vedras, pela Cooperativa do Povo Portuense e pelo Instituto Antero de Quental, que começa hoje e irá decorrer até dia 5 de novembro, em Torres Vedras.

Esta cimeira tem como objetivo principal apresentar às Cooperativas participantes, de forma prática, experiências e boas práticas nacionais e internacionais de cooperativismo nas suas diversas vertentes e áreas de atuação, nomeadamente através:

  • do desenvolvimento de parcerias intra e intercooperação, tendo por base as mensagens da Aliança Cooperativa Internacional “As Cooperativas constroem um mundo melhor!” e o “Cooperativismo pelo Desenvolvimento Sustentável”, que traduzem a postura que o cooperativismo tem na sua essência, desde a sua génese, e que vão de encontro aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e à Agenda 2030.
  • do debate e da partilha de novos modelos de organização ambiental, social e económica, de forma a garantir que o mercado avance na direção de um futuro verdadeiramente sustentável.

Dia 3 de novembro

No primeiro dia da conferência, 3 de novembro, os participantes serão recebidos a partir das 13 horas e a abertura do evento será às 14 horas, com uma sessão de exposição de uma mostra cooperativa. Depois disso, seguir-se-á a sessão de abertura, que contará com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República (a confirmar), Ana Mendes Godinho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (a confirmar), Francisco André, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (a confirmar), Laura Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Paulo Jorge Teixeira, Presidente da Direção da Cooperativa do Povo Portuense, Manuel José Guerreiro, Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Torres Vedras e Roberto Coelho, da OCERN.

Depois da abertura, haverá espaço para três espaços de debate, que acontecerão ao longo de toda a tarde. O primeiro, das 15h15 às 16h15 e moderado por Manuel José Guerreiro, CCAMTV, será sobre “As Caixas de Crédito Agrícola e Mútuo em Portugal” e terá como oradores Ricardo Reis, Modelos Institucionais e Perspetivas Futuras das Caixas Agrícolas Integrantes da Agrimútuo; Luís Morais, Possíveis Mecanismos de Cooperação entre Caixas de Crédito Agrícola Mútuo Independentes; José Ferreira Gomes, O Financiamento das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo Independentes para Efeitos MREL e Sistemas de Proteção Institucional.

O segundo, das 16h45 às 17h45 e moderado por Nelma Fernandes, CE-CPLP, terá como mote “A língua que nos une, um filósofo, um eclesiástico e um jornalista-escritor” e contará com a presença de Renato Epifânio, Manuel Clemente e Fernando Dacosta. Já o último debate do dia, moderado por Paulo Enes da Silveira – CIJVS, acontecerá das 17h45 às 18h30 e vai abordar “O cooperativismo, encontro de culturas, um artista plástico e um escritor-filósofo”. Terá como oradores Luís Vieira-Baptista e Rodrigo Sobral Cunha.

O dia terminará com a apresentação do livro “Figuras portuguesas relevantes do cooperativismo do século XX”, de Luís Osório, seguida de um porto de honra (19h30), de uma foliada pela cidade (20h30/21h) e de um cante alentejano, que terminará às 21h30.

Assista aqui ao primeiro dia

Dia 4 de novembro

No dia 4 de novembro, segundo dia de cimeira, as portas abrirão às 8h30 e os trabalhos vão começar às 9 horas. Este dia vai ser composto por seis painéis de debate. O primeiro (das 9h às 9h45), moderado por Paulo Jorge Teixeira, CPP, terá como oradores Deolinda Meira, ISCAP, e Eduardo Gatto, OCERN (BR), e abordará o tema “Intercooperação e o trabalho em rede”. Já o segundo (das 9h45 às 10h30), terá como tema “As cooperativas como instrumentos da competitividade territorial” e será uma conversa com Augusto Mateus, Ex-Ministro da Economia, moderada por Rui Moreira de Carvalho.

Das 11h às 12h, o debate, moderado por Manuela Nina Jorge, Agrimútuo, será sobre “A banca cooperativa: desafios e oportunidades” e contará com a presença de Manuel Guerreiro, CCAMTV (PT); Custódio Neto, SICOOB (BR); Guilhermo Tellez, Caja Rural del Sur (ES); AFRICA/TIMOR (a designar). Este debate será seguido de uma apresentação com o tema “O Cooperativismo e o Parlamento”, até às 13 horas.

O terceiro debate do dia (das 14h às 15h), com o tema “Mudança de paradigma na educação: novas gerações, novos desafios”, terá como oradores Sérgio Campos, Alfacoop; Alexandre Soares, Colégio Monte (BR); Tiago Oliveira Silva, Universidade da Maia; Victor Mendes (Angola), e será moderado por Fernando Paulo, CM Porto.

“A atualidade do cooperativismo, modelos de inovação” será o mote do quarto debate (das 15h às 16h), moderado por Francisco Dias, Árvore Escola Artística e Profissional, que contará com a presença de Pedro Sousa Lobo, Coopérnico; Fernando Barbosa, Focus Coop; Laércio Ferreira, Investigador (BR); e Malam Dabó, ANCOPF-GB.

O quinto debate (das 16h30 às 18h), moderado por Manuel Pizarro, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa União Familiar Operária de Consumo e Produção em Ramalde Scrl, e Ministro da Saúde, irá receber as cooperativas centenárias, nomeadamente a CPP – Cooperativa do Povo Portuense CRL; a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras, CRL; a Cooperativa de Lordelo do Ouro; a Cooperativa União Familiar Operária de Consumo e Produção em Ramalde Scrl; a Cooperativa Operária Portalegrense; a Sacavenense Cooperativa Consumo, Crl; a Cooperativa A Padaria do Povo; a Caixa de Crédito Agrícola e Mútuo do Médio Ave; a Cooperativa dos Pedreiros; a Associação dos Inquilinos Lisbonenses; e a Caixa Económica Operária.

O último e sexto debate do dia (18h às 19h), com o tema “Mátrias e alma”, será moderado por Manuel José Guerreiro, CCAMTV, e terá como oradores Isabel Ponce de Leão, Cooperativa Árvore; Maria Matos, Juíza Desembargadora; e Beatriz Meireles, CM Paredes. Ao mesmo tempo, das 16h30 às 19h estarão a decorrer reuniões bilaterais (com marcação prévia), numa sessão paralela.

O dia encerrará às 20h30, com um jantar de gala e a presença da banda de música dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras.

Assista aqui ao segundo dia

Dia 5 de novembro

O último dia, 5 de novembro, abrirá portas às 9 horas e arrancará às 9h30 com um debate moderado por Manuel Pinheiro, Cabriz (Vinhos), que terá como tema “Novos desafios do setor agroalimentar cooperativo” e contará com a presença de Firmino Cordeiro, Presidente da Direção da Globalcoop; COOPERFRUTAS (a designar) (BR); Maria Celeste do Patrocínio, Adega Cooperativa de Ponte de Lima (PT); Adalberto Luís (São Tomé); e Arnaldo Baldé, GB.

Das 10h30 às 11h00, Paulo Jorge Teixeira será o moderador de uma conversa com José Luís Carneiro, Ministro da Administração Interna, sobre a circulação de pessoas no espaço lusófono. Esta conversa será seguida de outro debate (das 11h15 às 12h15) sobre o “Sistema social em Portugal”, que terá como oradores Mário Centeno, Governador do Banco de Portugal; e Vieira da Silva, Ex-ministro da Segurança Social. Esta sessão será moderada por Hélder Sousa e Silva, CM Mafra.

De seguida, haverá espaço para um debate sobre “Saúde – Novas respostas cooperativas” (das 12h15 às 13h15), moderado por José Carlos F. Pereira, com os seguintes oradores: Humberto Gameiro, PLURAL (PT); Eduardo Gatto, COOPSAÚDE (BR); UNIMED (BR – Brasília); AFRICA/TIMOR.

A sessão de encerramento acontecerá às 13h15, seguida de um almoço (13h30) e de um programa cultural e cooperativo, que começará às 15h30.

Assista aqui ao terceiro dia

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4ª Conferência ECOseguros: “Novos riscos estão a ficar velhos e seguradoras não dão resposta”

  • ECO Seguros
  • 26 Outubro 2023

Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da ASF, recomendou à indústria seguradora que pense fora da caixa para responder no aumento da longevidade, na transformação digital e nas alterações climáticas.

4ª Conferência Anual ECO Seguros - 26OUT23
Com 500 profissionais inscritos na Conferência, a sala esteve sempre completa ao longo do dia de trabalho.Hugo Amaral/ECO

A presidente da ASF, Margarida Corrêa de Aguiar, encerrou a 4ª Conferência Anual ECOseguros com uma intervenção em que alertou para os próximos passos da regulação e fez recomendações aos seguradores: “Para a resolução dos desafios que se colocam em vários riscos, e na sua dinâmica futura em termos de acessibilidade e segurabilidade, é necessário pensar fora da caixa, adotar abordagens inovadoras e considerar soluções que já se encontram implementadas em outros países, nomeadamente no espaço europeu”, disse.

Na sua intervenção Margarida Aguiar referiu ainda: “Frequentemente denominamos alguns dos riscos que mencionei como “novos” ou “emergentes”, mas estes já não são assim tão emergentes e estão a ficar velhos”, criticando ao dizer que “vários deles permanecem, contudo, sem uma resposta pronta, adequada e acessível como estávamos habituados a ver nos seguros”.

A presidente da ASF considerou que esta situação é um reflexo das “dificuldades do setor segurador no desenvolvimento da oferta de produtos que respondam eficazmente às necessidades trazidas por fenómenos relacionados com o aumento da longevidade, a transformação digital e as alterações climáticas, seja por dificuldades técnicas, por falta de escala ou por escassez de procura”, disse.

A 4ª Conferência Anual ECOseguros teve lugar esta quinta-feira em Lisboa reunindo os principais protagonistas do setor. As gravações de todos os painéis da Conferência serão publicadas ao longo da próxima semana em ECOseguros.

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Elisa Ferreira defende valorização da ferrovia para ligar Norte à Galiza

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

A comissária europeia observou que nos voos "vêm imensos galegos que apanham um carro e vêm para a Galiza" por falta de alternativa.

A comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, defendeu esta quinta-feira uma valorização da ferrovia na Eurorregião Galiza – Norte de Portugal, para lhe dar “alguma consistência interna”, aproveitando as potencialidades da região.

Por estrada a situação mudou completamente, com a nova ponte de atravessamento do rio Minho melhorou completamente, há outras dimensões que precisam de ser exploradas, e eu acho que a via férrea é algo que precisa de ser valorizado”, disse a comissária portuguesa aos jornalistas, na Galiza.

Elisa Ferreira falava após uma visita a um simulacro feito por serviços de emergência do Norte de Portugal e da Galiza, no âmbito do projeto ARIEM+ do programa transfronteiriço europeu Interreg, realizado junto à ponte medieval de Pontevea, entre os concelhos galegos de Teo e A Estrada, perto de Santiago de Compostela.

Dando o seu próprio exemplo da viagem feita esta semana de Bruxelas para a Galiza, em que teve de aterrar no Porto e depois seguir de carro para o encontro anual Interreg (em Santiago de Compostela), bem como de outras que costuma fazer para o Porto, a comissária observou que nos voos “vêm imensos galegos que apanham um carro e vêm para a Galiza” por falta de alternativa.

Continua a haver apoios para as grandes redes transeuropeias, neste caso há que equacionar também as ligações por comboio, por via férrea”, salientou a comissária, antiga ministra do Ambiente e do Planeamento. Elisa Ferreira assinalou que “neste momento, para fazer qualquer viagem em Espanha, em França ou em Itália, não se anda praticamente de avião, são as linhas férreas que estão a fazer isso”.

No caso regional de Portugal e da Galiza, Elisa Ferreira entende que “há necessidade de pensar, também, a Eurorregião […] de uma forma integrada e de uma forma a dar-lhe alguma consistência interna”, para que “toda a dinâmica e toda a potencialidade, mesmo industrial, económica, agrícola, marítima, piscatória que aqui existe, possa vingar num contexto europeu que, de facto, se vira cada vez mais para leste”.

“Há que pensar as coisas de alguma forma, estrategicamente”, observou, rejeitando a ideia de que “os fundos estruturais, depois de tantos anos de apoio, façam estradas”. “Está-se a tentar apoiar cada vez mais a investigação, a transferência de conhecimento para as empresas, a instalação de empresas mais viradas para a frente, mais tecnológicas”, vincou a comissária.

Em 13 de outubro, em Gondomar, o primeiro-ministro, António Costa, garantiu, em Gondomar, que a obra da linha ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Vigo “vai ser feita”, apesar de ser um investimento “que se julgava que nunca se faria”.

É um investimento gigantesco que está a ocorrer em todo o país que culminará, e também era uma obra que se julgava que nunca se faria, e que vai ser feita, que é a ligação em alta velocidade entre Lisboa e o Porto, entre o Porto e Vigo, e seguramente um dia também entre Porto e Lisboa e o resto da Europa”, disse António Costa no Auditório Municipal de Gondomar (distrito do Porto).

O projeto de alta velocidade Lisboa-Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e 15 minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia. Paralelamente, está também a desenvolver-se a ligação Porto-Vigo, dependente da articulação com Espanha, com nova ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e troço Braga-Valença (distrito de Viana do Castelo) até 2030.

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EUA mobilizam 900 militares para o Médio Oriente

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

"Objetivo é apoiar os esforços regionais de dissuasão e fortalecer ainda mais as capacidades de proteção das forças dos Estados Unidos", explicou o porta-voz do Pentágono.

Novecentos militares norte-americanos foram mobilizados para o Médio Oriente com a missão de evitar uma escalada regional do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, informou esta quinta-feira o Pentágono. O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, afirmou em conferência de imprensa que nenhum membro desse contingente tem como destino Israel.

Os 900 militares já foram destacados ou estão em vias de o fazer na área de operação do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) que opera no Médio Oriente, Ásia Central e partes do sul da Ásia. “Posso confirmar que eles não vão para Israel. O seu objetivo é apoiar os esforços regionais de dissuasão e fortalecer ainda mais as capacidades de proteção das forças dos Estados Unidos”, explicou o porta-voz, acrescentando que o efetivo irá variar em função das necessidades da situação.

Os Estados Unidos já mobilizaram, entre vários meios, dois porta-aviões para dissuadir as milícias aliadas do Irão e em concreto o Hezbollah, no Líbano, de entrarem no conflito. Ao mesmo tempo, nos últimos dias, Washington alertou para um aumento dos ataques contra as suas bases na Síria e no Iraque. Desde 17 de outubro, os Estados Unidos e as forças de coligação registaram 12 ataques no Iraque e quatro na Síria com drones e foguetes.

As forças norte-americanas destacadas no norte do Iraque no âmbito da coligação internacional que combate o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) abateram esta quinta dois drones lançados por milícias iraquianas contra uma base de tropas norte-americanas no norte do Iraque. Segundo um responsável curdo, dois drones atacaram a base de Harir, localizada nas proximidades do aeroporto de Erbil, capital da região semiautónoma do Curdistão iraquiano.

Esta nova ação foi reivindicada pela chamada Resistência Islâmica no Iraque, um grupo de milícias pró-iranianas que nas últimas semanas assumiram a responsabilidade por mais de uma dezena de ataques contra bases com pessoal norte-americano no Iraque e na Síria. Pelo menos 21 soldados ficaram levemente feridos, de acordo com o Departamento de Defesa dos EUA.

O grupo islamita Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade. O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

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Líderes europeus chegam a acordo para pedir “pausas para fins humanitários” em Gaza

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

A formulação de "pausas para fins humanitários" foi acordada entre os 27 após cerca de seis horas de discussões no Conselho Europeu. A versão anterior apontava para uma "pausa humanitária".

Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE) acordaram esta quinta-feira apelar a “pausas para fins humanitários” de forma a permitir a passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, após divergências sobre a terminologia.

O Conselho Europeu manifesta a sua profunda preocupação com a deterioração da situação humanitária em Gaza e apela a um acesso humanitário contínuo, rápido, seguro e sem entraves, e a que a ajuda chegue aos necessitados através de todas as medidas necessárias, incluindo corredores humanitários e pausas para fins humanitários”, referem as conclusões da cimeira europeia, acordadas pelos líderes da UE.

Esta formulação de “pausas para fins humanitários”, acordada entre os 27 após cerca de seis horas de discussões no Conselho Europeu que começou em Bruxelas e que decorre até sexta-feira, surge depois de a versão anterior do projeto de conclusões conter a expressão “pausa humanitária”, sem nunca ter estado previsto um apelo a “cessar-fogo”.

O apelo para pausa humanitária em Gaza mereceu consenso entre os líderes dos Estados-membros, mas Portugal, por exemplo, já tinha admitido que preferia uma posição da UE a defender um cessar-fogo humanitário, não aceite por países como a Alemanha, revelaram fontes europeias. Aliás, por exigência da Alemanha, acrescentou-se “fins humanitários”, adiantaram as mesmas fontes.

“A União Europeia trabalhará em estreita colaboração com os parceiros da região para proteger os civis, prestar assistência e facilitar o acesso a alimentos, água, cuidados médicos, combustível e abrigos, assegurando que essa assistência não seja utilizada abusivamente por organizações terroristas”, indicam ainda as conclusões.

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Pilotos ucranianos já treinam em caças F-16 nos EUA

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

A formação deverá durar "vários meses", sendo que o curso habitual geralmente dura pelo menos meio ano. No caso dos pilotos ucranianos, a formação pode ser acelerada.

Os pilotos ucranianos já estão a receber formação nos Estados Unidos em caças F-16, cuja chegada à Ucrânia está prevista para o primeiro semestre de 2024. “No dia 25 de outubro, os pilotos ucranianos já começaram a voar nos F-16. Até então, utilizavam simuladores que reproduziam integralmente o cockpit“, disse um porta-voz da Força Aérea dos Estados Unidos, citado pela agência independente ucraniana Unian.

Os pilotos ucranianos treinam da base de Morris da Guarda Aérea Nacional norte-americana em Tucson, estado do Arizona, que já formou pilotos de mais de vinte países. A formação deverá durar “vários meses”, sendo que o curso habitual geralmente dura pelo menos meio ano, mas, no caso dos pilotos ucranianos, segundo as autoridades norte-americanas, pode ser acelerado para atender às necessidades de Kiev na guerra que trava com a Rússia.

Além dos Estados Unidos, os pilotos ucranianos estão a receber formação em F-16 de uma coligação de países da NATO liderada por Dinamarca, Países Baixos e Estados Unidos e integrada também por Portugal. Alguns dos membros da coligação já assumiram o compromisso de entregar estas aeronaves à Força Aérea de Kiev.

À medida que a guerra se prolonga e surgiu um novo conflito no Médio Oriente entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, Kiev acelera a produção das suas próprias armas. O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksi Danilov, declarou que a Ucrânia aumentará em breve a sua própria produção, em empresas estatais e privadas localizadas em locais seguros.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também abordou numa reunião com a liderança militar do país o fornecimento de armas de parceiros, bem como “a produção própria” e o “aumento das capacidades da indústria de defesa”.

Enquanto o novo primeiro-ministro da Eslováquia, o populista Robert Fico, anunciou que o seu país deixará de ajudar militarmente a Ucrânia, a Dinamarca anunciou que vai fornecer a Kiev equipamento no valor de 3,7 mil milhões de coroas (495 milhões de euros) e os Estados Unidos um novo pacote de armamento avaliado em 150 milhões de dólares (142,3 milhões de euros).

“Esta doação inclui tanques, veículos de combate de infantaria, munições de artilharia, drones e armas ligeiras”, informou o Ministério da Defesa dinamarquês em comunicado, dois dias após uma visita do titular da pasta, Troels Lund Poulsen, a Kiev.

A décima terceira doação dinamarquesa, em cooperação com a Alemanha, “confirma que a Ucrânia pode contar com o apoio inabalável da Dinamarca na sua luta pela liberdade”, afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros, Lars Lokke Rasmussen, citado no comunicado. “Esta doação também envia um sinal importante à Ucrânia e à Rússia de que não perderemos de vista o nosso objetivo, mesmo que a atenção do mundo esteja atualmente focada em Israel e na Palestina”, acrescentou.

Também os Estados anunciaram hoje uma nova parcela de armas e equipamento, no valor de 150 milhões de dólares, “para ajudar a Ucrânia a ter sucesso no campo de batalha e a proteger o seu povo da invasão brutal da Rússia”.

Segundo um comunicado do Departamento de Estado, o novo pacote inclui armamento de defesa aérea, artilharia, munições antitanque e outras capacidades que “irão reforçar ainda mais a capacidade da Ucrânia para defender o seu território contra as ofensivas russas, ao mesmo tempo que continua a sua contraofensiva”. A Ucrânia, apoiada pelo Ocidente, tem estado envolvida numa contraofensiva no leste e no sul desde junho, mas até agora apenas produziu resultados limitados.

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Governo admite estudar subida de imposto sobre imóveis mais caros

O repto foi lançado pelo Livre para travar a fuga de habitações para grandes fundos e a especulação imobiliária. O ministro das Finanças mostrou abertura para analisar a matéria.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, admitiu, esta quinta-feira, estudar propostas para agravar os impostos sobre a compra de habitações de elevado valor, no sentido de travar a fuga de casas para grande fundos e a especulação imobiliária. O deputado único do Livre, Rui Tavares, desafiou o governante e Medina respondeu: “Não tenho nenhuma rejeição em estudar propostas nesse sentido”.

Apesar da abertura demonstrada pelo governante, já na fase final da audição parlamentar que marca o arranque do debate da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2024, Fernando Medina lembrou que, no passado, “foi feita a opção de agravar o Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) sobre a aquisição de imóveis a partir de determinado valor, mas a experiência mostrou que não se mostrou eficaz, porque quem pode pagar muito pode pagar um pouco mais”.

Por outro lado, alertou Medina, “não pode haver discriminação de impostos em função da nacionalidade entre os países do espaço europeu”.

Recorde-se que, neste momento, já existe o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis (AIMI), o chamado “imposto Mortágua”, que tem taxas agravadas para contribuintes que tenham património imobiliário, desde terrenos a prédios, de valor tributário superior a 600 mil euros.

As taxas variam entre 0,7% e 1,5% e a receita vai para os cofres do Estado ao contrário do IMI regular que é receita das autarquias. As taxas do IMI oscilam entre 0,3% e 0,45%. Os municípios em resgate financeiro ou abrangidos por programas de apoio à economia podem aplicar uma taxa máxima de 0,5%.

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Bosch vende negócio que inclui fábrica de Ovar com 1.200 trabalhadores

Multinacional alemã colocou à venda parte do negócio que vai incluir a fábrica de Ovar, com 1.200 trabalhadores. Bosch reitera compromisso com fábricas de Braga e Aveiro.

A Bosch colocou à venda a maior parte do negócio de produtos da divisão Building Technologies, numa decisão que vai afetar a fábrica da multinacional alemã em Ovar, que emprega 1.200 trabalhadores, segundo anunciou esta quinta-feira.

A empresa está a reestruturar a sua divisão Building Technologies para se focar no mercado de integração de sistemas e vai alienar a maior parte do negócio de produtos, incluindo as unidades de negócios de Vídeo, Acesso e Intrusão e Comunicação.

A decisão irá afetar cerca de 4.300 colaboradores em mais de 90 localizações em todo o mundo, incluindo cerca de 1.200 colaboradores em Ovar”, avança em comunicado a Bosch, que está presente em Portugal há mais de um século e conta ainda com fábricas em Braga e Aveiro, com cerca de 4.400 funcionários.

Carlos Ribas, representante da Bosch em Portugal, sublinha “a decisão tomada pela Bosch nada tem que ver com o desempenho do negócio ou dos colaboradores, mas antes com a estratégia da empresa para o futuro”. E aponta que ainda para o facto de a Bosch “continuar a investir em Portugal e a trazer para o país desenvolvimento e produção de tecnologias-chave para a empresa”.

A Bosch procura “comprador que assuma todas estas unidades de negócio com todos os colaboradores e localizações”. De fora deste processo fica o negócio de produtos com sistemas de alarme de incêndio, “que não deverá ser vendido devido à relevância para a integração de sistemas”, revela a Bosch.

“Queremos tornar-nos num dos líderes globais em integração de sistemas na tecnologia de edifícios e aproveitar as oportunidades favoráveis de crescimento neste mercado. Para atingir este objetivo, é necessário consolidar. É por isso que, no futuro, iremos ter na integração de sistemas o nosso negócio principal”, explicou o vice-presidente do conselho de administração da Bosch, Christian Fischer.

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Seguradoras querem seguros de habitações a incluir sismos

  • Lusa
  • 26 Outubro 2023

Devem ser as seguradoras e o Estado a gerir o Fundo Sísmico que o supervisor ASF está a neste momento a conceber o modelo de funcionamento, diz a APS.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) defende que a cobertura de risco sísmico seja obrigatório nos seguros de habitações e que seja criado um fundo para risco sísmico a ser gerido em conjunto pelas seguradoras e pelo Estado.

No início do mês, o Governo publicou um despacho a incumbir a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) a desenvolver a criação de um sistema de cobertura do risco de fenómenos sísmicos, devendo apresentar uma proposta até ao final do primeiro trimestre de 2024.

Num encontro com jornalistas esta quinta-feira, a APS defendeu que qualquer seguro de cobertura de habitações deve passar a incluir a cobertura de risco sísmico e que a maior parte do prémio desse seguro seja transferido para uma nova entidade, designada Sistema Nacional de Proteção de Riscos Catastróficos (numa primeira fase dedicado a riscos sísmicos e que no futuro pode ser alargado a grandes inundações e grandes incêndios), que irá gerir esse dinheiro e em caso de sismo cobrir as perdas nas habitações em Portugal.

“A capacidade inicial seria dar resposta de 8.000 milhões de euros. No dia um [de uma catástrofe sísmica} o setor segurador poderia dar resposta a uma recuperação de habitações no valor de 8.000 milhões de euros e se a catástrofe for de 9.000 milhões de euros o Estado poria os restantes 1.000 milhões de euros“, explicou o presidente da APS, José Galamba de Oliveira.

Galamba de Oliveira disse que este valor está a ser recalculado, uma vez que advém de um estudo feito em 2018, e que entretanto precisa de ser atualizado quer pelo valor da inflação quer de outros custos.

Numa primeira fase, para conseguir que este fundo tivesse uma capacidade de fazer face a perdas de 8.000 milhões de euros, Galamba de Oliveira disse que teriam de ser feitos acordos com resseguradoras internacionais para garantir essa cobertura.

Questionado sobre quanto serão agravados os seguros para as habitações caso a proteção de risco sísmico venha a ser obrigatória, afirmou que no estudo feito em 2018 o valor variava num aumento de 30 a 70 euros por ano (para um capital médio de 125 mil euros), admitindo que esse cálculo tem de ser refeito.

A associação que agrega as seguradoras que operam em Portugal mostrou um estudo da Swiss Re segundo o qual Portugal é o país da Europa mais exposto a risco sísmico (incluindo à frente de Itália). O maior risco é em Lisboa e Algarve.

Ainda segundo a APS, num evento severo, como o terramoto de Lisboa de 1755, as perdas podem atingir 20% do Produto Interno Bruto (PIB).

Depois de anos em que a APS falou deste tema sem ir avante qualquer legislação, a associação considera que agora nota vontade política e que há condições para haver um Fundo de Risco Sísmico “até final da atual legislatura”, em 2026.

Questionado sobre as críticas dos mediadores de seguros, que dizem que muitas seguradoras recusam cobrir o risco sísmico, Galamba de Oliveira afirmou que isso acontece porque “hoje em dia muitas habitações não têm condições de segurança sísmica”, mas também considerou que tornar esse seguro obrigatório levaria a ultrapassar esse problema.

“No modelo que aqui está, na medida em que é de cobertura obrigatória tem de haver resposta social”, afirmou.

Já sobre as críticas que habitualmente os clientes fazem a seguradoras, de que quando acionam os seguros estas se tentam pôr de fora e não assumir encargos, Galamba de Oliveira disse ter conhecimento de situações de insatisfação, mas também afirmou que muitas acontecem porque as pessoas não contrataram o que pensam ter contratado ou o fizeram abaixo do que deveriam ter contratado (infrasseguro).

“O setor regulariza milhares e milhares de sinistros e a maioria dele sem problemas, muitas vezes não se trata de [a seguradora] pôr-se de fora, as pessoas pensam que têm cláusulas contratadas e na hora da verdade não [tinham]. Ainda o infrasseguro, tem um sinistro de 10 mil euros e a seguradora só paga 3.000 ou 4.000 porque há infrasseguro, a habitação não está segurada nos capitais certos”, afirmou.

O presidente da APS explicou que muitas vezes as seguradoras não assumem porque também há deveres que os clientes não cumprem. Por exemplo, disse, quando há inundações as seguradoras vão ver telhados e muitas vezes não estavam devidamente mantidos.

“Contratualmente também há deveres do lado do tomador de seguro que não cumpre e acaba por resultar neste tipo de diferendos”, disse.

Em 2022, segundo a APS, havia 5,9 milhões de habitações em Portugal, sendo que quase 2,7 milhões não têm qualquer seguro.

Das 3,1 milhões de habitações cobertas por seguros, 1,13 milhões têm seguros com riscos sísmicos e em 2 milhões os seguros não incluem riscos sísmicos.

Em Portugal apenas as habitações em prédio (propriedade horizontal) são obrigadas a ter seguro de incêndios (o nome técnico é seguro de incêndio, queda de raio ou explosão).

A APS defendeu ainda um registo nacional das habitações com seguro de incêndio (como existe dos seguros automóvel) já que, apesar de ser obrigatório em casas em prédio, é muitas vezes incumprida e não é controlada.

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