António Costa rejeita existir “zanga” com o Presidente da República

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

"Não estamos nada zangados. Não há nenhuma zanga. Não estamos zangados e cada um vai cumprindo as suas funções", disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, António Costa, assegurou esta quarta-feira não existir “nenhuma zanga” entre si e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, salientando que a relação de ambos tem sido “constitucionalmente correta”.

“Não vejamos em cada vez que não se concorda que haja qualquer tipo de drama ou zanga. Não estamos nada zangados. Não há nenhuma zanga. Não estamos zangados e cada um vai cumprindo as suas funções. Nunca, até agora, o Presidente da República me chamou a atenção de que eu ou o Governo tínhamos extravasado as nossas competências constitucionais. As vezes discordamos, sim, faz parte”, afirmou António Costa.

À margem da visita a uma nova residência para estudantes da Universidade do Porto, o primeiro-ministro salientou que a Constituição define qual a competência de cada um e que o sistema constitucional é “muito inteligente e sofisticado”, permitindo um “equilíbrio de poderes para garantir que ninguém tem uma prevalência absoluta”.

“Isso tem funcionado muito bem”, considerou, defendendo ser natural não pensar o mesmo que o Presidente da República sobre determinadas matérias. “Temos pensamentos diversos”, disse António Costa, notando que, apesar das orientações políticas diferentes, a relação de ambos tem sido “institucionalmente correta”.

“Acho que muita gente que votou num Presidente da República com determinada orientação política e numa maioria parlamentar com outra orientação política quis esse equilíbrio que existe e essa tensão. Tensão não é no mau sentido, é tensão no sentido do equilíbrio, para que as pontes se mantenham direitas, temos de ter aqueles cabos de tensão a segurar precisamente a sustentabilidade das pontes”, disse, reforçando que se referia a uma “tensão que assegura a sustentabilidade saudável das instituições”.

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França regista 400 mortes acima da média durante vaga de calor em agosto

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

O excesso de mortalidade durante o mês de agosto, que inclui todos as causas, afetou em particular “os maiores de 75 anos”.

A França identificou 400 mortes acima do habitual nos dias de agosto em que viveu uma onda de calor, em particular na sua metade sul, o que representa um aumento de 5,4%, segundo os serviços de saúde gauleses. Este excesso de mortalidade, que inclui todos as causas, afetou em particular “os maiores de 75 anos”, segundo um relatório elaborado pela agência oficial para os assuntos sanitários, a Santé Publique France (SPF).

Os números sobre o excesso de mortalidade não se referem ao conjunto do país, mas apenas a 52 dos 101 departamentos da França metropolitana, que foram afetados pela vaga de calor que se registou entre 11 e 26 e agosto último.

Estes departamentos têm 46,3% da população da França metropolitana. Deste subconjunto, 19 departamentos estiveram em alerta vermelho devido ao calor, o nível de alerta mais elevado, localizados em quatro regiões, a saber, Auvérnia-Ródano-Alpes, Nova Aquitânia, Occitânia e Provença-Alpes-Costa Azul.

“O impacto sobre a mortalidade variou de um departamento para outro, dependendo em particular da duração (número de dias da vaga de calor) e da intensidade (temperatura) do evento”, segundo a SPF. A agência tenciona apresentar mais tarde um balanço total do impacto na saúde das diferentes vagas de calor e, “de forma mais geral, da exposição da população francesa ao calor extremo durante todo o verão de 2023″.

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Qatargate: Parlamento Europeu dá ‘luz verde’ a regras mais apertadas para eurodeputados

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

Os eurodeputados aprovaram com 505 votos favoráveis, 93 contra e 52 abstenções as alterações que irão impedi-los de praticar quaisquer atividades que constituam lóbi.

O Parlamento Europeu (PE) aprovou esta quarta-feira regras para fortalecer a integridade, transparência e responsabilização dos eurodeputados, na sequência do escândalo de corrupção que envolve o Qatar e fez cair a vice-presidente Eva Kaili, conhecido como “Qatargate”.

Os eurodeputados aprovaram com 505 votos favoráveis, 93 contra e 52 abstenções as alterações que irão impedi-los de praticar quaisquer atividades que constituam lóbi, assim como a obrigá-los a apresentarem declarações sobre inputs em propostas ou sugestões feitas por terceiros em todos os relatórios.

O PE também vai endurecer as penalizações para quebras do código de conduta, a obrigatoriedade de revelarem as reuniões que têm (regra que antigamente era apenas aplicável a eurodeputados que desempenhassem as maiores funções dentro da instituição) e sobre o acompanhamento de reuniões com representantes de países terceiros.

O Parlamento Europeu também quer começar o caminho para acabar com as “portas giratórias”, incluindo a proibição de contactos entre eurodeputados e antigos eurodeputados que abandonaram o parlamento seis meses antes. Também vai haver proibições para certas atividades durante o mesmo período para eleitos que cessem funções.

Declarar ofertas, viagens e despesas cobertas por terceiros também vai fazer parte da lista de obrigações com as quais os eurodeputados se comprometeram com a aprovação desta alteração ao funcionamento da própria instituição. As alterações entram em vigor no dia 01 de novembro deste ano.

O escândalo de corrupção conhecido como “Qatargate” veio a público no final de 2022 e manchou a reputação do PE, levando a presidente, Roberta Metsola, a anunciar uma grande reforma da instituição, que têm na aprovação destas regras o primeiro passo concreto. Em dezembro de 2022 descobriu-se o envolvimento de pelo menos três eurodeputados, incluindo Eva Kaili – entretanto afastada do cargo –, assistentes e empresários, suspeitos de corrupção e tráfico de influências.

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Grupo Vabel notifica Concorrência de aquisição dos Laboratórios Sarbec

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

Sarbec “fabrica e/ou distribui, incluindo em Portugal” várias marcas de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes.

A Autoridade da Concorrência (AdC) foi notificada de uma operação de concentração que consiste na aquisição, pelo grupo Vabel, do controlo exclusivo dos Laboratórios Sarbec, indicou, numa nota no seu site.

Assim, a AdC recebeu “em 08 de setembro de 2023, a notificação prévia de uma operação de concentração de empresas”, que “consiste na aquisição, pelo Groupe Vabel do controlo exclusivo dos Laboratórios Sarbec”.

Segundo a AdC, a Vabel “fabrica e distribui cosméticos, produtos de higiene/cuidados corporais e perfumes”, sendo “controlada pela Naxicap Partners, que integra o grupo Banque Populaire Caisse d’Epargne”.

Por sua vez, a Sarbec “fabrica e/ou distribui, incluindo em Portugal” várias marcas de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes, indicou a AdC.

A entidade disse que qualquer observação sobre esta operação deve ser remetida “à Autoridade da Concorrência, no prazo de 10 dias úteis” contados da publicação do aviso.

 

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Medina rejeita baixa da TSU defendida pelos patrões

Fernando Medina está aberto a discutir todas as propostas para o Orçamento do Estado para 2024, mas já deixou claro que o Governo vai continuar a opor-se à redução da TSU, que é pedida pelos patrões.

O ministro das Finanças recusou esta quarta-feira diminuir a Taxa Social Única paga pelos empregadores. Em declarações aos jornalistas, à saída de uma reunião da Concertação Social, Fernando Medina garantiu estar aberto a discutir “todas as propostas” apresentadas por patrões e sindicatos para o Orçamento do Estado para 2024, mas deixou claro que não quer pôr em causa a sustentabilidade da Segurança Social, não estando, pois, disponível para aliviar esses descontos que as empresas têm de cumprir todos os meses.

“Gostaria de relembrar a posição histórica do Governo relativamente a essa matéria de não proceder a decisões que pudessem fragilizar a base contributiva da Segurança Social. O Governo tem essa posição, mantém essa posição. Discutiremos todas as propostas, mas a nossa posição é de que, relativamente à Taxa Social Única, não é um caminho que mereça o nosso sentido favorável, no sentido em que colide com o objetivo de sustentabilidade da Segurança Social”, sublinhou o governante.

Horas antes, as confederações patronais tinham apresentado ao Governo o seu caderno de propostas para o Orçamento do Estado para 2024, entre as quais está a redução num ponto percentual da TSU suportada pelos empregadores, de 23,75% para 22,75%.

Este é um pedido antigo dos empresários, que entendem que, com esse alívio, estariam em condições de aumentar mais os salários. O Governo tem, porém, fechado a porta insistentemente a esse caminho, já que, argumenta, prejudicaria a receita da Segurança Social.

Por outro lado, os patrões propuseram esta quarta-feira ao Governo, no referido caderno, uma baixa do IRC e da derrama estadual, bem como a revisão dos escalões de IRS.

Sobre estes pontos, Fernando Medina mostrou-se aberto ao diálogo, ainda que tenha frisado que tal não significará acolher todas as propostas dos parceiros sociais. O Governo já sinalizou que irá diminuir o IRS no próximo ano, mas não adiantou em que moldes o fará.

O ministro das Finanças não quis esta quarta-feira adiantar mais detalhes sobre as eventuais mudanças que serão feitas no enquadramento fiscal, dizendo que não quer, por agora, antecipar-se ao trabalho que será feito em conjunto com os parceiros. Aliás, Fernando Medina realçou que foi “possível convergir” na reunião desta tarde na vontade de haver um trabalho intensivo antes da entrega da proposta orçamental no Parlamento no sentido de consensualizar as medidas que farão parte desse diploma.

Por outro lado, o governante aproveitou para indicar que o ano de 2023 terá “resultados fortes” na economia portuguesa, não só ao nível do produto, mas também do emprego e dos salários. E ainda que reconheça que a paragem da Autoeuropa poderá pesar sobre as exportações, o ministro assegurou que “será difícil que a economia cresça menos de 2,1%” este ano.

Já questionado sobre a possível atualização da meta para o salário mínimo e do referencial para os ordenados do privado previstas no acordo de rendimentos assinado em outubro, Fernando Medina salientou que o Governo está a trabalhar “na base” do que ficou fechando, sinalizando que não haverá uma revisão.

No que diz respeito à habitação – e depois de o primeiro-ministro ter admitido um novo travão à subida das rendas –, o ministro das Finanças explicou que os contornos desse mecanismo ainda não estão aprovados. “Que ele se realizará, é inequívoco”, assegurou.

Realçou, por outro lado, que durante o mês de setembro serão aprovados dois diplomas “com impacto muito importante na vida de milhões de famílias“, nesse âmbito: um diploma que estabilizará durante dois anos o valor das prestações do crédito à habitação, dando mais confiança às famílias, e um segundo diploma que alargará o apoio à bonificação dos juros para as famílias que estão numa situação de maior pressão do seu endividamento. “Iremos reforçar de forma muito efetiva a rede de segurança das famílias portuguesas“, sublinhou.

Mais trabalhadores declarados e salários a subir

Também a ministra do Trabalho falou aos jornalistas esta quarta-feira, à saída da reunião com patrões e sindicatos, e indicou que, neste momento, há mais 190 mil trabalhadores declarados à Segurança Social do que há um ano. “Os salários declarados, no acumulado de janeiro a junho, registam um aumento de 8%”, acrescentou Ana Mendes Godinho.

A responsável destacou ainda que aumentou em 54% o número de acordos assinados entre patrões e sindicatos, no âmbito da contratação coletiva, o que significa que, nos primeiros oito meses do ano, foi verificado “o melhor resultado quanto ao número de trabalhadores abrangidos”, frisou.

“Isto significa intenso diálogo social, o que é fundamental para a conseguirmos valorizar as condições de trabalho e termos maior capacidade de encontrar soluções à medida setorial”, rematou Ana Mendes Godinho.

Medina responde à ex-CEO da TAP

Esta tarde, Fernando Medina foi também questionado sobre o pedido de indemnização da ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener. “Todos os cidadãos têm direito a recorrer das decisões de que não concordem. É um direito legítimo. Estamos muito confiantes da decisão que foi tomada”, disse o ministro.

Conforme avançou o ECO, a ex-CEO da TAP processou TAP, contestando a sua demissão pelo Governo. Pede uma indemnização de 5,9 milhões de euros.

Notícia atualizada às 20h14

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APS lança workshop sobre alterações à Legislação Laboral

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2023

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) abriu inscrições para o seu próximo workshop, em formato híbrido, agendado para o dia 27 de setembro.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anuncia um workshop essencial sobre as alterações à Legislação Laboral programado para o dia 27 de setembro, das 10h00 às 12h30. O evento de formação será realizado em formato híbrido, permitindo a participação presencial ou online.

O workshop vai analisar a temática de legislação laboral e é destinado a profissionais do setor de seguros, estudantes e todos aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos nestas áreas. Os participantes terão a oportunidade de explorar regulamentações recentes. Advogados especialistas na área conduzirão o workshop.

Para detalhes sobre a formação e inscrições aceda à página web do Curso.

Para mais informações poderá contactar a APS pelo telefone 213 848 100, através do e-mail ou consultar o website da Academia da APS.

 

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Ex-presidente da principal seguradora chinesa condenado à morte

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2023

A China condenou à morte, com pena suspensa, Wang Bin, ex-presidente da China Life, por suborno e ocultação de depósitos no exterior, no âmbito da campanha anticorrupção liderada por Xi Jinping.

A China condenou à morte o antigo diretor da China Life, a maior seguradora do ramo vida do país, com uma prorrogação de dois anos, numa altura em que o Presidente Xi Jinping afirma continuar a combater a corrupção no setor financeiro.

Wang Bin vai cumprir prisão perpétua por subornos e ocultação de depósitos.

Wang Bin, ex-presidente da China Life Insurance Co., foi acusado de ter recebido subornos no valor de 325 milhões de yuans (cerca de 42 milhões de euros) e de ter escondido depósitos no estrangeiro, avançou a China Central Television nesta terça-feira, a citar a decisão judicial.

Wang foi colocado sob investigação em janeiro de 2022, antes de ser detido e expulso do Partido Comunista. A principal agência anti-suborno acusou-o de se recusar a implementar políticas que pudessem prevenir riscos financeiros e de intervir nas atividades do mercado.

As autoridades chinesas avisaram os principais executivos bancários do país em abril que a repressão que começou no final de 2021 estava longe de terminar, após a investigação do antigo presidente do Banco da China Ltd. Desde então, as autoridades lançaram uma investigação sobre Li Xiaopeng, o ex-presidente do estatal China Everbright Group.

A China Life registou uma queda de 8% nos lucros no primeiro semestre deste ano, uma vez que a volatilidade do mercado bolsista compensou a recuperação das vendas após a pandemia.

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Costa admite novo travão ao aumento das rendas

Governo está a "ponderar" sobre o coeficiente de atualização às rendas em 2024, de forma a que seja encontrada uma "solução equilibrada" que não desincentive os proprietários nem crie "ruturas".

O primeiro-ministro admitiu esta quarta-feira que o Governo está a “ponderar” qual será o coeficiente de atualização” às rendas no próximo ano, de forma a que seja encontrada uma “solução equilibrada” que não “desincentive os proprietários de colocarem as casas no mercado” de arrendamento, mas que também não crie “situações de rutura social”.

“A questão de fundo do aumento do custo da habitação é o que procuramos resolver com o programa Mais Habitação”, afirmou António Costa, em declarações transmitidas pela RTP3, sublinhando, no entanto, que no que toca às rendas o Executivo está “a ponderar qual [será] o coeficiente de atualização do próximo ano”.

A inflação que serve de base à atualização das rendas fixou-se nos 6,94% em agosto, pelo que caso o Executivo decida não aplicar qualquer travão a esta subida – tal como aconteceu este ano em que vigorou um limite de 2% para a atualização das rendas – este será o valor de referência para o aumento da generalidade dos contratos de arrendamento.

O primeiro-ministro realça que ainda nada está definido, contudo, lembra que a inflação estimada para o próximo ano “implicaria um grande aumento das rendas“. Neste contexto, o Executivo vai “falar com as associações de proprietários e com as associações de inquilinos e procurar o valor que seja mais próximo possível daquilo que é possibilidades das famílias e também do que é o valor fixado na lei”, elencou.

“Se queremos um mercado de arrendamento também temos de ter um mercado de arrendamento que seja estável e previsível”, afirmou Costa, sublinhando que, o objetivo é encontrar uma “solução equilibrada que nem desincentive os proprietários de colocarem as casas no mercado“, mas, que ao mesmo tempo, “não crie situações de rutura social”.

Minutos depois, à saída da concertação Social, o ministro das Finanças indicava um novo travão às rendas era “inequívoco” para 2024. “Não está aprovado no Governo qual forma em que esse mecanismo se vai realizar, mas é inequívoco que se realizará”, disse Fernando Medina, que realçou, por outro lado, que durante o mês de setembro serão aprovados dois diplomas “com impacto muito importante na vida de milhões de famílias”.

Um diploma que estabilizará durante dois anos o valor das prestações do crédito à habitação, dando mais confiança às famílias, e um segundo diploma que alargará o apoio à bonificação dos juros para as famílias que estão numa situação de maior pressão do seu endividamento. “Iremos reforçar de forma muito efetiva a rede de segurança das famílias portuguesas”, sublinhou Medina.

O Chefe do Governo admitiu ainda que os elevados custos do alojamento são “a maior barreira de acesso ao ensino superior para muitos estudantes deslocados”, mas garantiu que está a ser feito “um investimento gigantesco” na construção de residências públicas, lembrando que o objetivo do Governo é até 2026 duplicar o número de camas disponíveis. Além disso, lembrou que o Executivo reforçou o subsídio de alojamento destinado aos alunos bolseiros do Ensino Superior.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h14)

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Pedro Carvalho: “Seguros em Portugal têm tradição de serem baratos”

  • ECO Seguros
  • 13 Setembro 2023

O CEO da Tranquilidade fez declarações sobre preços de seguros, disse que as empresas devem ter cuidado com direitos humanos para não se tornarem inseguráveis e referiu-se aos seguros de saúde.

“Os seguros em Portugal têm uma tradição de serem bastante baratos, mesmo os de saúde. No automóvel é dois terços de Espanha”, afirmou Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade/ Generali em entrevista ao Jornal de Negócios, publicada esta quarta-feira.

Sob o tema geral da sustentabilidade, Pedro Carvalho deu igualmente a sua opinião sobre aspetos mais diretamente relacionados com atividade seguradora.

Quanto à exposição de Portugal a riscos climáticos: “Temos riscos que outros países não têm e que têm de ter um custo associado. Nomeadamente, os riscos sísmicos. Quem quiser uma apólice que cubra riscos sísmicos em Lisboa tem um custo. Se pedir no Porto é quase zero. O mesmo se vai passando em relação às cheias. Foi bastante visível em Lisboa que há zonas que estão sujeitas a cheias. Dito isto, as cheias e as ondas de calor estão espalhadas por toda a Europa. Não sei até que ponto podemos dizer que em Portugal vai ser muito mais caro do que noutros países. Os seguros em Portugal têm uma tradição de serem bastante baratos, mesmo os de saúde. No automóvel é dois terços de Espanha”

Sobre seguros de saúde afirmou que “é dos mais sensíveis para as pessoas, porque lhes toca fisicamente, de forma literal. Todos os operadores têm feito um esforço grande. A legislação também ajudou. Hoje não há letras pequenas nos contratos. Tentamos que haja uma tabela para quando a pessoa contrata o seguro saber o que está coberto, o que é que não está e quais são os limites”.

Sobre valores como Direitos Humanos alertou que tem consequências junto das seguradoras. “Uma empresa que não consegue segurar o seu negócio tem dificuldades em obter financiamento e conseguir trabalhar”, adiantou Pedro Carvalho, acrescentando que “os direitos humanos são um tema particularmente sensível” para a sua companhia.

Continuando, disse que “no grupo Generali temos particular cuidado com algumas indústrias, como os têxteis. Julgo que em Portugal as coisas são bem tratadas. Tem havido algumas exceções que mancham o trabalho da maior parte. Nós conhecemos bem o setor agrícola. E, recentemente, por causa de um episódio sério, grave e dramático, todo o setor agrícola ficou muito manchado. Podemos garantir, tendo uma quota de mercado muito elevada em seguros de colheitas, conhecendo bastante bem o setor, que não é assim que as empresas trabalham”, concluiu.

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Menos TSU e IRC. As propostas dos patrões para o Orçamento do Estado para 2024

Menos IRC, menos TSU e IRS com escalões revistos. Estas foram algumas das propostas que os patrões apresentaram esta tarde na Concertação Social para o Orçamento do Estado.

O Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) aproveitou a reunião desta quarta-feira da Concertação Social para apresentar ao Governo as suas propostas para o Orçamento do Estado para 2024. Num caderno de encargos com mais de 30 páginas, os patrões defendem, nomeadamente, a redução do IRC, mas também da diminuição da Taxa Social Única (TSU) que é exigida aos empregadores, no momento do pagamento dos salários, e a revisão dos escalões de IRS.

No que diz respeito às medidas de redução de tributação, o CNCP propõe a redução da taxa normal de IRC de 21% para 17% (e para 15%, no caso das pequenas e médias empresas). Esta é uma reivindicação antiga, que até o ministro da Economia admitiu acolher no Orçamento do Estado do ano em curso, mas o Governo acabou por fechar a porta a esse alívio da carga fiscal colocada sobre as empresas.

Outra proposta que os patrões recuperam de outros anos é a eliminação progressiva da derrama estadual. “Propõe-se que se dê início ao processo de reversão do aumento da derrama estadual, de modo a abranger apenas as empresas com lucro superior a cinco milhões de euros“, indicam os patrões no documento apresentada esta tarde ao Governo, que propõem a aplicação da seguinte tabela:

Por outro lado, as confederações patronais exigem a atualização da tabela da tributação autónoma, passando a incidir apenas sobre os encargos dedutíveis, “enquanto não for possível por razões orçamentais abolir as tributações autónomas”.

No que diz respeito ao IRS, os patrões querem que os escalões sejam revistos, de modo a que a tributação seja aliviada. O Governo já sinalizou que fará uma redução do IRS, mas não adiantou em que moldes o fará. Enquanto isso, o PSD também já avançou com uma proposta, defendendo a redução das taxas marginais do IRS, para deixar mais rendimento na carteira das famílias.

Por outro lado, quanto à TSU paga pelos patrões, o CNCP propõe uma redução de um ponto percentual, de 23,75% para 22,75%, o que seria compensado, explica o conselho, pela transferência para a Segurança Social do montante equivalente a partir da receita gerada com o IVA. Esta é também uma luta antiga dos patrões, mas até ao momento não tem recebido “luz verde”.

No caderno apresentado ao Executivo, os patrões também endereçam o benefício previsto em sede de IRC para as empresas que aumentem os salários, defendendo que é preciso alargar a medida de modo a chegar aos oito salários mínimos ou 6.480 euros em 2024, em vez dos atuais quatro ou 3.040 euros).

Quanto à crise da habitação, os patrões querem que se retome a dedução dos juros de empréstimos com a compra de habitação própria e pedem também uma revisão dos casos em que é aplicada a taxa reduzida de 6% do IVA, propondo que a mesma “seja alargada a todas as empreitadas no domínio da construção civil de prédios destinados a habitação”. O Governo tem remetido as respostas à crise habitacional para o polémico pacote Mais Habitação, pelo que não é expectável que estas propostas sejam acolhidas.

Notícia atualizada às 18h49

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Apenas seis mulheres entre os mais ricos em 40 países europeus

  • Lusa
  • 13 Setembro 2023

O relatório também detetou uma acentuada disparidade de riqueza entre a Europa Ocidental e regiões como a dos países bálticos ou os Balcãs.

Dos três mais ricos em cada um de 40 países europeus, num universo de 120 pessoas, apenas seis são mulheres, revela um estudo divulgado esta quarta-feira, mostrando uma disparidade de género assinalável nas maiores fortunas.

Um grupo de 70 jornalistas do grupo Correspondente Europeu – uma organização de ‘media digital’ financiada por comunidades – estudou o perfil de cerca de 130 milionários e bilionários em 40 países europeus, procurando traçar a personalidade dos proprietários das maiores riquezas neste continente. Os jornalistas queixaram-se de dificuldades no acesso aos dados dos detentores de grandes fortunas, dizendo que “a falta de transparência impede uma visão completa da influência” destas personalidades na política nacional e internacional.

A investigação foi feita entre abril e setembro deste ano e os números da riqueza são apenas estimativas, perante a falta de dados mais precisos. Para além de detetar uma disparidade de género – com apenas seis mulheres a aparecer no ranking quando se analisa o perfil dos três mais ricos de cada um dos 40 países –, o relatório também detetou uma acentuada disparidade de riqueza entre a Europa Ocidental (onde grande parte da riqueza está concentrada) e regiões como a dos países bálticos ou os Balcãs.

No caso de Portugal, os jornalistas analisaram quatro das figuras mais ricas, que inclui uma das seis mulheres na lista dos três mais ricos: Maria Fernanda Amorim, considerada a pessoas mais rica do país, com uma riqueza estimada em 4,5 mil milhões de euros, herdeira da fortuna do empresário Américo Amorim.

O estudo sobre os mais ricos de Portugal inclui ainda Pedro Soares dos Santos, com uma fortuna estimada em 3,4 mil milhões de euros, e que é o CEO da empresa de distribuição alimentar Jerónimo Martins; Vítor Manuel da Silva Ribeiro, com uma fortuna estimada em 1,4 mil milhões de euros, empresário cuja fortuna teve origem na banca; e o falecido Rui Nabeiro, com uma fortuna estimada em 454 milhões de euros, do grupo Nabeiro/Delta Cafés.

O estudo procura fazer um perfil destes milionários e bilionários, bem como perceber a origem do seu dinheiro, o que fazem com esse dinheiro, mas também que ligações políticas possuem e como são vistos no seu próprio país. Os jornalistas do grupo Correspondente Europeu usaram fontes e dados disponíveis publicamente, tal como registos públicos e as bases de dados de organizações como a revista Forbes e a Bloomberg.

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Parlamento Europeu engorda 15 lugares após eleições de 2024

  • ECO
  • 13 Setembro 2023

Eurodeputados aprovam decisão do Conselho Europeu de aumentar de 705 para 720 o número de lugares no Parlamento Europeu para a próxima legislatura.

Vai aumentar de 705 para 720 o número de lugares no Parlamento para as próximas eleições europeias de 2024 com 15 lugares adicionais, repartidos por 12 países. A proposta do Conselho Europeu foi aprovada pelos eurodeputados por 515 votos a favor, 74 votos contra e 44 abstenções.

mais dois lugares para França, Espanha e Países Baixos. Assim como um lugar para a Áustria, Dinamarca, Bélgica, Polónia, Finlândia, Eslováquia, Irlanda, Eslovénia e Letónia.

O Parlamento aprovou, assim, a decisão legislativa que foi sustentada no relatório de junho de 2023 do Parlamento, que deu início ao processo. Em causa estão as alterações demográficas na União Europeia (UE) desde as eleições de 2019. As próximas eleições (de 6 a 9 de junho de 2024) já terão em conta o novo número de lugares no Parlamento.

Na sequência da saída do Reino Unido da UE (Brexit), o número de eurodeputados diminuiu de 751 para 705 em 2020. Embora tenham sido libertados 73 lugares pela saída do Reino Unido, 27 foram redistribuídos por 14 Estados-membros, tendo em conta o princípio da proporcionalidade degressiva.

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