Chefe do grupo Wagner acusa unidade russa de atacar paramilitares

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

Elementos do grupo Wagner que estavam a limpar minas "foram atacados por fogo proveniente das posições do Ministério da Defesa", denunciou Yevgeny Prigozhin.

O chefe da organização paramilitar Wagner anunciou esta segunda-feira ter prendido um oficial russo cuja unidade terá atacado os seus homens, em mais uma indicação de tensões entre o grupo armado e o exército regular da Rússia.

“No dia 17 de maio, homens do Ministério da Defesa [russo] foram vistos a abrir estradas atrás das posições das unidades Wagner”, escreveu Yevgeny Prigozhin num relatório enviado ao ministério divulgado esta segunda-feira pelo grupo paramilitar.

Elementos do grupo Wagner que estavam a limpar minas “foram atacados por fogo proveniente das posições do Ministério da Defesa”, segundo a mesma fonte citada pela agência francesa AFP.

Prigozhin disse numa gravação áudio que acompanha o texto que o incidente estava a ser investigado e que muitos factos não podiam ser tornados públicos, mas que remetia um relatório preliminar juntamente com provas em vídeo.

O chefe de Wagner divulgou também um vídeo do interrogatório do alegado oficial russo, que se apresentou como “comandante da 72.ª brigada motorizada, tenente-coronel Roman Vinevitenov”.

No vídeo, o homem admite ter atacado o grupo Wagner, acrescentando que atuou “num estado de embriaguez, guiado por uma animosidade pessoal”.

No sábado, Prigozhin acusou as forças de Moscovo de cederem território na região de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia e tem sido alvo de intensos bombardeamentos e ataques terrestres nos últimos dias.

Disse ainda que estava pronto para enviar as unidades do grupo Wagner para defender “territórios russos que estão de facto a ser conquistados”.

No dia anterior, Prigozhin tinha garantido que 99% das tropas Wagner tinham abandonado Bakhmut, no leste da Ucrânia, entregando o território ao exército regular.

O grupo Wagner reivindicou a tomada da cidade de Bakhmut em 20 de maio.

A batalha por Bakhmut foi considerada a mais longa e sangrenta da guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022.

Desconhece-se o balanço de baixas militares e civis desta batalha, bem como da guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.

A Ucrânia tem contado com o apoio dos aliados ocidentais no fornecimento de armamento.

O Ocidente também impôs sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade russa de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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Consórcio investe quatro milhões para criar hub de cosmética em Coimbra

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

Um consórcio entre uma empresa portuguesa e outra brasileira vai investir, numa primeira fase de desenvolvimento, quatro milhões de euros para implementar um hub de cosmética no iParque de Coimbra.

A Câmara Municipal de Coimbra e o consórcio CosmeHub (constituído pela portuguesa Pharmilab, sediada em Coimbra, e a brasileira DiFiorenna) assinaram, esta segunda-feira, um contrato de promessa de compra e venda para a compra de dois lotes do iParque para a instalação de um hub “especializado em investigação e desenvolvimento para a inovação na área cosmética em Coimbra“, anunciou a autarquia.

O consórcio prevê investir cerca de quatro milhões de euros numa primeira fase de desenvolvimento, “garantidos por capitais próprios, com o expectável crescimento da operação e reinvestimento no crescimento das instalações e tecnologias adotadas”, referiu.

O hub tem como objetivo concentrar serviços, potenciar a criação de novas marcas e produtos e a geração de startups nesta área, acrescentou o município. Deverá ter um foco internacional, “centrado não apenas na atração de clientes europeus, mas também de outros mercados internacionais”.

De acordo com nota de imprensa, o total da área de construção estimada é de cerca de cinco mil metros quadrados, com perspetivas futuras de expansão. Os dois lotes do iParque estão valorizados por um total de 305 mil euros.

O projeto contempla uma unidade de fabrico de produtos cosméticos, um centro de desenvolvimento, um centro técnico, um laboratório de controlo de qualidade, formação, e serviços de apoio ao cliente. A atividade deverá arrancar em 2024, com a criação de um centro especializado “em ajudar as marcas de cosmética a desenvolver e lançar novos produtos, bem como a crescer e afirmar-se no mercado”, explicou.

A ideia passa por replicar o modelo de investigação e desenvolvimento que já existe no Brasil “e que se foca na investigação e desenvolvimento de formulações inovadoras com alta performance no mercado”.

O consórcio optou por Coimbra para tirar “partido do seu enquadramento geográfico, proximidade à Universidade de Coimbra e perfil das entidades de interesse”.

Na assinatura do contrato, marcaram presença o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, o vereador com a pasta do empreendedorismo, Miguel Fonseca, o presidente do conselho de administração do iParque, Ricardo Lopes, e dois responsáveis pelo consórcio CosmeHub, Luís Figueiredo e Daniel Ribeiro

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YouTube deixa de eliminar alegações falsas sobre eleições norte-americanas de 2020

Os conteúdos, tal como os restantes, terão no entanto de obedecer às políticas do YouTube que visam combater o discurso de ódio, assédio e o incitamento à violência.

A política de eliminação de conteúdos do YouTube – que removia conteúdos com falsas alegações quanto à integridade das eleições que ditaram o afastamento de Donald Trump e que colocaram Joe Biden ao leme do país – foi “reavaliada” pela plataforma da Google. Na senda de um novo ciclo eleitoral, e depois de dezenas de milhares de vídeos removidos, “nós reconhecemos que era altura de reavaliar os efeitos que esta política teve no cenário atual”, refere o YouTube em comunicado.

No atual ambiente, descobrimos que embora a remoção deste conteúdo permita a redução de alguma desinformação, também pode ter o efeito não intencional de restringir o discurso político, sem reduzir significativamente o risco de violência ou outros danos no mundo real“, revela a plataforma.

Tendo este ponto em mente, e com as campanhas para as eleições presidenciais norte-americanas de 2024 em vista, o YouTube decidiu deixar de remover “conteúdo que avance falsas alegações que disseminem fraudes, erros ou falhas ocorridas nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020 ou em outras eleições anteriores“. A medida já entrou em vigor.

“A possibilidade de debater ideias políticas abertamente, incluindo até aquelas que são controversas ou baseadas em suposições desaprovadas, é central para uma sociedade funcionalmente democráticas – especialmente nas vésperas de um período de eleições”, refere ainda a plataforma.

Estes conteúdos, no entanto, tal como os restantes, terão de obedecer às políticas do YouTube que visam combater o discurso de ódio, assédio e o incitamento à violência, assegura o YouTube, que diz que vai manter-se “vigilante”.

A plataforma adianta ainda que dispõe de uma equipa focada no assunto, responsável por monitorizar os desenvolvimentos em tempo real e de ir fazendo ajustes à estratégia adotada, conforme seja necessário.

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Colocações de trabalho temporário abrandam no primeiro trimestre

Face ao mesmo período do ano passado, foram colocadas menos 217 pessoas em janeiro (-0,7%); menos 926 pessoas em fevereiro (-2,8%) e menos 767 pessoas em março (-2,2%).

As colocações de trabalho temporário sofreram uma diminuição de 1,9% durante o primeiro trimestre do ano (100.606 em 2022 versus 98.696 em 2023). Face ao mesmo período do ano passado, foram colocadas menos 217 pessoas em janeiro (-0,7%); menos 926 pessoas em fevereiro (-2,8%) e menos 767 pessoas em março (-2,2%), mostram os dados do “Barómetros do Trabalho Temporário, realizado pela Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos (APESPE-RH) e pelo ISCTE.

“Este trimestre está a marcar um início de ano menos positivo, com uma diminuição das colocações no setor de trabalho temporário. Observamos uma melhoria face ao mesmo período de 2021, mas ainda abaixo do pré-pandemia em 2019. Há vários fatores que podem ajudar a explicar estes valores, nomeadamente a atual situação económica, que com o aumento da inflação e custos de vida pode também estar a afetar as empresas utilizadoras de trabalho temporário”, comenta Afonso Carvalho, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH), em comunicado.

“Por outro lado, com a perspetiva da entrada em vigor da nova legislação do trabalho, que aconteceu a 1 de maio, é possível que algumas empresas utilizadoras tenham começado a agir de forma mais ponderada logo desde o início do ano”, acrescenta.

Apesar do crescimento em relação a 2021 (96.099 colocações), os valores de colocações de trabalho temporário estão ainda 5% abaixo das colocações do primeiro trimestre de 2020 (103.945 colocações) e 12,5% abaixo de 2019 (112.781 colocações).

Já o Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), que tinha estabilizado desde novembro de 2022, volta a demonstrar um decréscimo gradual desde o início do ano, fixando-se em 0,99 em janeiro, 0,97 em fevereiro e 0,98 em março. Estes valores são inferiores ao índice registado nos meses homólogos do ano anterior.

Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, verifica-se uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do género feminino em janeiro (45,2%), em relação a 45,3% em fevereiro e março. Ao nível da distribuição etária, entre 27% a 28% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos.

O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (59% a 61%) e aumentam as colocações de ensino secundário (de 31%, em janeiro, para 33%, em março). As pessoas com licenciatura mantêm cerca de 6% das colocações.

As empresas de “Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” continuam em primeiro lugar no primeiro trimestre de 2023 (cerca de 13% a 14%). Já as empresas de “Fornecimento de refeições para eventos e outras atividades” assumem o segundo lugar nos setores de atividade do Trabalho Temporário, representando cerca de 7% a 8%, enquanto as empresas de “Atividades de serviços de apoio prestados às empresas” alcançam o terceiro lugar (cerca de 6% a 8%).

Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, destacam-se as “Outras profissões elementares” (entre 29% e 30%), seguindo-se os “Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes” (entre 17% e 19%) e os “Trabalhadores não qualificados da indústria transformadora” (entre 8% e 9%).

Analisando especificamente o mês de março, os “Trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros, artesãos e similares” ocupam, contudo, o terceiro lugar (9%).

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Porto Business School atribui mais de 500.000 euros em bolsas de estudo

O prazo limite para a submissão das candidaturas é 15 de julho de 2023, até às 23h59.

A Porto Business School (PBS) lançou 11 novas bolsas de estudo num valor global de mais de 500.000 euros, com o objetivo de reconhecer profissionais com potencial e de dar-lhes a oportunidade de frequentar os programas de MBA e pós-graduação da escola de negócios.

“O acesso à educação é um direito fundamental e a atribuição de bolsas de estudo é um excelente meio para fomentar a igualdade de oportunidades. As bolsas de estudo permitem que os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, reconhecida internacionalmente e, deste modo, possam contribuir de forma positiva para o desenvolvimento da sociedade”, afirma José Esteves, dean da Porto Business School, em comunicado.

Este ano, o programa de atribuição de bolsas de estudo da Escola de Negócios da Universidade do Porto contempla cinco categorias — Mérito, Diversidade, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Apoio Financeiro — com o objetivo de reconhecer candidatos de excelência nas dimensões académica e/ou profissional.

São elegíveis para as bolsas de estudo da Porto Business School, os candidatos que já tenham iniciado o seu processo de candidatura ao programa pretendido (MBA ou pós-graduação). O prazo limite para a submissão das candidaturas é 15 de julho de 2023, até às 23h59.

O programa de bolsas de estudo da Porto Business aqui.

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Grupo Águas de Portugal com lucro de 100 milhões de euros

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

O grupo Águas de Portugal registou lucros de 100 milhões de euros em 2022, acima do valor de 2021, tendo o volume de investimentos aumentado 50% para 240 milhões de euros.

O grupo Águas de Portugal (AdP) registou lucros de 100 milhões de euros em 2022, acima do valor de 2021, tendo o volume de investimentos aumentado 50% para 240 milhões de euros, foi anunciado nesta segunda-feira.

Em comunicado, no qual refere que o relatório e contas consolidadas de 2022 foi aprovado em assembleia geral, a AdP indica que no exercício relativo ao ano passado o volume de negócios se manteve “relativamente estável”, na ordem dos 740 milhões de euros.

O volume de investimento atingiu “cerca de 240 milhões de euros, representando um aumento de 50% em relação ao ano anterior, mediante a incorporação de ativos e o reforço das infraestruturas das empresas do Grupo AdP em todo o território nacional”.

A mesma informação avança que o grupo teve um “resultado líquido de 100 milhões de euros, influenciado por ganhos na estrutura de custos e da evolução das taxas de juro de referência“, e acima dos 83,3 milhões de euros que foram comunicados relativamente a 2021.

O resultado líquido, refere o comunicado, sustenta “a capacidade de auto financiamento requerida pelo avultado programa de investimentos de 1,5 mil milhões de euros”.

No comunicado, a AdP salienta que a solidez da estrutura financeira da empresa surge reforçada pela “continuada redução da dívida líquida que não ultrapassa agora os 1.240 milhões de euros”.

Citado no comunicado, o presidente do Conselho de Administração do Grupo Águas de Portugal, José Furtado, sublinha que “o bom desempenho económico-financeiro e operacional do Grupo Águas de Portugal confere a necessária estabilidade e capacidade de investimento das empresas, fatores determinantes na garantia da segurança e fiabilidade de um serviço público essencial à vida, num contexto de enormes desafios”.

Detido pelo Estado e fundado em 1993, o grupo AdP, é constituído por 19 empresas, das quais 13 são entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água e de tratamento de águas residuais que prestam serviços em 222 municípios de Portugal continental, abrangendo cerca de oito milhões de pessoas.

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Euribor sobe a três meses e atinge máximos de 2008

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

As taxas Euribor subiram esta segunda-feira em todos os prazos: a três meses para 3,493%, a seis meses para 3,739% e a 12 meses para 3,884%.

As taxas Euribor subiram a seis e a 12 meses, face a sexta-feira, e a três meses avançou para um novo máximo desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu esta segunda-feira para 3,884%, mais 0,009 pontos do que na sexta-feira, depois de ter aumentado em 29 de maio para 3,982%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representam 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,739%, mais 0,011 pontos, contra o novo máximo desde novembro de 2008, de 3,781%, verificado também em 29 de maio. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu esta segunda-feira, ao ser fixada em 3,493%, mais 0,003 pontos, face a sexta-feira (3,490%), batendo um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 4 de maio, o BCE voltou a subir, pela sétima vez consecutiva, mas apenas em 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Green Venture fecha contrato de compra e venda de energia com norueguesa Statkraft

O contrato servirá para dar energia ao parque solar de Valpaços, que tem potência suficiente para abastecer o consumo anual de 10.885 famílias.

A portuguesa Green Venture assinou um contrato de compra e venda de energia (PPA – Power Purchase Agreement) com a norueguesa Statkraft, para o seu parque solar de Valpaços com uma potência de 40 megawatts-pico (MWp).

De acordo com a nota divulgada esta segunda-feira, o PPA é baseado na venda de 70% da produção do parque solar por 8,5 anos, o que representa cerca de 340,5 gigawatts-hora (GWh) de energia da Green Venture comprada pela Statkraft. Os restantes 30% serão igualmente adquiridos pela Statkraft.

Um PPA é um contrato entre duas partes, geralmente um gerador de energia (como um produtor de energia renovável) e um comprador de energia (como uma concessionária ou grande consumidor), descrevendo os termos e condições para a venda e compra de eletricidade. Estes contratos são normalmente usados na indústria de energia para facilitar acordos para o fornecimento de eletricidade a um preço fixo por longos prazos, protegendo produtores e consumidores da volatilidade do mercado local.

O parque solar de Valpaços é capaz de gerar energia suficiente para abastecer toda a cidade de Valpaços, o que corresponde ao consumo anual de 10.885 famílias. “Este marco representa um passo significativo para a Green Venture e o seu compromisso em fornecer energia sustentável e acessível às comunidades em Portugal”, lê-se no comunicado enviado às redações.

Recorde-se que a Statkraft deu entrada no mercado português em abril, com vista ao desenvolvimento de projetos de produção e consumo de energia solar fotovoltaica, eólica e hidroelétrica. O início da sua operação assinalou-se com a assinatura de um PPA com a NextEnergy Capital, investidor internacional em energia solar.

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Já abriu o concurso para substituir Graça Freitas na direção da DGS

O concurso para substituir Graça Freitas apenas abriu meio ano depois do anúncio da saída. Candidaturas têm de ser enviadas até dia 20 de junho.

Seis meses depois, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP) abriu o concurso para escolher o substituto de Graça Freitas na liderança da Direção-Geral da Saúde (DGS). Concurso fecha no dia 20 de junho, segundo a página da entidade que gere o recrutamento de dirigentes da Administração Pública.

Foi já no final do ano passado que Graça Freitas, uma das caras mais marcantes do período da pandemia de Covid-19, anunciou a intenção de deixar a liderança da DGS. Desta forma, não foi renovado o mandato, que terminou a 31 de dezembro. Passou assim a ser necessário abrir um concurso para a substituir, mas tal apenas aconteceu agora, após meio ano.

Segundo o anúncio na página da CReSAP, o “procedimento concursal é urgente, de interesse público, não havendo lugar à audiência de interessados e não havendo efeito suspensivo do recurso administrativo interposto do despacho de designação ou de qualquer outro ato praticado no decurso do procedimento concursal”.

Quem se candidatar para trabalhar na Alameda D. Afonso Henriques terá uma lista de 12 atribuições e competências, sendo que pode esperar um vencimento base de 3.854,55 euros, a que acrescem 803,13 euros de despesas de representação. As candidaturas têm de ser apresentadas por via eletrónica na página da CReSAP, até ao final do último dia do prazo de abertura do procedimento concursal.

Um dos nomes apontados para o cargo era o de Rui Portugal, subdiretor-geral da Saúde, mas este apresentou a demissão a semana passada, sem dar a conhecer os motivos, forçando Graça Freitas a regressar de férias para “comandar” a entidade.

Entretanto, o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP) admitiu, à agência Lusa, candidatar-se ao cargo de diretor-geral da Saúde, manifestando “imensa preocupação” com o “desinvestimento” do Governo na instituição. No entanto, ainda não é certo quem vai avançar para preencher esta lacuna no topo da DGS.

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OMS adota certificado digital Covid-19 da União Europeia

  • Lusa
  • 5 Junho 2023

A Organização Mundial da Saúde fez uma parceria com a Comissão Europeia para alargar a todo o mundo o certificado digital covid-19 da União Europeia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez hoje uma parceria com a Comissão Europeia para alargar a todo o mundo o certificado digital covid-19 da União Europeia (UE), prevendo futuros usos, como um boletim ‘amarelo’ de vacinas digitalizado.

Numa nota hoje divulgada em Bruxelas, o executivo comunitário dá conta de uma “parceria histórica no domínio da saúde digital” com a OMS, dado que a organização adotará o certificado digital da UE para a covid-19, em vigor há cerca de dois anos. A ideia é “estabelecer um sistema global que ajudará a facilitar a mobilidade global e a proteger os cidadãos de todo o mundo contra as ameaças à saúde atuais e futuras”, acrescenta a instituição.

Este é o primeiro elemento da Rede Mundial de Certificação Digital em Saúde da OMS, que desenvolverá produtos digitais para todos. Esta rede mundial de certificação digital em matéria de saúde assenta “em princípios e tecnologias abertas do certificado digital da UE para a covid-19”, para uma “convergência dos certificados digitais” e o “estabelecimento de normas e a validação de assinaturas digitais para evitar fraudes”.

“Esta parceria trabalhará no sentido de desenvolver tecnicamente o sistema da OMS com uma abordagem faseada para abranger casos de utilização adicionais, que podem incluir, por exemplo, a digitalização do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia”, aponta a Comissão Europeia na nota à imprensa, referindo-se a um futuro boletim de vacinas eletrónico (o chamado ‘boletim amarelo’), reconhecido em diferentes localizações.

O primeiro elemento do sistema global da OMS deverá estar “operacional em junho de 2023”, sendo progressivamente desenvolvido nos próximos meses, conclui Bruxelas. A Comissão Europeia e a OMS “trabalharão em conjunto para incentivar a máxima aceitação e participação a nível mundial”, sendo “dada especial atenção às oportunidades equitativas de participação para os mais necessitados, os países de baixo e médio rendimento”.

O certificado, que comprova a testagem (negativa), vacinação ou recuperação do vírus SARS-CoV-2, entrou em vigor na União no início de julho de 2021. Em 2022, os Estados-membros da UE acordaram que pessoas com o Certificado Covid-19 válido, como vacinados ou recuperados, deveriam ficar excluídos de restrições adicionais à livre circulação, como testes ou quarentenas, para facilitar viagens dentro do espaço comunitário.

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Navigator distribui 34 milhões de euros pelos colaboradores

Todos os trabalhadores, técnicos operacionais, quadros médios e quadros superiores alcançaram, em média, um prémio equivalente a 4,81 remunerações.

A The Navigator Company concluiu a distribuição de um total de 34 milhões de euros pelos seus colaboradores em maio. Todos os trabalhadores, técnicos operacionais, quadros médios e quadros superiores alcançaram, em média, um prémio equivalente a 4,81 remunerações. Esta foi “a maior compensação por desempenho e produtividade da história da empresa” e teve como objetivo reconhecer “a entrega e compromisso das equipas na obtenção dos bons resultados alcançados pela companhia no ano passado”.

“A atribuição de um total anual médio de 18,81 salários aos seus colaboradores, um aumento substancial dos benefícios atribuídos em comparação com os 15,9 salários pagos, em média, nos últimos cinco anos, reflete a preocupação da companhia em reforçar a remuneração das suas pessoas em resposta às implicações do atual contexto como a subida da inflação”, lê-se em comunicado.

Só nos últimos dez anos, a Navigator já distribuiu mais de 110 milhões de euros em recompensas pelos funcionários, que agora somam mais 3.400.

Para além dos estímulos financeiros, em que se inclui também o pagamento do trabalho suplementar acima dos mínimos legais, os colaboradores dispõem de um conjunto adicional de benefícios no valor de 1,11 salários, que se traduz num investimento médio anual de 1.815 euros por pessoa e num investimento anual de cerca de seis milhões de euros por parte da empresa.

“Entre as regalias que fazem parte do pacote inclui-se, entre outras: seguro de saúde, que abrange tanto os trabalhadores, como os agregados familiares; seguro de vida, que inclui cobertura de morte e invalidez total e permanente; complemento de doença adicional ao subsídio concedido pela Segurança Social e Fundo de Pensões; apoio à família, que se materializa através de subsídios para infantários, subsídios de apoio escolar e subsídios para filhos com necessidades especiais, bolsas de estudo e Subsídio de natalidade”, destaca a empresa.

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Parque Escolar passa a chamar-se Construção Pública e vai fazer consultoria e gestão de contratos públicos

Agora denominada Construção Pública, a empresa vai desdobrar-se e passar a cobrir a área da habitação, além da educação. Fará a "promoção e requalificação do património público edificado".

Já foi publicado o decreto-lei que oficializa a reestruturação da Parque Escolar, que passa agora a chamar-se Construção Pública e tem novos objetivos e responsabilidades. A empresa inicialmente criada para requalificar as escolas públicas ganha competências na área da habitação, onde vai transformar imóveis devolutos do Estado, em parceria com o IHRU, mas também prestar “serviços de consultoria, assessoria e gestão de contratos públicos” no que diz respeito ao património público alheio.

Dezasseis anos após a criação, durante o Governo de José Sócrates, a empresa deixa assim de se focar apenas na educação, ainda que mantenha os objetivos nesta área, nomeadamente com âmbito internacional, sendo que estará encarregue de uma escola na Ucrânia.

Mas, como explica o Governo no texto que antecede o decreto-lei, “importa, sem comprometer a continuidade e eficiência da execução daquele, valorizar a experiência e competências adquiridas pela Parque Escolar, E. P. E., colocando-a ao serviço de desafios atuais e estruturantes e de compromissos nacionais e internacionais assumidos pelo Estado Português”. Vai assim ter uma “vocação mais ampla e abrangente, enquanto instrumento especializado e ágil, para dar corpo às intervenções que se revelem necessárias no âmbito da promoção e requalificação, em geral, do património público edificado e a edificar”.

Assim, a agora denominada Construção Pública tem uma nova lista de objetivos: “o planeamento, gestão, desenvolvimento e execução de programas e projetos de construção, reconstrução, reabilitação, requalificação, modernização, adaptação, manutenção e conservação de edifícios, equipamentos e outro património imobiliário próprio ou alheio, designadamente nos domínios da educação e da habitação, bem como a prestação de serviços de consultoria, assessoria e gestão de contratos públicos, naqueles âmbitos, relativos a património público alheio”.

Tendo em conta esta nova vertente, às tutelas da Educação e Finanças junta-se agora a Habitação. Neste domínio, terá responsabilidades na conceção, desenvolvimento e implementação de projetos habitacionais, em articulação com as entidades públicas com atribuições neste domínio, designadamente com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

Além disso, é responsável pela “elaboração dos projetos, a construção, bem como a fiscalização, o acompanhamento e a assistência técnica nas diversas fases de concretização”. E pode, “acessoriamente, exercer atividades complementares ou subsidiárias do seu objeto previsto nos números anteriores, bem como explorar outros ramos de atividade comercial ou industrial dele acessórios que não prejudiquem a prossecução do mesmo”.

O Governo destaca que ao longo da implementação do programa de modernização do parque escolar, foi feita a requalificação, conservação e manutenção de 176 escolas secundárias distribuídas por todo o território continental.

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