Inflação nos seguros multirriscos habitação volta a valores pré-guerra na Ucrânia
Está mesmo a existir deflação nos custos de construção e reparação de edifícios neste primeiro trimestre do ano. A ASF indica que a atualização dos valores seguros baixe para apenas 3,26%.
A ASF, entidade supervisora do setor dos seguros, acaba de indicar as taxas de atualização para as renovações do seguro multirriscos habitação no segundo semestre de 2024. Assim, os valores dos imóveis seguros devem subir 3,12% relativamente a igual período do ano passado quanto a edifícios e 3,59% no caso do recheio de habitação. Para o conjunto, no designado Índice de Recheio de Habitação e Edifícios (IRHE), a taxa de atualização a utilizar nos capitais seguros deve ser de 3,26%.
Esta informação, prestada antecipadamente todos os trimestres pela ASF, sobre os valores a atualizar em imóveis e recheio de habitações seguradas, significa um regresso aos níveis de inflação anteriores ao começo da invasão da Ucrânia e a todo o processo inflacionista que daí decorreu também em Portugal. Em relação ao 1º trimestre que está a decorrer, a ASF prevê mesmo uma baixa dos custos de construção e reparação de edifícios em 1,09% no 2º trimestre de 2024.
Atenção à regra proporcional
Seguros com capitais desatualizados podem piorar as consequências de um sinistro para os segurados se aplicada a regra proporcional. Esta é aplicada quando o capital seguro é inferior ao custo de reconstrução, no caso de edifícios, ou ao custo de substituição por novo, no caso de mobiliário e recheio. Nesta situação, o segurador só paga uma parte dos prejuízos proporcional à relação entre o custo de reconstrução ou substituição à data do sinistro e o capital seguro.
No seu site, o supervisor, exemplificando, alerta: “se um edifício, cujo custo de reconstrução é de 100.000 euros, estiver seguro por 80.000 euros, o segurador será responsável apenas por 80% de qualquer nível de prejuízos, ficando os restantes 20% a cargo do segurado”.
As seguradoras multirriscos atualizam automaticamente os capitais seguros, exceto se os segurados decidirem não o fazer. Têm sempre de manifestar a sua vontade senão, por defeito, a atualização será sempre realizada. A valorização de edifícios e recheio é sempre uma responsabilidade do segurado.
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