Autoeuropa abandona consórcio do PRR por não cumprir regra ambiental

  • ECO e Lusa
  • 16 Janeiro 2024

Saída da Autoeuropa deve-se ao incumprimento da regra ambiental DNSH. Impacto no orçamento ainda não foi calculado, mas é expectável que o investimento da empresa deixe de ser contabilizado.

A Autoeuropa saiu do consórcio Drivolution, que junta cerca de 20 empresas e 20 organismos do sistema científico e tecnológico, avança o Público. Assim, a empresa alemã deixa de liderar o projeto de transformação industrial rumo à “fábrica do futuro”, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A saída da Autoeuropa deve-se ao incumprimento de uma regra ambiental, da DNSH (Do No Significant Harm, ou, em português, Não Prejudicar Significativamente), confirmou a empresa. Assim, será substituída por outra empresa do ramo automóvel, que já faz parte do consórcio e assumirá a liderança.

Quanto ao orçamento, o impacto ainda não foi calculado, mas é expectável que o investimento da Autoeuropa deixe de ser contabilizado. Apesar do investimento previsto inicial de 182 milhões de euros, este consórcio pretendia investir cerca de 168 milhões, dos quais 145 milhões das empresas. A Autoeuropa era o principal contribuinte, com 68 milhões de euros.

No entanto, a Autoeuropa considerou que os investimentos que tem previstos na área ambiental lhe deveriam permitir manter a liderança do consórcio. “No entender da Volkswagen Autoeuropa, os esforços que empresa se propõe fazer, por via dos investimentos previstos, permitir-lhe-iam assinar a respetiva declaração de cumprimento do princípio DNSH e consequentemente manter a liderança do consórcio”, sustenta a empresa numa resposta escrita enviada à Lusa.

“Lamentamos que, à luz do atual sistema de medição de emissões, previsto para cumprimento do princípio do DNSH em vigor no país, a Volkswagen Autoeuropa não seja considerada entidade elegível no âmbito do PRR, o que na prática significa a saída da empresa do consórcio Drivolution”, acrescenta.

O cumprimento do normativo ambiental do “Do No Significant Harm” (DNSH) é exigido a todas as empresas que participem em projetos viabilizados por verbas do PRR.

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