Reunião com ministra da Agricultura pouco animadora e sem compromissos

Se as verbas não chegarem, rapidamente, aos bolsos dos agricultores, “a luta vai ter de continuar", defende o porta-voz do Movimento Cívico de Agricultores.

A reunião que decorreu esta sexta-feira entre a ministra da Agricultura e um grupo de agricultores representativo das várias regiões do país foi “bastante menos animadora” do que a reunião realizada no dia anterior em Moura, já que foi “tudo muito abstrato” e “sem compromisso” assumido.

No dia anterior, numa reunião online com os agricultores do Baixo Alentejo, a ministra Maria do Céu Antunes terá assumido o compromisso de pagar “muitíssimo breve prazo” os apoios à produção biológica que tinham sofrido um corte de 35% e à produção integrada cujo corte foi de 25%. Esta sexta-feira precisou que “serão pagas assim que os serviços estiverem preparados”, disse Ricardo Estrela, do Movimento Cívico de Agricultores, em declarações aos jornalistas, no final da reunião que decorreu no Ministério da Agricultura.

“A reunião foi bastante menos animadora do que aquilo que transpareceu ontem em Moura”, contou ao ECO um dos participantes do encontro desta sexta-feira que começou com 20 minutos de atraso e durou quase duas horas. “Tudo muito abstrato e datas urgentes, mas sem compromisso”, acrescentou a mesma fonte.

No caso das ajudas do segundo pilar (desenvolvimento rural) da Política Agrícola Comum (PAC) o pagamento deverá ocorrer entre os dias 20 e 24 do corrente mês, segundo Ricardo Estrela, citado pela Lusa.

Relativamente à linha de crédito de 50 milhões de euros, Ricardo Estrela disse que afinal o prazo não vai terminar em 15 de fevereiro, como inicialmente se estimava. O Executivo comprometeu-se a estipular uma data que permita aos agricultores aceder a este apoio. Apesar de reconhecer que o setor precisa de tesouraria, o porta-voz do movimento vincou que recorrer ao crédito não é uma solução para os agricultores.

Questionado sobre a possibilidade de intensificarem os protestos, Ricardo Estrela disse que “caberá aos agricultores decidir”. Mas, se as verbas não chegarem, rapidamente, aos bolsos dos agricultores, “a luta vai ter de continuar”. “Voltar às ruas e reivindicar o que é nosso por direito”, disse o porta-voz, que lamentou o facto de parece existir um “desconhecimento profundo” da ministra da Agricultura face a algumas matérias.

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