AD apela à intervenção da CNE devido a semelhança com ADN nos boletins de voto
A Aliança Democrática apelou à CNE que emita uma mensagem a alertar para as semelhanças dos nomes entre a AD e a ADN nos boletins de voto. Já o partido ADN acusa a AD de denegrir o nome do ADN.
A Aliança Democrática (AD) emitiu um comunicado dando nota de ter recebido vários relatos sobre pedidos de remissão do voto e cartazes disseminados nas redes sociais que apontam para semelhanças com a Alternativa Democrática Nacional (ADN) nos boletins de votos.
Por essa razão, a direção de campanha nacional da AD decidiu apela à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que possa emitir uma mensagem aos eleitores que votem de forma esclarecida, alertando para as semelhanças dos nomes entre a AD e a ADN nos boletins de voto.
“A Aliança Democrática face aos inúmeros relatos que tem chegado à Direção de Campanha Nacional de pedidos de repetição do voto e aos cartazes que estão a circular nas redes sociais, apela à CNE que dirija uma mensagem ao país não de apelo ao voto, em nenhuma força partidária (claro está), mas de apelo ao voto esclarecido devido à semelhança de nomes parecidos nos boletins de voto”, lê-se no comunicado.
Hugo Soares, secretário-geral do PSD, denunciou à rádio Observador que “são centenas de relatos de pessoas que estão a pedir para repetir o voto. E nós estamos muito preocupados com aqueles que possam nem sequer ter percebido que tenha ocorrido um erro de expressão de vontade no ato eleitoral.”
Em resposta à declaração da AD, o partido ADN respondeu que “a campanha eleitoral serviu para clarificar essas situações, pelo que, usar este subterfúgio ridículo apenas para tentar cativar eleitores a irem votar na AD e denegrir o ADN é inaceitável”, afirmou o partido, em comunicado, acusando a AD de interferência eleitoral.
Em declarações à agência Lusa, Fernando Anastácio, o porta-voz da CNE, disse que a situação reportada pela AD vai ser analisada “daqui a pouco”. Fernando Anastácio referiu ainda que, “em conformidade com a lei eleitoral e com a situação em concreto, iremos obviamente tomar uma posição”, garantiu.
Questionado sobre queixas e pedidos de repetição do voto, o porta-voz da CNE afirmou que “são muito pontuais”, indicando que as situações de que tem conhecimento chegaram, “essencialmente, por reporte de órgão de comunicação social, sem uma aferição”.
“A repetição do voto é possível se a pessoa se enganou. O boletim é anulado, dão-lhe outro e ela vota com deve ser”, indicou Fernando Anastácio, advertindo que tal é possível desde que não tenha colocado o primeiro boletim – aquele em que se enganou – dentro da urna.
Atualmente a CNE encontra-se reunida para discutir esta situação e deverá tomar uma decisão nos próximos minutos.
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