Mais de metade dos segurados de saúde declararam sinistros em 2023
As companhias enfrentaram casos mais frequentes e mais caros. 54% dos detentores de seguros de saúde declararam sinistros em 2023, que em média custaram 445 euros por pessoa.
Mais de 1,9 milhões de pessoas detentoras de seguros de saúde em Portugal declararam sinistros às companhias de seguros, revela um relatório elaborado pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS), relativo a todo o ano de 2023, agora divulgado.
Os sinistros declarados custaram em média 445 euros por cada pessoa que declarou enquanto, igualmente em média, o prémio de seguro pago foi de 372 euros, 31 euros por mês.
Durante o ano passado as 24 seguradoras que venderam seguros de saúde obtiveram receitas de cerca de 1,3 mil milhões de euros e pagaram 847 milhões de euros em sinistros, um valor 16% superior aos mesmos encargos em 2022.
O número de pessoas com seguros de saúde atingiu os 3,59 milhões no final de 2023, o equivalente a 36% dos portugueses. Destes, cerca de 55% estavam incluídos em seguros de grupo e os restantes detinham apólices individuais.
O número de pessoas seguradas a declarar sinistros atingiu os 1,9 milhões, cerca de 54% de todos os segurados, mas entre os segurados em grupo a taxa de sinistralidade individual chegou aos 57%. O valor médio do pagamento por sinistro também subiu 5,2% em relação a 2022 para 445 euros.
No entanto, o prémio médio anual pago por cada segurado foi de 372 euros, mais 7,8% relativamente a 2022. Nos seguros de grupo, o aumento atingiu os 10% cifrando-se em 359 euros, enquanto o seguro individual subiu 6,3% para os 388 euros, 32,3 euros por mês por pessoa. No final, a taxa de sinistralidade, ou seja, os custos com sinistros sobre os prémios emitidos, atingiu os 65% o que, juntando as despesas das companhias de seguros na gestão e execução dos serviços e das indemnizações, terá conduzido o ramo saúde a um lucro apenas marginal em 2023, afirmam fontes do setor.
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