Prosolia acredita que impugnação do MP não irá atrasar maior central solar da Europa em Portugal
"Acreditamos que o processo vai ser analisado com celeridade, não colocando em causa os tempos de implantação", reage a Prosolia, face à notícia da ação de impugnação de um dos seus projetos.
A Prosolia, que de mãos dadas com a Iberdrola é a empresa por detrás da construção da maior central solar da Europa, diz-se convicta de que a impugnação à luz verde ambiental, avançada pelo Ministério Público (MP), não deverá colocar em causa os prazos definidos para a implantação do projeto. Esta central deveria entrar em operação em 2025.
“Acreditamos que o processo vai ser analisado com celeridade, não colocando em causa os tempos de implantação“, reage a Prosolia, em declarações ao ECO/Capital Verde, ressalvando que “a ação é interposta à APA [Agência Portuguesa do Ambiente] sobre eventuais questões da sua atuação, não ao promotor”. A empresa diz-se ainda convicta de que “todos os procedimentos foram corretamente seguidos e a DIA [Declaração de Impacte Ambiental] está dentro da legalidade”.
Por seu lado, a Iberdrola, detentora de 50% deste projeto, garante que a empresa “seguiu rigorosamente todos os processos definidos para o desenvolvimento do projeto“, e destaca também que tem vindo a reforçar o seu compromisso com a transição energética em Portugal, através do investimento em múltiplos projetos de produção de energia renovável. Dá como exemplo o Sistema Eletroprodutor do Tâmega e as centrais fotovoltaicas adjudicadas no leilão de 2019.
Este domingo, o Público noticiou que o MP impugnou em tribunal a licença que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tinha avançado para a construção da maior central solar da Europa no concelho de Santiago do Cacém, no Alentejo.
Com uma área de implantação de cerca de mil hectares, a central solar da Iberdrola em parceria com a Prosolia, implicará o abate de cerca de 1,5 milhões de árvores, sobretudo eucaliptos, tendo obtido a licença da APA em final de janeiro de 2023. Mas para o Departamento Central de Contencioso do Estado e Interesses Coletivos e Difusos do MP, na ação que desencadeou no final de janeiro no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, não foram cumpridos todos os procedimentos.
A Iberdrola destaca ainda que “não tem qualquer acordo com o Data Center de Sines”, uma acusação que é feita pela associação ProtegeAlentejo, que também já tinha vindo a pedir a impugnação da central.
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