Europa tem de ser “mais proativa” para ser verdadeiramente competitiva, diz Elisa Ferreira

“A Europa está muito mais consciente de que não pode ser um ator passivo no quadro global” e que “tem de ter uma abordagem estratégica no mercado aberto e globalizado”, disse Elisa Ferreira.

A Europa tem de ser “mais proativa” “para construir uma competitividade real”, defendeu a comissária europeia Elisa Ferreira. “A concorrência é muito, muito alta com os EUA e a China. Temos plena consciência de que a Europa tem de ter um objetivo de autonomia estratégica, algo que desapareceu há algum tempo”, acrescentou a responsável pela reforma da UE e pelos fundos de coesão em declarações ao Financial Times (conteúdo em inglês, acesso pago).

Antes da publicação esta terça-feira de um relatório da Comissão Europeia onde elenca os novos projetos de reformas que podem contar com o apoio técnico de Bruxelas – Portugal terá 16 projetos –, Elisa Ferreira sublinhou que “a Europa está muito mais consciente de que não pode ser um ator passivo no quadro global” e que “tem de ter uma abordagem estratégica no mercado aberto e globalizado”.

“A Europa tem de permanecer aberta, mas é menos ingénua quando joga o jogo que todos os outros também jogam”, frisou a comissária portuguesa que cessa funções em junho, depois das eleições europeias.

Elisa Ferreira diz que o bloco está mais consciente da necessidade de ser menos dependente de cadeias de abastecimento externas, especialmente na China, por isso, a Europa tem de ser “mais proativa na segurança das cadeias de abastecimento para construir uma competitividade real”, defendeu.

Outra das preocupações da Comissão reside no cumprimento das novas leis verdes, que pretendem evitar a “lavagem verde” por empresas ou países já que dizem estar a tornar-se mais sustentáveis, mesmo que não o sejam. “Estamos preocupados”, reconheceu Elisa Ferreira. “Quando a classificação é muito complexa e é necessário confiar no mercado de que o que está a ser feito é adequado, então a interpretação e como implementá-la é crucial”, acrescentou.

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