Custos das empresas com salários dos trabalhadores aumentam mais de 6%
Maior aumento dos custos salariais no primeiro trimestre foi registado na Administração Pública (9,3%), enquanto o setor da construção teve a menor subida (4,3%) face ao mesmo período do ano passado.
Os custos das empresas com os salários dos trabalhadores voltaram a aumentar, nos primeiros três meses do ano. Segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a subida foi mesmo superior a 6%. Também os outros custos — que incluem impostos, seguros de saúde e indemnizações — engordaram, entre janeiro e março.
“Os custos salariais por hora efetivamente trabalhada aumentaram 6,3% (6,0% no trimestre anterior)”, indica o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.
Entre os vários setores da economia portuguesa, foi na construção que se registou a menor subida destes custos (4,3%). Já o maior aumento foi verificado na Administração Pública (9,3%). Em comparação, na indústria o acréscimo foi de 4,8%, e nos serviços foi de 4,5%.
Já os outros custos, que abrangem, nomeadamente, os impostos, contribuições sociais, seguros de saúde e indemnizações, avançaram 6,1% nos primeiros três meses do ano, face ao registado ao ano anterior. Neste caso, verificou-se um abrandamento, já que no trimestre anterior tinham subido mais de 7%.
Com esta evolução dos custos salariais e dos outros custos, o índice de custo do trabalho registou um acréscimo homólogo de 6,2%, no primeiro trimestre do ano, abaixo da subida de 6,3% contabilizada no fim de 2023.
“A evolução homóloga do índice resultou também da conjugação do acréscimo de 6,1% no custo médio por trabalhador e do decréscimo de 0,2% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador“, salienta o INE.
O gabinete de estatística realça que o acréscimo do custo médio por trabalhador foi transversal a todas as atividades económicas.
Já no que diz respeito às horas trabalhadas, há a notar que só a Administração Pública registou um decréscimo, mas foi tal (em causa está um recuo de 3,2%) que acabou por ditar a quebra do indicador, de modo global.
(Notícia atualizada às 11h33)
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