Procura de gás na Europa cai para valor mais baixo em 15 anos

Desde, pelo menos, 2008, que a procura por gás natural na Europa não era tão baixa. No entanto, seis dos 27 Estados-membros ainda aumentaram os consumos no ano passado.

A procura por gás natural na União Europeia caiu em 2023 pelo segundo ano consecutivo, de acordo com os dados partilhados esta terça-feira pelo gabinete europeu de estatísticas.

Após uma quebra anual de 13,3% em 2022, em 2023 voltou a registar-se um recuo na procura, desta vez de 7,4%. A queda neste último ano equivale a um total de 12,72 milhões de terajoules, e traduz-se na procura mais baixa desde que o Eurostat começou a recolher estes dados, em 2008.

Para esta redução contribuiu o programa europeu RepowerEU, que pretendia reduzir a dependência da União Europeia em relação ao gás russo, face às disrupções causadas pela invasão à Ucrânia, assim como colmatar os preços elevados deste combustível fóssil, que determinaram uma crise energética na Europa em 2022.

Os maiores consumidores de gás na Europa apresentaram reduções de consumo em 2023. É o caso da Alemanha, cuja procura reduziu 3,8% para os 2,96 milhões de terajoules; de Itália, que diminuiu o consumo em 10% até ao patamar dos 2,35 milhões de terajoules; e de França, que consumiu apenas 1,36 milhões de terajoules, menos 11,7% que no ano anterior. Portugal acabou o ano com 13,4 mil terajoules de consumo, que compara com 15,9 terajoules em 2022.

No entanto, nem todos os países europeus reduziram a quantidade de gás. Foi o caso de seis dos 27 Estados membros: Finlândia, Suécia, Polónia, Malta, Dinamarca e Croácia subiram os consumos. A procura na Finlândia disparou mesmo 25,6%, e na Suécia 11,1%. Ja Malta, Dinamarca e Croácia registaram subidas abaixo dos 5%, a fasquia correspondente ao aumento na Polónia.

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