#3 História a ser escrita no Euro 2024
O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.
O Euro 2024 ainda agora começou e já se escreveu história. O futebol tem esta pequenina coisinha de seguir o caminho da imprevisibilidade temporada após temporada, com novas personagens no roteiro. No segundo dia da competição, a Suíça surpreendeu a Hungria (que apresentou dificuldades em pressionar e jogar olhos nos olhos, ainda que tenha crescido na segunda parte); a Espanha retirou influência do meio-campo croata, foi eficaz e venceu a Croácia (alguns problemas na finalização) e a Itália fez uma remontada frente a uma Albânia limitada ofensivamente. Não obstante há mérito em ter deixado o jogo em aberto até ao final.
Hoje temos a Polónia x Países Baixos (14h00, Sport TV), Eslovénia x Dinamarca (17h00, Sport TV) e Sérvia x Inglaterra (20h00, TVI).
Os 5 cantos
O que é golo?
Michel Aebischer já não marcava há um ano e cinco meses, contabilizando tanto clube como seleção. Contra a Hungria, o médio de 27 anos, que atua no Bolonha, fez o seu primeiro golo pela Suíça, ao fim de 21 jogos. Tudo bem que não é um avançado e, portanto, está mais livre dessa responsabilidade, porém não deixa de ser interessante. A última vez que tinha balançado as redes foi no dia 15 de janeiro de 2022. Agora marcou e assistiu.
Grão a grão enche o Morata os bolsos
Álvaro Morata marcou o primeiro golo da Espanha diante da Croácia e aproxima-se num par de estatísticas. Principalmente, iguala Alan Shearer e Antoine Griezmann no terceiro lugar dos melhores marcadores de sempre em Europeus (7G) e está a três golos de atingir David Villa (13G), o jogador com mais golos pela Espanha em fases finais (Mundial e Europeu). Podia ter bisado, mas falhou uma grande oportunidade. Nota ainda para Lamine Yamal que bateu o recorde do mais jovem de sempre a jogar num Europeu (16 anos) e ainda assistiu.
O Flash da Albânia
Lembram-se da parte em que “já se escreveu história”? Nedim Bajrami marcou o golo mais rápido de sempre em Campeonatos da Europa. Bastou 23 segundos para o jogador da Albânia faturar contra a Itália e superar a marca dos 67 segundos do russo Dmitri Kirichenko (Rússia 2-1 Grécia no Euro 2004). Foi apenas o segundo golo marcado pela seleção da Albânia em Europeus. Nedim Bajrami é um médio ofensivo de 25 anos que representa o Sassuolo.
Os colegas de quarto Eslovénia e Dinamarca
Já devem estar fartos um do outro. Estiveram juntos na fase de qualificação, onde terminaram colados com 22 pontos (Dinamarca beneficiou do confronto direto). Estão no mesmo grupo do Euro 2024 e até assemelham-se no momento de forma: Dinamarca com uma derrota nos últimos 12 jogos e Eslovénia com uma derrota nos últimos 10. Há curiosidade para perceber o papel de Josip Ilicic (superou uma depressão e não é titular pela Eslovénia desde 2021) e a posição da Dinamarca que tem oscilado entre grande torneio (meias-finais no Euro passado) e último lugar com apenas um ponto no Mundial 2022. Mostraram dificuldades defensivas e, em ocasiões, falta de criatividade ofensiva.
Maldição da Inglaterra
A Inglaterra venceu o seu jogo de estreia apenas uma vez nos últimos oito Campeonatos da Europa, além de que não conquista um grande torneio internacional desde o Mundial de 1966. Coisa pouca. Hoje em dia é, para muitos, uma das favoritas a vencer o Euro 2024 e a verdade é que qualidade técnica não falta. Gareth Southgate ainda deixou de fora alguns nomes, como Jack Grealish, Marcus Rashford e Jadon Sancho.
O primeiro desafio será a Sérvia, uma seleção física e agressiva que aposta constantemente em cruzamentos para também marcar de cabeça. Têm sido irregulares e geram dúvidas sobre o seu rendimento. Há também a Polónia x Países Baixos, e foram ambos atacados pelo vírus das lesões. Robert Lewandowski de um lado e Frenkie De Jong do outro, por exemplo.
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#3 História a ser escrita no Euro 2024
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