BRANDS' ECOSEGUROS Lisboa recebeu a maior competição global de técnicos de reparação, substituição e recalibração de vidro automóvel

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  • 21 Junho 2024

Best of Belron 2024 aconteceu no MEO Arena, em Lisboa, onde equipas de 30 países lutaram pelo primeiro prémio. Em simultâneo, as conferências abordaram tendências do setor automóvel e segurador.

São 365 dias a treinar para aquele que é, de dois em dois anos, o grande momento para os mais de 20 mil técnicos da Belron (grupo que detém a Carglass): o Best of Belron. Esta competição coloca à prova 30 equipas de técnicos de reparação, substituição e recalibração de vidro automóvel de diversos países, numa série de provas concentradas em dois dias.

No final, o grande vencedor leva para casa o título de campeão e um ano de salário como prémio. Depois de Barcelona, Lisboa foi o palco escolhido para a realização de mais uma edição internacional do evento, que decorreu nos dias 12 e 13, no MEO Arena.

Foram 30 as nações representadas nesta competição, que pela primeira vez contou com três concorrentes mulheres. “Este ainda é um trabalho muito associado aos homens, mas é algo em que o grupo Belron está a dar passos significativos para mudar o panorama”, aponta fonte da Carglass Portugal ao ECO Seguros.

Cada equipa contou com uma oficina própria, equipada com as ferramentas necessárias à execução das provas e com um veículo igual para todos, cuja marca e modelo foi anunciada apenas uma semana antes da realização do evento.

Prova atrás de prova, entre reparação e substituição de para-brisas, dos vidros laterais ou a recalibração de sistemas avançados de apoio ao condutor, as equipas acumularam pontos e, no final, foi anunciado o grande vencedor: David Chester, do Canadá. “Esta experiência foi incrível. Não estava à espera de ganhar. Não conseguia fazer isto sem todo o apoio da equipa. Estou em êxtase”, confessou no final do último dia de certame.

“Amor pelos carros não está a acabar”

O setor automóvel é um dos que mais transformações tem sofrido na última década, em grande medida à boleia da rápida evolução tecnológica e das crescentes exigências no cumprimento de regras ambientais. A indústria foi um dos temas em destaque na conferência que decorreu em paralelo com a competição, tendo contado com a participação de nomes como Sheryl Connelly, antiga chief futurist da Ford, Nigel Walsh, Managing Director for Global Insurance na Google Cloud, Paul Polman, ex-diretor-executivo da Unilever e ativista, ou Magnus Lindkvist, futurologista e autor, entre tantos outros.

Numa época em que, a par da indústria, também os consumidores têm alterado a sua relação com os automóveis, Sheryl Connelly acredita que, apesar da evolução das preferências, “o amor pelos carros não está a acabar”. “Fizemos um inquérito que mostrou que 76% das pessoas não imagina a sua vida sem um automóvel. 26% dizia que usava o veículo apenas para relaxar, 20% para ter privacidade e 17% para ter um espaço para trabalhar”, enuncia. Para a especialista, não há dúvidas que o futuro do setor será marcado pelos veículos autónomos que serão capazes de responder às novas exigências dos consumidores e da sociedade – por exemplo, com o envelhecimento da população, esta será, acredita, uma forma de manter a autonomia dos idosos. Mas há outros exemplos, cita. “Três quartos dos pais dizem que preferem ter os filhos num veículo autónomo do que num carro com um estranho”, exemplifica.

Mas também há alterações na forma como interagimos com os seguros, partilha Nigel Walsh, que assegura que “a inovação tem vindo a acontecer desde há anos nesta indústria”. “Não acredito que os meus filhos vão comprar seguros da mesma forma que eu compro”, disse. Entre as inovações já disponíveis e em utilização no mercado estão, por exemplo, ferramentas baseadas em inteligência artificial para apoiar o reporte de um sinistro automóvel e até o processo de avaliação desse sinistro.

Para José Augusto Vaz, Head of Claim Providers da Generali Seguros, “é importante perceber a evolução neste setor”, nomeadamente ao nível das tendências que impactam os custos e o necessário equilíbrio “entre as garantias que temos de dar às pessoas, os prémios dos seguros e aquilo que representa o acionamento dessas coberturas na forma de sinistro”. Por isso mesmo, o especialista acredita que “estes eventos são importantes” para estar a par do que vai sendo testado noutros mercados e que pode ajudar a direcionar estratégias a nível nacional. No que respeita às tendências de futuro, José Augusto Vaz destaca a entrada em vigor da legislação europeia que obriga à integração de sistemas de assistência à condução (ADAS) em todos os automóveis fabricados em 2024.

“Sabemos que em Portugal a idade média dos veículos ainda é um pouco elevada, pelo que o efeito prático da tecnologia que está hoje em dia já a sair de fábrica com os carros é algo que ainda vai demorar um pouco”, assinala. Porém, a perspetiva dos seguradores “é de que estes mecanismos possam ajudar não só à redução da frequência dos sinistros, como da sua gravidade”.

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