Savannah considera passar a cotar na Euronext
Passar a cotar na Euronext é uma hipótese para a empresa que quer explorar lítio em Boticas. Contudo, a Savannah Resources não esclarece se cotaria em Lisboa ou em outra bolsa europeia.
Numa chamada com investidores esta quinta-feira, o CEO da Savannah Resources, Emanuel Proença, assumiu que a empresa considera mudar de “sede” no que diz respeito à bolsa – agora está cotada em Londres mas a Euronext, que gere várias bolsas na Europa, incluindo a de Lisboa, é uma das hipóteses na calha. A empresa, que se propõe a explorar as reservas de lítio na zona de Boticas, em Portugal, mantém 2026 como a meta para o início da produção, mas reconhece que é um objetivo “ambicioso” e pode derrapar – mas não muito.
“Mudar [a bolsa] onde estamos cotados já foi discutido e vai continuar a ser discutido” e “à medida que progredimos para a produção e para fluxos de caixa positivos outras opções podem tornar-se mais interessantes“, indicou o CEO da Savannah, já que a atual “casa” nos mercados, a AIM – Alternative Investment Market, tem vantagens e desvantagens, e a empresa procura servir “o melhor interesse dos acionistas” com a sua escolha.
Uma das hipóteses frequentemente levantadas, adiantou, é a ASX – Australian Securities Exchange (Austrália), mas “o facto de estarmos em Portugal e na Europa significa que também deveríamos olhar à Euronext“, concedeu ainda Emanuel Proença. Contactada para esclarecer se a Euronext Lisboa, em particular, era uma opção, a empresa preferiu não comentar.
Quanto ao calendário do projeto em Portugal, em Boticas, não tem alterações à vista. “Nesta fase, mantemos o objetivo de entrar em produção em 2026, mesmo conscientes de que é um prazo ambicioso. É compreensível que derrape algumas semanas ou meses“, afirmou o CEO.
Durante a chamada com os investidores, o CEO da Savannah sublinhou a importância da parceria firmada com a AMG Lithium, que investiu recentemente 16 milhões de libras na Savannah, tornando-se o maior acionista, com uma participação de 15,8%.
Além de a AMG passar a ter um papel relevante no que diz respeito ao financiamento do projeto, as duas empresas estão a estudar a construção conjunta de uma refinaria de lítio em Portugal ou Espanha. “A prioridade é o projeto [em Boticas] entrar em produção. Mas o facto de estarmos a pensar em novos negócios e novas fontes de valor em conjunto é interessante, e reforça o quanto um projeto como este [de Boticas] pode atrair investimento para Portugal”, indicou.
Apesar da importância desta parceria, o CEO abre a hipótese de se juntar a novos aliados, adicionalmente. “Estamos focados em acelerar o projeto”, justifica. E, apesar de o novo presidente da empresa, Richard Anthon, poder abrir a porta a parcerias fora da Europa, tendo em conta a origem australiana e a experiência profissional fora do Velho Continente, Emanuel Proença reitera que o foco da empresa está na Europa.
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