UE compromete-se a dar apoio “de longo prazo” à Ucrânia

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A assistência global da UE e dos Estados-membros à Ucrânia ascende a quase 108 mil milhões de euros, incluindo 39 mil milhões de euros de apoio militar.

A União Europeia (UE) comprometeu-se esta quinta-feira a dar “um apoio previsível e de longo prazo” à segurança e defesa da Ucrânia, segundo uma declaração conjunta divulgada em Bruxelas.

O compromisso, assinado pelos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que se deslocou a Bruxelas para assinar o documento, à margem da reunião que junta os líderes europeus, estipula que a UE se empenha em dar “um apoio previsível, a longo prazo e sustentável à segurança e defesa da Ucrânia”.

A UE continuará, com a criação do Fundo de Assistência, a apoiar o fornecimento de equipamento militar letal e não letal e de formação a Kiev, com um orçamento de cinco mil milhões de euros (ME) para 2024, podendo ainda haver “aumentos anuais comparáveis até 2027, com base nas necessidades ucranianas e sob reserva da orientação política do Conselho” da UE.

A assistência global da UE e dos Estados-membros à Ucrânia ascende a quase 108 mil milhões de euros, incluindo 39 mil milhões de euros de apoio militar, dos quais 6,1 mil milhões de euros através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz.

A UE criou ainda o Mecanismo Ucrânia de 50 mil milhões de euros para prestar apoio financeiro previsível à Ucrânia durante o período 2024-2027 (7,9 mil milhões já desembolsados) e também concordou em utilizar as receitas extraordinárias provenientes dos ativos imobilizados da Rússia para apoiar Kiev.

A Ucrânia compromete-se a prosseguir com as reformas necessárias para a futura adesão à UE, bem como na área da segurança, serviços de informação e defesa.

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Google Tradutor passa a incluir português de Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A gigante tecnológica, através do recurso a IA, anunciar que vai incluir 110 novos idiomas no Google Tradutor, entre os quais o português de Portugal.

A Google anunciou esta quinta-feira que está a implementar 110 novos idiomas no Google Tradutor, ferramenta de tradução da tecnológica, sendo a “maior expansão de todos os tempos”, e que inclui o português de Portugal.

Em 2022, a Google tinha adicionado 24 novos idiomas utilizando a tradução automática ‘zero-shot’, onde um modelo de aprendizagem de máquina aprende a traduzir para outro idioma sem nunca ver um exemplo e anunciou “a Iniciativa 1.000 Línguas, um compromisso para construir modelos de IA [inteligência artificial] que vão oferecer suporte aos 1.000 idiomas mais falados no mundo”, recorda a Google.

“Agora, estamos a usar a IA para expandir a variedade de idiomas suportados” e, “graças ao nosso grande modelo de linguagem PaLM 2, estamos a começar a implementar 110 novos idiomas no Google Tradutor, a nossa maior expansão de todos os tempos, incluindo o português de Portugal”, refere, numa publicação online. Ou seja, o Google Tradutor vai passar a distinguir as variantes do português (Portugal versus Brasil).

“Do cantonês ao Q’eqchi’, estas novas línguas representam mais de 614 milhões de falantes, permitindo traduções para cerca de 8% da população mundial”, refere a Google. Cerca de um quarto das novas línguas “são de África e representam a nossa maior expansão de línguas africanas até à data, incluindo Fon, Kikongo, Luo, Ga, Swati, Venda e Wolof”, adianta.

Entre os idiomas que agora passam a ser suportados no Google Tradutor estão o afar, uma língua tonal falada no Djibouti, Eritreia e Etiópia. “De todos os idiomas neste lançamento, afar teve o maior número de contribuições voluntárias da comunidade”, sublinha. Depois, o cantonês, que era há muito “um dos idiomas mais solicitados no Google Tradutor”, prossegue.

Outros exemplos são o manx, língua celta da Ilha de Man, que foi quase extinta com a morte do seu último falante nativo em 1974, mas “graças a um movimento de renascimento em toda a ilha, existem agora milhares de falantes”, e o nko, uma forma padronizada das línguas Manding da África Ocidental que unifica muitos dialetos numa língua comum.

“O seu alfabeto único foi inventado em 1949 e possui uma comunidade de pesquisa ativa que hoje desenvolve recursos e tecnologia para ele”, refere a Google, na sua publicação. Há ainda o punjabi (Shahmukhi), variedade do punjabi escrito na escrita perso-árabe (Shahmukhi) e é a língua mais falada no Paquistão, o tamazight, língua berbere falada no Norte da África, e o tok pisin, um “crioulo de origem inglesa e a língua franca da Papua Nova Guiné”.

As línguas “têm uma imensa variação: variedades regionais, dialetos, diferentes padrões ortográficos” e, na verdade, “muitos idiomas não possuem um formato padrão, por isso é impossível escolher a variedade ‘certa'”. Mas “a nossa abordagem tem sido priorizar as variedades mais usadas comummente em cada idioma”, adianta.

“O PaLM 2 foi uma peça-chave neste puzzle, ajudando o Tradutor a aprender com mais eficiência idiomas intimamente relacionados entre si, incluindo idiomas próximos do hindi, como awadhi e marwadi, e os crioulos franceses, como o crioulo das Seicheles e o crioulo das Maurícias”, explica. E à medida que a tecnologia evoluiu “e continuamos a fazer parcerias com linguistas especializados e falantes nativos, apoiaremos, ao longo do tempo, ainda mais variedades linguísticas e convenções ortográficas”.

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Capital Securities cessa atividade em Portugal

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A empresa de investimento "cessou a sua atividade em Portugal com efeitos a partir de 14-06-2024”, indicou a CMVM .A atividade da Capital Securities estava temporariamente suspensa.

A Capital Securities, empresa de investimento, cessou a sua atividade em Portugal, com efeitos desde 14 de junho, anunciou esta quinta-feira a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A atividade da empresa estava temporariamente suspensa.

“[…] A CMVM vem informar que a Capital Securities, S.A. cessou a sua atividade em Portugal com efeitos a partir de 14-06-2024”, indicou, em comunicado, o regulador. Em 22 de abril, a também corretora Capital Securities, que opera desde a Grécia, tinha sido suspensa temporariamente, pelo regulador grego, de poder exercer a sua atividade.

A CMVM adiantou, na altura, que a suspensão foi tomada por um período de 45 dias, a partir de 09 de abril, pelo regulador grego Hellenic Capital Market Commission (no nome em inglês). Não foram indicados os motivos da suspensão.

Já no início de junho, a CMVM disse que a autoridade de supervisão grega tinha decidido prolongar a suspensão temporária por um período adicional de 30 dias, com efeitos a partir de 21 de maio. A Capital Securities estava habilitada a prestar serviços financeiros em Portugal através do regime de Livre Prestação de Serviços (LPS).

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Desempenho das contas públicas deveu-se a “elevada carga fiscal”, diz UGT

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A central sindical alertou que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes” e que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal”, sobretudo sobre os trabalhadores.

A UGT assinalou esta quinta-feira que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal” e que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes”. Os alertas fazem parte de uma resolução do secretariado nacional da UGT, que foi aprovada por unanimidade.

A central sindical alertou que o mercado de trabalho apresenta “sinais preocupantes” e que o desempenho das contas públicas se deveu a uma “elevada carga fiscal”, sobretudo sobre os trabalhadores. A UGT pediu que as instituições europeias não esqueçam os progressos realizados e que o Governo português não feche os olhos aos problemas.

Na resolução, a UGT reafirmou a importância do acordo de médio prazo para a melhoria dos rendimentos, salários e competitividade e do acordo plurianual da administração pública. A estrutura sindical mostrou-se ainda disponível para “discutir, revisitar e atualizar” o acordo de médio prazo, notando que os restantes parceiros sociais subscritores têm reiterado o seu compromisso.

A UGT saudou também a apresentação do relatório final do projeto-piloto da semana de quatro dias, que vincou ser concebível apenas “no modelo proposto, com redução da jornada de trabalho e sem redução de salário”. Na última reunião de concertação social foi apresentado o livro verde sobre o futuro da segurança e saúde no trabalho.

Para o secretariado nacional este livro é uma necessidade que “indiscutivelmente se impõe” devido ao progresso tecnológico e às novas formas de trabalho.

“É indiscutível que o mercado de trabalho e os locais de trabalho estão em constante mudança, trazendo profundas alterações na forma como o trabalho é organizado. A digitalização, a globalização, as mudanças demográficas, as alterações ambientais e climáticas têm um impacto profundo na sociedade e no mercado de trabalho”, sublinhou.

Por último, a UGT saudou a eleição de Luís Pais Antunes como novo presidente do Conselho Económico e Social (CES), destacando a sua experiência e conhecimento.

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Rentabilidade dos bancos sobe para 15,5% no primeiro trimestre. É um recorde desde pelo menos 2008

Subida das taxas de juro continua a dar força aos resultados dos bancos, tendo impulsionado a rentabilidade para valores históricos no primeiro trimestre. A rentabilidade do setor aumentou para 15,5%.

A subida das taxas de juro continua a puxar pelos resultados dos bancos portugueses. A rentabilidade dos capitais próprios (ROE) do setor aumentou para 15,5% no primeiro trimestre, o valor mais elevado desde pelo menos 2008, quando começa a série do Banco de Portugal.

Desde 2020 que a rentabilidade da banca nacional tem vindo a melhorar. Mas acelerou assim que o aumento das taxas de juro começou a traduzir-se numa melhoria da margem financeira. Em três anos, o ROE praticamente triplicou, passando de 4,6% no primeiro trimestre de 2021 para 15,5% no primeiro trimestre deste ano.

os cinco principais bancos nacionais registaram lucros de 1,2 mil milhões de euros entre janeiro e março deste ano, correspondendo a um aumento de 33% em comparação com o mesmo período de 2023.

Em relação à qualidade dos ativos, o rácio de crédito malparado (NPL) baixou 0,4 pontos para 2,7% em termos homólogos, segundo mostram os dados do “Sistema Bancário Português” divulgado esta quinta-feira. Os bancos tinham no seu balanço cerca de 8,6 mil milhões de euros em empréstimos problemáticos.

O rácio de NPL líquido de imparidades baixou 0,2 pontos para 1,2%, totalizando 3,8 mil milhões de euros.

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Ministro do Interior russo está nos EUA, onde é alvo de sanções

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

Kolokoltsev terá reuniões bilaterais, incluindo com o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix.

O ministro do Interior russo, Vladimir Kolokoltsev, chegou na quarta-feira aos Estados Unidos, onde é alvo de sanções, para participar nas Nações Unidas (ONU) na IV Cimeira de Chefes de Polícia dos Estados-membros. A chegada de Kolokoltsev para participar na cimeira UNCOPS-2024 foi anunciada através do Telegram pela missão permanente da Federação Russa junto da ONU.

Em Moscovo, a porta-voz do ministério, Irina Volk, adiantou que Kolokoltsev terá reuniões bilaterais, incluindo com o secretário-geral adjunto das Nações Unidas para Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix. Os EUA anunciaram sanções contra Kolokoltsev e outros altos funcionários russos em 25 de fevereiro de 2022, um dia após o início da invasão em larga escala da Ucrânia. Apesar de ser sancionado, Kolokoltsev não consta da lista do Tesouro dos EUA de indivíduos proibidos de entrar nos EUA.

De acordo com um comunicado da ONU, a UNCOPS-2024, que decorre de 26 a 27 de junho, tem como objetivo “o fortalecimento da paz internacional, segurança e desenvolvimento para todos através do poder unificador e do papel facilitador da polícia nacional e das Nações Unidas”. Citada pelo jornal digital Kyiv Independent, Volk referiu esta quinta-feira que Kolokoltsev falou com Lacroix sobre o ataque ucraniano relatado no início de junho em Sevastopol, a Crimeia ocupada, e pediu uma avaliação da ONU.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, citando informações não verificadas de forma independente, que a Ucrânia usou armas fornecidas pelos EUA no ataque, que supostamente matou quatro pessoas e feriu 151. Kolokoltsev também pretende discutir com Lacroix o aumento de “sentimentos russofóbicos” em todo o mundo, adiantou Volk.

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Teixeira Duarte instala mais de 2.000 painéis solares em unidade no Montijo

A instalação, feita pela Greenvolt, ocupa uma área de mais de 5.500 metros quadrados nas coberturas do polo operacional no Montijo.

O Grupo Greenvolt, através da Greenvolt Next Portugal, empresa especializada em projetos de Geração Distribuída de energia renovável para autoconsumo, colocou em funcionamento os mais de 2.000 painéis solares instalados no polo operacional da Teixeira Duarte, no Montijo. Com esta Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC), nas instalações da empresa vai ser gerada e consumida energia limpa, “reduzindo a sua fatura energética e a pegada ambiental de forma expressiva”, garante a empresa, através de uma nota dirigida à imprensa.

Recorrendo à Greenvolt Next Invest, uma solução que permite às empresas, através da partilha das mais-valias obtidas com a energia gerada, usufruírem da energia solar sem terem de realizar investimento inicial, a Teixeira Duarte passou a contar com 2.155 módulos solares fotovoltaicos.

A capacidade instalada de 1.174 kWp, ou seja, mais de 1 MWp, vai permitir 1.716 MWh por ano de energia obtida a partir da irradiação solar. A instalação ocupa uma área de mais de 5.500 metros quadrados nas coberturas deste polo operacional. Será possível, com esta UPAC, evitar a emissão de 823 toneladas de CO2 todos os anos.

“A conceção e construção do projeto que hoje se torna realidade vai ao encontro do que defendemos: a Geração Distribuída de energia é, sem qualquer dúvida, a solução para as empresas fazerem a transição energética e, ao mesmo tempo, conseguirem reduzir os seus custos com essa mesma energia”, afirma João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt, citado no comunicado.

A poupança na fatura pode ainda ser superior com recurso ao sistema de armazenamento que também acaba de ser lançado pela Greenvolt, acrescenta a empresa.

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Metro do Porto reduz prejuízos em 1,6% para 45,5 milhões em 2023

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

A empresa destaca "o aumento de 8% das receitas (mais 63,9 milhões de euros), ao passo que os custos da operação apenas cresceram 0,5%, para os 45,6 milhões".

A Metro do Porto reduziu os prejuízos em 2023 para 45,45 milhões de euros, menos 1,6% do que no ano passado, divulgou esta quinta-feira a empresa à Lusa, num ano em que aumentaram as receitas e o investimento.

De acordo com informação, enviada à Lusa por fonte oficial da Metro do Porto, no dia em que as contas foram aprovadas em assembleia-geral, a transportadora registou prejuízo de 45,45 milhões de euros, uma redução de 1,6% face aos 46,18 milhões de euros do ano anterior. Em 2021, a Metro do Porto tinha registado um prejuízo de 64,71 milhões de euros.

Quanto aos resultados de 2023, o resultado operacional (antes de gastos financeiros e impostos) foi também negativo em 6,8 milhões de euros, mas o resultado antes de depreciações e gastos financeiros e impostos (EBITDA) foi positivo em 52,9 milhões de euros, “mais 72,3% do que no período homólogo de 2022”, segundo a empresa.

Num comunicado enviado às redações, a Metro do Porto destaca ainda “o aumento de 8% das receitas (mais 63,9 milhões de euros), ao passo que os custos da operação apenas cresceram 0,5%, para os 45,6 milhões”, tendo a taxa de cobertura global de 120,2%, “um aumento de 6,7 pontos percentuais por comparação com 2022”.

“Também digna de registo foi a aceleração muito forte do investimento na expansão da rede, tendo-se executado 212,7 milhões de euros (mais 76% do que em 2022) – o valor de investimento mais elevado da última década”, destaca a empresa liderada por Tiago Braga. Segundo a empresa, “a maior fatia (dois terços) corresponde à construção da Linha Rosa e à expansão da Linha Amarela, assim como no sistema ‘metrobus’ e em expropriações com vista à empreitada da Linha Rubi, consignada já no ano passado”.

“A par das verbas investidas, está um retorno de benefícios ambientais e sociais da operação da Metro do Porto que, em 2023, andaram na ordem dos 250 milhões de euros”, refere ainda a transportadora. O ano passado foi também marcado por uma ‘limpeza’ de dívida realizada pelo Estado central, que levou a Área Metropolitana do Porto (AMP) e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) a perderam praticamente metade da percentagem do capital que detinham (49,9%) na Metro do Porto.

No total, o Estado central detinha 50,11% da Metro do Porto e passou a deter 99,89%, com a operação a ‘limpar’ a dívida histórica da Metro do Porto, fazendo com que a dívida passasse de mais de 4,2 mil milhões de euros para cerca de 210 mil euros no final de 2023, disse à Lusa fonte oficial da empresa.

O ano de 2023 foi também marcado pelo recorde de validações, mais de 79 milhões (crescimento de 21,4% face a 2022 e 11% face a 2019) números que, para Tiago Braga, “traduzem a importância da empresa enquanto elemento nuclear da estrutura de mobilidade da região, alimentando a ambição da estratégia Metro 3.0, que tem como máximo propósito alavancar a empresa de forma a ser capaz de servir em 2030 mais de 150 milhões de passageiros”.

Já a taxa de satisfação dos clientes fixou-se em 83,7 pontos, “destacando-se como pontos fortes mais valorizados a rapidez, a pontualidade e a cobertura da rede”, segundo a transportadora. “A nível de produção quilométrica, nota para o aumento de 3,3% para 8,6 milhões de quilómetros percorridos. Por seu turno, a velocidade comercial média da rede foi de 26 km/h [quilómetros por hora] e a taxa de ocupação subiu 3,4 pontos, alcançando os 22,3%”, aponta a Metro.

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Governo nomeia Luís Campos Ferreira presidente do Conselho de Fundadores da Casa da Música

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

Luís Campos Ferreira foi deputado à Assembleia da República e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação nos dois governos de Pedro Passos Coelho

O Governo designou o antigo secretário de Estado Luís Campos Ferreira para a presidência do Conselho de Fundadores da Casa da Música, no Porto, sucedendo a Luís Valente de Oliveira, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Cultura.

Licenciado em Direito, Luís Campos Ferreira foi deputado à Assembleia da República e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação nos dois governos de Pedro Passos Coelho (PSD). Em comunicado, o Ministério da Cultura revelou ainda que foram indicados como representantes do Estado no conselho de administração da fundação o arquiteto André Tavares e o músico Álvaro Teixeira Lopes.

Para o Conselho de Fundadores, foi designada como representante do Estado a professora universitária Sofia Salgado Pinto. Na nota de imprensa, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, endereçou um “especial agradecimento” a Luís Valente de Oliveira pelos anos de serviço e dedicação à Fundação Casa da Música, num cargo que ocupava desde 2012.

No mesmo comunicado, o ministério lembrou que o conselho de administração incluirá “um membro a designar pela Câmara Municipal do Porto e pela Área Metropolitana do Porto e quatro membros a eleger pelo Conselho de Fundadores”.

O presidente do conselho de administração será eleito por este coletivo por maioria absoluta dos votos. As nomeações são para o mandato entre 2024 e 2026.

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Detidos seis suspeitos de burla de 40 milhões com imobiliário no Algarve

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

“Até ao presente, foram identificadas mais de 20 sociedades controladas pelos vários suspeitos identificados na investigação, através das quais foram adquiridos mais de 300 imóveis", segundo a PJ.

Os seis suspeitos de burla no setor imobiliário detidos nos últimos dias no Algarve tinham adquirido 300 imóveis com financiamentos fraudulentos num valor global de cerca de 40 milhões de euros, revelou a Policia Judiciária (PJ) esta quinta-feira.

“Até ao presente, foram identificadas mais de 20 sociedades controladas pelos vários suspeitos identificados na investigação, através das quais foram adquiridos mais de 300 imóveis e contratados mais de duas centenas de financiamentos fraudulentos, num valor global na ordem dos 40 milhões de euros”, segundo um comunicado da PJ.

A autoridade responsável pela investigação criminal em Portugal realizou na terça-feira a operação “Orange”, na qual foram detidos quatro homens e duas mulheres por suspeitas dos “crimes de associação criminosa, burla qualificada, branqueamento e falsificação de documentos, no setor imobiliário, no Algarve”.

Num comunicado publicado na quarta-feira na página de Internet do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) regional de Évora, o Ministério Público avançava que tinha sido “dado cumprimento a sete mandados de detenção”, mas a PJ afirma que foram detidas apenas seis pessoas.

Segundo a PJ, nessa operação, foram ainda realizadas sete buscas domiciliárias e duas a empresas, apreendidos dezenas de imóveis, 14 veículos, uma embarcação, equipamento informático e um elevado acervo documental probatório.

De acordo com a Judiciária, em causa está a investigação de “um grupo organizado”, com várias nacionalidades, residência no Algarve e com ligações à diáspora noutros países, que criaram em Portugal “uma organização económica no setor imobiliário, totalmente financiada de forma fraudulenta por créditos bancários”.

A PJ explica que o modus operandi da organização passava pela constituição de sociedades de direito português, através das quais adquiriram centenas de imóveis, cujas propriedades, através de negócios simulados, transferiram de imediato para terceiros.

“Em nome desses, e com recurso a documentos falsos, contraíram créditos à habitação junto de instituições bancárias portuguesas, em quantias muito superiores ao da aquisição inicial dos bens, apropriando-se da diferença, além do produto resultante da exploração posterior dos imóveis como alojamento turístico e residencial”, explica a PJ.

O DIAP de Évora referia na quarta-feira que tinham sido realizadas no dia anterior (terça-feira), diversas diligências de busca e apreensão no Algarve, nomeadamente em Albufeira, Carvoeiro (Lagoa), Portimão e Quarteira (Loulé). De acordo com a PJ, os detidos irão agora ser presentes a um primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas de coação.

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Armazéns estão cheios de vinho. Presidente da CIM Douro “muito preocupado” com a próxima vindima

  • Lusa
  • 27 Junho 2024

“Estamos muito preocupados. É um contrassenso termos excelentes perspetivas de produção e não querermos ter tanto porque os stocks estão cheios", admite Luís Machado.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) revelou estar preocupado com a próxima vindima na região e defendeu uma planificação mais antecipada do negócio, nomeadamente do volume de vinho do Porto a produzir.

Com os armazéns cheios de vinho e preocupações crescentes com a venda de uvas, a região do Douro passa por momentos de instabilidade.

“Estamos atentos, estamos preocupados e disponíveis para estar sempre ao lado dos nossos produtores, mas convencidos que todos temos que mudar um bocadinho para que o futuro da região seja melhor”, afirmou Luís Machado, que é também presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, no distrito de Vila Real.

“Estamos muito preocupados, como é lógico, é um ano difícil, é um contrassenso termos excelentes perspetivas de produção e não querermos ter tanto porque os stocks estão cheios. Isto não pode continuar”, sublinhou.

Sem intervenção direta no negócio, a CIM Douro, que agrega 19 municípios, está, segundo o autarca, a ouvir as associações ligadas ao comércio e à produção e pediu também uma audiência com o ministro da Agricultura.

“Penso que nós, junto do ministério, vamos conseguir alguma medida que alivie este ano, mas temos que partir para uma negociação com todas as partes, com o comércio, com a produção, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) e o Ministério da Agricultura para definir um plano a mais longo prazo para que, de facto, a nossa região seja merecedora do reconhecimento que tem a nível mundial”, frisou, lembrando a classificação como Património Mundial da UNESCO em 2001.

O presidente da CIM Douro diz-se “muito preocupado” com a próxima vindimaAdega Cooperativa do Cartaxo

Destilação de crise pode ajudar

Uma das medidas que está em cima da mesa é a destilação de crise do excedente de vinho, medida que necessita de autorização da União Europeia.

Luís Machado disse que o Douro tem um problema de valorização daquilo que produz, como o vinho, e defendeu que a região “tem de ser mais organizada, consolidada, de compromisso e de confiança”. “De maneira que, a cada ano que passe, o nosso vinho seja valorizado e seja ele capaz, como produto final, de garantir financeiramente todo o trabalho que é feito na cadeia da sua produção”, frisou.

É durante o mês de julho que o conselho interprofissional do IVDP fixa o benefício, ou seja a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à produção de vinho do Porto.

O autarca defendeu uma maior planificação e considerou que a fixação a poucas semanas da vindima “está sob pressão”, quer seja por os stocks estarem cheios ou vazios.

“Não faz sentido que todos os anos a definição daquilo que deve ser o volume de negócios do vinho do Porto esteja sujeito a essa pressão. Ora, no meu entendimento, ela deve ser feita no mínimo com um ano de antecedência para expandir os stocks, para dar perceção do que se pode fazer e principalmente porque o negócio do vinho e concretamente do vinho do Porto tem que ser um negócio previsível”, defendeu.

E acrescentou: “Não se pode andar todos os anos a defender aquilo que se faz. Um negócio com esta importância para a região e para o país tem que ter uma planificação de dois, três anos, para que seja consolidado, sustentando e que garanta a todos os agentes um espaço de segurança e de investimento”. E este é, na sua opinião, “um caminho a seguir”.

Na semana passada, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, disse, no Parlamento, que o Governo está a analisar como travar a “injustiça” das cativações de verbas destinadas à promoção dos vinhos do Douro.

Apesar de não depender do Orçamento do Estado e de ter receitas próprias, o IVDP precisa de autorização prévia para contrair despesa e há verbas destinadas à promoção que ficam por executar.

“É uma luta de há muitos anos que não tem tido acolhimento nos diversos governos. Nós defendemos que aquele dinheiro, que é das taxas que os nossos produtores pagam, deve ser utilizado nessa mesma promoção”, referiu Luís Machado.

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Super Bock inaugura em julho espaço no Hub Criativo do Beato

Cervejeira investiu mais de três milhões de euros no Browers Beato, espaço no reabilitado edifício da antiga central elétrica a cargo do arquiteto Eduardo Souto Moura e Nuno Graça Moura.

O Super Bock Group inaugura em julho o primeiro espaço da cervejeira Browers, no Beato Innovation District, em Lisboa. A cervejeira investiu mais de três milhões de euros na reabilitação do espaço que nasce na antiga central elétrica da Manutenção Militar de Lisboa, no Hub Criativo do Beato (HCB). A abertura ao público é só em outubro.

“A cervejeira Browers Beato, que nasce no âmbito da requalificação e modernização da antiga central elétrica da Manutenção Militar de Lisboa, é um espaço polivalente, com cerca de 700 metros quadrados, que integra uma microprodução de cervejas, um conceito de restauração e uma área destinada a eventos. Este projeto, colaborativo e inclusivo, reforça o papel e a intervenção do Super Bock Group na promoção ativa da categoria de cervejas em Portugal, através da marca Browers, numa parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e a Startup Lisboa”, informa o grupo cervejeiro no convite de inauguração enviado à imprensa.

O projeto do grupo cervejeiro para o HCB – hoje a casa da Unicorn Factory Lisboa – foi conhecido em 2018 e chegou a ter outubro de 2019 como data de abertura. Em outubro do ano passado, aquando do arranque das obras no espaço, foi apontado o primeiro semestre de 2024 como nova data de abertura.

“Não podemos dizer que o projeto ‘derrapou’. O que aconteceu é que fizemos um reajuste no cronograma por um motivo de força maior, chamado pandemia. Mantemos os mesmos pressupostos, sendo que o investimento teve que ser ajustado ao contexto de inflação que vivemos nos últimos três anos”, disse Tiago Brandão, project director da The Browers Company, spin-off do grupo grupo Super Bock, responsável pelo Browers Beato, quando questionado pelo ECO, em outubro no ano passado, sobre o impacto das novas datas no investimento previsto no projeto desenhado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura e Nuno Graça Moura

Somando a nossa parte e a dos nossos parceiros, estamos perante um investimento superior aos três milhões iniciais”, referiu ainda o responsável da Browers.

O espaço não será uma incubadora, mas manterá ligações ao ecossistema de empreendedorismo. Por exemplo, a Browers Beato irá participar no projeto “Beato Living Lab – em que vamos implementar no rooftop do edifício da Factory uma cultura de lúpulo de uma variedade nova e portuguesa; a nossa presença nos eventos organizados no HCB com cervejas Browers e, é claro, que não melhor referência do que o do próprio Beer Ato, como um exemplo de promoção do ecossistema local”, adiantou Tiago Brandão, em outubro passado, ao ECO.

O espaço terá abertura ao público em outubro, informa a empresa em comunicado enviado às redações, depois da inauguração.

(notícia atualizada a 3 de julho com a data de abertura ao público)

Veja aqui os detalhes das obras feitas no espaço.

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