Pedro Nuno responde a Montenegro: aliança entre PS e Chega é ideia “absurda e sem sentido”

  • Lusa
  • 24 Junho 2024

Líder da oposição respondeu a provocação do primeiro-ministro Luís Montenegro, considerando ser "absurda e sem sentido" a ideia de que exista uma aliança entre o PS e o Chega.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerou “absurda e sem sentido” a ideia de haver uma aliança entre PS e Chega defendida pelo presidente do PSD, Luís Montenegro.

“A conversa sobre a aliança entre o PS e o Chega é absurda, não tem sentido”, afirmou o socialista à margem do cumprimento entre os presidentes das câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia na ponte Luiz I, que une as duas cidades, para assinalar o São João.

Pedro Nuno Santos, que passou a noite de São João em Vila Nova de Gaia, a convite do presidente da câmara, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, referiu que o Chega é mesmo o partido do qual o PS está mais distante. “O mesmo não posso dizer do PSD que ainda, recentemente, aprovou propostas com eles”, vincou.

O secretário-geral do PS reagia, assim, às declarações do presidente do PSD, Luís Montenegro, que apelou este domingo ao PS e ao Chega para se “preocuparem menos em juntar-se um com o outro”, mas antes para se juntarem ao Governo para “decidir bem” sobre as necessidades dos portugueses.

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Episódio 3: Dashlane, a empresa que quer construir um futuro sem passwords

  • BRANDS' ECO
  • 24 Junho 2024

Melhorar a experiência digital dos utilizadores é uma das bandeiras desta empresa que administra mais de 100 milhões de logins por mês numa base de 19 milhões de utilizadores e 23 mil empresas.

Fundada em 2009, a Dashlane é a solução que permite às empresas gerir, numa única aplicação, todas as passwords. Assim como gerar passwords longas e seguras que nunca teremos de memorizar.

Atualmente a Dashlane administra mais de 100 milhões de logins por mês numa base de 19 milhões de utilizadores e 23 mil empresas.

A Air France, a BBC, a PepsiCO, e a Sephora estão entre os clientes da Dashlane que, para além de B2B tem também um grande foco em B2C.

A Dashlane continua a construir um futuro sem passwords e esta missão é apoiada por investidores como a FirstMark, Sequoia Capital, Bessemer Ventures, Rho Capital Partners e outros.

Mais do que liderar um futuro sem passwords, melhorar a experiência digital dos utilizadores é uma das bandeiras da empresa.

Curiosos? Fiquem a conhecer a Dashlane com este episódio do Tech Refresh:

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A Inteligência Artificial vai revolucionar o planeamento educativo para o próximo ano letivo

  • Servimedia
  • 24 Junho 2024

Ferramentas como o IGNITE Copilot, uma aplicação Web que integra a IA na geração de recursos didáticos, permitirão aos professores reduzir em 60% o tempo gasto na planificação pedagógica.

A IA e outras tecnologias podem reduzir o tempo gasto nestas tarefas em 60%, permitindo que os professores se concentrem mais no ensino direto e no apoio emocional aos alunos. Os professores passam cerca de 50 horas por semana a ensinar, mas apenas 49% desse tempo é passado em contacto direto com os alunos, de acordo com dados da consultora McKinsey. Assim, mais de metade do tempo de trabalho dos professores é gasto no planeamento pedagógico, tempo esse que poderia ser consideravelmente reduzido com a implementação de ferramentas de Inteligência Artificial.

É o caso de projetos como o IGNITE, uma equipa multidisciplinar de educadores e engenheiros que desenvolveram uma solução baseada na Web denominada IGNITE Copilot. Esta ferramenta generativa supera a abordagem limitada dos recursos tradicionais como os livros, o Google ou a Wikipédia, formando professores do ensino básico e secundário na utilização eficaz da IA na planificação didática, num formato compatível com os regulamentos educativos atuais (Lomloe) e as normas internacionais (Unesco e OCDE).

A Lei Orgânica para a Modificação da LOE (Lomloe) abriu a porta para que a aprendizagem seja baseada em competências, levando os alunos do saber ao fazer. Este é o cenário ideal para os professores conceberem sequências de ensino apoiadas por IA de forma rápida e eficaz. Em Espanha, cerca de 70% dos professores já experimentaram esta tecnologia, de acordo com o relatório “O impacto da IA na educação em Espanha”, elaborado por Empantallados.com e Gad3.

Por exemplo, na criação de materiais e recursos didáticos, os professores gastam cerca de 5 horas por semana em tarefas como a procura de recursos existentes, a criação dos seus próprios materiais ou a integração de tecnologia educativa. Com ferramentas de IA como o IGNITE Copilot, em vez de 5 horas, seriam necessários apenas 90 minutos. A avaliação e a personalização dos conteúdos educativos demoram cerca de 8 horas por semana, mas, com a aplicação da IA, esse tempo seria reduzido para apenas 4,5 horas. No total, a poupança semanal situar-se-ia entre 6 e 15 horas.

“Estamos perante uma ferramenta de produtividade que poupa tempo ao gerar conteúdos educativos estruturados e de qualidade, adaptados às necessidades individuais dos alunos”, explica o fundador da empresa, Ignacio Aso. “Permite o desenvolvimento de projetos educativos de forma imediata, tornando-se um aliado estratégico para escolas e institutos”, acrescenta Aso.

 

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Grupo Azura obtém a certificação da Alliance for Water Stewardship, reconhecendo o sucesso da sua abordagem sustentável à gestão da água

  • Servimedia
  • 24 Junho 2024

O Grupo Azura, um grupo familiar privado franco-marroquino, recebeu a certificação da Alliance for Water Stewardship (AWS) para os seus centros de frutas e legumes nas cidades de Agadir e Dakhla.

A norma AWS visa aumentar os benefícios sociais, culturais, ambientais e económicos ao nível do local e da bacia hidrográfica. Este é o reconhecimento de mais de quatro anos de gestão de projetos e de uma estreita coordenação com as equipas da AWS para conceber e implementar uma estratégia abrangente de gestão sustentável da água nos seus locais de produção de tomate cereja em Agadir e Dakhla, para além da sua fábrica de embalagens em Agadir.

Como parte do processo de certificação da AWS, os auditores independentes analisam uma série de fatores nas bacias hidrográficas onde as instalações estão localizadas, tais como a qualidade da água, a gestão da quantidade de água e o envolvimento com as principais partes interessadas relacionadas com a água.

Desde a sua criação, há 30 anos, o Grupo Azura tem-se empenhado em “cultivar o que é bom” para o planeta, para os consumidores, para a sociedade e para os funcionários. É isto que define o seu passado e presente e molda a sua ambição para as gerações futuras.

A ambição da Azura é ser um ator positivo e proativo que inspira e impulsiona mudanças positivas. A empresa está convicta de que a implementação da sua estratégia de desenvolvimento, em conformidade com a sua política de RSE e em parceria com os seus intervenientes, lhe permitirá enfrentar os desafios sociais, ambientais e societais com que se depara.

Comentando o anúncio, o CEO do Grupo Azura, Hicham Harakat, afirmou: “O Grupo Azura orgulha-se de receber a certificação AWS, que é reconhecida mundialmente como a norma de gestão da água mais rigorosa que as empresas devem cumprir. A água é essencial para a nossa atividade e para as comunidades onde operamos. É por isso que estamos empenhados em ser administradores responsáveis deste recurso vital, melhorando a governação, a qualidade e o acesso à água para todos. O nosso compromisso de enfrentar os desafios do futuro é ainda mais forte.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 24 Junho 2024

Dia ficará marcado pela divulgação de indicadores económicos a nível nacional e internacional, e ainda pelo lançamento do SPIN. Lá fora, destaque para o encontro entre Meloni e Órban.

Em dia de feriado no Porto, devido às celebrações do São João, o dia fica marcado pela divulgação de indicadores económicos a nível nacional e internacional, e ainda pelo lançamento do SPIN, funcionalidade que permitirá transferir dinheiro usando apenas o número de telemóvel, ao invés do IBAN. Lá fora, destaque para o encontro entre os primeiros-ministros de Itália e Hungria, Giorgia Meloni e Viktor Órban, respetivamente, numa altura em que se negoceiam as famílias políticas para o Parlamento Europeu.

SPIN começa a ser disponibilizado pelos bancos

A partir desta segunda-feira, pelo menos 14 bancos passam a disponibilizar o SPIN. Esta funcionalidade desenvolvida pelo supervisor bancário permitirá a realização de transferências bancárias normais (débito) e imediatas usando apenas contacto telefónico do beneficiário, em lugar do tradicional (e mais complexo) IBAN.

Indicadores por cá…

Será um dia marcado pela divulgação de diversos indicadores. Por cá, o Instituto Nacional de Estatística vai divulgar as contas nacionais trimestrais por setor institucional, isto é, os níveis de défice ou excedente do PIB. Já o Banco de Portugal dará nota da saúde das contas financeiras, receitas, despesas e dívidas das administrações públicas, referentes ao primeiro trimestre.

…e lá fora

A nível europeu, o gabinete de estatística europeu, Eurostat, irá divulgar os níveis de consumo de gás e eletricidade, em 2022, ano marcado pelo início da guerra na Ucrânia e ainda o comércio por moeda de emissão na União Europeia.

Orbán visita Meloni

Numa altura em que decorrem as negociações para a formação dos grupos políticos para a próxima legislatura no Parlamento Europeu, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni recebe, em Roma, Viktor Orbán, homólogo da Hungria e líder do partido de extrema-direita Fidesz, que após ter sido expulso do Partido Popular Europeu está em busca de uma nova família política. Meloni, líder do Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), está em fase de recrutamento de novos eurodeputados para a consolidação do grupo como terceira força política.

São João no Porto

Como é habitual, as festividades de São João no Porto decorrem ao longo de todo o mês de junho. Mas é na noite mais longa do ano – de 23 para 24 de junho – que se assinala o ponto mais alto das celebrações. Esta segunda-feira, é feriado no município.

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LEGENDS inaugura a 1ª Exposição “Futebol, Unidos pela Diversidade” em colaboração com a LALIGA, a Liga F e a Bundesliga

  • Servimedia
  • 24 Junho 2024

Clubes e ligas uniram-se para criar a primeira exposição que compila as iniciativas levadas a cabo para combater a homofobia no futebol.

O museu LEGENDS, The Home of Football, em colaboração com a LALIGA – através da LALIGA VS -, a Liga F e a Bundesliga, organizou a I Exposição “Futebol, Unidos pela Diversidade”, que estará patente temporariamente em Madrid a partir de hoje, 21 de junho. A PUMA, patrocinadora da LALIGA e da Liga F, também estará presente na exposição. O objetivo desta exposição temporária é mostrar aos adeptos de futebol e aos visitantes do museu situado na Puerta del Sol a luta contra a homofobia defendida pela indústria do futebol, exigindo espaços seguros e diversos, livres de ódio.

Para tal, foram compilados mais de vinte projetos e objetos que, a partir das diferentes ligas e clubes, foram criados nos últimos anos com a intenção de tornar claro que o futebol é de todos, que é diverso e inclusivo. E que não há lugar para a intolerância em termos de orientação sexual, raça ou crença.

“Esta coleção temporária pioneira pretende sensibilizar os adeptos para gerar uma mudança na sociedade e mostrar que o futebol tem um poder transformador que pode ajudar a gerar essa mudança: a força do nosso futebol”, explicam os seus promotores.

Nesta primeira exposição “Futebol, Unidos pela Diversidade”, serão expostos numerosos objetos com uma importante carga reivindicativa e inclusiva. Trata-se de relíquias de clubes e ligas, com as quais promoveram a igualdade e a diversidade ao longo das últimas épocas.

Assim, será possível ver peças como as bandeiras de quatro metros do FC Barcelona com as cores representativas do coletivo LGTBI que se hasteiam no Camp Nou todos os meses de junho. Também serão expostas as t-shirts comemorativas com as cores do coletivo que o Athletic Club criou com os nomes de jogadores lendários que jogaram nas suas equipas masculina e feminina e que foram expostas para surpreender José Antonio Nielfa “La Otxoa”, um conhecido artista de Bilbao, membro do clube e defensor intransigente da diversidade sexual.

Outros objetos em exposição serão as camisolas que o Real Betis e a UD Las Palmas criaram esta época, juntamente com o seu patrocinador Hummel, para representar a justiça, o respeito e a inclusão de todos, independentemente da sua origem, género, orientação sexual ou crenças.

O Cádiz CF, por sua vez, juntou-se à exposição emprestando uma T-shirt comemorativa criada para apoiar a luta contra qualquer tipo de discriminação afetivo-sexual e de género. Para além disso, exibe também a braçadeira de capitão que usa todos os dias 17 de maio para reivindicar a luta contra a homofobia.

Outros clubes que quiseram colaborar, emprestando as braçadeiras que os seus jogadores usaram para recordar a importância de apoiar o coletivo LGTBI e promover a diversidade dentro e fora do campo, são o CD Leganés e o SD Huesca.

O CD Tenerife, por seu lado, contribuiu com uma bandeira de canto com as cores representativas da bandeira LGTBI. A bandeira foi utilizada no jogo contra o CD Eldense, a 19 de fevereiro deste ano, por ocasião do Dia Internacional contra a LGTBIfobia no desporto, como sinal do compromisso do clube com um futebol mais diverso e respeitador.

Do lado da Liga F, o RCD Espanyol de Barcelona junta-se à iniciativa partilhando a braçadeira que a sua capitã Carol Marín usou num jogo desta época para dar visibilidade à luta contra a LGTB-fobia no mundo do desporto. Além disso, o Costa Adeje Tenerife empresta à coleção o terceiro equipamento desta época, desenhado com as cores da bandeira coletiva, bem como a braçadeira de capitão, para promover a diversidade e o respeito.

A própria F League também se juntou à exposição com a sua campanha Love for the Colours, lançada por volta de 19 de fevereiro, Dia Internacional contra a LGTBIfobia no desporto, para sensibilizar para a importância da luta contra a homofobia. Deste projeto, alguns dos milhares de cordões que foram distribuídos a jogadores, árbitros, adeptos e jogadores nacionais nesse dia estão agora expostos na LEGENDS.

Por seu lado, a PUMA, patrocinadora da LALIGA e da Liga F, quis fazer parte da exposição emprestando o terceiro equipamento que lançou esta época juntamente com o AC Milan e que presta homenagem à cultura da paixão e da inclusão que tanto a marca desportiva como o clube têm como bandeira.

Outra liga que joga fora de Espanha também quis fazer parte desta I Exposição “Futebol, Unidos pela Diversidade”, para mostrar que o futebol está unido na luta contra o ódio e a violência e, mais especificamente, contra a homofobia.

É o caso da DFL Deutsche Fußball Liga, que, juntamente com os clubes da Bundesliga e da Bundesliga 2, bem como com a Fundação DFL, lançou recentemente a campanha TOGETHER! STOP HATE. SEJA UMA EQUIPA. Um projeto que visava sensibilizar para a importância de acabar com a discriminação em todas as dimensões da diversidade. Deste projeto, a bola, a camisola comemorativa e a braçadeira que os jogadores usaram há alguns meses no campeonato alemão estão expostas na LEGENDS durante estas semanas.

Um projeto pioneiro que uniu pela primeira vez estas ligas com o objetivo de continuar a luta contra o ódio e a violência dentro e fora do campo de futebol. A exposição pode ser visitada em LEGENDS, The Home of Football até 21 de julho, com entrada geral no museu.

 

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O dia em direto nos mercados e na economia – 24 de junho

  • ECO
  • 24 Junho 2024

Ao longo desta segunda-feira, 24 de junho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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📹 Transferir com número de telemóvel? SPIN chega hoje e funciona assim

  • ECO
  • 24 Junho 2024

Transferir dinheiro torna-se mais fácil e seguro a partir desta segunda-feira com a nova funcionalidade SPIN a ser disponibilizada pelos bancos. Como vai funcionar? Veja o vídeo.

Transferir dinheiro para um familiar ou um amigo fica mais fácil e seguro a partir desta segunda-feira. A funcionalidade SPIN começa a ser disponibilizada pelos bancos. Em vez do tradicional IBAN, basta introduzir o número de telemóvel do beneficiário ou procurá-lo na lista de contactos para iniciar uma transferência normal ou imediata. Como vai funcionar? Veja o vídeo.

http://videos.sapo.pt/ZL5yy9lJQtoz3yPR7HZ0

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

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Maioria das empresas que testaram semana de quatro dias decidiu não voltar atrás

Das 21 empresas que começaram a testar a semana de quatro dias no verão do ano passado, só quatro voltaram atrás. Empresas que queiram vir a experimentar modelo inovador vão ter "starter pack".

A maioria das empresas portuguesas que experimentaram a semana de trabalho de quatro dias decidiu não voltar atrás, indica o relatório final desse projeto-piloto. Em declarações ao ECO, o coordenador Pedro Gomes salienta que o teste correu melhor entre as empresas que fizeram mais mudanças internas — por exemplo, ao nível das reuniões, do trabalho em equipa e da adoção de tecnologia.

O professor Pedro Gomes foi um dos coordenadores do teste português à semana de quatro dias.

O projeto-piloto à semana de trabalho de quatro dias consistiu num teste de seis meses, voluntário e reversível, no setor privado, sem cortes salariais e sem qualquer contrapartida financeira do Estado.

No total, 21 empresas decidiram começar a testar a semana mais curta, a partir de junho do ano passado. E a maioria, entretanto, decidiu que não quer (pelo menos, para já) regressar aos tradicionais cinco dias de trabalho por semana.

De acordo com o relatório final, que foi divulgado esta segunda-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), apenas quatro das referidas empresas decidiram voltar atrás. Das restantes 17, a maioria optou por estender o teste.

Entre as restantes, cinco optaram por “reduzir a escala da semana de quatro dias”, duas mantiveram a redução para 36 horas, mas passaram a dar a tarde de sexta-feira aos seus trabalhadores, uma começou a experimentar a quinzena de nove dias e duas outras vão reduzir a semana de trabalho apenas durante os meses do verão (de junho a agosto).

Além destas empresas, outras 20 que já tinham começado a experimentar a semana de trabalho mais curta associaram-se a este projeto-piloto, sendo que, entre estas, “metade já considera o novo formato como permanente“, e seis estão a continuar a testar.

Em conversa com o ECO a propósito deste relatório, que será oficialmente apresentado no final desta semana numa conferência na Universidade do Porto, o coordenador Pedro Gomes destaca como “indicador mais interessante” o facto de ter sido entre as empresas que fizeram mais mudanças aos seus processos que o teste à semana de trabalho mais curta correu melhor.

Entre as empresas que mudaram dois ou mais processos, 92% mantêm a semana de quatro dias. Do outro lado, nas empresas que não fizeram qualquer alteração, só 62% mantiveram esse formato”, detalha o também professor universitário.

“Os números refletem essa condição essencial nas empresas que foram bem sucedidas: é preciso uma mudança grande na organização do trabalho. Quanto mais mudanças, melhor corre operacionalmente e, depois, as empresas sentem que conseguem manter o mesmo serviço, os trabalhadores estão mais contentes e não querem voltar para trás”, sublinha o mesmo.

Na visão de Pedro Gomes, a semana de trabalho de quatro dias fica assim demonstrada como uma “alavanca” para outras mudanças no seio das organizações, como a adoção de tecnologia e a melhoria das práticas de trabalho em equipa.

“Com este estudo, percebemos que a semana de quatro dias é uma prática de gestão legítima“, acrescenta o coordenador. De acordo com o relatório, entre as vantagens desse formato, estão o aumento da atratividade dos empregadores no mercado de trabalho, a melhoria do funcionamento das equipas e do trabalho criativo. “80% dos administradores avaliam o teste como financeiramente neutro. Apenas uma organização teve de contratar mais trabalhadores”, é acrescentado.

Do lado dos trabalhadores, há a destacar a redução do absentismo, a queda “evidente” da exaustão e desgaste e o melhor equilíbrio entre trabalho, família e vida pessoal, como mostram as tabelas abaixo. Tanto que 93% dos trabalhadores gostaria de continuar neste formato, revela o relatório final.

Mais. O projeto-piloto permitiu perceber também que são os trabalhadores com salários e qualificações mais baixas que valorizam mais a semana de quatro dias, o que “desafia a ideia de que esta prática é destinada apenas a uma elite altamente qualificada“.

É que, regra geral, estes trabalhadores têm menos acesso ao teletrabalho e menor autonomia na gestão das suas horas. “Por conseguinte, apreciam muito mais o dia livre, que lhes permite realizar várias atividades que anteriormente eram mais difíceis de conciliar, comparado com detentores de qualificações superiores”, lê-se no relatório final.

Fica também claro que houve um aumento somente marginal da percentagem de trabalhadores com uma segunda atividade por efeito da semana de trabalho mais curta. “A preocupação com o aumento da incidência de uma segunda atividade não parece ser
apoiada nos dados deste projeto”, explicam os especialistas.

Empresas vão ter kit de iniciação para semana de quatro dias

Com a apresentação do relatório final, o projeto-piloto à semana de quatro dias chega ao fim. Mas as empresas que tenham interesse em testar esse modelo vão ter acesso a algum apoio: a equipa coordenadora vai disponibilizar a partir do último trimestre deste ano um kit de iniciação (ou starter pack).

“O objetivo é oferecer um apoio – embora limitado – às empresas, ao mesmo tempo que continuamos a investigação académica e monitorizamos a adesão a esta prática pelo tecido empresarial português”, é explicado no relatório final.

Ao ECO, Pedro Gomes adianta que, ao longo do último exercício, houve várias sessões que foram gravadas e material produzido, que serão disponibilizado às empresas que testem a semana de quatro dias. “Apenas fornecemos o material, não o apoio” de consultoria, clarifica o coordenador. “Em contrapartida, recolhemos dados para usarmos em artigos académicos”, realça o mesmo.

Além disso, está a ser estudada a possibilidade de um acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE) para continuar a investigação académica após o final do projeto, “visando uma análise mais detalhada e de longo prazo dos efeitos da semana de quatro dias”.

Ainda que este projeto-piloto que a semana de quatro dias possa, sim, funcionar (e em todos os setores), Pedro Gomes salienta que o teste serviu apenas como prova de conceito, já que as empresas participantes não são representativas das empresas típicas em Portugal.

É importante incentivar mais organizações a testar a semana de quatro dias, especialmente grandes empresas.

Relatório final do projeto-piloto

Por exemplo, a maioria das lideranças dos empregadores que participaram no teste são ocupadas por mulheres. Olhando para o mercado português, essa predominância feminina não é a regra. “Estas empresas são especiais. Isso diz-nos que devemos ter cuidado na extrapolação“, alerta Pedro Gomes.

Nesse sentido, os coordenadores assinalam que os resultados não justificam a implementação da semana de quatro dias por legislação. Antes, é importante incentivar as diferentes organizações a irem testando este formato, afirma o relatório final, “especialmente as grandes empresas”.

A partir de agora, é sobretudo o setor privado a ver se de lado e de um outro — do lado dos empregadores e do lado dos trabalhadores — existe valor” neste modelo, remata Pedro Gomes.

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Execução de algumas obras do Metro de Lisboa é “praticamente impossível” dentro dos prazos

“Estamos agora à espera de um relatório que o Metropolitano de Lisboa ficou de apresentar para depois tomar decisões em conformidade”, disse o ministro da Coesão Territorial no ECO dos Fundos.

Algumas obras do Metropolitano de Lisboa estão sinalizadas como sendo de execução muito difícil, praticamente impossível, dentro do prazo que está estabelecido”, reconhece o ministro Adjunto e da Coesão Territorial. O Executivo está à espera de um relatório da empresa para “depois tomar decisões em conformidade”, avança no ECO dos Fundos, o novo podcast do ECO sobre fundos europeus.

Manuel Castro Almeida já tinha admitido, em entrevista conjunta à TSF e Jornal de Notícias, que “há uma grande preocupação com o que se passa nas obras do Metropolitano de Lisboa”. “É um setor exigente, difícil e não é fácil recuperar atrasos”, explicou. Aliás, o responsável admitiu mesmo que “as obras estão atrasadas” e “não se vai recuperar o atraso”.

“A Metropolitano de Lisboa está a ajustar o programa para que possamos fazer uma pequena reformulação no PRR de forma a não perder dinheiro”, sublinhou o ministro que tem a tutela dos fundos europeus no Governo de Luís Montenegro. “Se não fizermos quatro estações, vamos fazer duas. Desde que estejam a operar, serão financiadas pelo PRR”, acrescentou o responsável, precisando que o que está em causa é a “natureza ou origem do financiamento poder ser alterado”.

Questionado pelo ECO sobre a forma como está a pensar fazer a revisão das origens de financiamento do projeto, Castro Almeida não levantou a ponta do véu, remetendo qualquer decisão para depois do relatório da EPE. “Estamos agora à espera de um relatório que o Metropolitano de Lisboa ficou de apresentar para depois tomar decisões em conformidade”, disse no ECO dos Fundos.

Na reprogramação do PRR, feita pelo Executivo anterior, é estabelecido o compromisso de até 30 de junho de 2026 serem acrescentados 3,7 quilómetros e quatro estações à rede do Metro de Lisboa, que consistem na extensão da rede até Alcântara. Mas existe um objetivo intercalar: no primeiro trimestre deste ano o Metro de Lisboa tinha de entregar um “relatório intercalar que afirma que as obras estão a evoluir de acordo com o calendário”. Um marco que está associado ao sexto pedido de desembolso do PRR, no montante de 1,5 mil milhões de euros.

“A evolução das obras relativas à expansão da rede de metro de Lisboa e o cumprimento do calendário para a sua execução deverão ser avaliados por relatórios intercalares regulares elaborados ao longo do período de execução das obras”, pode ler-se no documento de reprogramação do PRR. “Tal deverá incluir a avaliação da evolução das obras em conformidade com o calendário previsto, nomeadamente a identificação das atividades já concluídas, a identificação das atividades a realizar e uma análise de risco dos prazos de execução propostos, bem como, se necessário, um plano de mitigação e contingência para assegurar que o contrato é executado dentro dos prazos propostos”, acrescenta o documento da reprogramação.

“Este marco será considerado cumprido se o relatório intercalar estabelecer que, no momento a que o marco diz respeito, as obras estão a evoluir de acordo com o calendário”, conclui a Comissão Europeia.

Como os prazos são invioláveis, vamos ter de encontrar uma solução para não desperdiçar recursos do PRR, cumprindo as regras”, sublinhou o responsável.

“Mas atenção, o facto de poder ter de haver alguma alteração nas regras de financiamento não quer dizer que as obras estejam em causa”, acrescentou. “As obras serão feitas”, garantiu. “Agora o modelo de financiamento poderá ser diferente do que está agora previsto. Mas ainda é um assunto que não está decidido”, concluiu.

As regras do PRR permitem que os projetos sejam faseados, como avançou esta sexta-feira o Jornal de Negócios. Ou seja, os Estados-membros podem dividir projetos de investimento inscritos no PRR em diferentes fases, como acontece com os tradicionais fundos europeus estruturais e de investimento, quando se percebe que um determinado projeto não ficará concluído dentro do prazo definido.

Este faseamento permite que o PRR financie as partes dos projetos que estejam concluídas até ao final de 2026, as restantes podem ser recorrer a outros fundos europeus, como o PT2030, ou a financiamento nacional. No entanto Bruxelas não explica como será feito o faseamento de projetos que só fiquem prontos depois de 2026. Além disso, as verbas correspondentes às fases dos projetos que não forem terminadas até 2026 são subtraídas ao montante total de 22,2 mil milhões de euros da bazuca.

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#11 Imaginar um Portugal x Alemanha e a tradição escocesa

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Na ressaca do Portugal x Turquia, o Euro 2024 deu as boas-vindas à terceira e última jornada da fase de grupos, o que significou também duas coisas: fim dos jogos às 14h00 (minuto de silêncio) e jogos à mesma hora. A diminuição de partidas não é uma boa notícia para os adeptos de futebol, mas a balança diária pesou de forma positiva com um final dramático no Suíça x Alemanha e Escócia x Hungria. Dois golos já para lá dos 90 minutos a mudar o roteiro. A Netflix que esteja atenta.

Hoje temos a Albânia x Espanha (20h00) e a Croácia x Itália (20h00). Atenção, pois a única equipa deste grupo que tem assegurada presença nos oitavos-de-final é a Espanha. As outras três tanto podem continuar na Alemanha como ir para casa mais cedo. Itália tem três pontos e a Albânia e a Croácia com um ponto cada.

Os 3 Cantos do Dia

Porque é que Portugal deve odiar Fullkrug?

Somos todos amigos e odiar é uma palavra muito forte. A Suíça esteve pertíssimo de vencer a Alemanha e isso era teoricamente ótimo para Portugal, pois significava Alemanha em segundo lugar e no quadro oposto. Nesse cenário, a Seleção Nacional apenas poderia enfrentar os germânicos na final. Uma vez que jogam em casa, têm demonstrado muita qualidade e mesmo pelo histórico passado, evitar a Alemanha o quanto antes seria sempre positivo. Agora há possibilidades de se encontrarem nas meias-finais.

Hungria na sala de espera para ver se faz história

A Alemanha e a Suíça já marcaram vaga nos oitavos-de-final, enquanto a Hungria ainda está à espera de confirmação. Graças a um golo marcado por Kevin Csoboth aos 90+10 minutos (final louco) contra a Escócia, a Hungria registou a sua terceira vitória em Europeus e pode ainda apurar-se para a próxima fase (seria a segunda vez de toda a sua história). Para tal necessita que, pelo menos, a Albânia e Croácia, Chéquia e Geórgia (grupo de Portugal) não ganhem os seus jogos, A Hungria, que leva três pontos no Grupo A, terá certamente de ficar muito atenta aos próximos dias.

Não há polícia, mas a festa acaba mais cedo

Há tradições da Escócia que têm perdurado: o ambiente festivaleiro dos adeptos, os típicos kilts acompanhados de uma gaita de goles e… a eliminação precoce. A Escócia terminou em último lugar do Grupo A, apenas com um ponto, e continua assim sem nunca ter passado a fases de grupos num Campeonato da Europa, após 1992, 1996, 2020 e agora 2024. Nesta edição, perderam dois jogos (Alemanha e Hungria), empataram um (Suíça), marcaram dois golos (um auto-golo e o outro Scott McTominay) e sofreram sete golos. Adeus ao No Scotland, No Party.

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Governo muda de casa a partir de 1 de julho. Seis ministérios e duas secretarias de Estado passam já para o Campus XXI

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar-se já para o novo Campus XXI, e outros se seguirão até 2026, logo que terminem as obras. Reunião de Conselho de Ministros também.

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar no próximo dia 1 de julho para o edifício da Caixa Geral de Depósitos, apurou o ECO junto de fonte governamental. É uma transferência de instalações que demorou por causa do atraso das obras, e tem também um alcance político, já que permitirá outra coordenação da agenda do Governo, e por isso as reuniões de Conselho de Ministros vão passar a realizar-se imediatamente no denominado Campus XXI.

Nos planos iniciais de transferências, a ideia do Governo de Montenegro já era avançar primeiro com as pastas com responsabilidade direta na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, porque isso ajudaria a criar sinergias. Globalmente, o objetivo era poupar recursos, já que ao concentrar várias entidades públicas, isso reduziria dezenas de cargos e serviços intermédios, mas também tempos de resposta.

Oficialmente, o Governo não faz comentários, mas o ECO sabe que no início de julho os ministérios da Presidência, da Coesão Territorial, da Economia, das Infraestruturas e Habitação, da Juventude e Agricultura, além das duas secretarias de Estado dos Assuntos Parlamentares, vão mudar-se de armas e bagagens para o novo Campus XXI, ainda a sede do banco público, que vai partilhar o espaço com o Executivo até, pelo menos, 2026, data em que a Caixa se mudará os seus cerca de 2500 colaboradores para a nova sede no Parque das Nações.

Neste contexto, a transferência dos ministérios vai ser completada, logo que terminem as obras em curso, com os outros ministérios, e só permanecerão onde estão hoje os ministérios dos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional e Administração Interna, além, claro, do primeiro-ministro, que se mantém em São Bento.

Os planos do anterior Executivo passavam por iniciar já este ano, também de forma faseada, a passagem dos ministérios para aquele edifício que foi entregue ao Estado por conta de dividendos da CGD e foi avaliado em 360 milhões de euros, antes das obras. Mas nunca antes das eleições legislativas realizadas a 10 de março. “Não tenho a expectativa que algum dos nossos próximos briefings se realize no novo edifício que o Governo ocupará. Mas tenho a expectativa que um próximo Governo já possa comunicar a partir de lá com frequência”, disse Mariana Vieira da Silva no final do Conselho de Ministros a 18 de janeiro deste ano.

No entanto, quando entrou em funções, o novo Executivo criticou o anterior por não ter preparado a transferência de ministérios. “A mudança não estava preparada e, portanto, este Governo tem aí um dossiê para analisar em detalhe e realizar muito que não estava feito”, disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que está a coordenar a operação, depois da primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo. Agora, está confirmado, o Governo vai mesmo passar a reunir de imediato o Conselho de Ministros.

Em março do ano passado, o Governo de António Costa estimou em 40 milhões de euros o investimento a realizar até ao final da sua então legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no edifício sede da CGD. “Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou nessa altura o então secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas.

De acordo com as contas do Governo de António Costa, a concentração permitiria poupar seis milhões de euros por ano, sendo cinco milhões relativos aos “encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água” e 800 mil euros com rendas pagas pelo Estado a privados na utilização de alguns edifícios onde estão situados os ministérios.

A ministra da Presidência do Executivo anterior, antecipava que, ao longo do processo, o Estado libertaria um conjunto significativo de edifícios, com ganhos de 600 milhões de euros. Nesta avaliação de poupanças estavam incluídos os edifícios da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.

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