Filhos “pesam” 811 euros por mês nos gastos das famílias portuguesas

Inquérito do INE calcula a diferença de gastos entre as famílias com filhos e os agregados sem dependentes a cargo, em rubricas como transportes, habitação, restauração, alimentação e educação.

Os agregados familiares com filhos a seu cargo gastam, em média, mais quase 10 mil euros por ano em relação às famílias sem dependentes a cargo, revela o inquérito às despesas das famílias 2022/2023, divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Os resultados sugerem que, atendendo à composição familiar, os agregados com crianças dependentes gastam anualmente, em média, mais 9.731 euros do que os agregados familiares sem crianças dependentes, o que se traduz numa despesa mensal média superior em 811 euros”, indica o gabinete de estatística.

Para esta diferença contribuíram sobretudo os encargos com transportes e com habitação, cuja diferença entre os dois tipos de agregados familiares superou, em ambos os casos, os 100 euros mensais, indica o INE. Foi observada também “uma despesa superior em restauração e alojamento, em alimentação e em educação: mais 97, mais 90 e mais 66 euros mensais, em média, respetivamente”.

As famílias portuguesas gastam, em média, 23.900 euros por ano com as suas despesas, sendo que este valor é variável consoante a composição do agregado familiar. As famílias com duas ou mais crianças dependentes são as que gastam mais, com a despesa média anual a superar os 32.800 euros. Por sua vez, os agregados unipessoais são, naturalmente, os que gastam menos.

Despesa total anual média por composição familiar 2022/2023Fonte: INE

Ainda assim, de acordo com o inquérito do INE, “a despesa média anual foi superior na presença de um adulto com menos de 65 anos (17.105 euros) em comparação com os agregados constituídos por um adulto idoso (14.783 euros)”.

Habitação tira mais de um terço ao orçamento das famílias

Por tipologia de despesa, a habitação é a que mais pesa no orçamento das famílias, com a despesa média com este encargo a representar 39,3% do total, ascendendo a 9.390 euros por ano. Segue-se a alimentação (12,9%), com a despesa anual média a ser de 3.091 euros e os transportes (12,1%), com 2.888 euros ao ano. Contas feitas, cerca de dois terços da despesa média das famílias concentrou-se nestes três encargos.

Estrutura da despesa total anual média por divisão da COICOP em 2022/2023Fonte: INE

Estes dados “sugerem que a importância relativa dos encargos com a habitação na estrutura da despesa familiar tem aumentado nas últimas décadas e que, em contrapartida, os encargos com alimentação e com vestuário e calçado são os que mais têm perdido peso no conjunto da despesa dos agregados familiares” nota o INE.

Em termos regionais, a despesa anual média foi mais elevada na Área Metropolitana de Lisboa, com o valor a situar-se nos 26.891 euros, seguida pelo Algarve (24432 euros/ano). Ambas ficaram acima da média nacional. Já a despesa média na região Norte ficou aquém da média nacional, mas acima dos 23 mil euros (23.245 euros).

Pelo contrário, a despesa média regional mais baixa foi observada na Região Autónoma dos Açores (19.431 euros), que também apresentou o perfil regional de despesa mais distante da média nacional. Segue-se o Alentejo (21.359 euros), o Centro (22.222 euros) e a Região Autónoma da Madeira (22.605 euros).

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Mais de metade dos trabalhadores do Fisco já sofreu agressões, denuncia sindicato

Inquérito do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos conclui que 60% dos funcionários do Fisco já sofreram agressões. A mesma fatia sente-se ou já se sentiu à beira de um esgotamento.

Mais de metade dos funcionários da Autoridade Tributária já sofreu agressões (físicas ou verbais) enquanto exercia funções. A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), que ouviu 2.613 funcionários. E quase nove em cada dez destes trabalhadores dão nota negativa à gestão de recursos humanos do Fisco.

“Mais de metade dos funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira, concretamente 60%, já sofreu agressões físicas ou verbais no exercício das suas funções”, realça o sindicato, numa nota enviada esta quarta-feira às redações.

O STI realizou recentemente um inquérito junto dos seus associados para “aferir várias questões relativas a estes trabalhadores”. Uma destas questões foi a incidência de agressões, como referido. Outra foi relativa à saúde mental destes funcionários, sendo que mais de metade diz que se sente ou já sentiu à beira de um esgotamento (burnout).

“Igualmente preocupante é a perceção dos trabalhadores quanto à avaliação da gestão de recursos humanos na AT, com 86 % dos inquiridos a responderem negativamente”, destaca o sindicato, que sublinha que estes resultados não surpreendem, tendo em conta as escolhas que têm sido tomadas pelos Governos.

“Uma gestão que tem criado um mal-estar cada vez mais evidente e que chega ao sindicato através de sentimentos de tristeza, revolta e indignação de quem se vê tratado sem respeito e de forma discriminatória”, observa o SIT, que alerta que, dos trabalhadores ouvidos, 86% dizem-se dispostos a aderir a formas de protesto, como a greve.

O STI tem alertado há vários anos para as condições problemáticas que os trabalhadores do Fisco enfrentam. Por exemplo, ainda na primavera, o sindicato queixava-se ao ECO da falta de recursos humanos na Autoridade Tributária, nomeadamente por efeito do envelhecimento e passagem à reforma dos quadros.

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Dentsu Creative e Meo chegam a shortlist em Sustainable Development Goals

Já duas vezes finalista em Direct, o projeto chega agora a shortlist em Sustainable Development Goals no Cannes Lions.

O “Improbable Housemates”, da Dentsu Creative para a Meo, chegou a shortlist em Sustainable Development Goals no Cannes Lions. Já duas vezes shortlist em Direct – Consumer Services/Business to Business e Single-market Campaign, o projeto pretende ajudar a mitigar o problema do alojamento universitário bem como da solidão entre os mais velhos em Portugal, está agora também finalista em Sustainable Cities and Communities, com o website.

Terça-feira, recorde-se, o trabalho “The Endangered Typeface”, campanha lançada pela ANP (Associação Natureza de Portugal) que trabalha com a WWF (WorldWideFund for Nature), em parceria com o Jardim Zoológico, ganhou um bronze.

A campanha da Bar Ogilvy foi premiada na categoria de Digital Craft (Data Visualisation). A Endangered Typeface, como descreveu a agência na altura do lançamento da campanha, é uma “fonte viva” na medida em que cada letra representa um animal e que, quanto menor for o número de indivíduos de uma espécie, menos visível será a letra correspondente. A atualização é feita com dados da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da International Union for Conservation of Nature (IUCN).

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Azitek conclui ronda de 750 mil euros e aponta a cinco novos mercados europeus

Expandir para Itália, Áustria, Polónia, República Checa e Eslováquia são os objetivos até 2025. A startup incubada na UPTEC, no Porto, quer ainda duplicar a equipa até ao final do ano.

Equipa Azitek

A Azitek, que desenvolve tecnologia com base em sistemas IoT para fazer rastreamento de ativos, acaba de concluir uma ronda de financiamento de 750 mil euros, elevando para mais de 1 milhão de euros o capital levantado pela startup portuguesa incubada na UPTEC, no Porto. Expandir para Itália, Áustria, Polónia, República Checa e Eslováquia são os objetivos até 2025.

“Estamos muito satisfeitos com o encerramento desta ronda, que nos vai permitir reforçar a equipa, acelerar a entrada em novos mercados e continuar a desenvolver a nossa tecnologia diferenciadora”, afirma José Valente, CEO da Azitek, citado em comunicado.

A startup já está a operar em Espanha, “com a maior empresa europeia da Ford, que é em Valência”, explica ao ECO José Valente. Questionado sobre os novos mercados de expansão, responde que “o foco é no mercado espanhol, mas [quer] expandir para Itália, Áustria, Polónia, República Checa e Eslováquia”. “No final de 2025 já contamos estar a operar nesses mercados, com parceiros e distribuidores que operam nestas geografias”, revela.

Há ainda planos para duplicar a equipa até ao final do ano. “Somos seis, queremos ser 12 e continuar a crescer em 2025”, adianta o CEO.

O foco é no mercado espanhol, mas queremos expandir para Itália, Áustria, Polónia, República Checa e Eslováquia. No final de 2025 já contamos estar a operar nesses mercados, com parceiros e distribuidores que operam nestas geografias.

José Valente

CEO da Azitek

Esta nova injeção de capital de 750 mil euros foi liderada pela Beta Capital, em coinvestimento com a Portugal Ventures (investidor inicial) e a Cedrus Capital, elevando para mais de 1 milhão de euros o capital já angariado.

A Azitek tem reconhecimento de idoneidade, em matéria de I&D, por parte da ANI – Agência Nacional de Inovação, e com esta ronda vai acelerar o desenvolvimento da tecnologia com aplicação no rastreamento de ativos, utilizando sistemas IoT, “especialmente adaptada para otimizar a gestão de ativos e automatizar processos logísticos em diversos setores industriais”.

Em 2023, e depois de vencer uma iniciativa do European Institute of Innovation and Technology (EIT) Manufacturing, a startup foi escolhida pela Ford Motor Company para implementar um sistema de rastreamento de ativos na maior fábrica europeia da construtora automóvel americana, “que permitiu resolver o problema da execução de inventário manual”, processo propenso a erros, e que leva a uma perda anual de 7% das caixas utilizadas.

A sua tecnologia é também usada na gestão de resíduos da cidade do Porto, através da Porto Ambiente, e oferece soluções para a indústria na área da automatização de processos, tendo como clientes a Bosch, a BorgWarner, a Gestamp, entre outros. Tem já clientes em Portugal, Espanha e Estados Unidos.

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Parlamento aprova propostas do PS para IVA reduzido na luz e alargar dedução das rendas no IRS

Ambas as propostas do PS foram aprovadas na especialidade com votos contra do PSD. Chega voltou a ser decisivo para viabilizar as medidas dos socialistas.

As propostas do PS para o alargamento da dedução de despesas com habitação no IRS e do aumento do consumo de eletricidade sujeito à taxa reduzida de 6% do IVA foram aprovadas esta quarta-feira, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República.

Ambas as propostas tinham sido aprovadas na generalidade a 24 de maio, graças à abstenção do Chega, e estava prevista a discussão na quarta-feira da semana passada, mas o PSD forçou o seu adiamento.

Esta manhã, ambas as propostas foram aprovadas apenas com os votos contra do PSD. O Chega absteve-se na votação da proposta do alargamento do IVA na eletricidade depois de ter apresentado uma proposta de alteração que foi chumbada pelo PS e PSD. E votou favoravelmente a proposta dos socialistas para aumentar as deduções no IRS.

Recorde-se que a proposta do PS para o alargamento da dedução de despesas com habitação em sede de IRS, até 800 euros em 2028 já tinha sido aprovada na generalidade com os votos a favor de todos os partidos, à exceção do PSD e CDS, que votaram contra.

Atualmente declarar as rendas no IRS permite deduzir 15% do valor suportado com esta despesa de habitação, até ao máximo de 502 euros. Contudo, os socialistas defendem um aumento progressivo destas deduções até chegar aos 800 euros, em 2028. Mantém-se o limite de dedução de 15% das despesas suportadas. A proposta do PS foi aprovada com os votos a favor de todos os partidos presentes na comissão, incluindo a Iniciativa Liberal e o Chega. Contra votaram apenas o PSD e o CDS-PP.

Já a proposta dos socialistas prevê o aumento do consumo de eletricidade que está sujeito à taxa reduzida de IVA, de 6%, foi aprovada na generalidade com a abstenção do Chega e votos contra do PSD e do CDS. Esta manhã, o Chega apresentou uma proposta de alteração, depois de a votação ter sido adiada, na semana passada, que foi chumbada com os votos dos socialistas e sociais-democratas. Com isto, o partido de André Ventura decidiu abster-se da votação na especialidade.

Agora aprovada, a taxa reduzida de 6% deverá aplicar-se aos primeiros 200 kWh de energia elétrica consumida em cada mês (duplicando os atuais 100 kWh), ou de 300 kWh mensais no caso das famílias numerosas (duplicando os atuais 150 kWh). Em paralelo, prevê que a redução deixe de ter um caráter transitório.

PSD defende discussão de propostas na altura do OE

Alberto Fonseca, deputado do PSD presente na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República, rejeita a noção de que o partido tenha apresentado um pedido de adiamento potestativo por motivos políticos, argumentando que as duas propostas “estão a ser votadas antes do tempo“.

Estamos a aprovar coisas que só entram em vigor em janeiro. São propostas soltas, sem fio condutor. Achamos ridículo o PS não ter aprovado estas propostas quando era Governo, mas agora que é oposição já sente vontade de as aprovar”, afirma o deputado em declarações ao ECO.

Questionado sobre se as propostas teriam merecido uma ‘luz verde’ do PSD caso tivessem sido votadas durante o debate do Orçamento do Estado (OE) — algo que não se verificou esta manhã por motivos de “coerência”, explica — o deputado social-democrata também não se quis comprometer, no entanto, defende que essa teria sido a altura mais indicada.

Faria sentido que todas as propostas fossem discutidas na altura do OE. Não posso dizer que mudaríamos o sentido de voto, mas olharíamos para elas de forma diferente“, acrescenta Alberto Fonseca.

Do lado do PS, também se espera que ambas as medidas entrem em vigor em 2025 no âmbito da lei do OE, rejeitando os rumores de que o “Governo anda a estudar soluções para travar estas aprovações”.

“O Governo deve ser capaz de respeitar o interesse dos portugueses traduzido na geometria partidária que corresponde à atual Assembleia da República. Foi nesse quadro que as propostas do PS foram aprovadas”, sublinhou Carlos Pereira ao ECO.

Notícia atualizada às 17h24

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Construção trava na Europa. Portugal regista terceira maior subida na produção

Maiores quebras homólogas foram observadas  na Bélgica (-9,3%), na Polónia (-6,0%) e na Eslovénia (-5,3%). Já as maiores subidas foram registadas na Hungria (15,6%), Roménia (13,2%) e Portugal (6,8%).

A produção na construção caiu 1,1% na Zona Euro e 0,9% na União Europeia (UE) em abril, face ao período homólogo, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. Portugal registou a terceira maior subida, com um aumento de 6,8% e apenas ultrapassado pela Hungria e Roménia.

Entre os Estados-membros para os quais há dados disponíveis, as maiores quebras homólogas foram observadas na Bélgica (-9,3%), na Polónia (-6,0%) e na Eslovénia (-5,3%). Já as maiores subidas, em termos homólogos, foram registadas na Hungria (15,6%), Roménia (13,2%) e Portugal (6,8%).

De acordo com o gabinete de estatísticas europeu, na comparação em cadeia (face a março deste ano), a produção na construção recuou 0,2% na área da moeda única, mas subiu 0,2% no bloco comunitário.

Face a março, e também entre os Estados-membros para os quais há dados disponíveis, os maiores recuos da produção na construção foram registados na Bélgica (-3,7%), Eslovénia (-2,7%) e Alemanha (-2,1%). Já os maiores avanços foram observados na Hungria (11,1%), a Roménia (8%) e a Eslováquia (7,7%). Quanto a Portugal, este indicador subiu 4,1%, face ao mês anterior.

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Montenegro repete apoio a Costa em Paris: “É por ser português, europeísta e construir pontes”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Junho 2024

A partir de Paris, onde vai ter um encontro com Emmanuel Macron, o primeiro-ministro português reiterou que “não [confia] mais em nenhum outro socialista na Europa” para liderar o Conselho Europeu.

“Empenhado, motivado e otimista” perante a possibilidade de António Costa ser o próximo presidente do Conselho Europeu, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, reiterou na manhã desta quarta-feira, em Paris, o apoio ao seu antecessor para o cargo de topo daquela instituição da União Europeia (UE).

Falando aos jornalistas na inauguração de uma obra do artista português Vhils na Gare d’Oly, o líder do Governo afirmou que o apoio não se deve apenas ao facto de António Costa ser português. É também por ser “europeísta e portador de valores de respeito pela paz, a democracia e a solidariedade política e económica entre os Estados da UE”. E ainda pela habilidade “para construir as pontes” necessárias entre os países e “até entre algumas sensibilidades político-partidárias diferentes”, apontou.

Para Luís Montenegro, o apoio a Costa não se confunde com a “conflitualidade política interna”, nomeadamente com a circunstância de ter sido líder da oposição durante o governo de maioria absoluta de António Costa (2022-2024), na qualidade de presidente do PSD, e opositor do Executivo da geringonça, na qualidade de líder parlamentar do PSD, entre 2015 e 2017.

Além disso, recordou que o PS e o PSD (no âmbito da coligação Aliança Democrática, com o CDS-PP e o PPM) alcançaram uma “votação expressiva” nas eleições europeias do passado dia 9 de junho, representando 15 dos 21 mandatos que Portugal tem no Parlamento Europeu.

Creio que os portugueses e as portuguesas, mesmo aqueles que não concordam politicamente com o desempenho de António Costa noutras funções, compreendem que é do interesse do país e da Europa que [o] possamos ter à frente do Conselho Europeu“, realçou o primeiro-ministro, reforçando que não confia mais em nenhum outro socialista na UE para desempenhar essa função.

Mesmo aqueles que não concordam politicamente com o desempenho de António Costa noutras funções, compreendem que é do interesse do país e da Europa que [o] possamos ter à frente do Conselho Europeu.

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

Acerca de uma eventual declaração de apoio do Presidente francês a António Costa, Luís Montenegro disse apenas que no encontro que terá com o próprio esta quarta-feira em Paris, não lhe dirá “nada diferente” do que tem dito publicamente. Recentemente, o Politico revelou, citando um alto diplomata do país, que Emmanuel Macron aprecia o facto de o ex-primeiro-ministro português falar francês, com quem manteve discussões “intelectuais”.

Depois de seis horas de negociações entre os líderes dos 27 Estados-membros da UE na segunda-feira não terem sido suficientes para alcançar um consenso sobre quem vai ocupar os cargos de topo das instituições europeias no próximo ciclo político, é esperado um acordo no Conselho Europeu formal de 27 e 28 de junho.

Espero que, na próxima semana, (…) as decisões mais relevantes, nomeadamente a eleição do presidente do Conselho [Europeu] e a proposta ao Parlamento Europeu da candidata a presidente da Comissão Europeia, possam ocorrer e, portanto, possamos obter um entendimento”, frisou ainda o chefe do Governo português.

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Bruxelas retira Portugal da lista de países com “desequilíbrios macroeconómicos”

Comissão Europeia indica que Portugal, França e Espanha já não registam desequilíbrios macroeconómicos, por considerar que "as vulnerabilidades diminuíram globalmente".

A Comissão Europeia retirou Portugal da lista de países em situação de desequilíbrio macroeconómico, juntamente com a vizinha Espanha e França, por considerar que “as vulnerabilidades diminuíram globalmente”.

Em comunicado, o executivo comunitário liderado por Ursula von der Leyen refere que “França, Espanha e Portugal já não registam desequilíbrios [macroeconómicos], uma vez que as vulnerabilidades diminuíram globalmente“. Frisa ainda que “os riscos para a sustentabilidade orçamental serão analisados ao abrigo das regras orçamentais reformadas”.

Em sentido contrário, Bruxelas aponta que Grécia e Itália “estão agora a registar desequilíbrios”. Nestes dois países, no ano passado, as vulnerabilidades [diminuíram], mas continuam a ser preocupantes”. Nestas situações, também os riscos para a sustentabilidade orçamental serão analisados no âmbito das regras orçamentais reformadas, informa a Comissão.

Em situação de risco encontra-se ainda a Eslováquia, que regista “vulnerabilidades relacionadas com a competitividade dos custos, a balança externa, o mercado da habitação e a dívida das famílias”, uma vez que “não foram tomadas medidas políticas”.

Já a Roménia regista agora “desequilíbrios excessivos”, mantendo a tendência verificada durante o ano passado, “uma vez que as vulnerabilidades relacionadas com as contas externas, principalmente ligadas a défices públicos elevados e crescentes, se mantêm”, justifica a Comissão. Os desequilíbrios continuaram a ser sentidos na Alemanha, Chipre, a Hungria, os Países Baixos e a Suécia.

O comunicado surge na sequência de uma avaliação da existência de desequilíbrios macroeconómicos em 12 Estados-Membros, selecionados para análises aprofundadas no relatório sobre o Mecanismo de Alerta 2024. “Em geral, após o grande choque nos termos de troca de 2022, os desequilíbrios macroeconómicos tenderam a diminuir na maioria dos Estados-Membros”, conclui o executivo comunitário.

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Taxas do crédito da casa descem pelo quarto mês. Prestações inalteradas em maio

A prestação média do crédito da casa fixou-se em 404 euros, o mesmo valor de abril de 2024 e 52 euros acima do registado em maio de 2023.

As taxas de juro implícitas do crédito à habitação mantiveram a tendência de descida dos últimos meses em maio e recuaram pelo quarto mês consecutivo. Já as prestações da casa mantiveram-se no mesmo valor registado em abril, segundo mostram os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação baixou para 4,556% em maio, traduzindo uma descida de 5,0 pontos base (p.b.) face a abril (4,606%). Em relação ao máximo de janeiro deste ano, nos 4,641%, as taxas descem 10,1 pontos base.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro diminuiu pelo sétimo mês seguido, fixando-se em 3,845%, menos 6,5 p.b. que no mês anterior e acumulando uma quebra de 53,5 p.b. face ao máximo atingido em outubro de 2023.

As Euribor — que servem de base para o cálculo da prestação da casa em 90% dos contratos em Portugal — têm vindo a baixar nos últimos meses e seguem em mínimos de um ano no prazo a seis meses, com os investidores a anteciparem uma inversão na política monetária do euro, a qual se materializou este mês, após o primeiro corte de juros anunciado pelo Banco Central Europeu.

Prestação não mexe

Apesar das taxas de juro estarem a baixar há quatro meses, esta descida ainda não está a ter impacto nas mensalidades pagas ao banco. A prestação média fixou-se em 404 euros, o mesmo valor de abril de 2024 e 52 euros acima do registado em maio de 2023.

Do valor da prestação, 246 euros, ou seja, 61% da mensalidade, destinava-se ao pagamento de juros e 158 euros (39%) a capital amortizado, enquanto no período homólogo a parcela de juros na mensalidade era de 51%.

Nos novos contratos, celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 8 euros face ao mês anterior, para 603 euros em maio, o que corresponde a um aumento de 2,0% face ao mesmo mês do ano anterior.

Já o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 347 euros, para 65.924 euros.

(Notícia atualizada às 11:34)

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Taxa Euribor a seis meses mantém-se em mínimo de mais de um ano

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

Com as alterações desta quarta-feira, a Euribor a três meses, que baixou para 3,712%, ficou acima da taxa a seis meses (3,695%) e da taxa a 12 meses (3,613%).

A taxa Euribor desceu esta quarta-feira a três meses, manteve-se a seis no novo mínimo desde 19 de maio do ano passado e subiu a 12 meses face a terça-feira. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,712%, ficou acima da taxa a seis meses (3,695%) e da taxa a 12 meses (3,613%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, manteve-se esta quarta-feira em 3,695%, um mínimo desde 19 de maio de 2023 registado pela primeira vez na terça-feira, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, avançou esta quarta-feira, para 3,613%, mais 0,013 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,712%, menos 0,005 pontos e depois de ter descido na segunda-feira para 3,711%, um novo mínimo desde 26 de julho de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente. Em 19 de outubro, a Euribor a três meses atingiu 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

O BCE desceu em 6 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.

Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação. A média da Euribor em maio desceu em todos os prazos, mas mais acentuadamente do que em abril e nos prazos mais curtos. A média da Euribor em maio desceu 0,073 pontos para 3,813% a três meses (contra 3,886% em abril), 0,052 pontos para 3,787% a seis meses (contra 3,839%) e 0,021 pontos para 3,681% a 12 meses (contra 3,702%).

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%. As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo considera compra da posição da Global Media na Lusa “uma prioridade absoluta”

  • Lusa
  • 19 Junho 2024

As declarações do ministro são citadas num comunicado do Sindicato de Jornalistas, que reuniu com o governante a propósito da GM. Ministro diz que o Estado "não pode pagar mais do que o preço justo".

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, considera a compra das ações da Lusa detidas pela Global Media Group (GMG) “uma prioridade absoluta”, mas alerta que o Estado “não pode pagar mais do que o preço justo”.

As declarações do ministro são citadas num comunicado do Sindicato de Jornalistas, que reuniu com o governante na terça-feira, numa audiência pedida a propósito dos atrasos nos pagamentos aos trabalhadores a recibos verdes do GMG.

Na nota, o Sindicato dos Jornalistas considera que a compra das ações da Lusa sinaliza, também, “o compromisso do Governo com o serviço público de jornalismo, prestado pela RTP/Antena 1 e pela única agência portuguesa de notícias“.

O sindicato diz ainda que Pedro Duarte reiterou a ideia deixada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, na celebração dos 136 anos do “Jornal de Notícias”, de que todo o jornalismo é serviço público e que esse trabalho prestado à sociedade tem de ser reconhecido.

“Temos uma visão para a Comunicação Social em que o Estado tem de ter uma intervenção, não ao nível de controlo ou pressão, naturalmente, mas da sustentabilidade”, disse Pedro Duarte, citado no comunicado, acrescentando que os riscos para a democracia e a vivência em sociedade são muito grandes se a comunicação ficar entregue a órgãos não jornalísticos ou redes sociais que não cumprem as regras da ética e da deontologia.

No encontro, a direção do Sindicato dos Jornalistas e o ministro dos Assuntos Parlamentares acordaram a criação de uma via de comunicação mais direta “com vista à manutenção do diálogo para o futuro da profissão”.

A nota indica ainda que o ministro Pedro Duarte mostrou preocupação com os atrasos nos pagamentos no GMG e disse estar atento à situação. Na audiência, o ministro dos Assuntos Parlamentares disse que “está a olhar para o assunto com muita preocupação” e que o Governo “espera que a empresa assuma as responsabilidades”, acrescenta a nota.

O sindicato lembra ainda que, além de não ter pagado o mês de abril aos jornalistas a recibos verdes, o GMG tem ainda em atraso o pagamento do subsídio de Natal a todos os trabalhadores com contrato sem termo.

O SJ expressou ao ministro a preocupação com este atraso, “mas também com a falta de comunicação por parte do GMG“, e informou a tutela de que avançará para tribunal se a empresa não regularizar a situação ou “se não der um sinal firme de que pretende apresentar uma proposta ou uma solução credível e exequível, após as várias promessas não cumpridas”, acrescenta a nota

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Governo admite vir a permitir a acumulação de subsídio de desemprego com salário

Executivo quer evitar situações em que é mais vantajoso, em termos de rendimentos, continuar desempregado do que aceitar um novo trabalho. Possibilidade será estudada na Concertação Social.

Os desempregados que encontrem trabalho poderão vir a acumular o subsídio que estavam a receber com o novo salário. Segundo adiantou esta quarta-feira a ministra do Trabalho, essa possibilidade será estudada na Concertação Social, de modo a evitar os casos em que é mais vantajoso continuar sem emprego (e a receber prestações da Segurança Social) do que abraçar uma nova oportunidade.

Maria do Rosário Palma Ramalho, Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.Hugo Amaral/ECO

“Vamos estudar a possibilidade de acumular prestações sociais com rendimentos do trabalho, dentro de certos parâmetros, para evitar algo que acontece hoje, que é algumas pessoas preferirem ficar a receber prestações de desemprego do que trabalharem — porque se trabalharem perdem rendimento”, salientou Maria do Rosário Palma Ramalho, durante uma conferência sobre os 20 anos do primeiro Código do Trabalho português.

Questionada à saída pelos jornalistas, a ministra precisou que a ideia não é reduzir as prestações sociais. Os contornos ainda serão estudados na Concertação Social, mas a intenção é que evitar as situações em que estar a receber subsídios da Segurança Social é mais vantajoso do que a procura ativa do emprego ou estar a trabalhar. Algo que é “relativamente comum” em setores onde os salários “não são muito altos”, observou a governante.

“Hoje, quando um desempregado começa a trabalhar perde o subsídio de desemprego. Não podemos ter a situação em que se torna mais vantajoso continuar no desemprego“, insistiu Palma Ramalho, que não rejeitou a possibilidade de esta ser uma das medidas que o Governo incluirá na revisão do acordo de rendimento.

Ainda no final do ano passado, o anterior Governo, liderado por António Costa, abriu a possibilidade de os desempregados de longa duração acumularem uma parte do subsídio de desemprego com o salário, caso decidam aceitar um posto de trabalho. Este incentivo de regresso ao mercado de trabalho foi uma das medidas previstas no acordo de rendimentos celebrado na Concertação Social.

Lei do trabalho “tem de se adaptar” ao mundo dos negócios em mudança

A conferência em que a ministra do Trabalho participou esta manhã serviu para assinalar os 20 anos do primeiro Código do Trabalho português. E Maria do Rosário Palma Ramalho aproveitou para notar que a lei do trabalho tem sido “sempre instável”. “O código de 2009 já foi alterado mais de 20 vezes”, disse.

E num mundo dos negócios e do trabalho em mudança, a governante sublinhou que “continua a parecer evidente que a legislação do trabalho tem de se ir adaptando”.

A propósito, no programa do Governo consta a intenção de revisitar as dezenas de alterações que foram feitas na primavera do ano passado ao Código do Trabalho. “Iremos revisitar e avaliar com os parceiros sociais o grau de implementação e a bondade das soluções que constaram das últimas revisões“, detalhou esta quarta-feira a ministra do Trabalho, garantindo estar aberta a debater o que os parceiros sociais considerarem necessário.

Aliás, questionada sobre a abertura para deixar cair as normas que as confederações patronais consideram mais críticas (como a proibição do recurso ao outsourcing após despedimentos coletivos), Palma Ramalho não fechou a porta.

“O Governo está aberto a revisitar o Código do Trabalho, nomeadamente as últimas reformas, em todos os aspetos que os parceiros sociais entenderem. É esse o local privilegiado para o fazer. Não como fez o Governo anterior, que fez uma consulta genérica, sem grande conteúdo, à Concertação Social, e legislando como entendia fora da Concertação Social. Não é essa a postura deste Governo”, asseverou a responsável.

Para a próxima semana, acrescentou a mesma, está marcada uma nova reunião da Comissão Permanente da Concertação Social. O acordo de rendimentos, mas também o livro verde da saúde e segurança no trabalho deverão ser os temas em cima da mesa.

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