“Borlas” fiscais do Governo para incentivar a poupança sabem a pouco

As medidas propostas pelo Governo para incentivar a poupança de longo prazo são bem recebidas pelos especialistas, mas estes instigam o Governo a criar um quadro fiscal mais equitativo e competitivo.

Há vários anos que a taxa de poupança dos portugueses cai sem parar. Nas últimas duas décadas, o nível de poupança minguou para metade, passando de uma taxa de poupança de 12,9% do rendimento nacional bruto em 2003 para os atuais 6,3%. Além de ser um mínimo histórico desde pelo menos 1995, Portugal apresenta também uma das taxas de poupança mais baixas da Zona Euro.

Associado a esta realidade, os portugueses continuam a revelar-se bastante avessos ao risco na aplicação das suas poupanças, alocando cerca de 48% dos seus ativos financeiros em depósitos a prazo que, no longo prazo, chegam a apresentar taxas de rendibilidade reais negativas, como consequência do efeito corrosivo da inflação.

Foi para combater este ambiente de baixos níveis de poupança e de baixa diversificação do património financeiro das famílias que o Governo avançou recentemente com uma Proposta de Lei aprovada em Conselho de Ministros de 27 de maio que engloba uma série de medidas para incentivar a poupança de longo prazo, essencialmente através da redução das taxas de tributação sobre mais-valias de fundos de investimento, ações e outros ativos negociados no mercado de capitais.

Para Isabel Ucha, a proposta é um “passo positivo” na direção certa. A presidente da Euronext Lisboa sublinha que, nos últimos 20 anos, houve uma redução significativa dos incentivos à poupança e ao investimento, prejudicando o papel vital do mercado de capitais na captação e remuneração da poupança das famílias.

“Este diploma reconhece a importância do mercado de capitais no apoio à transformação digital e à transição climática”, afirma Isabel Ucha, acrescentando que “procura incentivar a poupança de médio e longo prazo, e a sua aplicação em instrumentos de mercado, sejam ações, obrigações, fundos de investimento ou de pensões e outros.”

Segundo a Proposta de Lei, o saldo apurado de mais e menos-valias de valores mobiliários admitidos à negociação e de unidades de participação de fundos de investimento, em vez de ser tributado à atual taxa de 28% como sucede atualmente, será sujeito a uma tributação que poderá ser reduzida a 19,6% caso os ativos sejam detidos a mais de oito anos, em virtude de ficarem excluídos da tributação 30% deste saldo.

  • Para investimentos entre 2 e 5 anos, são excluídos da tributação 10% do rendimento realizado, correspondendo a uma taxa global de tributação de 25,2%.
  • Para investimentos entre 5 e 8 anos, a Proposta de Lei exclui 20% do rendimento realizado, correspondendo a uma taxa global de tributação de 22,4%.
  • Para investimentos acima dos 8 anos, a Proposta de Lei exclui 30% do rendimento realizado, correspondendo a uma taxa global de tributação de 19,6%.

Apesar de o quadro fiscal proposto pelo Governo para estes produtos financeiros ainda estar longe do quadro fiscal mais vantajoso dos planos de poupança-reforma (PPR) e dos seguros financeiros (como os unit-linked), é uma tentativa de aproximar a fiscalidade do investimento no mercado de capitais destes. João Pratas, presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), aponta o dedo justamente a esta dualidade de critérios.

“Estranha-se a opção por uma diferença de tratamento no que respeita a rendimentos decorrentes de investimentos por um prazo superior a 8 anos, já que a exclusão de tributação prevista para as mais-valias aí referidas, é metade da que se aplica no caso de rendimentos decorrentes de seguros do ramo vida”, salienta João Pratas, sublinhando que “era importante que esta diferença fosse eliminada, em sede de discussão parlamentar, instituindo um regime de neutralidade fiscal relativamente à tributação dos seguros do ramo vida.”

Bem diferente é a avaliação desta medida pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), liderada por Margarida Aguiar. “A ASF entende que são relevantes os quadros fiscais e regulatórios que regem a poupança para a reforma”, refere ao ECO o regulador e supervisor da indústria seguradora, resseguradora, fundos de pensões e respetivas entidades gestoras e da mediação de seguros.

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Apesar da crítica feita pelo presidente da APFIPP à permanência de um quadro fiscal distinto de produtos de poupança e investimento, João Pratas destaca que a Proposta de Lei apresentada pelo Governo “replica, no essencial, o que havia sido preparado pelo Executivo anterior, incluído na pasta de transição” e que, por isso, a Proposta de Lei está alinhada com as expectativas da APFIPP.

O ECO procurou uma reação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) sobre as medidas anunciadas, dado que, recentemente, o seu presidente, Luís Laginha, na conferência anual do regulador, pediu “vontade” ao Governo para apostar no mercado de capitais, mas a CMVM preferiu não tecer qualquer comentário.

A proposta de um regime fiscal menos penalizador do investimento dos pequenos investidores proposto pelo Governo é também aplaudida por Mário Freitas, diretor comercial da IMGA, a segunda maior sociedade gestora nacional com mais de 4,2 mil milhões de euros de ativos sob gestão.

No entanto, Mário Freitas sugere várias medidas adicionais, como a criação de um campo fiscal equitativo entre organismos de investimento coletivo nacionais e estrangeiros, mais incentivos à poupança individual de longo prazo através, por exemplo, “da adoção da possibilidade da transferência de investimento entre fundos, a exemplo de outros mercados internacionais, permitindo que não seja aplicada fiscalidade no momento de resgatar um fundo para realizar novo investimento em outros fundos nacionais (exemplo espanhol e de outras legislações europeias).”

João Pratas, presidente da APFIPP e Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisboa, têm procurado ao longo dos últimos anos sensibilizar diferentes Governos para promoverem políticas fiscais menos duras para os pequenos investidores, com vista a promover a poupança de longo prazo.Hugo Amaral/ECO

Fiscalidade para produtos para a reforma

Para lá dos valores mobiliários negociados em bolsa, a Proposta de Lei do Governo introduz um regime fiscal específico para os Produtos Individuais de Reforma Pan-Europeus (PEPP), em linha com a recomendação da Comissão Europeia de 29 de junho de 2017.

Este regime visa criar condições mais favoráveis e equitativas para a poupança de longo prazo, incentivando as pessoas a planearem a sua reforma de maneira mais eficiente. Para esse efeito, o Governo propõe que as contribuições para os PEPP sejam tratadas de forma similar a outros produtos de poupança para a reforma, como os PPR, e que estes produtos recebam um tratamento fiscal neutro quando comparados com outros PPR, evitando qualquer discriminação fiscal.

João Pratas revela ao ECO que a APFIPP e os seus associados depositavam esperança em que a regulamentação nacional dos PEPP, associada a um regime fiscal atrativo e diferenciado, pudesse constituir um fator de incremento da poupança para a reforma. No entanto, com as medidas anunciadas, essa perspetiva esmoreceu. “Com o regime que foi proposto, temos dúvidas de que o PEPP possa vir a ter o sucesso que todos desejamos, enquanto instrumento de poupança para a reforma dos portugueses”, diz.

Com uma taxa de poupança em declínio contínuo e um cenário de aversão ao risco que restringe o potencial de crescimento financeiro das famílias portuguesas, a nova Proposta de Lei do Governo surge como uma tentativa ambiciosa de inverter esta tendência preocupante.

Ao introduzir incentivos fiscais significativos para investimentos de longo prazo e medidas específicas para produtos como os PEPP, a proposta governamental procura criar um ambiente mais favorável para a poupança e o investimento de longo prazo. No entanto, é importante não esquecer que o atual regime fiscal de IRS já oferece a possibilidade de os contribuintes baixarem a sua tributação sobre mais-valias mobiliárias através da opção de englobamento dos rendimentos, mediante o seu nível de riqueza.

A generalidade dos intervenientes no mercado aplaude as iniciativas presentes na Proposta de Lei, mas instiga o Governo a ser mais ambicioso, procurando criar um quadro fiscal mais equitativo e competitivo relativamente a outros instrumentos de poupança, como os seguros de vida, para garantir que os novos incentivos possam estimular a poupança de forma eficaz.

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GoodWe apresenta soluções de armazenamento flexíveis para atender às necessidades do mercado

  • Servimedia
  • 17 Junho 2024

A GoodWe, especializada na fabricação de inversores solares e soluções de energia renovável, apresentará suas últimas inovações na Intersolar 2024, que acontece de 19 a 21 de junho em Munique.

Os visitantes interessados no segmento de C&I poderão explorar soluções de armazenamento flexíveis em resposta à evolução das exigências do mercado, enquanto os utilizadores de energia doméstica poderão visualizar um novo portfólio de inversores e baterias de próxima geração visualmente apelativos que podem ser perfeitamente integrados num sistema inteligente de gestão de energia doméstica (HEMS). Além disso, uma área dedicada a destacar o portfólio expandido de serviços públicos da GoodWe será de grande interesse para desenvolvedores e investidores de projetos de grande escala.

Sob a égide da solução EcoSmart Commercial, o portfólio C&I da GoodWe apresentará uma gama robusta de sistemas de armazenamento centrados em inversores que suportam diversos casos de uso, como autoconsumo, redução de pico, linha de backup e serviços de rede.

A oferta inclui sistemas modulares de armazenamento de energia que integram perfeitamente os componentes de bateria, inversor e BMS / EMS em um único gabinete externo, enquanto fornece unidades de ar condicionado, juntamente com recursos à prova de fogo e explosão.

As soluções de armazenamento C&I escaláveis abrangem uma vasta gama de projetos, desde 60 kWh a MWh de capacidade. Outro destaque deste segmento será a apresentação de um novo inversor híbrido trifásico de 50 kW com opções de backup personalizáveis. Este versátil inversor suporta paralelismo on-grid e off-grid, proporcionando flexibilidade para a expansão do sistema.

A linha residencial da GoodWe, EcoSmart Home, expande a sua gama com a introdução de novos membros, incluindo vários inversores string de alta eficiência em designs pequenos e compactos. Para aqueles que procuram uma solução económica com um poderoso backup, a feira oferece uma antevisão de duas inovações futuras no armazenamento de energia: uma bateria de iões de lítio de alta tensão de 5kWh e um inversor híbrido compatível de 6kW a 15kW.

A nova bateria suporta conexão paralela e uma combinação de baterias antigas e novas, garantindo instalação, substituição e expansão sem complicações. A abordagem de protocolo aberto da GoodWe permite a criação de soluções de sistema de gerenciamento de energia doméstica (HEMS) com fornecedores terceirizados, otimizando ainda mais o desempenho e a flexibilidade do sistema.

Com várias adições ao seu portfólio de grandes projectos, a GoodWe disse que está empenhada em inovar e fornecer soluções completas e eficientes adaptadas a projetos montados no solo. Esses desenvolvimentos serão exibidos em um espaço dedicado no estande, exibindo inversores de string compatíveis de alta capacidade, seu novo centro de transformação MVS e dispositivos de comunicação, estrategicamente projetados para maximizar o retorno do investimento (ROI).

Como fornecedor de soluções de ponta a ponta, a empresa desenvolveu funcionalidades inteligentes de monitorização e gestão para melhorar o desempenho global das suas soluções. Além dos dispositivos de comunicação aprimorados, os visitantes poderão ver a próxima versão da plataforma SEMS + da GoodWe, com uma experiência de usuário mais simplificada, bem como a nova ferramenta de design GoodWe Designer para instalações fotovoltaicas.

“A GoodWe, que está presente no mercado da EMEA há anos, consolidou a sua posição de liderança em tecnologias de inversores e soluções de armazenamento de energia. Na Intersolar deste ano, os visitantes podem esperar uma gama de soluções de armazenamento de energia adaptadas às necessidades dos clientes”, disse Thomas Haering, presidente da GoodWe Europe. “Estas inovações são o resultado dos nossos investimentos contínuos em I&D e do nosso empenho em ouvir o feedback do mercado. À medida que continuamos a nos posicionar como um provedor de soluções, continuamos dedicados aos avanços tecnológicos, soluções focadas no cliente e serviços profissionais.

Na feira, a GoodWe também promoverá a última atualização de seu programa de fidelidade do instalador, GoodWe PLUS +, para apoiar sua rede de instaladores com benefícios adicionais, incluindo os níveis de status prata e ouro. “Com visitas guiadas multilíngues garantindo uma experiência perfeita para o visitante, a GoodWe convida cordialmente os participantes a explorar suas tecnologias de energia renovável prontas para o futuro que estão moldando a indústria “, disse a empresa.

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#4 Países Baixos de futebol meia-estatura, a redenção de Eriksen e Inglaterra a recordar Portugal

O ECO estabeleceu uma parceria com o jornal desportivo online Bola na Rede, para o acompanhamento do Euro 2024. O jornalista Diogo Reis é Enviado Especial à Alemanha e escreve uma crónica diária.

Quem disse que o futebol não pode ser um bom professor? Neste domingo, WoutWeghorst recordou-nos que devemos sempre acreditar, Christian Eriksen ensinou-nos resiliência e Jude Bellingham, depois de ganhar a Champions League, continua a mostrar ambição. “Lições” entre a vitória suada dos Países Baixos frente à Polónia, o primeiro empate do Euro 2024 (Eslovénia 1-1 Dinamarca) e triunfo da Inglaterra sobre a Sérvia pela margem mínima. Aproxima-se cada vez mais o desafio de Portugal. Hoje temos Roménia x Ucrânia (14h00), Bélgica x Eslováquia (17h00) e Áustria x França (20h00).

Os 4 Cantos do Dia

Laranja Mecânica e o pouco combustível ofensivo. Se formos pragmáticos os Países Baixos venceram a Polónia e conquistaram os três pontos. Se olharmos ao futebol, ficaram aquém, especialmente no plano ofensivo. Criaram bastante, mas pecaram na última decisão. Cody Gakpo chegou-se à frente, Memphis Depay fez movimentações constantemente, tal como Xavi Simons e TijjaniReijnders. Porém, faltou veia goleadora. Wout Weghorst terminou herói ao saltar do banco e dar vitória. Até ao momento, leva 12 golos marcados pelos Países Baixos e sete deles foram como suplente utilizado. Acreditar.

Da morte ao céu… com vida. Christian Eriksen é protagonista de uma bonita história. Em 2021, o médio caiu inanimado após paragem cardíaca. 1100 dias depois, Eriksen voltou a marcar golo num Europeu e produziu um autêntico recital. Além disso, tornou-se o jogador com mais jogos pela Dinamarca (131), o mais velho a marcar num Euro pela respetiva seleção (32 anos e 4 meses) e é o quarto maior marcador do seu país, com 42 golos até ao momento. Iguala Ole Madsen. Saindo do individual para o coletivo, a Dinamarca está perto do seu pior registo sem vencer em fases finais (6J). Não ganham há cinco partidas.

Harry Kane sem golo, mas com recorde no bolso. Os maiores holofotes foram para Jude Bellingham por ter marcado o primeiro e único golo da Inglaterra frente à Sérvia. No entanto, Harry Kane garantiu mais um recorde. Não propriamente por futebol, mas mais por… comparência. O avançado do BayernMunique converteu-se no jogador inglês com mais jogos (12) em Campeonatos da Europa, superando Gary Neville (11). No último Euro, Harry Kane fez quatro golos, igualando no terceiro lugar com Romelu Lukaku, Emil Forsberg e Karim Benzema.

Uma estatística que provém desde a última eliminação de Portugal num Europeu. A Inglaterra venceu a Sérvia por 1-0 na primeira jornada do Euro 2024. Já não havia uma partida com apenas um golo num Campeonato da Europa desde que Portugal foi eliminado pela Bélgica (1-0, golo de Thorgan Hazard aos 42 minutos). Neste intervalo, houve 17 jogos e todos tinham pelo menos dois golos ou mais. Jude Bellingham foi o autor do único tento inglês.

E o que pode ler na Bola na Rede?

  1. Quatro jogadores que podem decidir o Grupo F
  2. Pergunta a Zlatko Dalic
  3. Pergunta a Fabián Ruiz

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Há quatro mestrados portugueses nos melhores do mundo em Finanças

Mestrado da Nova SBE sobe 4 posições e está em 7.º lugar no ranking do Financial Times. Católica avança 5 lugares para 16.º, enquanto o ISEG cai sete posições para 30.º. FEP volta a entrar na lista.

quatro mestrados portugueses entre os melhores do mundo em Finanças. Na edição deste ano do ranking “Masters in Finance” do Financial Times a Nova School of Business and Economics (Nova SBE) sobe quatro posições e ocupa agora o 7.º lugar. Já a Católica Lisbon School of Business & Economics avança cinco lugares, para o patamar 16.º. Mais abaixo surge o ISEG – Lisbon School of Economics and Management, que caiu sete posições, ocupando agora a 30.ª posição. Já a Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) volta a integrar a lista, ocupando o 55.º lugar.

“Para os resultados alcançados, a Nova SBE beneficia de uma avaliação elevada e consistente na generalidade dos critérios pontuados. Especial destaque para a relevância obtida nos indicadores de mobilidade internacional dos graduados e experiência de curso internacional, onde a Nova SBE ocupa a 5.ª posição mundial em ambos os critérios”, destaca a faculdade liderada por Pedro Oliveira, notando ainda, que, no indicador de empregabilidade a três meses, a instituição “atinge a classificação máxima de 100%“.

A escola também se destaca no critério de corpo docente internacional, “com 51% dos seus professores provenientes de outros países“. Ao mesmo tempo, é também a instituição de ensino superior portuguesa mais bem classificada no critério de pegada de carbono (que avalia as emissões de carbono da escola nos últimos três anos), “ocupando a 10.ª posição mundial, e é reconhecida por ter o maior nível de satisfação dos alunos entre as escolas portuguesas, com uma pontuação de 8,9 numa escala de 10″, acrescenta.

Em 2023, a Nova SBE consolidou a 11.ª posição do ranking dos mestrados em gestão, mas este ano conseguiu subir quatro posições e alcançou o 7.º melhor, alcançando o melhor desempenho de sempre. “Estes resultados, os melhores de sempre de uma escola portuguesa em rankings do Financial Times, são excelentes, não apenas para a Nova SBE, mas para Portugal“, sublinha o dean da Nova SBE, apontando que a “mobilidade internacional e diversidade geográfica são cada vez mais desejadas pelas novas gerações de estudantes do ensino superior”, o que ” traz uma responsabilidade acrescida às instituições” que “enfrentam desafios na construção de currículos e métodos pedagógicos capazes de responder às exigências do mercado”.

A segunda escola portuguesa mais bem classificada neste ranking é a Católica Lisbon School of Business & Economics. Em 2022 estava em 17.º lugar, mas no ano seguinte caiu quatro posições para 21.º. Ainda assim, este ano conseguiu recuperar ao subir cinco lugares e ocupando agora o 16.º patamar, também “o melhor resultado de
sempre” da instituição.

O dean desta faculdade destaca que “é uma honra” a subida consistente neste ranking, notando que o “mercado de trabalho reconhece o valor e excelente preparação” dos graduados, os quais “são rapidamente promovidos e valorizados, duplicando o seu salário inicial em três anos“. “Neste critério alcançámos mesmo o top 4 mundial. Somos também 4º melhor mundial na experiência internacional do mestrado”, acrescenta Filipe Santos.

O responsável promete, por isso, que a instituição vai continuar a trabalhar para proporcionar aos alunos “uma carreira em Finanças verdadeiramente internacional, com uma sólida formação analítica e forte conhecimento do conhecimento do setor financeiro, permitindo-lhes ter um impacto positivo nas empresas e sociedade”.

Mais abaixo aparece o ISEG, que caiu sete lugares, ocupando agora a 30.ª posição. Em 2022, ocupava o 34.º patamar. “Estes excelentes resultados e a manutenção do ISEG no Top 30 no ranking do Financial Times deixam-nos muito seguros acerca do caminho que temos vindo a desenvolver e demonstram a coerência do nosso percurso”, sinaliza o presidente desta faculdade.

João Duque promete ainda “oferecer continuamente uma educação de excelência” notando que “este reconhecimento internacional da qualidade” ao nível da formação vem reforçar” a posição da instituição “como uma das melhores escolas de economia e gestão do mundo”. Segundo a escola, o mestrado em Finanças foi “reconhecido como tendo uma empregabilidade de 100% no espaço de três meses, ao mesmo tempo que foi considerado como a escola portuguesa que proporciona a melhor rede de contactos profissionais entre antigos alunos” deste curso.

Por sua vez, a FEP volta a integrar a lista, depois de no ano passado ter ficado de fora. Agora ocupa o 55.º lugar, mas em 2022 chegou a estar em 49.º. Este mestrado “destaca-se como o melhor curso em Portugal em termos de retorno do investimento académico, o que significa que os diplomados da FEP recuperam o investimento financeiro do curso num curto espaço de tempo, de acordo com os salários atuais, a duração do curso e as propinas”, nota a instituição.

Já o diretor do mestrado em Finanças realça que este é o “único mestrado fora da capital com presença no ranking mundial do FT”, bem como o “único a nível nacional com presença no top-10 mundial em importantes sub-rankings, como o do retorno do investimento académico (8.º lugar) e o da progressão na carreira (7.º lugar)”. Não obstante, Jorge Farinha sublinha o curso “ainda tem uma grande margem de progressão”, tendo em vista “reforçar ainda mais a atratividade do programa para candidatos de grande qualidade, tanto nacionais como internacionais, assim como a sua empregabilidade a nível global”.

Este ranking do Financial Times avalia os 65 melhores mestrados de Finanças de todo o mundo, com base em 18 indicadores em três principais dimensões: progresso de carreira dos graduados, diversidade da escola e experiência internacional, pesquisa e pegada de carbono.

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Taylor Swift pressiona inflação em maio. Preço dos hotéis subiu 21,9%

Os preços dos hotéis, motéis e serviços de alojamento similares subiram 21,9% em maio, tudo por causa dos dois concertos de Taylor Swift. Taxa de inflação acelerou para 3,1% em maio.

Os preços no consumidor subiram 3,1% em maio em comparação com o mesmo mês do ano passado, uma aceleração de quase um ponto percentual face ao ritmo da subida de preços registado no mês anterior. E se o efeito-base do IVA explica parcialmente este comportamento, há outro efeito não recorrente (e surpreendente para os que não estiveram atentos ao fenómeno): Os dois concertos de Taylor Swift em Lisboa.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, “entre as contribuições positivas relevantes, realça-se essencialmente a do sub-subgrupo dos Hotéis, motéis, pousadas e serviços de alojamento similares, que apresentou uma variação mensal de 21,9% em consequência do aumento de procura registado em Lisboa devido a um evento cultural de dimensão relevante“. O organismo de estatística não explicita o “evento cultural”, mas, como o ECO tinha noticiado na semana daqueles concertos, citando a GuestReady, uma empresa que opera na hotelaria, os concertos da cantora norte-americana fizeram disparar em cerca de 70% o preço por noite nas unidade de alojamento local, com o preço médio a ultrapassar os 200 euros por dormida. Apesar do aumento dos preços naquela semana, a taxa de ocupação superou os 90%, e entre os hóspedes que mais reservaram estadias em Lisboa, destacaram-se norte-americanos e ingleses, ficando em média cinco noites.

Fonte: INE

As contas do INE são claras: “Esta aceleração resulta essencialmente do efeito de base associado à redução mensal de preços registada em maio de 2023 (-0,7%), no seguimento da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares, e, em menor grau, da aceleração de preços dos hotéis“. Já a chamada inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 2,7% em maio (2,0% em abril).

E quais foram os produtos a travar a inflação em maio? “Em sentido oposto, assinalam-se as diminuições das taxas de variação homóloga dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação (classe 5) e do Lazer, recreação e cultura (classe 9), com variações de -2,4% e -0,2%, respetivamente (-1,9% e 0,5% em abril)”, assinala o INE.

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Circulação na A2 restabelecida, mas fogo em Aljustrel continua “ativo”

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

O incêndio que deflagrou perto da localidade de Messejana "está a ceder, encontra-se setorizado e nalguns setores está dominado, mas mantém-se ativo”, precisou o Comando Sub-Regional do Baixo Alentejo

A circulação na Autoestrada do Sul (A2) encontra-se totalmente restabelecida, mas o incêndio que provocou hoje o corte daquela via durante a tarde, na zona de Aljustrel (Beja), continua “ativo”, adiantou a Proteção Civil à agência Lusa.

O incêndio que deflagrou perto da localidade de Messejana “está a ceder, encontra-se setorizado e nalguns setores está dominado, mas mantém-se ativo”, precisou o Comando Sub-Regional do Baixo Alentejo.

Por esse motivo, a Estrada Nacional 263 (EN263) permanece totalmente “cortada” sem previsão de quando possa ser reaberta à circulação.

No local, pouco depois das 22:00, mantinham-se “130 operacionais”, apoiados por “44 viaturas”, numa altura em que, após o anoitecer, “os meios aéreos já não se encontram no teatro de operações”, segundo a mesma fonte.

Durante a tarde, o incêndio chegou a ser combatido por 162 operacionais, 53 viaturas e sete meios aéreos, de acordo com atualizações fornecidas pelo ‘site’ da Proteção Civil.

O fogo, cujo alerta foi dado pouco depois das 17:00, teve origem numa zona agrícola, mas propagou-se para uma área de eucaliptal, segundo informações adiantadas à agência Lusa, durante a tarde, pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Foram mobilizados bombeiros das corporações de Aljustrel, Ferreira do Alentejo, Ourique, Beja, Cuba, Castro Verde, Alvito, Almodôvar, Mértola, Barrancos, Moura, Serpa, Alvalade do Sado e Grândola.

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Incêndio de “grande intensidade” em Aljustrel corta A2 nos dois sentidos

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Segundo a Proteção Civil, ainda há meios a serem posicionados no local e, para já, não há feridos a registar nem habitações em risco, noticia a Rádio Observador.

Um incêndio que está avançar este domingo com “grande intensidade” a partir de Messejana, no concelho de Aljustrel, obrigou ao corte da autoestrada A2 nos dois sentidos, noticiou a Rádio Observador.

Fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo confirmou à estação de rádio que o incêndio tem três frentes ativas a ser combatidas por mais de 100 operacionais e seis meios aéreos.

Segundo a Proteção Civil, ainda há meios a serem posicionados no local e, para já, não há feridos a registar nem habitações em risco, adianta a Rádio Observador.

De acordo com o site fogos.pt, o incêndio teve início em Messejana às 17h04.

(Em atualização)

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Mais de 1.900 residentes de Miranda do Douro aderiram ao seguro municipal fornecido pela Lusitania

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2024

Com esta iniciativa a câmara quer melhorar a qualidade de vida da população e atrair novas famílias. O órgão administrativo pagou 690 mil euros que cobre serviços da Lusitania por dois anos.

Mais de 1.900 residentes de Miranda do Douro aderiram ao seguro municipal “Miranda Saudável” desde o seu lançamento em novembro de 2023. Segundo avançou a RTP, nesse período, foram realizadas mais de 500 consultas de medicina geral e familiar, aproximadamente 100 consultas noutras especialidades e cerca de 200 exames complementares de diagnóstico.

As áreas mais procuradas foram dermatologia, reumatologia e ortopedia.

A Câmara Municipal de Miranda do Douro investiu 690 mil euros nesta iniciativa – valor que cobre por dois anos os serviços disponibilizados pela seguradora Lusitania, segundo o relatório de prestação de contas de 2023 do município. A Lusitania foi escolhida num concurso público em que também concorreu a Costa Duarte.

Nota que o acesso a este produto é gratuito para qualquer residente. Este tem de possuir o cartão de saúde municipal que o identifica e lhe “permite o acesso aos cuidados de saúde prestados na rede médica e o acesso aos cuidados de estomatologia e medicina dentárias”, lê-se no caderno de encargos.

Nesse sentido, os beneficiários podem agendar no posto de saúde local, situado na junta de freguesia de Miranda do Douro, a sua consulta junto do médico de clínica geral cuja ligação à equipa médica hospitalar é feita de imediato, “quer seja através de tecnologias que garantam observação remota dos casos em tratamento, quer seja, pelo agendamento prioritário de Consultas e/ou exames no hospital privado de suporte”, cujo transporte está assegurado, lê-se no site do órgão administrativo.

A Câmara Municipal de Miranda do Douro avançou com este procedimento complementar ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) para “aumentar a qualidade de vida no seu concelho e garantir mais e melhor saúde para a sua população”, assim como para atrair “novas famílias”.

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Lucros da Mudum caem 10% em 2023 para 3,81 milhões de euros

  • Lusa
  • 16 Junho 2024

A seguradora registou mais 2% de sinistros que no ano anterior. Mas os custos com cada aumentou, o que justifica parte da queda dos lucros.

A seguradora Mudum teve lucros de 3,81 milhões de euros em 2023, menos 10% face ao ano anterior, uma redução explicada “sobretudo pela subida dos custos com sinistros” no ano em análise.

Em 2023, a Mudum – ex-GNB e antiga BES Seguros – viu o seu volume de prémios brutos subir 3% ao ano, para 79,36 milhões de euros, contando com 453.045 apólices em carteira.

Em comunicado, a Mudum sublinhou os lucros e o rácio de solvência de 232%, num ano “de crescimento continuo e sustentável”.

A seguradora considerou que 2023 apresentou uma “forte dinâmica comercial, em pleno alinhamento com a estratégia do principal parceiro de distribuição, o Grupo Novo Banco”.

A base de clientes cresceu 5,5%, para 17.124.

Os custos com sinistros de seguro direto aumentaram 4%, para 42,668 milhões de euros, destacando-se os contributos dos portfólios multirriscos habitação e de saúde, que subiram, respetivamente, 1,67 milhões de euros e 1,65 milhões de euros devido a um conjunto de eventos climatéricos e com o “aumento generalizado dos custos com saúde no mercado português”.

No total, a seguradora abriu 252.278 sinistros, menos 2% que um ano antes.

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APS organiza seminário sobre alterações climáticas

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2024

O seminário está agendado para dia 26 deste mês entre as 10h00 e 12h30. Os inscritos poderão participar no seminário no auditório da APS em Lisboa ou à distância através da plataforma zoom. 

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou o seminário “Alterações Climáticas”, a ser realizado no dia 26 de junho, que será um evento de análise e debate sobre a exposição do setor segurador aos riscos relacionados com as alterações climáticas.

A abertura do evento está a cargo de Carlos Ferreira Borges, coordenador do TAR (Técnicos e Analistas de Riscos). De seguida, Pedro Garrett, investigador em questões relacionadas com as alterações climáticas e co-fundador da 2adapt, irá falar sobre os desafios e oportunidades provenientes dos riscos climáticos; e Andrea Bertoldi, CEO Aon Re irá apresentar a perspetiva do mercado ressegurador.

Nota que é o seminário de encerramento do Curso de Qualificação de Técnicos Analistas de Riscos Industriais – TAR 2023 / 24 da APS.

O seminário está agendado para dia 26 deste mês entre as 10h00 e 12h30. Os inscritos poderão participar no seminário no auditório da APS em Lisboa ou à distância através da plataforma Zoom. Para inscrições aqui.

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Aon anuncia programa de seguros de 350 milhões de dólares para a Ucrânia

  • ECO Seguros
  • 16 Junho 2024

Aon, Departamento para o Desenvolvimento dos EUA e seguradora ARX vão cooperar para criar uma carteira de apólices de seguro de guerra para empresas a operar no país.

A corretora Aon e a agência governamental para o Desenvolvimento dos EUA (DFC, sigla em inglês) anunciaram um programa conjunto de seguros de guerra de 350 milhões de dólares para a Ucrânia. O projeto visa atrair investidores para o país e assim acelerar a sua recuperação económica.

Eric Andersen, presidente da Aon: “O capital não vai para onde não está protegido e este programa sem precedentes com a agência governamental para o Desenvolvimento dos EUA destina-se a desbloquear e acelerar o investimento na Ucrânia numa altura em que a necessidade é mais premente”.

Nesse âmbito, a Aon coordenou um mecanismo de resseguro, em colaboração com a DFC e o ministério do Desenvolvimento da Economia e do Comércio ucraniano, que abrange 50 milhões de dólares para apoiar a emissão de apólices de risco de guerra no terreno para empresas que operam na Ucrânia. Já os restantes 300 milhões de dólares resultam da colaboração da Aon e a DFC para um seguro de risco de guerra adicional para os setores da saúde e agricultura ucraniano.

O mecanismo de resseguro assumirá dois formatos: o que cobre empréstimos concedidos por bancos locais ucranianos para facilitar empréstimos a setores e regiões prioritárias; e a subscrição de riscos, sobretudo de guerra e políticos.

A DFC atuará como resseguradora da companhias de seguro autorizadas a emitir apólices na Ucrânia. A primeira seguradora ucraniana qualificada para aceder ao mecanismo de resseguro é a ARX, uma subsidiária da canadiana FairFax Finantial.

“O capital não vai para onde não está protegido e este programa sem precedentes com a agência governamental para o Desenvolvimento dos EUA destina-se a desbloquear e acelerar o investimento na Ucrânia numa altura em que a necessidade é mais premente”, disse Eric Andersen, presidente da Aon, na Conferência de Recuperação da Ucrânia em Berlim. “Este mecanismo inovador permitirá ao setor segurador local avaliar adequadamente o risco e atrair os tão necessários novos capitais para a Ucrânia, criando simultaneamente capacidades e competências no país para apoiar a reconstrução.”, acrescenta.

O anúncio seguiu-se à nomeação, em setembro de 2023, da ex-secretária de Comércio Penny Pritzker como Representante Especial dos EUA para a Recuperação Económica da Ucrânia. Nesta função, “tem sido fundamental para o avanço do trabalho da Aon e da DFC para mobilizar o setor dos seguros para trazer 350 milhões de dólares em capital privado para apoiar a economia e a recuperação da Ucrânia”, lê-se no comunicado da corretora.

Assim, a Aon, a DFC e a ARX vão cooperar para criar uma carteira de apólices de seguro de guerra para empresas que operam no país e apoiar a ARX na expansão da sua oferta de seguros contra riscos de guerra. A longo prazo, pretende-se que este mecanismo incentive a participação de outras resseguradoras no mercado ucraniano.

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Corte de juros pela Fed em dezembro é “previsão razoável”, diz membro do comité de política monetária

  • ECO
  • 16 Junho 2024

Neel Kashkari, membro do comité de politica monetária da Reserva Federal, disse que o banco central está numa posição "muito boa para levar tempo, obter mais dados sobre a inflação".

O presidente da Reserva Federal de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou no domingo que é uma “previsão razoável” que o banco central dos Estados Unidos corte as taxas de juro uma vez este ano, esperando até dezembro para o fazer.

Kashkari fez o comentário numa entrevista ao programa “Face the Nation” da CBS. “Vai realmente depender dos dados, e estamos numa posição muito boa neste momento para levar o nosso tempo, obter mais dados sobre a inflação, obter mais dados sobre a economia, sobre o mercado de trabalho, antes de termos de tomar qualquer decisão”, disse, citado pela Reuters.

Na passada quarta-feira, o Comité de Política Monetária da Fed (FOMC, na sigla em inglês, e do qual Kashari é um dos membros), manteve a taxa dos fundos federais no intervalo de 5,25%-5,5%, o que representa o nível mais elevado desde 2001, numa decisão amplamente esperada por investidores e economistas.

As projeções apontam agora para um ou dois cortes de juros em 2024, mas Jerome Powell, presidente da Fed reforçou que a inflação continua elevada e quer ter mais confiança antes de baixar juros.

 

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