Lucros da REN caem 22,9% para 48,6 milhões de euros no primeiro semestre
Nos primeiros seis meses deste ano, a empresa liderada por Rodrigo Costa registou uma quebra de 22,9% nos lucros face ao período homólogo, para 48,6 milhões de euros.
A REN – Redes Energéticas Nacionais lucrou 48,6 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, face ao período homólogo, divulgou a empresa, num comunicado publicado na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quinta-feira. Este resultado líquido fica 22,9% abaixo do registado no mesmo período do ano anterior.
De acordo com a nota enviada à imprensa, a quebra nos lucros vai “em linha com o esperado”, explica a REN, e traduz-se em menos 14,4 milhões de euros nas contas da gestora de redes a nível nacional.
A empresa liderada por Rodrigo Costa justifica a queda com resultados financeiros inferiores em 11 milhões de euros, dos quais 7,8 milhões estão relacionados com uma descida no EBIT, de 7,8 milhões de euros. A contrabalançar esteve a parte fiscal, com os impostos a caírem 4,6 milhões de euros. No entanto, a Contribuição sobre o Setor Energético ditou um gasto extra de 0,2 milhões de euros.
A nota informa que o EBITDA desceu 2,7%, entre janeiro e junho, dado o pior desempenho da atividade em Portugal (que se traduziram em perda de 2,4 milhões de euros) e da atividade internacional (que levou a uma quebra 0,5 milhões), associado a uma diminuição na remuneração dos ativos e a um aumento dos custos de operação (OpEx).
Em sentido contrário, a dívida líquida aumentou 3,8% para 2,426 milhões de euros, face ao período homólogo. Se forem desconsiderados os desvios tarifários então esse valor sobe para 2,679,8 milhões de euros. A nota indica ainda que o custo médio da dívida subiu para 2,8%, o que compara com um custo médio de 2,4% registado no período homólogo do ano anterior, “mas em linha com o valor observado no primeiro trimestre deste ano”.
Consumo de gás abranda 19%
A nível dos resultados operacionais, a REN reporta que nos primeiros seis meses o consumo de gás natural diminuiu 19% para 19,9 terawatts-hora (TWh), ao passo que o consumo de eletricidade subiu 1,6% para 25,6 TWh.
Por seu turno, a produção renovável abasteceu 82,1% do consumo, “o registo mais elevado no primeiro semestre dos últimos 45 anos”, informa a REN. Este valor é repartido pela hidroelétrica (39%), eólica (28%), fotovoltaica (9%) e biomassa (6%). Já a produção a gás natural abasteceu 8% do consumo e os restantes 10% correspondem ao saldo importador.
Notícia atualizada pela última vez às 17h03
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