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IP assina dois contratos de 88,5 milhões para construir variante de Évora e beneficiar IP8 até Beja

  • Lusa
  • 7 Agosto 2024

A empreitada de construção da Variante Nascente de Évora tem um valor de 54,9 milhões de euros. Já a obra de beneficiação do troço do IP8, com 22,5 km de extensão, atinge os 33,6 milhões.

A Infraestruturas de Portugal procedeu à contratação das empreitadas de construção da Variante Nascente de Évora e da Beneficiação do Itinerário Principal (IP) 8 entre Ferreira do Alentejo e Beja, que inclui uma variante em Beringel. Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal revelou que estes dois contratos de investimento no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela União Europeia, envolvem um investimento global que ascende a 88,5 milhões de euros.

Segundo a empresa, a empreitada de construção da Variante Nascente de Évora, no valor de 54,9 milhões de euros, visa a construção de uma nova ligação rodoviária alternativa ao atual troço do IP2. Essa variante terá cerca de 12,8 quilómetros de extensão, fazendo a ligação entre o Nó de Évora Nascente da Autoestrada 6 (A6), “imediatamente após a praça de portagem”, e a conexão com o atual IP2, em S. Manços, no concelho de Évora.

Já a obra de beneficiação do troço do IP8, com 22,5 quilómetros de extensão, atinge o valor de cerca 33,6 milhões de euros, afirmou a empresa. O projeto vai ser construído entre a Rotunda com a Estrada Regional 2 (ER2) em Ferreira do Alentejo e a Rotunda com o IP2 em Beja.

O objetivo é “a reabilitação estrutural da via, promovendo a melhoria das condições de mobilidade, circulação e segurança no IP8”, indicou a Infraestruturas de Portugal, realçando que a empreitada “inclui ainda a construção de uma variante à localidade de Beringel, com 2,5 quilómetros de extensão”.

“Os contratos serão remetidos para avaliação do Tribunal de Contas a fim de obterem o necessário visto prévio”, disse a empresa. No que respeita à Variante Nascente de Évora, em junho de 2021, a Infraestruturas de Portugal (IP) já tinha anunciado um concurso público para a elaboração do projeto de execução da obra, que incluía uma análise à viabilidade do aproveitamento do traçado e das estruturas construídas no âmbito da empreitada de requalificação do IP2, incluída na então subconcessão Baixo Alentejo.

Durante a empreitada de requalificação, que acabou por ser suspensa em 2011, foram desenvolvidos trabalhos de terraplanagem e construídos viadutos, até hoje abandonados. A construção da variante tem sido reivindicada em Évora, nos últimos anos, para permitir desviar o trânsito da cidade, cujo centro histórico está classificado como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Em comunicados divulgados recentemente, as estruturas distritais de Évora do PSD e do PCP congratularam-se com a adjudicação da empreitada, o mesmo acontecendo com o deputado parlamentar do Chega eleito por Évora, Rui Cristina, que reclamou, contudo, outras obras complementares.

“É necessário incluir a requalificação do troço rodoviário de 22 quilómetros entre S. Manços até à cidade [de Évora] e do troço nascente até à A6, através da Estrada Nacional 114”, exigiu. Em 8 de julho, a IP anunciou a consignação de uma outra empreitada do IP8, para duplicar as faixas num troço entre Sines e a A2, num investimento de 45 milhões de euros, igualmente financiada pelo PRR.

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